Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 31 de maio de 2012


Comunidade Terapêutica Geração Vida.
Fernando Cesar 
Terapeuta: 42.156

Apresentação
A maior necessidade da civilização “pós-moderna” é aprender a responder de maneira correta aos problemas existenciais. Por trás de todos os nossos problemas existem pessoas desesperadamente feridas que precisam experimentar relacionamentos saudáveis; senão é a morte.
Acreditamos que já passa da hora de ir além da nossa cultura moralista que supõe que nosso trabalho é somente instruir as pessoas em alguns princípios e valores e depois exortá-los a cumpri-los. Já passa da hora de descobrir uma maneira melhor de nos ajudarmos uns aos outros nas dificuldades.
Acreditamos que já passa da hora de ir além do velho método da nossa cultura terapêutica que examina cada emoção ou conduta inoportuna com o intuito de encontrar um problema psicológico carente de solução.
Precisamos fazer algo mais que simplesmente confrontar as pessoas a fazer o que é certo e depois cobrar obediência. A melhora do comportamento via confrontação não é a solução, embora às vezes faça parte dela, precisamos proporcionar às pessoas feridas um alimento que só uma comunidade de pessoas conectadas pode oferecer.
Nossa proposta é que pensemos na espécie de uma travessia  para que um pequeno grupo de pessoas, quem sabe uma família ou uns poucos amigos, se transforme numa Comunidade Terapêutica.


Ezequiel de Oliveira.
Diretor Geral.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Independência Jovem - FOLIA

E-mailImprimirPDF
folia
No decorrer do trabalho do "Independência Educação", foi percebida a necessidade de trabalhar de forma mais direta com os adolescentes. Com apoio e financiamento do Consulado Americano de São Paulo para treinamento, nos EUA (Teen Institute), foi introduzido o trabalho de Capacitação de Líderes de Atitude, de modo a fortalecer a proposta preventiva já iniciada com o "Independência Educação". Foram realizados dois eventos do FOLIA® nos anos de 2002 e 2004, capacitando 65 líderes que transmitem a mensagem preventiva em suas comunidades locais.
O FOLIA® trabalha a prevenção por meio da valorização de fatores de proteção, como: uso construtivo do tempo, compromisso com o aprendizado, valores internos positivos, sociabilidade, identidade positiva e prevenção ao consumo de álcool, tabaco e drogas. Os jovens recebem um treinamento de três dias, visando a fortalecer a sua auto-estima, a habilidade de comunicação, o resgate de valores, a qualidade de vida e a aquisição de informações sobre álcool, tabaco e drogas. Este programa em atuação conjunta com o "Independência Educação", ganhou reconhecimento internacional, tendo sido premiado pela Mentor Foundation em meio a 146 outros projetos oriundos de mais de 40 países.
Como é a Qualidade de Vida dos Dependentes de Álcool ? 
Roberta Payá, Neliana Buzi Figlie, Janaina LuiseTurisco e Ronaldo Laranjeira
O objetivo deste trabalho é discutir a Qualidade de Vida dos dependentes de álcool através da escala Short Form Health Survey (SF-36). Foram entrevistados 181 pacientes do sexo masculino, em 13 meses, sendo que 49% (N=88) estavam em tratamento em ambulatório de Gastroenterologia de Hospital Geral e 51% (N=93) em ambulatório especializado no tratamento em Dependência Química, ambos pertencentes a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Os resultados apontaram diferenças significantes em Saúde Mental, uma vez que os pacientes do ambulatório especializado apresentaram qualidade inferior quando comparados ao grupo da gastroenterologia, e Capacidade Funcional, na qual os pacientes do ambulatório de gastroenterologia apresentaram qualidade inferior em relação ao outro grupo. Nas seis subescalas restantes não foram encontrados resultados estatisticamente significantes.
Quanto a Severidade da Dependência Alcoólica, pesquisada através do Alcohol Dependence Data Questionnaire (SADD), foi encontrada diferença significante entre os grupos, predominando a dependência grave no ambulatório especializado, diferindo do ambulatório de gastroenterologia onde foi mais freqüente a dependência moderada.
O artigo tem como proposta discutir a importância de uma abordagem da qualidade de vida no tratamento do alcoolismo e necessidade de uma intervenção nos dependentes de álcool que não encontram-se em tratamento.

Ibope: drogas são mais
preocupantes que desemprego no país



Jornal Nacional
Pesquisa, realizada em 26 cidades com mais de 300 mil habitantes, conclui que tema vai ser levado em conta pelos eleitores na hora de escolher prefeito, em outubro.
Fábio Turci São Paulo
No Brasil de hoje, quando se pergunta a um cidadão quais são as maiores preocupações dele, as drogas têm aparecido com frequência crescente. Uma pesquisa concluiu que esse tema vai ser levado em conta pelos eleitores na hora de escolher o prefeito, em outubro.
O crack escancarou o problema da dependência química em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza. Ninguém mais pode dizer que as drogas estão longe.
“A gente como pai está sempre pensando nisso. É um medo”, diz um homem.
O problema das drogas já não diz respeito só às famílias que têm dependentes químicos. A população em geral está preocupada. Tanto que o assunto já começa a aparecer entre as prioridades do eleitor brasileiro.
Em 26 cidades com mais de 300 mil habitantes, o Ibope perguntou qual tema o eleitor mais levará em conta na hora de escolher o candidato a prefeito, em 2012. 37% responderam saúde, 16% segurança, 11% educação e as drogas apareceram logo atrás, com 9%. Ultrapassou, com folga, uma velha preocupação do brasileiro: o emprego, com 4%.
A integrante da Associação Parceria contra as Drogas, Marylin Tatton, confirma: cada vez mais famílias telefonam pedindo ajuda. “As pessoas têm ligado para saber o que fazer, como fazer para que seus filhos não usem drogas e, principalmente, tem aumentado muito as ligações de pessoas que já estão com problema em casa”.
O Ibope também perguntou quais as três áreas mais problemáticas nas cidades. A saúde foi citada por 61% das pessoas, a segurança por 46% e as drogas por 40%, bem à frente da educação, do transporte coletivo e do trânsito.
“A droga diretamente atinge alguém da família ou próximo do circulo do cidadão, mas indiretamente ela alimenta um ciclo de violência, um ciclo de insegurança que de alguma maneira traz alguma consequência para todas as pessoas. O candidato tem que ter clareza que o eleitor está preocupado e vai cobrar dele uma atitude muito firme com relação a essa questão”, aponta o diretor de negócios do Ibope, Hélio Gastaldi.
“Eles têm que se empenhar mais que todo mundo. Se cada um fizer a sua parte fica mais fácil”, afirma uma mulher.

sexta-feira, 25 de maio de 2012


   - 03/04/2012


A primeira Casa de Moradia Assistida já tem uma moradora. Renata aproveitou para apresentar as instalações da casa e contar sobre o avanço de seu tratamento.

“Comecei o meu tratamento contra a dependência química há sete meses, dentro do projeto Ação Integrada Centro Legal. Devo parte de minha recuperação, aos trabalhos realizados pela ação e pelos projetos realizados pela Instituição Padre Haroldo. Estou a uma semana dentro dessa minha nova residência, já fiz meu currículo e comecei a fazer ginástica e me matriculei em um curso e começo semana que vem. Com a minha força de vontade e com a ajuda dos Tutores de Caso, tenho certeza que a minha vida será um novo remeço e em breve estarei de volta a sociedade, longe de meus vícios, que agora fazem parte de um passado, pelo qual não quero mais voltar”.


A secretária de Participação e Parceria, Vera Bussinger, agradeceu a presença de todos que fazem parte do projeto, inclusive do ex-secretario Uebe Rezeck: “Tenho orgulho em estar presente nessa cerimônia em que meu antecessor foi um, dentre os profissionais que fazem parte dessa grande realização. É importante ressaltar as ações realizadas pela sociedade civil, e aproveito para parabenizar a Instituição do Padre Haroldo, pelo trabalho em acolher e aconselhar os pacientes, nessa fase tão importante que é a de recuperação”.


SMPP inaugura primeira casa feminina do Projeto Moradias Assistidas

A Secretaria de Participação e Parceria por meio da Coordenadoria de Atenção às drogas (CDR) inaugura amanhã, 17, a primeira casa feminina do Projeto Moradias Assistidas. O projeto, elaborado a partir das atuações promovidas pela Ação Integrada Centro Legal (AICL), desde de 2008, inicia com a primeira unidade destinada a mulheres, no bairro de Capela do Socorro, Zona Sul de São Paulo.
O projeto Casa de Moradias Assistidas e Tutores de Casos é realizado em parceria com a Pró Saúde (Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar) e tem por objetivo o resgate da dignidade, autonomia e reconstrução de laços para 12 moradoras em um período de até 6 meses. O projeto possibilita atividades educacionais, culturais, sociais, de lazer, capacitação profissional, empreendedorismo, tendo acompanhamento constante das atividades, desde a chegada do paciente, até a reinserção na sociedade.
Dentro de cada Moradia Assistida trabalham 20 Tutores de Casos, que atuam nas Comunidades Terapêuticas conveniadas pela Prefeitura de São Paulo. Esses profissionais são psicólogos especializados em dependência química e especificamente treinados para atuarem no projeto, acompanhando o tratamento, providenciando estreitamento de laços com familiares e andamentos em documentos necessários a presença cidadã do individuo na sociedade, além de identificar o perfil mais preparado para a vivência dentro desses recintos.

Fórmulas para emagrecer usam antidepressivo de forma inadequada

GABRIELA CUPANI
da Folha de S.Paulo
A fluoxetina, princípio ativo de antidepressivos como o Prozac, vem sendo utilizada de forma inadequada em fórmulas para emagrecer.
O dado é de um levantamento feito pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) que avaliou 39.782 receitas especiais em Santo André, na Grande São Paulo. Dessas, 10.919 continham esse princípio ativo. Os resultados estão publicados na edição mais recente do "Jornal Brasileiro de Psiquiatria".
Em praticamente todas as prescrições manipuladas em farmácias (identificadas como magistrais ou de manipulação), a fluoxetina estava associada a outras substâncias normalmente indicadas para induzir a anorexia e promover a perda de peso. As mais frequentes foram benzodiazepínicos (presentes em 62,5% das receitas) e anfetaminas (em 45,8% delas).
As chamadas receitas especiais se referem às 175 substâncias de venda controlada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ficam retidas nos estabelecimentos.
Nas receitas avaliadas, os autores encontraram associações de fluoxetina com, em média, de quatro a sete substâncias. Mas em um dos casos havia 22 componentes. Quase 80% das receitas eram destinadas a mulheres, segundo o estudo.
"Esse tipo de prescrição múltipla é compatível com as fórmulas usadas para emagrecer", explica o psicólogo Vilmar Ezequiel dos Santos, um dos responsáveis pela pesquisa. "Resultados de outros estudos feitos em outras cidades brasileiras levam a crer que o cenário é similar no resto do país."
Inibição de apetite
Dados da ONU revelam que o Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de drogas para inibir o apetite. Em 2007, o país estava no topo do ranking, ao lado da Argentina e dos Estados Unidos.
Segundo o endocrinologista Bruno Geloneze, vice-presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a fluoxetina nunca deve ser combinada a outras drogas em fórmulas -independentemente da finalidade terapêutica.
Essa associação é mais arriscada quando inclui fármacos que, como a fluoxetina, agem no sistema nervoso central. É o caso dos derivados de anfetaminas e benzodiazepínicos.
"Essa interação pode levar a um aumento dos efeitos", diz o psiquiatra Adriano Segal, diretor de psiquiatria e transtornos alimentares da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica). Em combinação com benzodiazepínicos, por exemplo, pode haver aumento da sedação, o que compromete os reflexos. No caso da associação com anfetaminas, pode desencadear crises psiquiátricas.
Se a associação da fluoxetina é feita com agentes de ação não-central (como diuréticos, laxantes, fibras ou fitoterápicos), também comum nas receitas avaliadas, o risco é menor. "Mas ainda assim não há justificativa", diz Geloneze.
Sabe-se que a fluoxetina pode ser usada em algumas situações para pacientes que precisam perder peso. Estudos recentes apontam benefícios em indivíduos com compulsão alimentar e nos que ganharam peso usando antipsicóticos.
No entanto, ela é considerada um medicamento de segunda escolha quando a finalidade é emagrecimento. Seu uso tem que ser bem indicado e o paciente não pode ter contraindicações psiquiátricas.
"Todas as medicações para emagrecer podem ser usadas de forma coerente e responsável ou de forma inadequada", afirma Márcio Mancini, presidente da Abeso. "O uso desses coquetéis [que combinam a fluoxetina] é má prática."
Outro dado que chama a atenção é o grande número de receitas encontradas no levantamento contendo a fluoxetina. Pouco mais de um quarto das prescrições continham a substância, independentemente de ela estar associada a outras.
De acordo com o endocrinologista Bruno Geloneze, esse resultado pode ser considerado um indício do abuso desse medicamento. "Grande parte das receitas para emagrecer são feitas para quem não precisa."

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Organizações Sociais de Saúde (OSS)

As Organizações Sociais de Saúde (OSS) representam um modelo de parceria adotado pelo governo do Estado de São Paulo para a gestão de unidades de saúde, finalizado entre 1998 e 2001, previsto no Programa Metropolitano de Saúde (PMS), formalizado pela lei complementar nº 846 de 04 de junho de 1998.

A legislação estadual regulamentou a parceria com entidades filantrópicas, que passaram a ser qualificadas como Organizações Sociais de Saúde e que, em decorrência dessa qualificação, adquiriram o direito de firmar Contrato de Gestão com a Secretaria de Estado da Saúde, visando o gerenciamento de hospitais e equipamentos públicos de saúde. Este modelo de gestão introduziu novos conceitos de relacionamento com o setor filantrópico, que se mostraram eficientes.

A experiência iniciou-se com um grupo de 15 hospitais localizados em regiões carentes de serviços, buscando melhorar o acesso da população à atenção hospitalar, principalmente na região metropolitana de São Paulo.

Dentre os aspectos mais importantes da Lei Complementar nº 846, pode-se destacar:

  •  - a criação de um Contrato de Gestão, caracterizado como um acordo firmado entre o poder público e a entidade qualificada como OSS, que permite a definição das metas e do tipo de assistência à saúde a ser desenvolvido pelo serviço;
  •  - a existência de uma comissão de avaliação dos Contratos de Gestão, com representantes do Conselho Estadual de Saúde e da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa e por profissionais especializados indicados pela Secretaria de Estado da Saúde, responsável por analisar os resultados obtidos com a execução do contrato;
  •  - a determinação que os hospitais gerenciados pelas Organizações Sociais de Saúde atendam exclusivamente aos pacientes do SUS;
  • a publicação do balanço e demais prestações de contas das OSS no Diário Oficial do Estado e respectivo controle destes pelo Tribunal de Contas do Estado;
  •  - a exigência de que a entidade tenha experiência de pelo menos cinco anos na administração de serviços próprios de saúde.

Atualmente 37 hospitais, 38 ambulatórios, 1 centro de referência, duas farmácias e três laboratórios de análises clínicas são administrados por esta forma de gerenciamento. Os novos hospitais colocaram a serviço do SUS cerca de 4.300 leitos no Estado de São Paulo.

COCAÍNA/CRACK

A cocaína (Erythoxylon coca), planta original da América do Sul,pode se apresentar na forma de pó  (cloridrato de cocaína), de uma pasta base de coca (Merla, free base), diluída em água (cocaína injetável) e na forma de pedra (crack).
Os diversos sub-produtos da coca diferem no que se refere às vias de administração e tempo de absorção; a cocaína refinada (pó), quando  aspirada, em aproximadamente 15 minutos atinge o seu pico de ação e esta dura em torno de 45 minutos; já cocaína fumada atinge o pico de ação entre 10 a 15 segundos, porém o efeito prazeroso desaparece em até 5 minutos o que leva o usuário a ficar dependente com maior rapidez que as forma aspirada.
A "fissura", compulsão ou desejo incontrolável de consumir a droga está mais presente e é avassaladora no crack e na merla pelo fato do desaparecimento rápido do efeito prazeroso e o uso repetido para voltar a sentir o efeito. Além da fissura, outros sinais e sintomas característicos da síndrome de abstinência por cocaína-crack são o aumento da ansiedade, inquietação, irritabilidade, diminuição da concentração, sintomas paranóides e agitação psicomotora.
A cocaína age sobre três pontos do Sistema de Recompensa cerebral : o tronco cerebral, o núcleo-acubens e sobre a região do córtex cerebral pré-frontal, a mais importante de todas.
A paranóia que ocorre com a intensificação do uso da cocaína-crack com a finalidade de aumentar os efeitos prazerosos, provoca muito medo, ansiedade, comportamentos agressivos, em alguns casos delírios e alucinações. Esse quadro é denominado " psicose cocaínica" .
A cocaína-crack tem ação direta sobre o músculo cardíaco, lesionando-o . Outras complicação cardio-vasculares são: Morte súbita, arritimias, miocardites, miocardiopatias, hipertensão arterial,infarto do miocárdio,etc.
Entre as complicações neurológicas decorrentes do uso crônico da cocaína-crack temos:  Neurológicas - 25 a 60 % dos acidentes são causados por isquemias.
Complicações Musculares e Renais - Rbadomiólise- lesão no músculo estriado - causa lesões renais, insuficiência renal aguda.
No aparelho respiratório - edemas pulmonares, necrose dos alvéolos, hemorragia pulmonar.  Pulmão de crack. Dispnéia, falta de ar, tosse sanguinolenta que pode complicar para uma parada respiratória ou pneumotorax
Obstétrica - Complicações na gestação e parto. Parto prematuro. Complicações respiratórias, baixo peso, "crack babies", agitação. Comportamentos sexuais de risco - Prostituição, DSTs (HIV-AIDS).
Neuropsiquiátricos - danos no funcionamento cerebral principalmente nas regiões orbito frontal, cingulado, ínsula e córtex frontal.  O cérebro pode levar de 6 meses a 1 ano para retornar ao nivel do funcionamento anterior,  em usuários crônicos. Mesmo após a interrupção o cérebro fica hipofuncionante.
A chegada do crack no Brasil ocorre nos anos 90, nessa época ocorrem as primeiras apreensões em São Paulo e, nessa época, podia-se falar do perfil do usuário como sendo, na maioria, do gênero masculino, adultos jovens, com baixa escolaridade, que estavam desempregados ou em subempregos. Apresentavam um padrão de uso mais grave (intenso), que estavam mais envolvidos com atividades ilegais e a troca de sexo pela droga.
Após duas décadas o uso se disseminou entre as diferentes camadas sociais, bem como surgiram os "subtipos" de usuários, o usuário pesado que consome a droga em longos "binges" , em grupos que se encontram em espaços destinados ao uso (crack houses), que apresentam uma desorganização na condução de suas vidas no que se refere aos relacionamentos interpessoais, trabalho, escolarização, relacionamento familiar; que se evolvem mais em pequenos roubos, alguns trocam o sexo pela droga e fazem uso de outras substâncias psicoativas como álcool, benzodiazepínicos, maconha na expectativa de alívio dos sintomas de abstinência (são os poliusuários).
O usuário mais controlado é outro subtipo; é aquele que se sente no controle do seu consumo, que já se engajaram em algum tipo de tratamento e que não obtiveram sucesso na abstinência, mas aprenderam estratégias de redução do consumo e de danos, já são adultos mais velhos, ganharam alguma autonomia, obedecem a rotinas e mantém relações profissionais mais estáveis. O uso de álcool e maconha ainda está muito presente.

Referências

  • Laranjeira R - coordenador - Usuários de Substâncias Psicoativas, Abordagem, Diagnóstico e Tratamento. CREMESP/AMB, 2ª edição 2003
  • Laranjeira, R e Marcelo Ribeiro - O tratamento de usuários de crack, INPAD, São Paulo,2009
  • CEBRID- Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas-Departamento de Psicobiologia da Unifesp-Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina - Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas, OBID, 2003
  • Kessler, F e Flávio Pechansky, Uma visão psiquiátrica sobre o fenômeno do crack na atualidade.Rev.Psiquiatria RS,2008,30(2) 96-98.
  • Kessler, F. ET AL, Crack - da pedra ao tratamento, Revista da AMRIGS, porto Alegre,54(3): 337-343, jul-set 2010.

Álcool

O comprometimento à saúde gerado pelo uso indevido de bebidas alcoólicas segue algumas etapas clássicas: sensibilização, uso abusivo, dependência.

A sensibilização acontece na juventude, quando beber, e beber muito, significa aceitação pelo grupo, popularidade, poder. Os estudos mostram que quanto mais jovem o indivíduo no momento que se expõe a substâncias psicoativas, entre elas, a principal é o álcool, tanto pior o prognóstico para o desenvolvimento de uma dependência. Isto pode ser compreendido no plano psicológico, pois o indivíduo aprende a reagir sempre da mesma forma diante de qualquer estímulo do meio. Isto é, seja o estresse maior ou menor, agradável ou desagradável, a resposta do indivíduo será sempre buscar o álcool - ou outra droga - para obter alívio de seu desconforto. Assim, o jovem não aprenderá a se conter quando oportuno, a brigar quando necessário, a argumentar nas suas relações pessoais e profissionais. Apenas saberá alterar seu vínculo com os fatos da vida através da ingestão de álcool. De forma correspondente, no plano biológico, ocorre uma mudança estrutural nas células e na comunicação entre elas, sem o desenvolvimento natural de outras vias de transmissão da mensagem, repetindo sempre o mesmo circuito.
O hábito de beber é incentivado através de propaganda, filmes e grupos que não têm alternativa para o lazer. O uso abusivo pode durar muitos anos, e a mudança deste estado para a dependência ocorre de forma tão sutil, que passa despercebida.
O fígado humano é capaz de metabolizar uma determinada quantidade de álcool por hora, com este conhecimento, já se sabe que o homem adulto, consegue metabolizar até três doses de álcool num dia; e a mulher adulta, cerca de duas doses.  Isto, considerando um homem e uma mulher de tamanhos médios; e cada dose se refere a um copo/cálice/lata determinado para cada bebida alcoólica.
Portanto, a dependência do álcool, ou o alcoolismo é uma doença adquirida pela repetição de um hábito. Trata-se de uma doença crônica, porque consiste de uma alteração fisiopatológica que, depois de instalada, é irreversível, podendo ocorrer recaídas mesmo após longos períodos de abstinência. Esta doença consiste de busca compulsiva e incontrolável, em que o uso do álcool persiste apesar das conseqüências negativas para o indivíduo.
Para se estabelecer a suspeita de dependência de álcool, algumas perguntinhas básicas (teste CAGE) são fundamentais:
1. Alguma vez o (a) Sr. (a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber?
2. As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber?
3. O (A) Sr. (a) se sente culpado (a) (chateado consigo mesmo) pela maneira como costuma beber?
4. O (A) Sr. (a) costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
No caso de duas respostas afirmativas, o uso de álcool é considerado de risco, mas ainda não é um diagnóstico, que só será firmado por um profissional especializado.
O grau de intoxicação varia conforme dois fatores; a quantidade de bebida ingerida e o tempo decorrido desde a ingestão. O pico de concentração sanguínea máxima é atingido entre 30 e 90 minutos, e é retardada pela ingestão concomitante de alimentos.
As bebidas alcoólicas são eliminadas do organismo de forma complexa: até 10% do álcool ingerido é excretado de forma inalterada pelo suor e pela urina. A maior parte, até 90%, é metabolizada no fígado na primeira etapa para a forma de acetaldeído, responsável por aquele hálito característico, chamado tecnicamente de hálito cetônico. Esta substância resultante é metabolizada em segunda etapa pela enzima aldeído desidrogenase.
O fígado, em média, só consegue metabolizar 10ml de álcool por hora, enquanto isto o álcool continua em circulação por todo o corpo inclusive o cérebro, provocando os seguintes sintomas em ordem de menor para maior gravidade: euforia e excitação; alterações da atenção; alterações da coordenação motora; labilidade emocional; seguidos de piora de todas estas alterações; náuseas e vômitos; amnésia; baixa da temperatura corporal; anestesia; coma e morte.
No passado, era comum acontecer de pessoas intoxicadas procurarem os pronto-socorros e receberem glicose na veia. Este conceito já caiu em desuso, pois este procedimento pode causar prejuízos ainda maiores ao cérebro. O que se sabe, com certeza, é que qualquer quantidade de álcool diminui a vitamina B1 (tiamina) do organismo, e que, no caso de grandes ingestões de bebidas alcoólicas, é importante repor esta carência para proteger todo o sistema nervoso dos prejuízos causados pelo álcool ingerido em grandes quantidades.
Quando a dependência de álcool está adiantada, pode surgir um quadro de sintomas chamado de Síndrome de Abstinência Alcoólica. Para diferenciar os conceitos, é importante esclarecer que a palavra Abstinência isoladamente, significa o ato de abster-se, de privar-se do uso de alguma coisa ou ainda a privação voluntária dos desejos sexuais, seja por preceitos religiosos, em busca do aprimoramento moral ou espiritual, seja a privação, voluntária ou não, de substâncias tais como álcool, heroína. Por outro lado, a Síndrome de Abstinência é um quadro grave e agudo, que se inicia cerca de 6 a24h após a diminuição ou a suspensão do consumo de bebidas alcoólicas, compromete todo o metabolismo da pessoa, caracteriza-se por um conjunto de sintomas, e nem todos podem estar presentes:

  • agitação;
  • ansiedade;
  • alterações de humor (como irritabilidade ou depressão);
  • tremores;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • taquicardia;
  • hipertensão arterial;

As convulsões são outra complicação do uso abusivo e crônico de bebidas alcoólicas e costumam ser do tipo Grande Mal, isto é, tônico-clônicas, quando a pessoa fica com a musculatura rígida, cai, para em seguida passar a se debater. Na maior parte das vezes são episódios isolados e podem ocorrer nas primeiras quarenta e oito horas após a suspensão da substância (mais freqüentemente entre 13 e 14 horas). Uma vez sensibilizado o cérebro, o risco de a convulsão ocorrer novamente em seis meses é de 41%, e em três anos é de 55%.
A Síndrome de Abstinência Alcoólica pode se complicar pelo Delirium Tremens, que, como o nome diz, associa um estado toxi-confusional em que aparece o delírio vívido, com tremores e outras alterações somáticas. Neste caso, a pessoa corre grave risco de vida e deve ser tratada num pronto socorro com recursos clínicos. Ocorre em menos de 5% dos dependentes de álcool quando suspendem o uso, com piora significativa no começo da noite. Os pacientes apresentam vivência delirante, com fala incoerente, demonstram sofrer alucinações visuais e outras distorções da percepção da realidade. Também acompanham agitação; ansiedade; alterações do humor; tremores; náuseas, vômitos; freqüência cardíaca e pressão arterial aumentadas. 
Exames de detecção do álcool no organismo:
Para as pessoas que consomem bebidas alcoólicas de forma esporádica, o intervalo de tempo para detecção na urina é de 6 a 48 horas. Até 30 minutos da ingestão ainda não há eliminação de álcool pela urina. 
Na circulação do sangue o álcool atinge a concentração máxima entre 30 a 90 minutos. A dosagem da concentração de álcool no sangue - (CAS) ou alcoolemia - costuma ser usada apenas como teste de confirmação.
No bafômetro a concentração de álcool no ar expirado é medida por uma fonte infravermelha, lembrando que até 10% do álcool no organismo é eliminado desta maneira.  
Por outro lado, estas dosagens podem ser muito diferentes para as pessoas que consomem bebidas alcoólicas com muita freqüência, porque o metabolismo está alterado: a eliminação total do etanol se faz num período máximo de 48 horas. Nestes casos é importante realizar exames complementares para verificar o grau de desequilíbrio metabólico do paciente.

Referências
  • pubs.niaaa.nih.gov/publications/aa63/aa63.htm
  • Maciela C, Kerr-Corrêa F - Psychiatric complications of alcoholism: alcohol withdrawal syndrome and other psychiatric disorders -Instituto de Educação Continuada da PUC Minas e FATEC - MG; Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp - Rev Bras Psiquiatr 2004;26(Supl I)
  • http://www.ualberta.ca/~kgtodd/
  • van den Brinka W, van Reeb J M. Pharmacological treatments for heroin and cocaine addiction - European Neuropsychopharmacology 13 (2003) 476-487 www.elsevier.com/locate/euroneuro
  • Laranjeira R, Nicastri S, Jerônimo C, Marques AC. Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento http://www.alcoolismo.com.br/deli.htm
  • Laranjeira R - coordenador - Usuários de Substâncias Psicoativas, Abordagem, Diagnóstico e Tratamento. CREMESP/AMB, 2ª edição 2003


Jovem Acolhedor

O que é?

É um Programa da Secretaria de Estado da Saúde destinado à participação de universitários no Acolhimento de usuários das Unidades Públicas de Saúde, com o objetivo de investir no processo de Humanização da Assistência.

Como o nome já diz: Acolhimento significa "acolhida, ato ou efeito de acolher, refúgio, abrigo, agasalho, atenção, consideração".
 

Este Programa resulta da constatação de que a evolução técnico-científica deve ser acompanhada de um correspondente avanço na qualidade do contato humano.
 

A experiência mostra que uma infinidade de mal-entendidos e dificuldades enfrentadas pelos usuários e trabalhadores no ambiente dos Serviços de Saúde podem ser minimizados quando se ouve, compreende, acolhe, considera e respeita, tanto os usuários, como aqueles que cuidam - atores essenciais para a Humanização.
 

Vantagens BOLSA DE ESTUDOS de valor INTEGRAL, sendo que a Secretaria de Estado da Saúde arcará, mensalmente, com a importância de até R$ 350,00 (trezentos e cinqüenta reais), relativamente a cada estudante, devendo o restante da Bolsa ser complementado pela Instituição de Ensino, para a quitação da mensalidade;
-  INTEGRAÇÃO e participação de estudantes universitários nos projetos inseridos em sua comunidade;
-  CONTEÚDO FORMATIVO a ser desenvolvido, além da supervisão técnica, ao longo dos doze meses de duração da Bolsa (com direito a certificado), onde serão abordados os seguintes temas:

Conceito de Saúde e Doença
Aspectos Psíquicos do Adoecer
Aspectos Psico-sociais presentes nas relações humanas
Sociabilidade e Comunicação, Direitos Sociais, Cidadania e Participação na Comunidade
Processo de Trabalho na Instituição de Saúde
Políticas de Saúde: SUS e seus princípios
Humanização da Assistência a Saúde e Ética

Funções

São Funções do Acolhedor:
  • recepcionar todas as pessoas que procuram a Unidade de Saúde com urbanidade e respeito, acolhendo-as com humanidade;
  • buscar a resolutividade no agir e solucionar dos problemas e compromisso com a satisfação e qualidade do atendimento;
  • cumprir a programação sob sua responsabilidade;
  • zelar pelo bem público, inclusive materiais, equipamentos e instalações da Unidade de Saúde ou os que forem colocados à sua disposição;
  • cumprir normas e princípios que regem a administração pública;
  • dedicar 20 horas semanais para as atividades do Programa a serem desenvolvidas de Segunda à Sexta-feira.
 
Recepção Humanizada

A Humanização na Área da Saúde diz respeito a mudanças estruturais que envolvem gestão, processo de trabalho e relacionamentos interpessoais dentro de princípios de participação, compromisso e respeito às subjetividades dos usuários e dos profissionais da saúde. A qualidade da atenção, o interesse e a responsabilidade são aspectos enfatizados pela cultura da humanização que devem estar presentes desde o momento em que as pessoas chegam aos serviços de saúde.

O acolhedor é aquele que promove o encontro do usuário com a instituição de saúde por meio de atitude cuidadosa, disponível para uma escuta aberta às necessidades do usuário e capacidade de orientar sua inclusão dentro do sistema de saúde.

Uma recepção humanizada agrega profissionais com conhecimentos de saúde coletiva, cidadania e compreensão das dimensões humanas do adoecimento da população a quem atende para que possa exercer de fato a escuta de suas necessidades. O desenvolvimento de seu trabalho implica necessariamente na integração com todas as demais atividades institucionais que vão dar prosseguimento aos cuidados iniciados na recepção.

Nesse sentido, a recepção humanizada é a porta de entrada para um serviço que tem a humanização como o eixo de todas as suas práticas. 
 
Quem pode se inscrever?

PODERÃO se inscrever somente os Universitários do Primeiro ao Penúltimo ano, devidamente matriculados nas Instituições e Cursos Cadastrados>, além disso:

- com disponibilidade de 20 horas semanais - de 2ª a 6ª feira, no período da manhã ou tarde; e, 

- Universitários com:
  • capacidade para trabalhar em equipe;
  • desembaraço no trato com o público;
  • iniciativa na solução de problemas (dinamismo);
  • postura profissional (compromisso e ética);

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filhos de dependentes químicos com fatores de risco bio-psicossociais: necessitam de um olhar especial? 

Crescer em uma família que possui um dependente químico é sempre um desafio, principalmente quando falamos do contato direto de crianças e adolescentes com essa realidade. Esse desafio pode atuar desenvolvendo competências para lidar com situações estressantes e soluções de problemas, bem como desestruturar o desenvolvimento saudável de uma criança ou adolescente.
Filhos de dependentes químicos apresentam risco aumentado para transtornos psiquiátricos, desenvolvimento de problemas físico-emocionais e dificuldades escolares. Dentre os transtornos psiquiátricos, apresentam um risco aumentado para o consumo de substâncias psicoativas, quando comparados com filhos de não-dependentes químicos, sendo que filhos de alcoolistas têm um risco aumentado em quatro vezes para o desenvolvimento do alcoolismo (West, 1987; Merikangas et al., 1985; Cotton, 1979). No entanto, também é um grupo com maior chance para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, transtorno de conduta e fobia social (Christensen e Bilenberg, 2000;  Hill et al.,1999; Kuperman et al., 1999; Furtado, 2002).


NELIANA FIGLIE,  ANDREZZA FONTES,  EDILAINE MORAES, ROBERTA PAYÁ
Intervenção Breve em Familiares de Dependentes Químicos -
 Resultados de um estudo de seguimento de 30 meses 

A inclusão da família no tratamento de dependentes químicos tem sido consideravelmente estudada, no entanto não existe um consenso sobre o tipo de tratamento a ser utilizado, dentre os vários propostos. O objetivo deste estudo foi verificar o desfecho de uma intervenção breve, baseada na abordagem cognitiva-comportamental, após 30 meses. Trata-se de um estudo de seguimento desenvolvido em um programa de tratamento ambulatorial do serviço público federal universitário, onde foram estudadas 94 famílias que participaram de um programa de orientação familiar, no período de 1996 a 1998. Foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, realizada por telefone, que englobava dados demográficos; questões sobre procura para tratamento por parte do dependente antes e depois da participação no serviço; utilização de substâncias psicotrópicas na atualidade e modificações ocorridas com os familiares e dependentes após a participação no tratamento.
De modo geral, o desfecho foi considerado positivo tanto do ponto de vista do familiar em termos de satisfação para com o serviço recebido, quanto da percepção de melhora no relacionamento com o dependente.
Como é a Qualidade de Vida dos Dependentes de Álcool ? 

O objetivo deste trabalho é discutir a Qualidade de Vida dos dependentes de álcool através da escala Short Form Health Survey (SF-36). Foram entrevistados 181 pacientes do sexo masculino, em 13 meses, sendo que 49% (N=88) estavam em tratamento em ambulatório de Gastroenterologia de Hospital Geral e 51% (N=93) em ambulatório especializado no tratamento em Dependência Química, ambos pertencentes a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Os resultados apontaram diferenças significantes em Saúde Mental, uma vez que os pacientes do ambulatório especializado apresentaram qualidade inferior quando comparados ao grupo da gastroenterologia, e Capacidade Funcional, na qual os pacientes do ambulatório de gastroenterologia apresentaram qualidade inferior em relação ao outro grupo. Nas seis subescalas restantes não foram encontrados resultados estatisticamente significantes.
Quanto a Severidade da Dependência Alcoólica, pesquisada através do Alcohol Dependence Data Questionnaire (SADD), foi encontrada diferença significante entre os grupos, predominando a dependência grave no ambulatório especializado, diferindo do ambulatório de gastroenterologia onde foi mais freqüente a dependência moderada.
O artigo tem como proposta discutir a importância de uma abordagem da qualidade de vida no tratamento do alcoolismo e necessidade de uma intervenção nos dependentes de álcool que não encontram-se em tratamento.


Roberta Payá, Neliana Buzi Figlie, Janaina LuiseTurisco e Ronaldo Laranjeira