Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros.

Saúde mental: transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros

As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.
Para a ONU, a falta de um tratamento adequado à saúde mental faz com que tais enfermidades ocupem posições de destaque no ranking das doenças que mais atingem a população mundial.

Confira alguns números de saúde mental no Brasil:

  • 200% porcentagem de crescimento no orçamento destinado a saúde mental de 2002 a 2011.
  • R$ 2 Bilhões, reforço até 2014, ao programa "crack é possivel vencer".
  • 1981, numero de Cap's no Brasil.
  • 7,8 milhões de atendimentos por ano no Cap's AD ( Alcool e Drogas).
  • 60 unidades de acolhimento.
  • 4121 Leitos em Hospitais.
  • 88 consultório de rua.
No Brasil, a reorganização da assistência em saúde mental é recente. A Reforma Psiquiátrica, que completa 12 anos em 2013, traz uma nova perspectiva de tratamento baseada na valorização do ser humano e no entendimento de que o transtorno mental pode não ser apenas uma doença, mas também um problema social. Junto à mudança de pensamentos toma forma uma rede de assistência psicossocial, que traz progressos mas que também sofre críticas.

Apesar dos avanços na área, os desafios ficam à mostra. Se por um lado o orçamento para a Saúde Mental aumentou 200% de 2002 a 2011, por outro a distribuição dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) pelas regiões do país ainda gera críticas.





Algumas comparações revelam curiosidades sobre níveis diferenciados de implantação da rede de saúde mental entre os estados. Os dados mais atualizados do Ministério da Saúde até o fechamento desta matéria mostram que o Pará, por exemplo, tem 63 CAPS. O vizinho, Amazonas, conta com 19 centros. Especificamente em relação ao CAPS de atendimento a usuários de álcool e outras drogas (CAPS/AD), o Pará tem oito seviços do tipo contra nenhum no Amazonas.

O relatório Saúde Mental em Dados, divulgado pelo Ministério da Saúde em 2010, aponta que, das 27 unidades federativas do país, oito (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo) possuem cobertura regular, baixa, insuficiente ou crítica. "Os estados da região norte são aqueles com maior dificuldade na expansão e consolidação da rede, também porque têm características muito peculares", coloca o documento.

Pelo mesmo relatório, que mede a cobertura através da proporção entre um CAPS para cada 100 mil habitantes, a média geral brasileira é de 0,63. Os estados acima apresentam cobertura abaixo de 0,49 CAPS para cada 100 mil pessoas. O Ministério da Saúde explica que desde 2010 o órgão vem adotando um novo critério de entendimento sobre a cobertura em saúde mental no país, com base na incorparação de outros dados à estatística.

Desativação de leitos

Uma das principais ações preconizadas pela Reforma Antimanicomial é a eliminação dos leitos psiquiátricos e substituição deles pelos CAPS. Em 2002, havia 51.393 leitos psiquiátricos. No ano passado, a quantidade foi de 29.958. Com o crescimento no número de CAPS, o SUS conseguiu aumentar em 100 vezes o número de procedimentos ambulatoriais.

O coordenador Tykanori argumenta que o fechamento de leitos corresponde a processo de implantação de serviços. "Dentro do nosso sistema federativo, o MS não simplesmente fecha leitos", disse. Questionado sobre a previsão de substituição de leitos psiquiátricos por CAPS , ele responde que não é possível fazer uma previsão."Nós temos metas. Queremos atingir, mas depende de todo o processo de negociação interfederativo. Não é necessariamente a gente que determina as metas e os estados têm que seguir. Não funciona assim", justificou.

Especificamente em relação aos CAPS/AD tipo III (24 horas) e como parte das estratégias de enfrentamento ao crack, a expectativa do Ministério da Saúde é contar com 175 unidades em todo o Brasil até 2014. Atualmente, existem 28. Em 2010, eram seis.

Pelo mesmo relatório, que mede a cobertura através da proporção entre um CAPS para cada 100 mil habitantes, a média geral brasileira é de 0,63. Os estados acima apresentam cobertura abaixo de 0,49 CAPS para cada 100 mil pessoas. O Ministério da Saúde explica que desde 2010 o órgão vem adotando um novo critério de entendimento sobre a cobertura em saúde mental no país, com base na incorparação de outros dados à estatística.


* Com a colaboração de Leandro Melito
Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0


No vídeo abaixo, o coordenador de Saúde Mental do MS, Roberto Tykanori, explica as dificuldades de ampliação da rede na região norte. Assista:
http://www.ebc.com.br/












Nenhum comentário: