Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

sábado, 30 de novembro de 2019

252 alunos de escolas municipais em Picos receberam certificado do Proerd


O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd)entregou, na noite desta segunda (25), a certificação a 252 alunos de escolas municipais de Picos. O evento aconteceu na quadra da Escola Estadual Coelho Rodrigues. O projeto é da Polícia Militar em parceria com a Prefeitura Municipal de Picos.

Em Picos 4 escolas receberam certificados como participante do Proerd: Escola Municipal Antônio Marques, Maria Gil, Padre Madeira e a Escola Municipal Morada do Sol.

“O programa vem justamente para trabalhar essa temática das drogas. Hoje estão se formando alunos de 4 escolas, escolas essas que estão em área de vulnerabilidade social. Então o programa pode sim contribuir para mudar a realidade dessas crianças e desses jovens e é isso que queremos que eles cresçam conscientes desse mal”. Frisou a Secretária de Educação de Picos, Edvânia Barros.

O programa consiste num esforço cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, a Escola e a Família, e tem como objetivo desenvolver nos jovens estudantes habilidades que lhes permitam evitar influências negativas que dão acesso ao uso de drogas e a violência.

“Infelizmente a droga e aviolência têm muita força. E nós só temos que agradecer a parceria com a Polícia Militar, desde 2013 que conscientizamos esses jovens através do Proerd e de outras ações desenvolvidas nas escolas.Mais uma vez esse trabalho é feito e a prefeitura dá todo suporte necessário para esse programa acontecer, por isso que insistimos nesse trabalho”. Ressaltou o prefeito de Picos, Padre Walmir de Lima.

A pequena Ellen Gabrieleda Escola Municipal Morada do Sol aprendeu direitinho a lição. “Eu aprendi muita coisa, que violência não faz bem e a dizer não às drogas, à violência e às bebidas alcoólicas”. Falou Ellen Gabriele.

O Proerd e? aplicado com o auxílio de uma cartilha que conte?m as 12 liço?es que sa?o ministradas a?s crianças, uma vez por semana e com duraça?o de 50 minutos de instruça?o. 
Durante o evento de formatura um aluno de cada escola foi escolhido para ler a redação. Os alunos receberam kits escolares como premiação e os professores e gestores receberam certificados de amigos do Proerd.

Mães de autistas de Itaquaquecetuba reclamam de atendimento precário na cidade

Elas relatam dificuldade em conseguir consultas com neurologistas e psicólogos.

As mães de autistas precisam fazer uma peregrinação nos serviços públicos municipais de saúde de Itaquaquecetuba para conseguir tratamento para os filhos. Elas relatam que faltam médicos, como neurologistas, e terapias, como psicológica e terapeuta ocupacional para ajudar no tratamento.
Outra queixa é que, quando conseguem consulta fora do município, a cidade concede transporte aénas em alguns casos e a demora no retorno causa transtornos às mães.
Talita Queiroz da Silva é mãe de Enzo Gabriel Queiroz Gomes, de 2 anos. Em dezembro, o menino tem duas consultas em hospitais de São Paulo. Talita afirma que não consegue uma consulta com um neurologista na rede municipal de saúde.
Por isso, agendou uma consulta no dia 13, com um neurologista no Hospital Darcy Vargas no bairro do Morumbi em São Paulo. Devido às condições do menino, a mãe foi pedir à Prefeitura transporte até a unidade.

“A consulta é às 7h, mas preciso chegar lá com 30 minutos de antecedência, mas a Prefeitura respondeu que não tem carro ou ambulância para transporte e mandaram eu levar por meios próprios. Mas para o meu bolso só encaixa condução de trem ou ônibus, onde ele não entra. Ele entra em crise em transporte público”, afirma mãe de Enzo.

No dia 17 de dezembro, ela volta com o filho mais uma vez à capital. Dessa vez o destino é o Hospital das Clínicas, onde o menino faz tratamento por causa de uma bactéria no pulmão que pegou aos 11 meses.
A cada dois meses, ela leva o menino ao hospital. Pelo menos para essa consulta, Talita diz que terá o transporte da Prefeitura.
Porém, a demora para voltar para Itaquaquecetuba causa diversos transtornos para a mãe e a criança. Ela explica que da última vez que foi ao hospital a consulta estava marcada para as 8h.

“Para ir, a ambulância pegou a gente às 3h. Quando era 10h15, eu já estava liberada e avisei o setor de ambulância, mas o veículo foi nos buscar somente às 20h.” Como a consulta era em uma unidade distante do Hospital das Clínicas que fecha às 17h, ela teve que andar com o menino embaixo de garoa até a o HC.

“Em São Paulo eu estou fora da minha realidade. Porque tudo lá é mais caro. Se eu tiver que comprar uma refeição para o Enzo é mais caro que em Itaquaquecetuba. O tempo todo que fico lá eu tenho que gastar com leite, com fórmula não tem como levar de casa porque pode estragar e não temos atenção do setor de ambulância.”

Em busca do diagnóstico

Maria Ivanilda da Silva Fortunato mora no Jardim Paineira em Itaquaquecetuba. Ela tem cinco filhos e o mais novo tem autismo. Isac Gabriel da Silva Fortunato vai completar 6 anos em dezembro e recebeu o diagnóstico no final do ano passado, mas para isso o caminho foi longo.
A mãe afirma que sempre notou algo de diferente no menino. “Ele nunca dormiu à noite. Gritava e chorava a noite inteira. Eu pedia para a pediatra para encaminhar para outro médico e ela dizia que não. Na rua, ele queria passar a mão nas rodas dos carros. Eu achava estranho.”
Em 2018, o menino entrou na escola e em junho a professora chamou a mãe e relatou que o menino gritava e agredia as crianças na sala de aula. Ela afirma que não conseguia um neurologista em Itaquaquecetuba e foi só em Poá que o menino passou por um especialista.
O médico orientou a família a fazer uma avaliação com uma neuropsicóloga, mas como não conseguiu uma especialista na rede municipal, a mãe conta que fez um empréstimo de mais de R$ 1 mil, para pagar a avaliação. “Meu esposo é pedreiro e fez um empréstimo para pagar.”
Maria Ivanilda conta que a psicóloga apontou que Isac tem autismo e hiperatividade e orientou a família a procurar um neurologista. Depois, a escola encaminhou o menino para a Apae onde ele passa duas vezes por semana. “Mas lá não tem um especialista em autismo. Ele precisaria de um lugar com terapia especializada, como fonoaudióloga, terapia ocupacional e psicólogo.”
A mãe completa que o menino está tomando remédio e mesmo assim continua agressivo. “O remédio só adianta para ele dormir. Mas mesmo assim ele costuma acordar às 4h e já pede comida. A agressividade e a agitação dele não melhorou em nada.”
A mãe continuou tentando um neurologista em Itaquaquecetuba. Como não conseguiu na rede pública, pagou um médico de uma rede de clínicas populares. “O neuro pediu um eletroencefalograma e tomografia da cabeça. Como ele será sedado, o exame precisa ser feito em um hospital. Eu tento os exames no posto de saúde do Jardim Paineira, mas até agora nada.”

Outro lado

A Prefeitura de Itaquaquecetuba respondeu que a cidade faz agendamento de neurologia para atendimento no Centro de Especialidades (CEI). Segundo a administração o CEI tem dois médicos, sendo que um atende somente a adultos e outro atende a adultos e crianças.
A Prefeitura esclareceu que na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), da Secretaria Estadual da Saúde, também agenda para a especialidade de acordo com as vagas cedidas e protocolo de diagnóstico ofertado no sistema.
Quanto à demora dos agendamentos, a Prefeitura informou que eles são feitos de acordo com a demanda reprimida de fila de espera que a Secretaria Municipal de Saúde recebe de todos os postos de saúde e de acordo com a prioridade de urgência de diagnósticos dos pacientes.
Sobre aos terapeutas ocupacionais, a Prefeitura informou que não tem esses profissionais na rede municipal nem na CROSS, mas que o município mantém convênio com a APAE com uma grande demanda de atendimento.
Já sobre os psicólogos, a Prefeitura afirmou que tem nove profissionais, sendo que quatro atendem no ambulatório de Saúde Mental a adultos com transtornos mentais e dependentes de álcool e drogas. Outros três estão nas UBS do Jardim do Carmo, Jardim Odete, Caiuby e Maragogipe com atendimento de adolescentes e adultos e dois no Centro de Especialidades de Itaquaquecetuba (CEI) para adolescentes, mulheres, idosos e orientação familiar.
A Secretaria da Saúde destacou que tem convênio com a APAE para o atendimento de autistas e deficientes intelectuais. "Compete ao profissional estabelecer o tipo de atendimento (individual ou grupal) bem como a periodicidade conforme o plano terapêutico estabelecido com o usuário."
Sobre as reclamações da mãe Talita Queiroz da Silva sobre o atraso do retorno de São Paulo, a Secretaria de Saúde informou que foram vários atendimentos no mesmo dia e, provavelmente, houve uma espera maior do que de costume. Segundo a secretaria, neste dia o retorno do motorista com a ambulância no setor foi às 22h15.
Quanto à falta de atendimento de neurologista, a secretaria informou que a central de regulação entrou em contato com Talita e informou que houve uma desistência na APAE de Itaquaquecetuba com uma vaga para 2 de dezembro para triagem de tratamento multiprofissional e terapias. A mãe comparecerá na central para orientações pertinentes.
Já sobre o transporte de Enzo, filho de Talita, a secretaria afirmou que "o paciente está sendo atendido pelo Setor de Ambulância com a próxima consulta agendada para o dia 17/12 no Hospital das Clinicas."
Sobre a consulta do dia 13/12, a secretaria afirmou que a mãe foi informada que deveria comparecer com o agendamento com a data do local para ser atendida, como ela já faz com os outros atendimentos, mas até esta data não retornou com o agendamento deste dia.

"Informamos que para o atendimento no dia 13/12, o setor já está com a agenda comprometida com outros pacientes. Somente no mês de outubro, o Município realizou 554 atendimentos internos e 3.236 atendimentos externos."


Quanto às reclamações de Maria Ivanilda da Silva Fortunato, mãe de Isac Gabriel da Silva Fortunato, a Prefeitura respondeu que "o agendamento dos exames citados é com sedação e, por ser criança, se torna mais difícil. Não dispomos no município, dependemos das referências estaduais. O exame de eletroencefalograma com sedação, no momento, não está sendo disponibilizado no Sistema da Secretaria do Estado – Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde – CROSS. Aguardamos providências do órgão estadual."
Já sobre o exame de tomografia, a Prefeitura afirmou que a Central de Regulação informou que há vagas rotineiramente e que tem uma vaga de desistência no sistema CROSS de tomografia com sedação, possível ceder ao paciente.

"Mas há a necessidade das guias do pedido para prosseguir com agendamento. A Central de Regulação informa que não obteve êxito via contato telefônico para informar à genitora da vaga para o dia 29/11/2019. A genitora deverá comparecer na Central de Regulação, Rua MMDC, 58 – Centro de Itaquaquecetuba – 4º andar, das 8h até 16h, apresentar RG, CPF e guia de encaminhamento/pedido."

Governo avança na construção do novo Plano Estadual de Política sobre Drogas


Foto: Secom/PB



O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), reuniu, nesta sexta-feira (29), representantes de instituições que lidam com a questão das drogas no estado para ampliar o diálogo na construção do novo Plano Estadual da Política sobre Drogas. A reunião teve o objetivo de dar continuidade à elaboração do Plano, numa perspectiva de uma política intersetorial. Participaram representantes das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Humano, Saúde e Cultura; a Fundação do Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almeida (Fundac); Residência de Sáude Mental, da UFPB; Programa Educacional de Resistência às Drogas da Polícia Militar (Proerd) e o Núcleo de Políticas Públicas do Ministério Público do Estado da Paraíba.
“Precisamos desses representantes no processo. Inicialmente a Sedh e a Secretaria de Saúde, por meio da coordenação de Saúde Mental, estabeleceram os primeiros diálogos, mas de fato é impossível pensar essa política sem essa discussão intersetorial”, enfatizou Rafaella Sitcovsky, representante da Sedh.
O Coordenador do Programa Estadual de Política sobre Drogas, alocado na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, Túlio Pollari, fala da dinâmica da construção do plano.“Nós estamos revisitando o plano estadual que outrora tinha sido elaborado para contemplar uma pactuação que todos os estados tinham com o governo federal e alinhando o que atualmente é pertinente a política. 
Eu creio que a Paraíba está próxima de viver o melhor momento dentro dessa política e nós vamos sair do lugar de coadjuvante para ser um estado protagonista de ações”, completou.A coordenadora estadual de Saúde Mental, Iaciara Mendes, destaca que um dos pontos que está sendo discutido e inserido no plano estadual é a fiscalização e o monitoramento das entidades que receberão recursos públicos.“O recurso público precisa ser fiscalizado em sua execução. As Comunidades Terapêuticas que receberão esses recursos devem ser monitoradas para garantirmos que os recursos sejam utilizados de forma correta, e, sobretudo, que o usuário receba o atendimento adequado que lhes dê condições de reinserção na sociedade”, enfatizou.
Da Redação com Secom/PB. Publicado em 30 de novembro de 2019

domingo, 17 de novembro de 2019

Infecções sexualmente transmissíveis estão em alta no Brasil; saiba quais são e como se proteger.

Todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos. E essas doenças estão em alta no Brasil, segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde. A sífilis é o caso mais gritante: foram 158 mil notificações da doença em 2018, levando a uma taxa de 75,8 casos para cada 100 mil habitantes em 2017, eram 59,1 casos/100 mil habitantes. Mas há indicativos também de que estejam aumentando as hepatites virais, enfermidades altamente perigosas, pois podem evoluir para cirrose e câncer de fígado e até levar à morte.
Se de 2008 até 2018 o Brasil registrou quase 633 mil casos dessas infecções, só no ano passado foram cerca de 43 mil, somadas as hepatites A, B C e D.
Dados do Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia, indicam que o Brasil apresentou aumento de 21% no número de novos casos de infecções por HIV de 2010 a 2018, o que vai na contramão mundial, já que, no mesmo período, a queda foi de 16% no planeta.
E não são apenas essas ISTs que estão em alta. As que que não são de notificação obrigatória, como gonorreia e HPV, também estão crescendo no país. Para Mauro Romero Leal Passos, coordenador do setor de DST da Universidade Federal Fluminense (UFF) e fundador da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), a principal razão é que muitas dessas doenças são silenciosas, podendo ficar meses ou anos sem apresentarem sinais e sintomas. "Por não sentirem nada, as pessoas não procuram o médico e não descobrem que estão infectadas. Sem saberem, a chance de transmissão do vírus ou da bactéria para os parceiros, com sexo sem proteção, é muito maior", comenta o médico.
Outro ponto importante, segundo ele, é a diminuição no uso dos preservativos, sobretudo entre os jovens. Para se ter uma ideia, pesquisa realizada em 2017, com 1,5 mil pessoas em todo o Brasil, pela organização sem fins lucrativos DKT International, identificou que 47% dos entrevistados com idade entre 14 e 24 anos não usam camisinha nas relações sexuais. Essa negligência acontece porque os tratamentos contra as doenças sexualmente transmissíveis estão mais eficazes e porque muita gente não acredita estar em perigo e nem se considera parte de grupos de risco.
Ainda persistem as desculpas de que camisinha reduz o prazer, prejudica a ereção e é difícil de colocar. "E não adianta usar o preservativo uma vez ou até se sentir seguro com o parceiro. É preciso se proteger em todas as relações", acrescenta Passos. Outros fatores apontados por especialistas para a alta incidência de ISTs são os baixos índices de educação sexual e de cobertura vacinal (no caso de doenças que podem ser prevenidas por vacinas).