Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

domingo, 29 de março de 2015

Reiki contribui para acelerar a recuperação do paciente e promove o reequilíbrio físico, mental e espiritual Terapia é considerado um instrumento importante para vários tipos de tratamento


O arquiteto Fábio Abreu de Queiroz tem um sono tranquilo, se sente equilibrado e muito bem-disposto. Mas nem sempre foi assim. Ele morou fora do Brasil e, ao retornar, passou por uma fase de difícil adaptação, o que gerou ansiedade e insônia, problemas que, a princípio, ele tentou controlar com a ajuda de medicamentos indicados por um psiquiatra. A psicóloga Gláucia Friaça Maciel, de 46 anos, se sente leve, otimista, saudável e de bem com a vida. Mas nem sempre foi assim. Há 10 anos, ela passava por grandes dificuldades emocionais ligadas ao estresse. Além da superação dos problemas, Fábio e Gláucia têm uma coisa em comum: eles se tratam com reiki, método natural de harmonização e reposição energética que mantém ou recupera a saúde física, mental e espiritual.

Maria José Marinho, de 83, aplica reiki quase todos os dias há cerca de 40 anos. De acordo com ela, a energia universal que é recebida por meio do reiki é transmitida pela imposição das mãos, que podem ou não tocar o corpo do paciente. “Primeiro, faço uma avaliação do nível de estresse do paciente, depois reconheço os pontos de maior tensão”, explica. Um exemplo da aplicação é em pessoas que estão prestes a fazer vestibular. “O reiki trabalha o cérebro. Mesmo que uma pessoa esteja intelectualmente preparada para fazer uma prova, o medo bloqueia o conhecimento. Por isso, as sessões são muito úteis para aqueles que vão fazer vestibular”, explica. Os benefícios do método, porém, vão muito além dessa situação.

“Trata-se de um medicina integrativa, que ajuda as pessoas a superar bloqueios, angústias, medo, 
depressão, insônia, nervosismo e estresse”, observa Maria José. Segundo ela, quem aplica o reiki deve ser um profissional preparado para fazer a energia do universo fluir através das suas mãos. Ela explica que, durante o processo, podem ocorrer “revelações”, que são ou não comunicadas ao paciente. Para aplicar o reiki, segundo ela, é necessário “romper” uma “tela” que existe nas mãos, responsável por bloquear a passagem de energia. “A partir daí, quem aplica também recebe a energia, que entra no topo da cabeça, desce pela coluna vertebral e expande-se pelos braços, chegando às mãos.”

HARMONIZAÇÃO 
De acordo com o terapeuta holístico Helemar de Sá, o reiki hoje é considerado um instrumento importante para vários tipos de tratamento, tanto que hospitais como o Albert Einsten e o Sírio-Libanês, em São Paulo, já o utilizam como terapia complementar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também incluiu o método em suas Orientações Normativas sobre o Tratamento da Dor, entre as modalidades de tratamento sem o uso de drogas recomendadas, junto de fisioterapia, fitoterapia, acupuntura, jugizu e musicoterapia. O documento aponta para a necessidade de se incluírem, no tratamento médico, outras dimensões biológicas, fisiológicas, sociais e espirituais. “O reiki é uma mão cheia de saúde”, resume Maria José.

Segundo Helemar, o que ocorre hoje é que, no lugar de haver competição entre a medicina e o reiki, há uma complementaridade. “A medicina tradicional cuida mais da parte química, biofísica. O reiki vai cuidar da parte energética e dos fundamentos do processo”, explica. Ele esclarece que o tratamento não tem nenhum vínculo com religião e que é um método considerado importante em pré e pós-operatórios. Para os estudiosos do reiki, toda doença tem fundamento no comportamento da pessoa. “Temos movimentos energéticos que se manifestam por meio de sentimentos, como raiva, angústia, tristeza, inveja, egoísmo e alegria. “Esse movimento vai produzir até uma alteração biofísica e bioquímica no organismo. O reiki permite retomar a harmonia do processo, entre o que se está vivendo do lado de fora e do lado de dentro.”




Zulmira FurbinoPublicação:28/03/2015

sábado, 28 de março de 2015

Como é a avaliação psicológica dos pilotos de avião



Detalhes sobre queda de avião da Germanwings levantam dúvidas sobre testes psicológicos em pilotos

Investigadores da queda do voo da Germanwings nos Alpes franceses disseram acreditar que o avião foi derrubado deliberadamente pelo copiloto Andreas Lubitz.

A Lufthansa, a empresa controladora da Germanwings, disse que não havia nenhuma indicação de que Lubitz, de 27 anos, era mentalmente instável.

Em 2009, o treinamento do piloto foi brevemente interrompido, mas retomado após Lubitz ser considerado apto novamente. O presidente-executivo da Lufthansa, Carsten Spohr, disse não estar autorizado a revelar o motivo que levou à interrupção.
Quando Lubitz retornou, "seu desempenho foi sem críticas" e "nada foi marcante" sobre seu comportamento, disse Spohr.
A imprensa alemã, no entanto, informou que Lubitz sofria de depressão e que policiais encontraram sinais de problemas mentais em buscas no apartamento dele em Duesseldorf.
A natureza inexplicável das ações do piloto lançou dúvidas sobre a forma como os pilotos são avaliados psicologicamente.
A maioria dos viajantes no mundo hoje provavelmente supõem que aqueles que comandam aviões tenham passado por avaliações mentais rigorosas, já que estes seriam responsáveis por centenas de vidas. Mas será que essa suposição corresponde à realidade?
Raio-x psicológico
O presidente-executivo da Lufthansa deu a entender que não haveria teste psicológico especial obrigatório na Europa.
Na Grã-Bretanha, por exemplo, segundo um porta-voz da Autoridade de Aviação Civil, a maioria dos pilotos começa numa escola de treinamento de voo, disse. Mas essas escolas não filtram candidatos por motivos psicológicos e, basicamente, avaliam apenas a capacidade de alguém voar.Autoridades acreditam que Lubitz derrubou avião deliberadamente

Uma avaliação médica é realizada assim que o piloto é empregado por uma companhia aérea. O capitão Mike Vivian, ex-chefe de operações de voo da Autoridade de Aviação Civil britânica, disse que esta avaliação é "muito intensa".

O processo envolve um elemento de triagem psicológica. Candidatos são questionados sobre sua história pessoal, incluindo interesses e relações familiares, histórico de depressão e pensamentos suicidas, disse Vivian.

Mas os processos de seleção parecem depender das respostas do candidato e o julgamento do examinador. "Há um elemento de confiança", disse.

Este exame é realizado por um médico de aviação especialmente treinado e é repetido todo ano ou a cada seis meses, dependendo da idade.
Mas a autoridade britânica disse que todos os procedimentos de triagem deverão ser revistos após o "trágico incidente" da Germanwings.
A maior parte dos exames é focada nos aspectos fisiológicos do piloto - altura, peso, sangue e urina. O aspecto mental ocupa uma parte secundária da avaliação - apenas seis linhas num documento de três páginas e meia definem o que o questionário "psiquiátrico" deve abordar.

"Durante a avaliação do histórico do candidato, o médico deve fazer uma investigação geral sobre a saúde mental que pode incluir humor, sono e uso de álcool".

"O médico deve observar o requerente durante o processo do exame e avaliar o estado mental do candidato sob as categorias de aparência / discurso / humor / pensamento / percepção / cognição / conhecimento. O médico também deve buscar quaisquer sinais de álcool ou uso de drogas".

Tristan Loraine, ex-capitão da British Airways, aposentado desde 2006 após 20 anos de voo, disse não ter sido avaliado psicologicamente em sua carreira. Disse que "urinou em garrafa, submeteu-se a exames de sangue", mas que a questão mental não foi avaliada.

A maior parte do teste é relacionada à capacidade técnica. Ele foi submetido a testes de simulação duas vezes por ano e a um exame no qual seu comportamento como capitão era observado durante um voo normal.

Na British Airways, ao contrário das companhias nas quais havia trabalhado anteriormente, Loraine disse ter se reunido com dois funcionários de recursos humanos. Mas, novamente, segundo ele, essas reuniões foram pouco rigorosas.

"O pessoal do RH disse: 'nos conte sobre a sua vida'. Eles não estavam fazendo um teste neuropsicológico adequado", disse:

A associação britânica de pilotos aéreos, a Balpa, rejeita essa afirmação.

Rob Hunter, diretor de segurança de voo da Balpa, disse em comunicado: "A aplicação do certificado médico anual inclui uma exigência legal de que um piloto declare ter tido quaisquer problemas psicológicos e espera-se que o examinador avalie quaisquer sinais de problemas mentais aparentes durante o exame".

"Pilotos operam uma rigorosa cultura aberta de relatar quaisquer preocupações relacionadas a questões técnicas, de segurança ou problemas médicos ou mentais com os colegas".

Loraine, que faz campanha a favor do bem-estar dos pilotos, diz que, embora espera-se que pilotos e tripulação relatem problemas pessoais, muitas vezes isso não acontece.

"Voei com pessoas que não estavam em condições de voar. Elas tinham problemas domésticos ou financeiros", disse.

O secretário-geral da Balpa, Jim McAuslan, rejeita a introdução imediata de uma triagem mais rigorosa, mas admite que, enquanto aviões e controles de tráfego aéreo se tornaram mais seguros, "o ponto de fraqueza" agora, podem ser os pilotos.

Casos em que pilotos deliberadamente derrubam um avião podem ser difíceis de serem provados - a queda do avião da EgyptAir, em outubro de 2009, e de um voo entre Moçambique e Angola, em novembro de 2013, se encaixam neste cenário.
Qual seria a melhor resposta?

Incidentes nos quais pilotos tentam derrubar o avião são "absolutamente raros" e acontecem a cada 5 a 10 anos. Pilotos são observados o tempo todo, especialmente por seus colegas.

"Toda vez que eles entram na cabine estão sendo analisados porque alguém está sentado ao lado deles",

disse o psicólogo clínico Robert Bor.

Empresas aéreas estão revendo regras após queda de avião

Bor diz que mesmo testes psicotécnicos não poderão revelar detalhes sobre uma pessoa que acorda de forma diferente em um determinado dia. E é impossível evitar que 100% dos casos em que alguém queira abusar de sua posição de autoridade.

A triagem psicológica pode ajudar, diz Loraine. Mas isso não vai resolver tudo - a saúde mental das pessoas pode mudar ao longo da vida. No caso de Lubitz, não houve sinais de aviso, de acordo com a Lufthansa.

Em última análise, Vivian disse, não é óbvio como as companhias aéreas possam conseguir chegar a uma triagem perfeita. "Eu não conheço qualquer teste em que você consiga investigar o estado mental de uma pessoa de forma abrangente e objetiva".

A resposta é evitar que um piloto nunca esteja sozinho na cabine de comando, diz Loraine. Esta é a abordagem que a Autoridade Federal de Aviação dos EUA adotou. Agora, a Europa vai analisar se fará o mesmo.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Centro de referência LGBT é inaugurado em São Paulo

O Centro de Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero), no bairro do Arouche, na região central de São Paulo, foi inaugurado nesta sexta-feira (27) pelo prefeito Fernando Haddad e pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti. No local, vão trabalhar 20 profissionais, entre psicólogos, advogados e assistentes sociais, que prestarão atendimento às vítimas de homofobia. Elas receberão orientação jurídica e psicológica gratuitamente.
Creative Commons - CC BY 3.0 - Prefeito Fernando Haddad inaugura Centro de Cidadania LGBT

Paulo Pinto/Fotos Públicas

As pessoas também poderão assistir a palestras, debates e fazer testes de HIV. O centro substituirá o serviço da prefeitura que funcionava no Pátio do Colégio (local onde foi erguida a primeira construção que deu origem à cidade de São Paulo), também no centro. O espaço fica aberto de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 21h. Foram investidos no centro R$ 1,2 milhão, recursos da prefeitura e do governo federal.

De acordo com o coordenador de Políticas LGBT do município, Alessandro Melchior, o Largo do Arouche é um espaço de maior frequência da população LGBT do Brasil. “Há registros de que a população LGBT frequenta o Largo do Arouche desde 1930. Uma das questões centrais da prefeitura, foi a necessidade de que os serviços públicos cheguem onde a população está. A equipe é muito grande e este talvez seja o maior centro de referência LGBT do Brasil”.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, destacou a situação de vulnerabilidade da população LGBT. Por isso, ela é um dos alvos das políticas públicas da secretaria. De acordo com a ministra, é necessário enfrentar o preconceito, a violência e o não reconhecimento do direito de a pessoa ser o que é.

“É um trabalho cotidiano que só pode ser feito com estrutura física e trabalho permanente de mudança da cultura. Toda forma de violência e de preconceito tem sua origem na afirmação 'eu tenho direito, ele não tem'. Há uma concepção de poder”, disse. Ideli ressaltou que essa população muitas vezes não sabe os direitos que tem, e a existência de um centro de referência é fundamental para acolher, orientar e encaminhar.

A coordenadora do Fórum Paulista LGBT, Fernanda de Moraes, avaliou que o centro será um grande instrumento no combate à homofobia e representa um avanço. “Este se tornará um polo e um ponto positivo para a população LGBT, porque reunirá serviços como o de psicologia, jurídico e assistência social. Isso será importante para agregar essa população que precisa desse atendimento para ter seus direitos garantidos”. 

Segundo a Coordenadoria de Políticas LGBT do município, entre 2012 e 2013, a capital paulista registrou 450 casos de violação de direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Criado em 27/03/15 17h25 e atualizado em 27/03/15 17h41
Por Flávia Albuquerque Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil


TAGS: CENTRO LGBT, DIREITOS HUMANOS

Depressão, bipolaridade e ansiedade são maioria em tratamentos de saúde mental

Depressão, bipolaridade e ansiedade são os principais diagnósticos feitos no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Psiquiatria, na Vila Maria, zona leste da capital paulista, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde. A maioria dos pacientes (52%) atendidos na unidade apresentaram algum desses transtornos, chamados de afetivos. Desde a inauguração do ambulatório, em agosto de 2010, quase 15 mil pessoas foram atendidas.
Para a psiquiatra Denise Amino, diretora técnica do serviço, o número é esperado, diante dos padrões da sociedade, tendo em vista que a incidência da depressão é em torno de 20%. “Não há um estudo para a sociedade em geral que mostre qual o percentual da depressão em relação aos transtornos mentais. Mas, com certeza, ela é maioria, se pensarmos que 20% é um número expressivo, enquanto a esquizofrenia, por exemplo, é 1% da população”, comparou.
O ambulatório oferece cinco linhas de cuidados. Em relação aos transtornos afetivos, que representam mais da metade dos atendimentos, 38% são casos de depressão. A psiquiatria geriátrica corresponde a 17% dos casos; psiquiatria da infância e adolescência, 12%; transtornos psicóticos e esquizofrenia, 11%; e transtornos ligados ao uso de álcool e outras drogas (8%).
De acordo com a secretaria, mais do que um quadro de desânimo ou tristeza, a depressão é quando sentimentos negativos deixam de ser passageiros e começam a afetar de forma negativa a vida da pessoa em diversas áreas, seja no trabalho, no sono, no aspecto físico ou em suas relações pessoais. “São outros sintomas, para além da tristeza, perdurando por um período maior e causando prejuízos tanto na vida pessoal quanto profissional”, descreveu a psiquiatra.

Denise alerta que o preconceito em relação à depressão e a dificuldade em identificar os sintomas prejudicam a busca de uma ajuda especializada. “Se não tiver um atendimento adequado, a doença acaba se tornando crônica ou evoluindo para um quadro mais grave”, apontou.

Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil
Editor Stênio Ribeiro