Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ENTREVISTA - Dr. Drauzio Varela entrevista Dr. Ronaldo Laranjeira
TRATAMENTO DO ALCOOLISMO

Dr. Ronaldo Laranjeira é médico, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Escola Paulista de Medicina na Universidade Federal de São Paulo e com PhD em dependência química na Inglaterra.


Quando se fala em dependência química, a preocupação maior é com as drogas ilícitas, cocaína, maconha, crack, ecstasy, entre tantas outras. No entanto, o grande inimigo está camuflado sob o manto do socialmente aceitável. O álcool nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade. Sua venda é livre e ele integra a cultura atual ligada ao lazer e à sociabilidade. Uma reunião em casa de amigos, o happy hour depois de um dia estafante, a balada de sábado à noite, a paradinha no bar na saída do escritório não têm sentido sem a bebida alcoólica.

O efeito relaxante das doses iniciais, porém, desaparece com o aumento do consumo. Se o convívio com uma pessoa embriagada incomoda, isso não é nada diante dos males que o álcool pode causar e que não se restringem às doenças do fígado. A labilidade emocional que num instante transforma o alcoolista risonho num indivíduo violento é responsável não só pelo aumento da criminalidade, mas também pela desestruturação de muitas famílias.

Beber com moderação é possível, mas raros são os que reconhecem estar fazendo uso abusivo e nocivo do álcool. Muitos ainda não são dependentes, mas incorrem em riscos que deveriam e poderiam ser evitados. Não se pode esquecer de que a grande maioria dos acidentes de trânsito ocorre quando está no volante uma pessoa alcoolizada.

PADRÕES DE CONSUMO DE ÁLCOOL

Drauzio – É enorme o número de pessoas que bebe. Do ponto de vista médico quando se diz que uma pessoa é alcoólatra?

Ronaldo Laranjeira – É preciso estabelecer uma distinção entre três padrões de consumo de álcool. Há os que não têm problemas ao beber, os que fazem uso abusivo do álcool e os que são dependentes dessa substância. Hoje está mais ou menos estabelecido que a pessoa sem problemas, se for um homem saudável, pode beber o equivalente a dois ou três copos de vinho, ou dois copos de chope, ou uma dose pequena de destilado. Em se tratando de mulheres, as doses deverão ser um pouco menores, já que elas são mais sensíveis aos danos biológicos provocados pela bebida. Esse padrão de uso contido do álcool é o que a maioria das pessoas desenvolve.

Número substancial de pessoas, porém, faz uso nocivo do álcool, pois ocasional ou regularmente bebe acima das quantidades supracitadas. Se numa festa, a pessoa bebe cinco copos de cerveja ou três de uísque, está ingerindo mais do que seu organismo tolera em termos de intoxicação alcoólica.

É claro que do ponto de vista biológico beber regularmente três doses de uísque ou de pinga causa impacto biológico significativo como hipertensão arterial ou doenças gástricas e hepáticas relacionadas ao consumo de álcool. A pessoa pode não ser dependente, mas nem por isso deixa de lesar o organismo quando exagera na bebida.

No Brasil, 13% da população masculina adulta têm problemas com álcool e dois terços desses 13% abusam de seu uso. Bebem três doses de uísque – ou uma dose substancial que vale por três – e dizem: não sou alcoólatra porque só bebo isso e mais nada.

Drauzio – Você classificaria essas pessoas como alcoólatras?

Ronaldo Laranjeira – Não. Tecnicamente a Organização Mundial de Saúde considera que essas pessoas fazem uso nocivo do álcool, mas não chegam a ser dependentes, porque conseguem passar alguns dias sem beber, não bebem pela manhã nem sentem necessidade premente da bebida em outros momentos. Muitas adotam um padrão razoavelmente regular de consumo. Às vezes, só bebem nos finais de semana, por exemplo, mas bebem grandes quantidades o que não as preserva dos efeitos nocivos físicos e comportamentais do álcool.

No Brasil, esse padrão de uso está se tornando típico dos adolescentes. Mais expostos à cultura que valoriza e facilita o consumo de álcool do que os jovens de anos atrás, exageram nas doses nos finais de semana. Estudos não deixam dúvida que esse aumento progressivo de consumo está diretamente relacionado com o crescimento do número de acidentes de trânsito ou domésticos e de casos de violência.

O uso nocivo do álcool sempre envolve risco: risco físico para a saúde e risco comportamental para o ambiente. Uma sociedade complexa como a nossa não está aparelhada para proteger o indivíduo intoxicado. Inúmeras pesquisas a respeito do assunto deixam claro o grande custo social do uso nocivo do álcool.

Vivemos numa cultura que estimula e facilita o consumo de bebidas alcoólicas. Os anúncios publicitários passam a impressão de que álcool não faz mal. Muitos pais dizem – meu filho só bebe, não usa drogas – como se isso não representasse motivo para preocupações. Na realidade, se computarmos o número de acidentes e mortes causado por drogas, especialmente entre jovens, o do álcool dispara na frente de qualquer outra como o principal responsável.

MECANISMO BIOLÓGICO DA DEPENDÊNCIA

Drauzio – Quais são as pessoas que você classifica como alcoólatras?

Ronaldo Laranjeira – A pessoa torna-se alcoólatra à medida que prolonga e repete o uso nocivo do álcool e surgem as ressacas de repetição. O que é a ressaca? De alguma forma, é a resposta do cérebro a uma dose excessiva de álcool.

Existem dois componentes da ressaca. Um é o componente tóxico do álcool. Um vinho de baixa qualidade provoca pior ressaca porque contém mais impurezas, mais metanol, mais chumbo. O outro componente é a ação farmacológica do álcool no cérebro. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e o cérebro responde com o efeito rebote se exposto a quantidades maiores dessa substância. Ao contrário do efeito relaxante e agradável das doses iniciais, a pessoa acorda no dia seguinte à bebedeira mais excitada, irritadiça, inquieta e ansiosa, mas se sente melhor se começa a beber mais cedo, porque alivia os sintomas da crise de abstinência. As ressacas de repetição fazem parte dessa síndrome e são uma forma de o corpo demonstrar que se ressente da falta do álcool.

Dessa fase em diante, a pessoa bebe não mais porque seja agradável nem socialmente oportuno, mas para atenuar o desconforto provocado pelo próprio álcool. Esse é mais ou menos o mecanismo biológico da dependência de álcool. Quando o quadro se agrava, as pessoas já despertam com tremores, suando, muito irritadas e tensas. Bebem pela manhã para se sentirem mais calmas e continuam bebendo durante todo o dia para aliviar os sintomas de abstinência.

Drauzio – Os sintomas de abstinência vão ficando cada vez mais frequentes e intensos?

Ronaldo Laranjeira – Vão ficando, e a pessoa tem de usar a própria substância com que se intoxicou para aliviar os sintomas. É nisso que se constitui basicamente o mecanismo da dependência.

Drauzio – Às vezes, as pessoas dizem: hoje não estou bom para beber ou hoje estou ótimo para beber. O que explica essa sensação diferente de um dia para o outro?

Ronaldo Laranjeira – Acho que o álcool é uma droga que produz tantos efeitos que, às vezes, por uma série de problemas físicos, a pessoa pode não se sentir disposta para beber. No entanto, para a grande maioria que se encontra no processo de uso nocivo ou de dependência não existem dias mais ou menos confortáveis em relação ao álcool, porque a necessidade de beber sempre fala mais alto. É isso que evidencia melhor a transição entre uso nocivo e dependência. Quanto mais dependente a pessoa for, maior a necessidade e menos dias ruins para beber.

Drauzio – Na verdade, vai ter dia ruim para ficar sem beber…

Ronaldo Laranjeira – Os dias serão ruins se o dependente não beber. O tremor e a irritação aumentam e ele não consegue controlar-se nem funcionar direito. É um mecanismo parecido com o da dependência do cigarro que, de certo modo, é mais poderoso ainda. Os sintomas de abstinência são intensos, porque o cérebro reclama da falta de nicotina. No caso dos alcoolistas, reclama da falta de álcool.

RESSACA

Drauzio – Por que a ressaca não é sempre igual? Às vezes, é mais intensa embora a pessoa tenha bebido proporcionalmente menos.

Ronaldo Laranjeira – A intensidade da ressaca depende, em parte, da qualidade da bebida. Dependendo da quantidade ingerida, em geral o bom uísque escocês e o melhor vinho francês provocam ressacas mais leves, mais relacionadas ao efeito farmacológico do álcool.

Já misturar bebidas – vinho, cerveja, destilados, licor de ovos, seja lá o que for – provoca ressacas muito piores, porque além do álcool etílico foram ingeridos vários outros componentes tóxicos dessas bebidas.

Resumindo, dois fatores influem na intensidade da ressaca: qualidade e composição da bebida e quantidade de álcool ingerida.

Drauzio – Quer dizer que a crença de que misturar bebida não é bom tem certo fundamento?

Ronaldo Laranjeira – Tem muito fundamento. Misturar bebidas significa ingerir outros componentes nocivos além do álcool etílico.

CULTURA FAMILIAR E PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA

Drauzio – Certas famílias têm uma concentração maior de pessoas com problemas relativos ao uso de álcool. Há fatores genéticos envolvidos com o alcoolismo?

Ronaldo Laranjeira – Para analisar histórias familiares de pessoas envolvidas com álcool, é preciso fazer distinção entre cultura da família em relação ao uso dessa substância e aspectos genéticos. Por exemplo, em determinadas famílias existem mais médicos ou advogados e não se pode falar em força da genética na escolha dessas profissões. Trata-se, sem dúvida, de um componente ambiental transmitido de geração para geração que vai influenciar as escolhas pessoais.

No meu ponto de vista, esse componente familiar é o argumento mais poderoso para explicar por que se repetem casos de problemas com álcool em certos grupos familiares que valorizam e facilitam o uso do álcool. Em relação aos homens, beber significa uma espécie de rito de passagem para a vida adulta e sinal de masculinidade.

Há também evidências muito firmes de que, numa mesma família, existe uma vulnerabilidade biológica ao álcool em alguns membros que se sentem muito bem quando bebem. Esse lado reforçador do álcool é poderoso especialmente se o indivíduo estiver inserido numa cultura que valoriza o seu uso. A tendência, nesse caso, principalmente dos homens, é repetir esse comportamento e, geração após geração, o consumo de álcool será um problema para eles. Ao contrário, no entanto, existem famílias em que pesam mais as reações tóxicas que o álcool produz. É o que acontece com certas famílias de japoneses que apresentam deficiência de uma enzima, que leva à produção de acetaldeído, uma substância responsável por intenso mal-estar mesmo quando as doses ingeridas forem pequenas. Essas estão biologicamente protegidas porque naturalmente são desestimuladas para repetir o consumo.

PERFIL DE PERSONALIDADE DOS ALCOÓLICOS

Drauzio – Além desses fatores familiares genético-comportamentais, que tipo de personalidade aumenta o risco de uma pessoa desenvolver alcoolismo?

Ronaldo Laranjeira – Muito já se escreveu sobre o perfil de personalidade associado ao uso de álcool. Nas décadas de 1950 e 1960, pensava-se que existiria um tipo de personalidade que favoreceria o alcoolismo. As pesquisas não confirmaram essa suposição e estudo recente que acompanhou pacientes alcoólatras durante 60 anos não possibilitou determinar um perfil de personalidade característico dessas pessoas.

No entanto, alguns traços de personalidade são fatores de risco para a dependência de álcool. A impulsividade e irritação que marcam o jeito de ser de determinadas pessoas ou a timidez e o isolamento social de outras são características que facilitam o consumo de álcool, uma vez que ele pode ser utilizado par atenuar essas dificuldades. A tendência do sujeito impulsivo que se beneficia do efeito relaxante do álcool é, sem dúvida, repetir o consumo. O indivíduo mais tímido, mais isolado socialmente, que descobre no álcool um instrumento para melhorar sua performance social, vai valer-se dele em várias ocasiões.

OPÇÕES DE TRATAMENTO

Drauzio – Sob o ponto de vista comportamental, que recursos de tratamento existem para as pessoas dependentes de álcool, que não conseguem passar um dia sem beber?

Ronaldo Laranjeira – Antes de se iniciar o tratamento da dependência química do álcool é indispensável fazer uma avaliação clínica apurada para avaliar qual o tipo de tratamento adequado para cada caso. A população de dependentes de álcool é bastante heterogênea. Um alcoólico só é igual ao outro se olhado à distância. O sofrimento é sempre diferente.

Logo de cara, deve-se avaliar se além da dependência química existe uma co-morbidade psiquiátrica, principalmente depressão e ansiedade. A associação desses transtornos com álcool é muito comum e demanda tratamento especifico.

Esse diagnóstico é importante para resolver a maior parte dos problemas e melhorar o desconforto que provocam. É comum instalarem-se quadros de depressão e ansiedade a partir da terceira década de vida e existe uma relação significativa entre uso de álcool e esses transtornos psiquiátricos. Em vista disso, tratar só do alcoolismo e esquecer a depressão de nada adianta, porque ela é um mecanismo poderoso que induz as recaídas.

Por incrível que pareça, o fato de a pessoa ter as duas doenças melhora o prognóstico, se elas forem identificadas e o paciente receber tratamento efetivo para cada uma delas. Controladas a depressão e a ansiedade, o fator de risco que estaria perpetuando a dependência do álcool desaparece e a evolução do quadro é muito melhor.

Para as pessoas sem transtornos psiquiátricos, mas dependentes de álcool, existem inúmeras opções de tratamento. No Brasil, porém, há escassez de oferta. Na realidade, na linha de frente, destacam-se os Alcoólicos Anônimos, grupo de autoajuda que existe em mais de 50 países e há mais de 80 anos, com larga experiência no atendimento de dependentes de álcool. Eles oferecem um tratamento bom e barato alicerçado na generosidade de voluntários que se predispõem a ajudar o próximo a vencer um problema que de certa forma também é deles. É um trabalho maravilhoso, absolutamente fundamental na área do alcoolismo. Os AA são o sal da terra no sentido de facilitar o acesso e a adesão ao tratamento sem levar em conta cor, origem, sexo, nem condição socioeconômica. Quem se adapta aos grupos de autoajuda, deve procurar e permanecer nos grupos do AA.

No entanto, por vários motivos, um contingente significativo de pessoas não se adapta à cultura do grupo ou porque elas são portadoras de comorbidade psiquiátrica, ou porque não se entrosam com os demais participantes. Para essas pessoas, seria necessário oferecer opções de tratamento que incluiriam terapias de grupo e individuais, mas nem sempre isso é possível.

Atualmente, evoluíram muito as terapias psicológicas e a tendência é enfocá-las no comportamento ligado ao beber. Terapeuta e bebedor, juntos, devem identificar quais os fatores de risco para a ingestão de álcool. É muito comum a pessoa pertencer a um círculo de amizades que perpetua o hábito de beber. Nesse caso, ela deve reinventar um esquema ou estilo de vida do qual a bebida não faça parte e buscar fontes de apoio que o ajudem a não beber. De certo modo é isso que fazem os Alcoólicos Anônimos. Ao se filiar ao grupo, o dependente que passava horas e horas nos bares passa a conviver com uma rede social de pessoas abstinentes e essa diferença é fundamental para o controle da doença.

Drauzio – Realmente ajuda muito estar perto de gente que não bebe.

Ronaldo Laranjeira – Essa rede social protetora é muito importante nos AA como em qualquer outro sistema de tratamento. Ajuda muito ter amigos para os quais se possa telefonar sábado à noite e marcar um programa que não envolva álcool. Por isso, a orientação é sempre buscar relacionamentos sociais com não-bebedores e desenvolver formas de lazer distantes da cultura do bar.

O propósito da terapia individual é fundamentalmente prevenir a recaída que caracteriza a maior parte dos casos de dependência. Identificar fatores de risco e desenvolver estratégias de comportamento para não recair é uma linha de conduta importante no tratamento psicológico do alcoolismo.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Drauzio – No passado, o único tratamento farmacológico do alcoolismo era constituído pelo célebre Antabuse, um remédio que as mulheres punham na comida dos maridos e que provocava uma reação terrível quando eles bebiam. Muitos achavam que a bebida estava lhes fazendo mal e paravam de beber. Esse tratamento ainda aceito ou é considerado um método pré-histórico?

Ronaldo Laranjeira – O Dissulfiran, que é o componente do Antabuse, continua com a aprovação do FDA e ainda é usado se a pessoa estiver de acordo em receber esse tipo de medicamento. É um remédio bom e barato para o tratamento do alcoolismo. Quando o paciente concorda com o uso do Dissulfiran e entende seu mecanismo de funcionamento, ele serve como breque psicológico diante da bebida. De fato, antigamente, as mulheres colocavam esse remédio na comida dos maridos sem seu conhecimento, mas o mais comum era eles deixarem de comer em casa e continuarem bebendo no bar.

Hoje existem novos medicamentos que diminuem a vontade de beber. Pode parecer estranho, mas é exatamente isso que fazem. Eles agem sobre a ação do álcool no cérebro e não só diminuem a vontade de beber como diminuem os efeitos agradáveis do álcool.

Drauzio – Eles intensificam também os efeitos desagradáveis?

Ronaldo Laranjeira – Não chegam a provocar efeitos desagradáveis, mas interferem no efeito reforçador do álcool. Mais de 15 estudos atestaram o efeito do Naltrexone (nome da substância química desse remédio). Sob o efeito desse medicamento, as pessoas sentem menos os efeitos agradáveis da bebida e perdem a vontade de continuar bebendo.

Drauzio – É uma droga fácil de administrar? Provoca efeitos colaterais desagradáveis?

Ronaldo Laranjeira – Na verdade, o Naltrexone é uma das drogas mais seguras em psiquiatria. O paciente toma um comprimido de 50mg por dia e quase não há efeitos colaterais. No começo do tratamento, ele pode sentir um pouco de náusea que desaparece em poucos dias. Seu efeito sobre a vontade de beber não é absoluto, mas no mínimo dobra a chance de a pessoa permanecer abstinente ao longo de semanas ou, na pior das hipóteses, a beber menos. O Naltrexone não representa a cura para o alcoolismo, mas melhora muito a evolução do quadro.

Drauzio – Mas é importante que o dependente queira tomar o remédio para o tratamento ter sucesso.

Ronaldo Laranjeira – Esse é o grande problema: a adesão ao tratamento. É preciso convencer o paciente a tomar o remédio por vários meses ininterruptamente. A irregularidade no uso da medicação prejudica os resultados e desestimula o paciente. Há pessoas que tomam o remédio um dia ou dois, param porque beberam ou vão beber e depois voltam a tomar a medicação, o que prejudica seriamente o tratamento.

Drauzio – Além do Naltrexone existem outros medicamentos que ajudam a tratar do alcoolismo?

Ronaldo Laranjeira – Existe o Acamprosato, muito utilizado na Europa e que possivelmente será aprovado pelo FDA. Ele diminui também a vontade de beber. Sua ação farmacológica é um pouco distinta e mais prolongada do que a do Naltrexone.

Recentemente, foi publicado um estudo sobre um medicamento anticonvulsivante chamado Topimarato, utilizado em outros quadros psiquiátricos que parece diminuir também a vontade de beber e aumentar os períodos de abstinência por semanas.

Esses quatro medicamentos – Dissulfiram, Naltrexone, Acamprosato e Topiramato – são bons coadjuvantes nos tratamentos do alcoolismo, pois ajudam no processo de abstinência e na prevenção das recaídas.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Protesto pede melhorias em serviços
de saúde mental em Campinas
Profissionais do Cândido Ferreira ocuparam escadarias da Prefeitura.
Trabalhadores apontam descumprimento de convênio de co-gestão.


Cerca de 100 funcionários do Hospital Cândido Ferreira, unidade de referência no tratamento de saúde mental em Campinas (SP), fizeram um protesto nas escadarias do Palácio dos Jequitibás, sede da Prefeitura, na manhã desta segunda-feira (26). Com cartazes, eles reclamam de atraso no pagamento dos trabalhadores e descumprimento do convênio em co-gestão entre a unidade médica e a administração municipal. Esta é a segunda manifestação dos funcionários em seis dias em frente ao Paço Municipal.
Em comunicado assinado pelos profissionais do Cândido e o Sindicato da Saúde de Campinase Região (Sinsaúde), a categoria informou que está em estado de greve. De acordo com os participantes, um convênio de co-gestão foi firmado em maio desde ano, com validade até julho de 2014, mas na Prefeitura não está cumprindo com o acordo em relação à participação dos trabalhadores, usuários e familiares no Sistema Único de Saúde (SUS) em Campinas.

Ainda segundo o comunicado distribuído durante o protesto, os funcionários afirmam que a verba, contratada e aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, para o pagamento do dissídio referente a junho e julho, não foi repassada pela Prefeitura ao Cândido no prazo correto. Apesar de diversas negociações com entregas de documentos, o depósito só foi feito no dia 21 de agosto.

A saída de serviços dos espaços em prédios públicos, além de profissionais concursados dos equipamentos e equipes da saúde mental dos centros de saúde sem previsão de reposição, são anúncios preocupantes, de acordo com os profissionais. A categoria alega que isso cria insegurança, desassistência e dúvidas a todos os envolvidos sobre qual modelo de assistência em saúde mental a Prefeitura pretende adotar e cumprir.
saiba mais

O secretário de Saúde, Cármino de Souza, afirmou que não existe previsão para a saída dos serviços nos prédios públicos e que isso será estudado após o fim do convênio com o Cândido Ferreira, em junho de 2014. No entanto, o titular da pasta disse que a Prefeitura pretende voltar a ter atendimento de saúde mental nos hospitais da rede municipal e não apenas através do convênio.

Reajuste
Para reivindicar o repasse da administração municipal para pagamento do reajuste salarial e protestar contra os atrasos no depósito, funcionários do Cândido Ferreira também fizeram uma manifestação nas escadarias do Paço Municipal no dia 20 de agosto. Segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), pelo menos cem pessoas participaram do ato, mas não acarretou reflexos no trânsito na região.

Diretrizes de saúde
Além das reivindicações salariais, os funcionários pedem que a Secretaria de Saúde exponha o modelo referente à saúde mental que deve ser adotado no município. "Não sabemos o que a Prefeitura quer do serviço do Cândido Ferreira, que é referência em saúde mental. A gente não tem qual é a política, qual a diretriz que o município deseja seguir", completa o assessor de recursos humanos do hospital, Paulo César Teixeira de Magalhães.

Programa CurSUS

Ética em Pesquisa (abertura de inscrições no 2º semestre/2013)
A assistência à criança e ao adolescente no Brasil: a construção das políticas públicas e seus valores(abertura de inscrições no 2º semestre/2013)

http://www.saude.sp.gov.br/instituto-de-saude/homepage/acesso-rapido/programa-cursus

Hoje apartir das 14 horas "Amamentar as Segundas"


Novo evento do ciclo de seminários do "Amamentar às segundas" acontece em agosto

O evento do ciclo de seminários do projeto "Amamentar às segundas" será realizado no dia 26 de agosto, das 14h às 17h, no Auditório Walter Lesser do Instituto de Saúde (IS). O encontro abordará o tema "Ideias sobre ganho de peso e amamentação de crianças pequenas" e contará com a palestra da pediatra Ana Júlia Colameo.

O ciclo de encontros é gratuito e acontecerá em uma segunda-feira por mês, e vai de março a novembro. As inscrições poderão ser feitas através do email amamentarassegundas@gmail.com.

O evento é realizado IBFAN (International Baby Food Action Network) em parceria com o IS, localizado na Rua Santo Antônio, 590, no bairro da Bela Vista, SP.

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Crack escancara a falta de políticas contra as drogas

Tribuna do Planalto

Especialistas criticam a falta de ações integradas para o combate do uso da droga e divergem sobre a eficácia na internação compulsória de crianças e adolescentes, que atualmente é praticada na cidade de São Paulo.

Escancarada nas ruas a disseminação do uso de crack tornou-se um flagelo social diante da falta de políticas públicas voltadas para a questão das drogas. A estimativa da Or­ga­ni­za­ção Mundial da Saúde (OMS) para o Brasil é que existam 3% de usuários, o que im­plica em seis milhões de brasileiros. O Ministério da Saúde tra­balha com dois milhões de usuários.
Na busca por soluções e­mer­genciais, a internação com­pulsória de crianças e a­do­lescentes – adotada pela prefeitura de São Paulo – co­meça a ser discutida pelo país e gera polêmica. Até que pon­to o encaminhamento à força g­era efeitos na luta contra o vício?

Para a diretora da Divisão de Saúde Mental, da Secre­ta­ria Municipal de Saúde de Goiâ­nia, Heloiza Helena Mas­sa­naro, primeiro é preciso o­bservar a complexidade da pro­blemática do crack, que implica também o preconceito. Por se tratar de uma séria questão de saúde pública, ela acredita que medidas simplistas não conseguirão o efeito desejado.

Conselheira do Conselho Federal de Psicologia e especialista em Saúde Mental, He­loi­za avalia que é necessário, antes de tudo, o diálogo. “Te­mos que dar a possibilidade de escolha para os usuários. Internação compulsória é uma verdadeira prisão não autorizada.”

Na opinião da psicóloga, essas ações governamentais são políticas de higienização, que excluem e ferem os direitos humanos. “Não podemos pensar a saúde de uma forma reducionista, muitos menos a questão do crack, que tem um forte fator social. Estamos regredindo. Pegar à força dependentes químicos e jogá-los para fora do mundo é cobrir os verdadeiros culpados da crise.”

Segundo ela, a internação compulsória é uma violência, que não oferece garantias, pois o sujeito não participa do processo de tratamento. “Mesmo que o crack atinja todas as classes sociais, o problema é a injustiça social e a exclusão. A população deve entender que os dependentes químicos precisam de ajuda e as famílias também.” Dados recentes do IBGE apontam que 35,7% dos lares brasileiros possuam algum parente familiar viciado em crack.

O foco deveria estar nas estratégias para a mudança de comportamento, que englobaria atendimento médico, psicoterapia de grupo, uso de técnicas para mudanças comportamentais, incentivo à participação em grupos de ajuda, assistência social. Heloiza diz que também não podem ser deixadas de lado as ações contra o tráfico e os investimentos em educação.

Estudos da Universidade Federal da São Paulo (Unifesp) demonstram que apenas um terço deixa o vício e encontra a cura, outro terço mantém o uso e outro terço morre, sendo que em 85% dos casos são relacionados à violência. Os pesquisadores apontam também que não há nenhum tratamento medicamentoso aprovado para dependência de crack.

O presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, vê a internação compulsória como prioridade quando o dependente corre risco de vida. “Um exemplo é o de uma idosa retida ao leito, sem higiene, em situação de desnutrição e quadro infeccioso. Caso ela recuse atendimento, seus familiares e amigos vão levá-la mesmo a contragosto à atenção médica. Por que haveria de ser diferente para um adolescente em dependência grave de crack que recusa atendimento?”

A maior dificuldade enfrentada em manter o usuário de drogas em tratamento e no próprio atendimento, de acordo com Salgado, é a escassez de recursos clínicos que invade toda a a área da saúde. “Muito se discute em políticas públicas e muito pouco é implementado, pois as verbas necessárias são sonegadas pelo poder público, apesar da brutal carga tributária a encher cofres públicos.”

A superintendente de Aten­ção à Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, e presidente do Comitê de Enfren­tamento ao Crack, Mabell Socorro, também avalia que a internação à força cabe em apenas alguns casos. “Quando existe a vulnerabilidade social e o dependente já não consegue controlar o vício e afeta os familiares e a sociedade, a internação compulsória pode ajudar no processo de desintoxicação.”

Em relação às questões de saúde como desidratação, desnutrição e gravidez, Mabell vê as internações à força como prioridades para o salvamento da vida dos dependentes. “Temos que ter sempre em mente a necessidade de socorrer a vida dos pacientes, que estão vulneráveis. A internação em hospitais gerais também é importante para o organismo físico. As clínicas específicas só desenvolvem tratamentos psicológicos.”

Reinserção social

Como uma engrenagem, um tratamento contra o uso de drogas não está atrelado somente à fase de desintoxicação. Os especialistas avaliam que a reinserção social é um ponto crítico do processo. Ma­bell acredita que o diferencial está justamente nesta etapa.

Os dependentes, que saem das clínicas e dos hospitais, necessitam de motivação e acolhimento para voltar à sociedade. “Se não houver uma reinserção social, os dependentes acabam voltando bem piores para as ruas. É prioritário o fim do preconceito e mais informação à população.” Por isso, são nos tratamentos psicossociais que Mabell vê a solução para o fim da epidemia do crack.

A superintendente enfatiza a importância das campanhas de prevenção ao uso das drogas e principalmente, do crack. O trabalho da educação é alvo de eventos que são voltados para serviços informativos, como por exemplo, dos efeitos das drogas no organismo, danos à saúde física e mental, destruição familiar, crimes em geral.

De acordo com Heloiza, a reinserção só acontece se houver uma ruptura com os problemas sociais. “Não é um problema só de saúde pública. Antes de tudo, são problemáticas sociais de distribuição de renda e educação pública. A população é desinformada quando o assunto é sobre droga, principalmente no caso do crack.”

Integrado

Uma visão interdisciplinar para o tratamento contra a droga foi apresentada pelo Conselho Federal de Medicina, na última quarta-feira, 9, durante o lançamento das Diretrizes Gerais Médicas para Assis­tência Integral ao Usuário do Crack.

Elaborado pela entidade, o documento aponta para a necessidade de uma abordagem física, psicológica e social ligada também às questões legais e qualidade de vida num tratamento que vise a abstinência e prevenção de recaídas.

De acordo com as diretrizes, a situação demanda uma abordagem interdisciplinar e uma rede integrada de atenção psicossocial, que devem propor ações preventivas de sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde e educação, bem como a identificação precoce e encaminhamento adequado dos usuários. Além disso, são previstas desintoxicações, tratamento psiquiátricos, estratégias de psicoeducação para trabalhar fatores de risco, reabilitação neuropsicológica e psicossocial e redução de danos.

Reforço para formação profissional

A falta de pro­fissionais ca­pa­citados é um dos maiores obstáculos para a­tendimento e tratamento dos de­­pendentes quí­micos. Em Goiás, para me­lho­rar a formação desses profissionais, a Universidade Fe­de­ral de Goi­ás (UFG), em parceria com a Se­cretaria Nacional de Po­lí­ticas sobre Drogas (SENAD), instala no próximo dia 18, o Centro Re­gional de Re­fe­rên­cia de For­mação Per­ma­nente sobre Dro­gas (CRR-UFG).

Segundo a coordenadora do CRR-UFG, professora Tâ­nia Maria da Silva, nem mesmo as universidades possuem matérias direcionadas para essa formação. No entanto, enfatiza que não existe um modelo ideal e nem mesmo uma fórmula má­gica de prevenção e tratamento.
Para o psiquiatra e presidente da Abead, Carlos Sal­­ga­do, os profissionais de saú­de são mais preparados para conter mecânica e farmacologicamente pa­cientes confusos em uma UTI, mesmo que sejam crianças. Mas, de acordo com ele, esses profissionais não costumam ter a mesma desenvoltura em quadros psiquiátricos, o que inclui os dependentes químicos.

Uma das primeiras atividades do CRR serão os cursos para formação de profissionais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Sistema Único de Assis­tên­cia Social (SUAS) de Goiânia e do su­deste goiano.

A expectativa da coordenadora é de que o CRR-UFG se tor­ne uma unidade permanente da universidade, após a conclusão dos quatro cursos. Ela diz que a intenção é dar se­quên­cia aos trabalhos nos 42 municípios onde a UFG possui campus

Cursos
Para início dos trabalhos do CRR, quatro cursos se­quen­cias serão oferecidos por professores da UFG, da Uni­versidade Fe­deral de São Paulo (Uni­fesp), do SUS e do SUAS, com encontros quinzenais, às quintas e sextas-feiras.

O primeiro deles, Curso de Atualização sobre Inter­ven­ção Breve (IB) e Aconse­lha­mento Motivacional co­meçará ainda no dia 18. A intenção é a formação dos pro­fissionais para o uso da Intervenção Breve e En­tre­vista Motivacional, na abordagem ao usuário de risco de crack, álcool e outras drogas.

O gerenciamento de Casos e Reinserção Social de Usuários de Crack e Outras será o se­gundo. Neste, os profissionais das redes SUS e SUAS serão capacitados para desenvolver intervenções mais efetivas com relação à prevenção, promoção e reabilitação psicossocial de usuários de crack, álcool e outras drogas, a partir da integração entre os dispositivos assistenciais e a comunidade.

No Brasil, hoje existem 49 Centros Regionais de Refe­rên­cia que promovem cursos de capacitação à distância. O CRR-UFG será o primeiro a promover formação presencial, conforme informações da coordenadora Tânia Maria.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O impacto do estresse na fibromialgia


Estresse 

Considera-se como estresse uma resposta temporária a uma situação de emergência, ou seja, a repercussão mental e física de situações que causam angústia, irritabilidade ou excitação. O estresse faz parte da vida, na medida em que está envolvido em seus diversos aspectos, tanto positivos como negativos, ou seja, desde ganhos, mudanças de ambiente, festas, disputas e encontros, até perdas, rotina com sobrecarga de trabalho e frustrações. 

Após um estresse positivo, o indivíduo experimenta uma sensação de relaxamento, no entanto, após um estresse negativo o que surge é uma situação de alerta prolongado com diversas conseqüências negativas para o organismo. 

Efeitos do estresse crônico sobre o organismo 

Quando se está estressado, o aumento da tensão muscular acarreta dor e exacerbação dos sintomas da fibromialgia. A queda no desempenho físico e mental é fonte de grande frustração, estabelecendo-se, assim, um círculo vicioso que engloba a dor, a limitação física e aspectos emocionais, no qual cada um desses aspectos tende a agravar os demais. 

Deve-se, antes de mais nada, reconhecer os sinais de estresse no próprio organismo, identificar as suas causas e tentar resolver o que for possível, aceitando o que não for possível de ser modificado. Com a tendência atual de se atribuir tudo a uma doença, nem sempre é fácil reconhecer as manifestações do estresse. 

Identificando situações estressantes 

Na tentativa de se tentar determinar as situações mais estressantes o indivíduo deve elaborar um diário no qual conste o horário, tipo de atividade e as conseqüências físicas e emocionais a ela relacionadas. 

O reconhecimento do estresse e suas conseqüências para o organismo 

Dentre os efeitos deletérios do estresse sobre o organismo destacam-se: 

- Freqüentes dores de cabeça. 

- O indivíduo sente um aumento na tensão e dor na musculatura dos ombros e pescoço
- Muitas vezes tende a cerrar os dentes com força enquanto dorme (bruxismo) 

- Distúrbios da digestão. 

- Queixas digestivas e perda do apetite podem surgir
- Outras manifestações são gastrite, úlcera e diarréia 

- Manifestações emocionais 

- Ansiedade, tristeza, nervosismo, depressão, fadiga mental
- Irritabilidade e incapacidade para relaxar 
- Dificuldade para tomar decisões e esquecimentos freqüentes
- Dor no peito, boca seca, palpitações, mãos frias e tremores
- Elevação da pressão arterial e outras conseqüências cardiovasculares 

- Distúrbio do sono. 

- A maior parte dos pacientes acorda com a sensação de não ter dormido à noite
- Em alguns casos ocorre a insônia, em outros a sonolência excessiva
- O fato de dormir mal à noite acarreta sonolência diurna
- O sono superficial acarreta decréscimo da produtividade e alteração da memória 

- Outros aspectos a serem considerados. 

- Aumento no uso de álcool e medicações
- Aumento no número de acidentes frutos da desatenção
- A queda da imunidade favorecendo a instalação de uma série de doenças 

Como lidar com o estresse 

O controle do estresse na fibromialgia melhora as manifestações de dor e dos distúrbios do sono, na medida em que diminui o tônus muscular do alerta prolongado, reduz a freqüência cardíaca, a pressão arterial e poupa o desgaste emocional, reduzindo a fadiga. 

Algumas opções para desenvolver mecanismos protetores contra as situações estressantes são: 

- Ter um animal de estimação
- Dedicar-se a um esporte

- Tocar um instrumento musical - Cultivar o lado espiritual e o social
- Interromper as atividades por uns trinta minutos quando se sentir angustiado e executar uma atividade prazerosa, como ouvir música ou fazer um ritual de relaxamento
- Interromper situações de potencial agressividade, antes que estas se auto-potencializem. 

Como evitar o estresse 

- Estabeleça metas realistas e tente cumpri-las. 

Nada de se sobrecarregar ou superestimar as próprias capacidades
Inclua nas suas metas a atividade física e uma rotina saudável 

- Listar as metas de acordo com a prioridade. 

Deixe para amanhã o que não se necessita fazer hoje
Questione sempre a necessidade ou utilidade de suas atribuições 

Considere prioritário o que lhe dá qualidade e sentido à vida 

- Não perca tempo. 

Evite perder muito tempo no trânsito
Tente otimizar suas atividades, não se prendendo em detalhes 

- Evite sobrecarregar-se. 

Antes de aceitar alguma coisa, considere o quanto de trabalho vai dar 
Aprenda a dizer não sem sentir culpa 

- Nutra pensamentos positivos. 

Evite situações nas quais predominam aspectos negativos, angústia ou muita cobrança
Mude a forma de ver as coisas, buscando sempre um valor ou aspecto positivo
Freqüente ambientes que estão de acordo com os seus valores 

Técnica de Relaxamento Progressivo 

- Assuma uma posição bem confortável, procurando respirar usando só a musculatura abdominal. Feche seus olhos gentilmente. 

- Começando o exercício feche sua mão esquerda como se fosse dar um soco, aperte o máximo possível, procure ficar atento para a sensação de tensão procurando memorizá-la. Agora relaxe, deixe a mão confortavelmente apoiada na superfície em que está. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), procurando perceber a diferença entre as duas sensações, a da contração e a do relaxamento. Repita este movimento. 

- Agora, dobre o pulso esquerdo para cima, elevando a palma da mão, sem movimentar o braço, sinta a contração e procure memorizar esta sensação. Relaxe, deixe a mão apoiada na superfície em que está, procurando comparar e discernir a diferença entre as duas sensações. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), use somente a musculatura abdominal. Repita. 

- Dobre o pulso para baixo tentando alcançar com os dedos o braço. Contraia o máximo possível. Sinta a contração e em seguida relaxe comparando as duas sensações. Respire tranqüilamente. Repita. 

- Dobre o cotovelo, sinta a contração nesta musculatura, memorize-a. Agora, relaxe, acomode o braço confortavelmente, procure senti-la como se não conseguisse movimentar. Respire calmamente, use somente a musculatura abdominal. Repita. 

- Repita os mesmos movimentos com o braço direito. 

- Agora, concentre sua atenção na sua perna esquerda. Estique o seu pé o máximo possível, levando a ponta do pé o mais distante do seu corpo. Sinta a contração, memorize esta sensação. Agora, solte, relaxe. Compare as duas sensações. Respire tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal. Repita. 

- Dobre o pé, trazendo a ponta do pé em direção ao seu corpo. Contraia mais e mais, sinta a contração. Relaxe, compare essas sensações, procure memorizar a diferença entre elas. Respire calma e tranqüilamente. Repita. 

- Eleve um pouco a coxa, a perna e o pé. Contraia essa musculatura para a manter elevada, preste atenção na contração. Agora, relaxe, apóie a coxa, a perna e o pé confortavelmente na superfície. Sinta toda a sua musculatura mais e mais relaxada, dando a impressão de não poder mover. Respire pausadamente. Use somente a musculatura abdominal, Repita. 

- Repita os mesmos movimentos para a perna direita. 

- Agora, contraia ambos os ombros, elevando-os como se fosse encostá-los na ponta das orelhas. Contraia, mais e mais. Relaxe, deixe os ombros apoiados de maneira confortável, sinta a diferença entre a sensação da contração e a do relaxamento. Respire tranqüilamente. Repita. 

- Eleve a cabeça como se fosse alcançar com o queixo o peito. Sinta a contração, procure memorizar esta sensação. Agora, solte, relaxe, deixe a cabeça apoiada de forma bem confortável. Compare as duas sensações tentando memorizar a diferença entre elas. Respire pausadamente. Repita. 

- Franza a testa e os olhos. Aperte, preste atenção nesta sensação. Agora, solte, relaxe sinta o rosto pesado, os olhos fechados gentilmente. 

- Memorize as duas sensações. Respire somente com a musculatura abdominal. Repita. 

- Aperte os dentes, os de baixo de encontro com os de cima. Sinta a tensão, e agora compare com a do relaxamento, soltando o seu rosto mais e mais. Respire calmamente. Repita. 

- Nos próximos minutos, mantenha o seu corpo todo relaxado, confortavelmente apoiado na superfície em que está, respirando tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal, deixando o ar entrar e sair gentilmente. Finalizando o exercício, espreguice e abra os seus olhos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013


Luta Antimanicomial e Experiência da Loucura

“Numa entrevista ao jornal Corriere della Sera, em 11/set./1981, quando da morte do psicanalista Jacques Lacan, Michel Foucault afirmou: “ser psicanalista para Lacan supunha uma ruptura violenta com tudo o que tendia a fazer depender a psicanálise da psiquiatria, ou fazer dela um capítulo sofisticado da psicologia. Ele queria subtrair a psicanálise da proximidade da medicina e das instituições médicas, que considerava perigosa. Ele buscava na psicanálise não um processo de normalização dos comportamentos, mas uma teoria do sujeito”.

Lembrei-me dessa entrevista enquanto pesquisava na internet as notícias das diversas atividades realizadas em todo Brasil pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no Dia Nacional de Luta Antimanicomial, celebrado na última terça-feira (18/maio). A data foi escolhida em 1987 em Bauru, São Paulo, onde ocorreu o Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental. As atividades serviram para chamar a atenção da sociedade para as diferentes práticas de acolhimento às pessoas abatidas pelo sofrimento psíquico. O evento merece todo o respeito e apoio num momento em que ocorrem as plenárias municipais e estaduais para escolherem os delegados que participarão, com direito a voz e voto, da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.

No site do Ministério da Saúde, a Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na Lei 10.216/02, é apresentada com o seguinte objetivo: “busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados, tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política”.

Os serviços de saúde pública voltado ao atendimento “de pessoas com transtornos mentais” partem de determinadas circunstâncias históricas que envolvem aspectos políticos e epistemológicos (a construção de um saber sobre a loucura). A construção de diagnóstico e o tratamento da experiência da loucura dependem de uma definição básica: a loucura é uma doença mental. O próprio conceito de “transtorno mental” para designar as pessoas abatidas pelo sofrimento psíquico já está contido nessa premissa básica. Mas desde quando a experiência da loucura foi designada como doença mental?

A criação dessa data comemorativa deu visibilidade ao Movimento da Luta Antimanicomial que, por sua vez, seguia os trilhamentos do movimento da antipsiquiatria instaurado pelos surrealistas na França e o pela Reforma Psiquiátrica, surgido na Itália nos anos 70. As condições de confinamento asilar dos manicômios psiquiátricos foram denunciadas ao longo de décadas e travou-se uma luta contínua para libertar os loucos da condição subanimal em que viviam. O Museu da Loucura em Barbacena (MG) nos dá um exemplo da situação retratando quem eram os loucos internados nos manicômios:

As práticas de internamento da loucura possuem uma história. Até 1650, a cultura ocidental foi estranhamente hospitaleira à experiência da loucura. A partir daí ocorreu brusca mudança: o mundo da loucura vai se tornar o mundo da exclusão. Por toda a Europa, a prática do internamento era uma medida de assistência social, sem vocação médica alguma. Na França, por exemplo, cada grande cidade terá seu Hospital Geral, para onde são encaminhamos os loucos, os pobres inválidos, os velhos na miséria, os mendigos, os desempregados, os usuários de ópio, os portadores de doenças venéreas e demais rebotalhos sociais. O internamento não visava ao tratamento específico dos loucos. Seu propósito, até a Revolução Francesa, era reestruturar o espaço social: fazer uma higienização das ruas e praças, recolhendo todos os desvalidos e encaminhando- os à internação no Hospital Geral. O modelo republicano implantado libertou os pobres e desvalidos do internamento, reservando o espaço apenas para os loucos: os herdeiros naturais do internamento.

Foucault em seu livro-acontecimento História da Loucura na Idade Clássica (Ed. Perspectiva) , delineou a constituição histórica da loucura como doença mental, afirmando que, antes do século 19, a experiência da loucura era bastante polimorfa, tendo sido com o advento das práticas de internamento no Hospital Geral que a categoria de doença mental começou a ser construída para diagnosticar os loucos e aplicar técnicas corretivas de tratamento: “numa época relativamente recente o Ocidente concedeu um status de doença mental à loucura e as práticas de internamento adquiriram uma nova significação tornando-se medida de caráter médico”. É nesse contexto que a psiquiatria será inventada e uma psicopatologia, construída.

A atualidade da luta antimanicomial está diretamente ligada às reivindicações por políticas públicas que possam acolher em tratamento e cuidados aqueles afetados pela experiência da loucura. Ocorre que a loucura perdeu seu diagnóstico diferencial ao ser subjulgada pela categoria de doença mental. Os protocolos e consensos na comunidade científica definem a experiência da loucura como doença mental e determinam políticas públicas de atendimento em saúde mental. Os diagnósticos da loucura, feitos com base no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM IV) e na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 10), dominam hegemonicamente os discursos e práticas de atenção à saúde mental e pouco contribuem para um avanço significativo no tratamento da experiência da loucura.

Como os trabalhadores do campo da saúde mental podem se desvencilhar dessa armadilha construída historicamente que captura os discursos e práticas de resistências? Como os cuidadores, que acolhem os abatidos pelo sofrimento psíquico, podem restituir a experiência da loucura como um modo de enunciação da verdade do sujeito, como um grito de desespero e demanda de amparo?”

quinta-feira, 15 de agosto de 2013


Instituto de Psiquiatria do HC promove palestras sobre saúde mental
Programação terá mais de 50 temas diferentes

Saúde mental e neuropsiquiatria serão os dois assuntos principais da programação do IPq

No dia 29 de agosto, o Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP terá uma ampla programação gratuita, com temas em neuropsiquiatria esaúde mental. Serão promovidos encontros, oficinas e palestras.

Algumas das abordagens serão o estigma aos portadores de distúrbios mentais, dependências, distmia, espiritualidade e saúde mental, ansiedade, pânico, memória, entra outras. Cada participante poderá se inscrever em três temas diferentes.

O evento vai das 9h30 às 17h. As inscrições podem ser feitas pelos telefones (11) 2661-6520 e 2661-6267, ou pelo email escoladeexcelencia.ipq@hc.fm.usp.br. Confira a programação completa no site do IPq.

O que é Depressão?

 Acho importante destacar  "o que não é Depressão", pois existem centenas de sintomas que parecem estar ligados a essa Patologia que é muito grave , portanto, alguns sinais , sintomas , não é necessariamente um caso de Depressão Patológica
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

Causas
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Portanto é necessário entender que um dia desmotivado, tristeza, preguiça, não tem nada a ver com a Doença DEPRESSÃO.

Atenção a este detalhe:
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em "algum momento da vida."

Sintomas de Depressão
Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
Desinteresse, falta de motivação e apatia
Falta de vontade e indecisão
Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.


Saiba mais

A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
Perda ou aumento do apetite e do peso
Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Tratamento de Depressão


O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão.

A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

Fontes e referências:
Ministério da Saúde.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Esclarecimento sobre aspectos relacionados ao uso , abuso e dependencia.

Dependência de Substancia  Químicas.

A dependência é essencialmente, uma relação alterada enter o usuário e seu modo de  consumo. Todo o consumo de substancia psicoativas, seja licito ou ilícito, é influenciado por uma serie de fatores que diminuem ou aumentam o risco   de complicações agudas e cronicas.
Ao longo da vida, cada individuo desenvolve um padrão particular de consumo de substancias. Tal padrão é considerado influenciado por uma serie de fatores de proteção e risco de natureza biológica, psicológica e social.
As ações desses fatores , se influenciam mutuamente. Desse modo, um fator de risco pode comprometer vários campos da vida ao ser potencializado por outros fatore desfavoráveis ou causar nenhum pu poucos danos, ao ser neutralizado por fatores de proteção. Esta interação determina a evolução do consumo em andamento. É importante ressaltar que nunca um fator de risco isolado leva a dependência.
Principais fatores:

Biológicos:

  • Pré disposição Genética
  • Capacidade de tolerância
  • capacidade de metabolizar  a substância
  •  Natureza farmacológica, ambas influenciadas pela via de administração escolhida
Psicológicos:
  • Distúrbios  do desenvolvimento
  • Morbidades Psiquiátricas
  • Problemas/ alterações de comportamento
  • Baixa resiliência ou limitado repertório de habilidades sociais
  • Expectativa positiva quanto ao efeito da substancia de abuso.

Sociais:
  • Estrutura familiar disfuncional
  • exclusão e violência social
  • Baixa escolaridade Falta de lazer ou situação precária
  • Pressão do grupo ( necessidade de pertencer a um grupo)
  • Ambiente permissivo ou estimulador para o consumo.

Fernando Cesar.
14/08/2013.

terça-feira, 13 de agosto de 2013


Ansiedade e estresse podem levar a descontrole alimentar

Segundo nutricionista, pessoa come mesmo sem fome em resposta a determinadas emoções


Ansiedade e estresse lideram os fatores responsáveis pelo descontrole alimentarThinkstock

O programa Meu Prato Saudável, parceria do InCor (Instituto do Coração) com a LatinMed Editora em Saúde, decidiu alertar a população para os riscos da chamada alimentação emocional, que acontece quando a pessoa come mesmo sem fome em resposta a determinadas emoções. Ganho de peso e efeito sanfona (o indivíduo engorda e emagrece frequentemente) são as principais consequências dessa prática, que traz riscos à saúde.

Entre os sentimentos mais comuns, a ansiedade e o estresse lideram os fatores responsáveis pelo descontrole alimentar. Segundo a nutricionista Lara Natacci, sensações como tristeza, raiva ou culpa não melhoram depois que comemos.

— Ao contrário, depois de comer demais para compensar esses sentimentos, vêm a frustração e a sensação de fracasso.

Estresse faz pessoas manterem seus hábitos, bons ou maus

Ela diz que associar comida como alívio para os problemas pode ficar “programado” no cérebro.

— O mais indicado, nos casos de alimentação emocional, é buscar orientação psicológica para trabalhar o comportamento compulsivo em relação à comida, além de acompanhamento nutricional e atividades físicas.

Estresse provoca ganho de peso e afeta beleza da mulher

Identificar o que dispara o desejo de comer, além da necessidade do corpo, e descobrir a verdadeira relação com a comida são os primeiros passos para emagrecer com saúde.

— Quem se relaciona com os alimentos pela emoção tem tendência a consumir mais carboidratos, laticínios e gorduras, que em excesso causam aumento de peso e, consequentemente, doenças relacionadas à obesidade.

Características da fome emocional

1. A fome emocional aparece de repente, enquanto que a fome fisiológica surge gradualmente.

2. Normalmente, o alimento emocional é de um tipo específico, que “conforta” a pessoa, e o consumo é urgente, não sendo possível esperar.

3. Quando o impulso de comer for desencadeado pela fome emocional, se o indivíduo se distrair com uma atividade prazerosa, ele pode desaparecer. Se for desencadeado pela fome fisiológica, ele não desaparecerá.

4. Se a pessoa come por emoção, muitas vezes, ela não consegue parar de comer, mesmo de já estiver saciada.

5. O fato de comer por emoção causa sensações de culpa e frustração, enquanto em condições normais a ingestão alimentar pela fome não causa essas sensações negativas.

Como evitar

1. Bom fracionamento da alimentação. Pequenos lanches ao longo dia, além do café da manhã, almoço e jantar.

2. Evitar restrição alimentar severa.

3. Consumir alimentos fontes de triptofano, um precursor da serotonina (grão de bico, lentilha, laticínios, cereais), magnésio (cereais integrais e folhas verde-escuras), e carboidratos complexos (cereais ricos em fibras), que ajudam a melhorar o ânimo e a sensação de bem estar

4. Técnicas de relaxamento.

5. Atividade física regular.

6. Sono adequado.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013


 





                                                 

    Consultório de Atendimento Psicológico

“Saúde é pleno bem estar físico e emocional”

“Saúde emocional é qualidade de vida”

Psicólogas

Márcia Peicher Lisboa  CRP 06-23026                                                                                            Rosangela  Brichezi       CRP 06-35350                                                                                                                                                                                                                                                                               

Psicoterapia Individual / Grupo

Atendimento:  Infantil,  Adolescente,  Adulto, Idosos, Casal, Família.

Tratamento de Psicopatologia:
·         Dependência Química e /ou Alcoolismo
·         Desequilíbrio Psicossocial
·         Transtorno de Ansiedade
·         Transtorno de Depressão
·         Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
·         Síndrome do Panico
·         Bulliyng ( físico e verbal)

A identificação prévia da sintomatologia de transtornos mentais visto da ótica de um profissional de saúde mental, pode diminuir a intensidade do transtorno, ou até mesmo interrompe-lo.
Sintomas esses que muitas vezes passam despercebidos por falta de orientação vejam alguns:

·         Medo e / ou insegurança sem razão aparente
·         Isolamento
·         Conflito emocional
·         Oscilação de humor constante
·         Agitação Psicomotora


Esses sintomas podem surgir em qualquer pessoa de qualquer idade, em algum momento na vida.
Procure orientação de um profissional.

Contate-nos, para esclarecimentos e agende uma avaliação com uma das Psicólogas.

Telefones e endereços de email estão disponíveis na pagina da web:

Acesse:

Fernando Cesar.
CRT – 42156.


Coluna Ciência: “USP comprova: reiki cura!!”

Coluna Ciência: “USP comprova: reiki cura!!”: Técnica de "imposição de mãos" realizada no estudo ( Monezi, R., 2003 ). Não sei se todos os leitores desta coluna navegam p...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

“Se você tem uma mente calma,

Será uma pessoa bela.

Se você é uma pessoa bela,

Criará um lar harmonioso.

Se o seu lar está em harmonia,

Sua nação se encontrará em ordem.

Se em sua nação há ordem,

Haverá paz no mundo.”

Lao Tsé

Município do Rio de Janeiro ganha 1º centro 24 horas para atendimento a dependentes.

O primeiro Centro de Atenção Psicossocial para atendimento a usuários de álcool, crack e outras drogas (Caps-AD), com funcionamento 24 horas, foi inaugurado hoje (8) na capital fluminense. O local é preparado para receber pacientes em momentos de crise e dispõe de oito leitos para tratamento de desintoxicação com até 15 dias de duração.
Ao lado do Caps-AD, foi inaugurada uma Unidade de Acolhimento Adulto (UAA), com 30 leitos, paratratamentos mais longos, até três meses. Os dois imóveis ficam no bairro de Jacarepaguá, dentro da área da antiga Colônia Juliano Moreira, onde eram segregadas pessoas com problemas mentais ou usuárias de drogas e álcool.
A coordenadora de Saúde Mental do município, Karen Aquino, disse que as internações são voluntárias e os pacientes não são obrigados a permanecer no local. Mesmo após o período de alta, eles podem continuar frequentando o centro para prosseguir com o tratamento.
“O Caps-AD é dirigido a pacientes em crise, com intoxicações de leve a moderada, que precisam de um acolhimento pontual de até 15 dias para se restabelecer e voltar a fazer o tratamento. Na UAA, já é uma situação na qual o paciente precisa de um afastamento do local onde ele está ou do local do uso de droga, para um período maior, a fim de restabelecer os laços sociais e de parentescos”, explicou.
O tratamento é individualizado, caso a caso, e envolve diversos profissionais, incluindo médicos clínicos, psiquiatras, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, musicoterapeutas e terapeutas ocupacionais. Segundo Karen, a maior parte do atendimento no sistema municipal dedicado à área é de usuários de álcool, sendo que o uso de crack responde por uma parte menor, de 20%.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, participou da inauguração e ressaltou a necessidade de se construir mais unidades voltadas ao tratamento de usuários de álcool e drogas. “É um modelo novo para a cidade, dentro da política do Ministério da Saúde, e que é um passo dentro do grande esforço que a prefeitura vai fazer nos próximos anos, para avançar na atenção psicossocial. Nosso planejamento é termos um equipamento deste em cada área programática da cidade, para dar conta das necessidades de cada região”, disse.
De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde preconiza um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para cada 200 mil habitantes. Até 2014, ele prevê a inauguração de mais duas unidades semelhantes na cidade. A preferência de atendimento será para as pessoas que residam dentro da área abrangida pelo centro, mas qualquer um pode procurar a unidade para obter informações sobre locais de atendimento. Os telefones de contato são: (21) 3412-8356 e 2293-4192.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

MP investiga falta de vagas em Novo Horizonte para dependentes químicos
Promotoria quer que o município e o estado resolvam o problema.
MP diz que não existe unidade que oferece atendimento médico pelo SUS.

O Ministério Público investiga a falta de vagas para tratamento de viciados em drogas na região noroeste paulista. O problema foi constatado em Novo Horizonte (SP) e a promotoria quer que o município e o estado resolvam o problema.
O MP constatou que em Novo Horizonte, cidade com cerca de 40 mil habitantes, não existem unidades de saúde que oferecem atendimento médico pelo SUS a pessoas viciadas em drogas. O promotor André Gândara Orlando abriu um inquérito civil para investigar o caso. Ele já cobrou respostas da prefeitura e do governo. “A política nacional de atenção integral ao usuário de álcool e drogas determina que o atendimento deva ser feito pelos municípios, sempre com apoio do governo do estado”, afirma.
A preocupação com o assunto cresce, conforme aumentam as estatísticas policiais relacionadas aos entorpecentes. Em Novo Horizonte, de janeiro até agora foram registrados 67 ocorrências. O capitão da Polícia Militar Daniel Prado diz que sozinha a polícia não consegue solucionar o problema. “Nós fazemos inúmeras operações e apreensões. É um trabalho difícil, mas sempre iremos fazer. Agora não depende só da gente, e sim de vários órgãos”, diz.
Segundo um Plano Nacional, criado em 2003, todos os municípios têm a obrigação de investir em programas de prevenção e tratamento a usuários de droga. Na região, esta não é a primeira vez que o Ministério Público cobra ações de prefeituras.A prefeitura de Novo Horizonte tem até o dia 13 de agosto para enviar à promotoria um plano de políticas públicas voltado ao tratamento de pessoas com dependência química. O documento deve especificar quais ações o poder público pretende tomar para cumprir o que o Ministério da Saúde determina.
Em São José do Rio Preto, a Promotoria da Infância e Juventude já pediu a criação de um local para internação de adolescentes envolvidos com drogas. Na cidade só existe um hospital que recebe esse tipo de paciente, mas das 197 vagas do Bezerra de Menezes, somente 35% são destinadas a dependentes.
A diretora de saúde de Novo Horizonte, Cássia Rita Celestino, diz que tem adotado medidas emergenciais. “Já iniciamos um processo de celebração de convênio com a comunidade terapêutica, mas já estamos internando por conta do município”, diz.
Se a prefeitura de Novo Horizonte não cumprir o prazo determinado pela promotoria, pode ter que responder uma ação na justiça. A Secretaria da Saúde de São Paulo informou que mantém mais de mil leitos para o tratamento de dependentes químicos em todo o estado, inclusive na região noroeste paulista, destinados a casos mais graves, quando há risco a pacientes ou a sociedade. A secretaria disse ainda que quando há necessidade de internação, os municípios podem solicitar vaga na central de regulação do estado. Sobre o caso de Rio Preto, o Ministério Público afirma que o município descumpriu o prazo determinado e está recebendo multas diárias por isso. A prefeitura não comentou sobre o assunto.
.