Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 30 de maio de 2013


Cientistas usam supercomputador para detalhar casca protetora do HIV
Detalhes ajudarão a desenvolver tratamentos contra infecção, diz estudo.
Alterações no capsídeo podem desproteger o vírus causador da Aids.


Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, descreveram pela primeira vez a estrutura do capsídeo do HIV, a casca externa do vírus causador da Aids, com a ajuda de um supercomputador, em uma descoberta que, segundo cientistas, apresenta detalhes importantes para o desenvolvimento de futuros tratamentos contra a doença.
As informações estruturais do capsídeo poderão revelar vulnerabilidades do HIV, afirmam os cientistas. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (29) na edição on-line da revista “Nature” e devem ser divulgados na versão impressa do periódico nesta quinta (30).
Segundo os cientistas, o capsídeo é muito importante para a replicação do vírus HIV e detalhar sua estrutura pode contribuir para a criação de novas drogas contra a infecção.
“É uma alternativa poderosa às nossas terapias atuais, que trabalham visando certas enzimas. No entanto, a alta taxa de mutação do vírus ainda é um enorme desafio, já que cria resistência às drogas”, explicou Peijun Zhang, especialista que liderou o estudo, por meio de comunicado divulgado pela universidade norte-americana.
Complexa rede de proteínas
Os cientistas analisaram o capsídeo com a ajuda de potentes microscópios e, a partir dessas observações, foi verificado que a casca do HIV é composta de proteínas interligadas em uma rede “complexa”, não uniforme e assimétrica, o que dificultou quantificar as proteínas presentes.
Por isso, os pesquisadores utilizaram um supercomputador, que pertence à Universidade de Illinois e tem a capacidade de realizar ao menos um quatrilhão de cálculos por segundo, para obter mais detalhes. Com o equipamento, foi possível encontrar uma grade de três hélices, com interações moleculares em áreas importantes para a estabilidade do capsídeo.
De acordo com Zhang, o capsídeo é considerado muito sensível à mutação e, por isso, se os cientistas conseguirem interromper sua estrutura poderá interferir na proteção do vírus.
“O capsídeo tem que permanecer intacto para proteger o genoma do HIV e fazer com que ele permaneça no interior da célula humana. O desenvolvimento de medicamentos que causem uma disfunção do capsídeo, poderá impedir a reprodução do vírus”, explica a cientista no comunicado.

Problema das drogas dominou pronunciamentos na Câmara de Vereadores, Chapadão do Sul, município do Mato Grosso de Sul.



O problema das drogas em Chapadão do Sul ganhou grande repercussão na sessão desta segunda-feira, 27, na Câmara de Vereadores. O tema foi ponto comum nos pronunciamentos dos parlamentares.
A vice-presidente da Casa, Rosemari da Cruz falou sobre a reportagem do Jornal Nacional e do MS TV a respeito do crack na zona rural do município e afirmou que o combate as drogas é uma grande preocupação dos vereadores e tema debatido em sessões anteriores. Ela lembrou que já foram realizadas reuniões com a polícia e o Conselho Municipal de Segurança para tratar do assunto e que a Câmara é parceira devolvendo duodécimo para que os policiais possam fazer ronda nas escolas quando estiverem de folga. “Nós já vínhamos discutindo esse assunto aqui assim, não só agora depois que saiu na mídia nacional”.
A vereadora destacou que devem ser criadas políticas públicas de prevenção, porque para tratamento o município já possui três comunidades terapêuticas que trabalham na recuperação.
Tânia Francini lembrou algumas ações que já foram e que estão sendo realizadas como forma de combate as drogas. Citou que Chapadão do Sul tem o Proerd há mais de 10 anos, que já existiu a escola de pais que ajudava os pais a entenderem o comportamento dos filhos tendo como tema: quem não perde tempo com o filho, perde o filho em pouco tempo. “Temos vários programas preventivos e precisamos aumentar a nossa demanda de compromisso.” Ela leu um trecho do livro - Brasil questões atuais da reorganização do território - da Escola Estadual Jorge Amado, que faz um estudo a respeito do assunto. “Ninguém está livre das drogas. Ela não escolhe classe social”.
Para a vereadora é importante um planejamento das ações. “Chapadão do Sul tem que saber o que realmente quer, para saber para onde vai. Sem conhecer e pesquisar não vamos a lugar nenhum”.
O Presidente da Câmara, Wagner Inácio afirmou que o problema das drogas é algo que traz angustia há muito tempo e que as responsabilidades não são apenas dos vereadores. Ele comentou sobre o protesto que alguns jovens planejavam fazer nesta segunda-feira, mas que acabou não se concretizando. “Toda vez que vamos fazer um ato de protesto nós precisamos conhecer a fundo o assunto, fica mais fácil. Você entende e usa suas palavras pra ajudar, e não atrapalhar”. Professor nas redes estadual e municipal, Teacher Wagner diz que conviveu com jovens e adolescentes e sabe como é complicado deixar as drogas. Ele comentou as ações que os vereadores já estão tomando para diminuir a violência, apoiando o Conselho de Segurança, a Polícia Militar, além do Corpo de Bombeiros, mas enalteceu: “Os vereadores não vão fazer milagre. Estamos preocupados com a população e trabalhando”.
Sônia Maran, primeira secretária da Câmara, comentou as criticas que alguns vereadores receberam com a reportagem sobre o crack durante evento na capital. Ela destacou que os vereadores estão preocupados e empenhados, mas não adianta jogar o compromisso apenas para os vereadores.
O vereador Abel Lemes classificou a matéria do Jornal Nacional como infeliz e também falou sobre as ações que foram promovidas no município por meio de parceria entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e associações. Ele ressaltou que o problema é mais abrangente e propôs um debate mais amplo sobre a maioridade penal.
Alírio Bacca enalteceu que será preciso um grande esforço para ter um controle das drogas, com a participação da Prefeitura, Câmara, Judiciário, Ministério Público, enfim, toda a comunidade. “Se não for assim não teremos êxito e acaba dando mais corda para os traficantes”. “Estou à disposição para trabalhar na ajuda do combate as drogas”, disse.
O vereador Dr. Quaranta também compartilhou, durante seu pronunciamento, que é preciso uma união entre os poderes para buscar a solução para o problema das drogas. Segundo ele, este é um problema de décadas anteriores e as pessoas tem medo de enfrentar o problema, o que acaba provocando uma catástrofe familiar.
Elton Silva criticou a matéria da rede globo e lembrou que o Assentamento Mateira, possível local da reportagem, pertence a Paraíso das Águas, mas ressaltou que Chapadão do Sul também vem sofrendo com esse problema. Para o vereador, é preciso pegar os cachorros grandes, que são quem entra com as drogas na cidade.





Dia Mundial sem Tabaco é comemorado nesta sexta-feira, 31 de maio
OMS quer que líderes mundiais impeçam campanhas publicitárias de cigarro
78% dos jovens de 13 a 15 anos no mundo dizem estar expostos a alguma forma de propaganda do tabaco
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara um apelo aos 

líderes mundiais para proibir todas as formas de publicidade ao tabaco


O objetivo é reduzir o consumo de cigarro. Pelos dados da entidade, cerca de 6 milhões de pessoas morrem, por ano, em decorrência de problemas causados pelo consumo do produto. O alerta ocorre às vésperas do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta sexta-feira, 31 de maio.
Segundo a OMS, um terço dos jovens que experimentam fumar fazem porque são estimulados pela publicidade. Do total, 78% dos jovens de 13 a 15 anos no mundo dizem estar expostos a
OMS quer que líderes mundiais impeçam campanhas publicitárias de cigarro  Vjeran Lisjak/stock.xchng

alguma forma de propaganda do tabaco. Segundo especialistas, o fumo é fator de risco para doenças não transmissíveis, como o câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios, além do diabetes.

— O uso do tabaco está no topo da lista de ameaças universais à saúde e, no entanto, é completamente evitável — disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

— Os governos devem ter como prioridade máxima impedir a indústria de tabaco de continuar a vergonhosa manipulação dos jovens e das mulheres, em particular, para recrutar a nova geração de viciados em nicotina.

O diretor do Departamento para a Prevenção das Doenças não Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher, disse que a maioria dos consumidores de tabaco fica dependente antes dos 20 anos de idade.

— Proibir a publicidade, a promoção e o patrocínio é uma das melhores formas de evitar que os jovens comecem a fumar e de reduzir o consumo na população inteira — ressaltou.

Um relatório feito pela OMS em 2011 revelava que apenas 19 países (representando 6% da população mundial) tinham atingido o nível mais elevado de interdição da publicidade do tabaco. Mais de um terço dos países tinham proibições mínimas ou nenhuma.

O Brasil, a Albânia, Colômbia, Gana, o Irã, as Ilhas Maurício, o Panamá e o Vietnam são alguns dos países que mais registraram progressos, segundo a OMS. Pelos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o tabaco mata até metade dos consumidores. Até 2030, a organização estima que o fumo mate mais de 8 milhões de pessoas por ano.
Anti-inflamatórios aumentam risco de doenças cardíacas, diz estudo.

Quando tomados em grandes doses, diclofenaco e ibuprofeno podem aumentar chances de ataques do coração e falência cardíaca.



Anti-inflamatórios aumentam risco de
doenças cardíacas, diz estudo.


Altas doses de anti-inflamatórios podem trazer
problemas cardíacos, aponta estudo.

Um estudo britânico publicado na revista científica "Lancet" sugere que anti-inflamatórios analgésicos, como
o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.
Estudos anteriores já haviam apontado a relação entre os anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa faz uma análise mais detalhada.
Os autores, da Universidade de Oxford, analisaram o prontuário de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não esteroides e, no Brasil, são vendidos com nomes comerciais como Voltaren e Cataflan.
Os resultados apontaram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. Também foram registrados quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago.Os cientistas examinaram receitas médicas com altas doses diárias de anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno, e não as prescrições de pequenas doses, que podem ser adquiridas nas farmácias sem receita médica.
"Três casos adicionais de ataque cardíaco por ano podem parecer um risco baixo, mas cabe aos pacientes julgarem se querem tomar os medicamentos", disse o pesquisador-chefe, Colin Baigent. Ele salientou que os resultados da pesquisa não devem preocupar pessoas que tomam baixas doses dos medicamentos para tratar problemas como dor de cabeça.
No entanto, o cientista alerta que quem já corre risco de doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver complicações se tomar altas doses de anti-inflamatórios.

Tábua da salvação
Um terceiro medicamento analisado no estudo, chamado naproxeno, apontou riscos menores de complicações cardíacas e tem sido prescrito por médicos para pacientes considerados de alto risco.
O remédio, com ação similar à da aspirina, impede a formação de coágulos sanguíneos e também pode aumentar o risco de sangramento estomacal, afirmaram os especialistas.
Pessoas que sofrem de artrite reumatoide geralmente se beneficiam dos anti-inflamatórios analisados no estudo, que aliviam a dor e combatem a inflamação.
O professor Alan Silman, diretor da organização Arthritis Research UK, diz que esses medicamento são uma "tábua da salvação" para milhões de pessoas e extremamente eficientes em diminuir a dor.
"No entanto, por causa de seus possíveis efeitos colaterais, especialmente o de maior risco de complicações cardiovasculares, há uma necessidade urgente de encontrar alternativas que sejam tão eficientes e seguras."

quarta-feira, 29 de maio de 2013


Unicef sugere mais investimentos em políticas para adolescentes


O Brasil precisa aumentar os investimentos, financeiros e sociais, na garantia de direitos dos adolescentes. Sem políticas públicas específicas nessa área, o país corre o risco de eliminar as conquistas obtidas com iniciativas voltadas à infância. A opinião é do coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi.
Ao participar, ontem (23), de audiência pública na Câmara dos Deputados que discutiu a Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes 2013, ele ressaltou que na última década enquanto 24 mil crianças brasileiras foram salvas com a redução da mortalidade infantil, 80 mil adolescentes morreram assassinados.
“O que a gente observou nos últimos dez anos, a partir da análise dos indicadores sociais, é que os investimentos na primeira década de vida não se consolidam se não houver novo investimento na segunda década de vida”, disse.
“Esses investimentos têm de ser complementares, consistentes e permanentes para garantir o desenvolvimento das capacidades, habilidades e competências das pessoas, senão vamos salvar crianças para deixá-las morrer na adolescência”, acrescentou.
No evento, ele defendeu maior participação de crianças e adolescentes na construção de políticas
públicas direcionadas a eles, diante da perspectiva que são “sujeitos de direito” e “pessoas em desenvolvimento”.
“Isto não quer dizer que eles sabem mais do que os adultos, pelo contrário, têm muito a aprender, mas é preciso criar um diálogo intergeracional que substitua a relação de poder pela de aprendizado mútuo”, disse. Para ele, essa mesma lógica deve nortear a discussão, crescente no Brasil, sobre a redução da maioridade penal.
Ao argumentar que o endurecimento das penas não é suficiente para evitar a prática de atos infracionais por menores de 18 anos, ele citou o que ocorre nos Estados Unidos, onde mesmo com a aplicação de prisão perpétua e pena de morte, os adolescentes respondem por 11% dos homicídios. No Brasil, segundo ressaltou, essa parcela da população é responsável por 3,8% do total de assassinatos. O representante do Unicef defendeu que o enfrentamento à violência deve incluir não somente a provocada por adolescentes, mas principalmente aquela que o vitimiza.
“No Brasil, os adolescentes são muito mais vítimas de violência do que autores dela. Enquanto temos mais de 8 mil adolescentes assassinados por ano no Brasil, eles são causadores de aproximadamente 2 mil assassinatos”, enfatizou.
Dados do último Mapa da Violência reforçam essa ideia, ao apontar que de cada três mortos por arma de fogo dois estão na faixa dos 15 a 29 anos. De acordo com a publicação, feita pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, os jovens representam 67,1% das vítimas de armas de fogo no país.
O debate sobre a criminalização de adolescentes, com a redução da maioridade penal, voltou à tona recentemente, após o assassinato, no mês passado, do estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, durante um assalto em São Paulo. O agressor era um adolescente de 17 anos que, dias depois, completou 18. Com isso, ele cumprirá medida socioeducativa, pois o crime foi cometido quando ainda era menor. Pouco depois, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, veio a Brasília para defender alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal com o objetivo de tentar coibir a participação de adolescentes em crimes. Uma das propostas é ampliar para até oito anos o período de internação do menor em conflito com a lei.
O tema divide a opinião de especialistas. Entre os argumentos contrários à medida está o que reduzir a maioridade penal é reconhecer a incapacidade do Estado brasileiro em garantir oportunidades e atendimento adequado à juventude, numa espécie de atestado de falência do sistema de proteção social do país. Além disso, especialistas defendem que adolescentes que se envolvem com atos ilícitos, na maioria das vezes, refletem uma realidade de exclusão, desigualdade e omissão do Estado e da família. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feito em 2012 mostra que 57% dos jovens privados de liberdade não frequentavam a escola antes da internação.
A idade média dos internos era 16 anos. Cerca de 8% disseram ser analfabetos. Além disso, 86% pararam de estudar em alguma série no ensino fundamental, indicando grande defasagem escolar uma vez que, pela idade, deveriam cursar o ensino médio.
Já entre as considerações de quem defende a redução da maioridade penal está a que, diante dos recentes avanços tecnológicos e sociais, os adolescentes dos dias de hoje são capazes de entender o caráter ilícito de um ato e podem escolher entre praticá-lo ou não. Especialistas também destacam que os atos infracionais praticados por adolescentes têm aumentado nos últimos anos, principalmente os relacioandos ao tráfico de drogas, já que têm consciência de sua inimputabilidade penal.
Eles também argumentam que as sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina a aplicação de medidas socioeducativas a jovens que praticam atos infracionais, são brandas e não punem de fato.

Crack causa 50% mais mortes de neurônios que cocaína


Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o aquecimento de dois componentes que formam o crack, o éster metilecgonidina (Aeme) e a cocaína, aumenta em 50% a morte de neurônios em usuários, quando comparado ao consumo isolado das duas substâncias. O crack é produzido a partir da mistura da pasta de cocaína, bicarbonato de sódio e água, sendo que o Aeme é um produto da queima, ocorrida quando o usuário fuma a pedra de crack, explica a professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Tania Marcourakis, responsável pela pesquisa.
Segundo a pesquisadora, o objetivo do estudo era conhecer melhor o Aeme, que é usado no meio médico como marcador biológico do uso do crack. Ela explica que a presença do éster metilecgonidina em um organismo permite, por exemplo, deduzir a causa de uma morte pelo uso da droga. “A nossa pergunta foi: será que essa substância é só um marcador biológico ou ela também é ativa?”, disse. A partir desse questionamento, os cientistas pretendem investigar se o Aeme associado à cocaína, além de provocar um nível maior de morte de neurônios, participa também da dependência química do crack.
“A gente sabe que o crack tem um potencial devastador no usuário, muito maior que a cocaína nas outras formas de administração. Sabemos que [a droga] leva à dependência mais rápido. Mas a gente ainda precisa concluir os trabalhos”, disse Marcourakis. O que se sabe, por enquanto, é do alto potencial de neurotoxicidade do Aeme associado à cocaína. Embora não haja comprovação, a pesquisadora acredita que o resultado dessa grande morte de neurônios pode ser, no longo prazo, uma predisposição maior à demência e a outros problemas cognitivos.
“Isso pode não se manifestar na idade jovem, porque você tem mecanismos plásticos [facilidade em compensar a perda neuronal] que podem dar conta disso dentro da idade adulta, nos jovens, adolescentes. Mas, na velhice, já tem uma perda neuronal [natural] e esses mecanismos não estão tão eficientes”, explica Marcourakis.
Como os estudos foram feitos apenas a partir de cultura de neurônios in vitro, os danos reais provocados pelo crack no cérebro do ser humano ainda são desconhecidos. Marcourakis acrescenta que, por se tratar de uma droga relativamente recente, ainda não é possível estudar as suas consequências no cérebro de viciados ao longo de muitos anos.

Medicamento para combate ao câncer pode curar o Alzheimer



Quatro equipes de cientistas independentes concluíram que um medicamento usado normalmente no combate ao câncer pode levar à redução da placa amilóide no cérebro e contribuir para a cura do Mal de Alzheimer. Os testes foram feitos em ratos e obtiveram sucesso. A pesquisa foi publicada na revista norte-americana Science. Porém, cientistas advertem que é necessário ter cautela sobre os efeitos do tratamento.
O estudo concluiu que ratos tratados com bexaroteno demonstravam mais rapidez e inteligência e que a placa no cérebro, que causava o Mal de Alzheimer, começava a desaparecer em horas. “Queríamos repetir o estudo para verificar o que pode ser analisado e conseguimos fazê-lo”, disse o professor de neurologia da Universidade da Flórida, David Borchelt. “Mas é preciso ter certa cautela sobre o futuro no que se refere aos pacientes”, alertou.
Os cientistas observaram que o medicamento funcionava incrementando os níveis da proteína apolipoproteína E (ApoE), que ajuda a eliminar a acumulação da placa amilóide no cérebro, uma característica considerada chave do Alzheimer.
O principal autor do estudo, Gary Landreth, professor no Departamento de Neurociências da Case Western Reserve University School of Medicine, não escondeu a surpresa. “Ficamos surpresos e assombrados. Isso jamais havia sido visto antes”, ressaltou.
Os cientistas se dividiram em quatro grupos distintos para analisar os efeitos da aplicação do medicamento nos ratos. Um grupo notou avanços mentais nos animais. O Mal de Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável, que se manifesta geralmente com a perda da memória e de outras capacidades
mentais, com o surgimento da demência até a morte.
De acordo com especialistas, a doença se desenvolve atacando as células nervosas (neuronas), que morrem, e as diferentes zonas do cérebro se atrofiam. A doença afeta 36 milhões de pessoas no mundo.
















As ações deste ano foram elaboradas e desenvolvidas em conjunto entre duas unidades, o Caps I e o Caps AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas.

Litoral Norte


Com uma população de aproximadamente 76 mil habitantes, São Sebastião conta com duas unidades de Caps (I e AD), serviços que outros municípios de maior porte ainda não possuem. O Caps AD, por exemplo, só existe em quatro cidades da região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte, que formam a região administrativa da DRS 17, com 39 municípios beneficiados.Hoje o município sebastianense também possui uma rede de atenção psicossocial em formação, onde a atenção básica, as clínicas de especialidades e o programa de atenção à saúde mental buscam interligar-se proporcionando maior rapidez e encaminhamento ordenado dos distúrbios apresentados, sejam na área dos transtornos mentais ou na área de dependência química.
Atualmente as internações psiquiátricas e para dependentes químicos só acontecem em fase de crise, num período necessário apenas para o restabelecimento inicial, e, após a liberação deste paciente, os tratamentos desenvolvem-se nas unidades do Caps que também atendem aos casos já passados pela triagem realizada pela rede de saúde municipal.
Os tratamentos são desenvolvidos por uma equipe formada por médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes sociais, educadores físicos, monitores em oficinas culturais entre outros, sempre visando um quadro multidisciplinar de atenção ao indivíduo e suas necessidades, inclusive proporcionando sua inclusão social.
Na luta antimanicomial, os Caps surgiram a partir dos anos 80 como mecanismos importantes nos tratamentos de saúde mental, trazendo uma abordagem mais humana e próxima da realidade vivencial do indivíduo que, até então, tinha como principal forma de tratamento a internação de longo prazo, sem qualquer atenção ao desenvolvimento pessoal, integrativo e inclusivo.
Paralelamente ao evento, peças criadas pelos pacientes nas oficinas, como artesanato em cerâmica, madeira, bijouetrias e pintura em tela ficarão expostos durante todo o dia no hall do teatro municipal.

Em apoio ao dia mundial sem tabaco comemorado no próximo dia 31, a Secretaria de Saúde propõe aos fumantes um dia sem fumo e anuncia a instalação de um Centro do Controle de Tabagismo
O fumo é uma das principais causas de morte em todo mundo e, diante disto, a secretaria de Saúde, de Cruzeiro, em apoio ao dia mundial sem tabaco, que acontece no dia 31 de Maio, alerta sobre os males ocasionados aos fumantes. Além disso, o município ressalta que tem trabalhado de forma efetiva para auxiliar esses dependentes.
Segundo dados da OMS, o tabagismo é a 2ª causa de morte no mundo. Por ano, o fumo é responsável pela morte de 6 milhões de pessoas. O total de óbitos devido ao uso do tabaco é de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
Em vista desses altos índices, a Secretaria tem se estruturado para atender as pessoas que possuem o vício. Para isso, uma equipe foi capacitada pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD) de São Paulo para implementar, até o fim do ano, um Centro do Controle de Tabagismo no município. Profissionais da área de saúde, como técnicos em enfermagem, enfermeiros, psicólogos e farmacêuticos, participaram de dois dias de curso. O intuito do projeto é ajudar fumantes que tem vontade de parar de fumar, mas que por motivos adversos, não consegue.
O cigarro pode ocasionar doenças como câncer de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rins, colo de útero; leucemia mieloide; DPOC; doenças coronarianas; hipertensão arterial e AVC. A fumaça contém mais de 4.700 substancias tóxicas.
Convite – Em apoio à luta contra o tabagismo, a secretaria de saúde convida os fumantes a ficarem sem fumar. Para que a vontade de fumar passe é recomendado que durante o período de abstinência, os usuários pratiquem exercícios ou ingeriram água ou limonada sem açúcar.

Doença de Chagas pode provocar depressão, diz estudo
De acordo com pesquisa, doença pode levar a desequilíbrio neuroquímico.

Receber o diagnóstico de uma enfermidade como a doença de Chagas pode causar mudanças na rotina, nos planos e no estado de espírito dos pacientes? Pode causar apatia e tristezas nos anos subsequentes ao diagnóstico da enfermidade?
Essas e outras perguntas relacionadas à doença começam a ser respondidas por pesquisadores da IOC/Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz) que desenvolveram estudo inédito identificando linhagens do protozoário Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas). Os tipos 1 e 2, circulantes no Brasil, podem provocar desequilíbrio neuroquímico no paciente, resultando em associação biológica entre a doença e o quadro depressivo.
A constatação foi feita a partir do laboratório de biologia das interações da Fiocruz, onde a equipe liderada pela pesquisadora Joseli Lannes identificou que o protozoário causador da doença pode desencadear uma desordem imunológica e neuroquímica associada ao quadro depressivo entre os pacientes.
A partir do estudo, a equipe de pesquisadores concluiu que a mudança de comportamento registrada nos portadores da doença se dá “a partir da incerteza do destino e do elevado percentual de incurabilidade da doença, agravados pelo baixo nível socioeconômico predominante entre os portadores da enfermidade”.

Estudante relata a depressão: "passei semanas dormindo e chorando"

Publicado na revista científica de referência Brain, Behavior and Immunity, o estudo, cuja autora principal é Glaucia Vilar-Pereira, derruba de certa forma a tese predominante até então na literatura médica de que o transtorno recorrente entre pacientes crônicos – e que levava à depressão – era motivado por fatores psicológicos. O estudo sugere, ainda, um tratamento combinado à base de drogas já disponíveis no mercado: benzonidazol e pentoxifilina.
Segundo a Fiocruz, a ideia que deu origem à pesquisa surgiu quando Joseli Lannes realizava experimentos sobre danos cardíacos com camundongos e, ao longo do estudo, notou que alguns dos animais eram mais apáticos.
Na avaliação de Joseli uma marca inconfundível da depressão é a desistência do paciente - neste caso, do animal. “Para identificar o que estava acontecendo, utilizamos dois grupos de camundongos. Cada grupo foi infectado com cepas tipo 1 e tipo 2 de Tripanosoma cruzi. Constatamos que só o primeiro grupo apresentava imobilidade e desistência quando submetido a testes”.
Para a pesquisadora, esse “era um sinal preliminar de que a depressão, na doença de Chagas, poderia não ser um processo psicossomático. Afinal, o animal não tem consciência da doença ou de sua condição social. Os dados indicariam, enfim, que o processo não é associado ao sickness behavior mas, de fato, à depressão”, esclarece.
A cepa tipo 1 é encontrada em todo o Brasil, com maior incidência nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Estima-se que existam dois milhões de portadores da doença de Chagas no País.
Em busca dos biomarcadores que justificassem o comportamento apático dos camundongos, a equipe identificou que os níveis da enzima IDO, que compromete a síntese de serotonina — o neurotransmissor associado à satisfação e à felicidade – estavam acima do normal nos animais incluídos no experimento.
Para Joseli, isso acontece porque a presença do parasito no organismo, ainda que reduzida na fase crônica da doença, induz à expressão da enzima IDO no sistema nervoso central. “Essa enzima degrada o triptofano, aminoácido substrato para a produção da serotonina, reduzindo, assim, os níveis deste neurotransmissor”, explicou.
Os pesquisadores trataram os camundongos com uma combinação de benzonidazol, quimioterápico utilizado contra o parasito, e fluoxetina, antidepressivo que aumenta a disponibilidade da serotonina no cérebro. Os resultados foram satisfatórios, mas a melhora significativa dos animais ainda não convenceu a equipe.
— Sabemos que 30% da população mundial não responde à fluoxetina, principalmente pacientes com câncer e doenças autoimunes. Isso ocorre porque nem toda depressão é causada apenas por desordens químicas envolvendo a serotonina. A resposta imunológica à doença também participa deste processo.
Os pesquisadores partiram, então, para a análise dos níveis de fator de necrose tumoral (TNF) nos camundongos. Trata-se de uma citocina produzida pelo sistema imunológico durante infecções por parasitas e na presença de tumores, associada a inflamações sistêmicas e alterações de comportamento, como a anorexia.
A resposta aos experimentos que se sucederam foi positiva, o que possibilitou à equipe confirmar que o quadro depressivo, na doença de Chagas, é resultado de um complexo circuito imunológico que interfere de forma contundente no sistema nervoso central, tendo como agente deflagrador o próprio parasito trypanosoma cruzi.

— Muitas doenças inflamatórias crônicas, tais como artrite reumatoide, também são associadas à depressão e muitos pacientes não respondem a antidepressivos comuns. Nossos achados transcendem a doença de Chagas, pois acreditamos que a pentoxifilina possa ser usada de forma muito mais ampla, estendendo os benefícios a pacientes de diversos agravos.
O próximo passo será estender o experimento aos seres humanos. Em breve, uma parceria entre o Laboratório de Biologia das Interações do IOC e o Ambulatório de Referência em Doença de Chagas - coordenado por Wilson Oliveira Junior e vinculado ao Procape (Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco), da UPE (Universidade de Pernambuco) — possibilitará a realização de uma pesquisa clínica para investigar o uso da terapia sugerida pela equipe liderada por Joseli.

A proposta é realizar um estudo com a participação de psicólogos e cardiologistas, com duração prevista de dois anos, para só então testar as intervenções terapêuticas sugeridas pela equipe do IOC.
Para a especialista, se comprovada a eficácia, o protocolo sugerido poderá ser implementado nas unidades de saúde sem demora, uma vez que o benzonidazol, a pentoxifilina e a fluoxetina já estão aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e disponíveis no mercado.
A Fiocruz esclareceu, ainda, que o estudo contou com a colaboração do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas do IOC, bem como de pesquisadores do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense) e do Laboratório de Farmacologia da Neuroplasticidade e do Comportamento, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Câmara aprova internação involuntária de depententes de drogas

Os deputados aprovaram também o aumento da pena mínima de cinco para oito anos de cadeia para os traficantes e chefes de organizações criminosas.


A Câmara aprovou o projeto que autoriza a internação involuntária de dependentes de drogas. É preciso um pedido da família para que a integração seja feita. Na falta de parentes, quem pode fazer isso é um funcionário público da área de saúde ou de assistência social. Além disso, também é necessário o aval de um medico.

Esse tipo de internação só deve ser feita quando não houver possibilidade de outro tratamento, e há tempo máximo: 90 dias.

Os deputados aprovaram também o aumento da pena mínima de cinco para oito anos de cadeia para os traficantes e chefes de organizações criminosas. Foram reservados 3% dos postos de trabalho em obras públicas para usuários de drogas em tratamento.

A Câmara deve concluir a votação na semana que vem, e ainda falta o Senado.

veja reportagem no link:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/05/camara-aprova-internacao-involuntaria-de-depententes-de-drogas.html

Entra em vigor lei que obriga o SUS a iniciar o tratamento de câncer em 60 dias

Especialista elogia a nova regra, mas cobra recursos para seu cumprimento



Lei que obriga tratamento do câncer em 60 dias pelo SUS entra em vigorGetty Images
Nesta quinta-feira (23), entra em vigor a Lei 12.732/12 que obriga o SUS (Sistema Único de Saúde) a iniciar o tratamento contra o câncer em até 60 dias após o diagnóstico no prontuário médico. O diretor-geral do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), Paulo Hoff, que também é professor de oncologia e Radiologia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), elogia a nova regra, mas cobra recursos para o cumprimento da lei.

— Não houve aporte adicional de capital, de investimento, para se regularizar a oferta dentro do princípio de fazer esse atendimento em 60 dias. Algo que temos que discutir. E a hora de se discutir aporte adicional é agora, quando se está fazendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014.

Prazo do SUS para começar tratamento de câncer cai pela metade

De acordo com o médico, nas instituições que tratam o câncer pelo SUS no Estado de São Paulo, o tempo médio entre o diagnóstico e o início do tratamento é de 22 dias, abaixo do exigido pela lei.

— O problema é que isso é uma média. E a média esconde a realidade. Dependendo a localização do indivíduo e do tipo de tumor que o paciente tem, isso pode passar de três meses.

Mulheres mostram suas cicatrizes em campanha de combate ao câncer de mama na internet

Segundo Hoff, os pacientes podem enfrentar, no Estado, grande dificuldade de encontrar, em pouco tempo, um serviço público para tratar alguns tipos de câncer, como o de esôfago, e o de reto, que exigem tratamento multidisciplinar. O diretor do Icesp questionou ainda como irá funcionar a punição das instituições que não cumprirem o prazo estipulado pela lei.

— Se entre o diagnóstico e a chegada ao hospital o prazo for muito longo, o tempo de se fazer todas as outras atividades [como o preparatório para uma cirurgia] diminui. Quem será penalizado, o serviço que fez o diagnóstico inicial ou o serviço que aceitou o paciente? Isso não está esclarecido na legislação. Vamos ter de pensar em como fazer a lei ser cumprida sem que instituições bem-intencionadas não venham a ser punidas. Ou até pior, que as instituições comecem a fechar as portas. Não posso aceitar, porque eu só posso aceitar quem eu posso operar imediatamente.

Cirurgia de Angelina Jolie reduz em 95% chance de aparecimento do câncer de mama hereditário

Hoff participou de uma audiência pública no Ministério Público Federal para debater o tema.

Estrutura do SUS

Dados do Ministério da Saúde mostram que o SUS conta atualmente com 277 serviços habilitados em oncologia, sendo 134 no Sudeste, 63 no Sul; 48 no Nordeste, 20 no Centro-Oeste e 12 no Norte. As unidades oferecem radioterapia, quimioterapia e cirurgia oncológica.

Atualmente, 78% dos pacientes com câncer em estágio inicial recebem tratamento em até 60 dias. Desses, 52% conseguem ser atendidos em 15 dias. Entre os pacientes com câncer em estágio avançado, 79% recebem tratamento em até 60 dias. Chega a 44% os que conseguem ser atendidos em 15 dias.

A estimativa do ministério é que o País registre este ano 518 mil novos casos de câncer. A previsão é que 60.180 homens tenham câncer de próstata e 52,6 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de mama. Depois das doenças cardiovasculares, o câncer é a doença que mais mata no País.

Em 2010, 179 mil pessoas morreram em decorrência da doença. O câncer dos brônquios e do pulmão foi o tipo que mais matou (21.779), seguido do câncer do estômago (13.402), de próstata (12.778), de mama (12.853) e de cólon (8.385).

segunda-feira, 20 de maio de 2013

 O Ipq-HC – Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, dispõe de vagas para participação em projeto de pesquisa para pessoas de ambos os sexos de 18 a 35 anos, com suspeita de transtorno afetivo bipolar, sem tratamento psiquiátrico prévio e sem história de uso de drogas.

Para os participantes, será disponibilizado tratamento e acompanhamento clínico.

Os interessados devem residir em SP e as inscrições para triagem são feitas pelo e-mail: projetobipolar@gmail.com

Também procuramos pacientes homens, entre 18 e 35 anos, com suspeita de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Interessados entrar em contato no e-mail: estudosdocerebro@gmail.com.

Acesse o link:
http://projetobipolar.wix.com/projeto-bipolar



Depressão
Estudo recomenda exercícios físicos para pacientes com depressão
Exercícios aeróbicos três a cinco vezes por semana são os mais indicados para o tratamento da doença


Exercícios aeróbicos são os mais recomendados no tratamento da depressão.

Exercícios físicos são indicados pelos médicos como parte do tratamento para diversas doenças, como problemas cardíacos, colesterol e diabetes. Alguns estudos já mostraram, porém, que essa prática pode ajudar também pacientes com depressão. Pesquisadores da Universidade do Texas, em Dallas, fizeram uma revisão dos dados sobre o assunto, com objetivo de fazer uma recomendação mais precisa do tipo de intensidade de exercícios recomendados.


CONHEÇA A PESQUISA

Onde foi divulgada: periódico Journal of Psychiatric Practice

Quem fez: Chad Rethorst e Madhukar Trivedi

Instituição: Universidade do Texas, EUA

Resultado: Exercícios aeróbicos são os mais indicados para estes pacientes, apesar de os treinos de resistência também poderem ser utilizados. A recomendação é de 3 a 5 vezes por semana, sessões de 45 a 60 minutos. Porém mesmo que o paciente não atinja a frequência ou intensidade de exercícios recomendadas, a atividade ainda pode ser benéfica.

"Apesar do grande número de evidências que apoiam o uso de exercícios no tratamento da depressão, estudos anteriores não forneceram indicações claras da dose adequada de exercícios necessária para promover o efeito antidepressivo", escrevem os autores Chad Rethorst e Madhukar Trivedi. O estudo foi publicado na edição de maio do periódico Journal of Psychiatric Practice.

Estudos anteriores mostraram que a prática de exercícios é efetiva na redução dos sintomas da depressão tanto utilizada sozinha quanto em conjunto com medicamentos e terapia. Agora, a revisão de literatura mostrou que os exercícios aeróbicos são os mais indicados para pacientes com depressão, apesar de os treinos de resistência também poderem ser utilizados. Rethorst e Trivedi recomendam que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos.

A intensidade deve ser de 50 a 85% da frequência cardíaca máxima do indivíduo. Em treinos de resistência, a recomendação é de exercícios variados para os membros superiores e inferiores — três vezes de oito repetições a 80% do peso máximo que a pessoa aguenta.

Os dados sugerem que os pacientes devem sentir melhoras nos sintomas da depressão cerca de quatro semanas após o início dos exercícios, mas os autores recomendam que o programa seja mantido por pelo menos 10 a 12 semanas, a fim de obter maior efeito antidepressivo.

Participação e incentivo – Nos estudos analisados, apenas 15% dos pacientes abandonaram o programa de exercícios. Essa taxa é comparável à de pessoas que abandonam o uso de medicamentos ou a terapia.

Para melhorar a adesão à prática, os autores recomendam que os pacientes sejam consultados sobre seus tipos de exercícios preferidos, e que recebam atenção individualizada.

Mesmo que o paciente não atinja a frequência ou intensidade de exercícios recomendadas, a atividade física ainda pode ser benéfica. "Os médicos devem encorajar os pacientes a praticar algum tipo de exercício, mesmo que não seja o suficiente para atingir as recomendações", afirmam os autores.

Opinião da especialista
Helena Calil
Psiquiatra e professora da pós-graduação em psicobiologia da Unifesp


"Existe uma grande quantidade de estudos comprovando a importância do exercício ara o tratamento da depressão. Como os antidepressivos nem sempre promovem a recuperação total do pacientes, outras abordagens se tornaram muito importantes.

Na maior parte dos casos os exercícios são usados como tratamentos coadjuvantes, em combinação com os medicamentos, mas casos mais brandos os exercícios podem até promover a melhora sem o uso de remédios.

Os autores buscam auxiliar o médico na prescrição de exercícios para tratamento da depressão, o que já é feito, mas não de uma maneira tão estruturada".

Atibaia terá projeto piloto para prevenção às drogas

Por: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Atibaia

A partir do mês de junho, a cidade de Atibaia sediará a “Virada da Prevenção FreeMind”, projeto piloto que vai unir os três setores da sociedade (Executivo, Legislativo e Judiciário), além da iniciativa privada e entidades sociais e assistenciais, em torno de um mesmo objetivo: a prevenção às drogas.

O lançamento oficial do projeto acontecerá na quarta-feira, dia 22 de maio, no Clube Recreativo Atibaiano (Praça Claudino Alves, 125, Centro), às 19h. Na ocasião, serão apresentadas as dinâmicas que serão realizadas ao longo dos próximos 8 meses no município.

O evento é gratuito e contará com a presença do Dr. Augusto Cury, médico e escritor renomado (gênero autoajuda), com mais de 10 milhões de livros vendidos somente no Brasil e obras publicadas em mais de 50 países, além de ser considerado, pelo jornal “Folha de São Paulo”, o autor brasileiro mais lido da década.

“O trabalho de prevenção é importante para evitar que jovens entrem no mundo das drogas. O projeto em Atibaia conta com participação direta do primeiro setor e de toda a sociedade. Juntos, vamos combater as drogas", salientou o prefeito.

O projeto

Com realização do FreeMind – Espírito de Unidade e apoio da Prefeitura da Estância de Atibaia, durante oito meses serão realizadas dinâmicas na cidade com seis tipos de público: crianças até 12 anos; adolescentes de 12 a 18 anos; universitários; pais; professores e educadores; e entidades de classe.

Uma pesquisa levantará a realidade encontrada no município antes da implantação do projeto piloto e também a medição dos resultados da “Virada da Prevenção FreeMind” após a sua aplicação em Atibaia. As conclusões serão apresentadas no “Congresso FreeMind 2014”, que acontecerá também em Atibaia, com previsão para o início do próximo ano.

De acordo com pesquisa realizada em 2009 pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Uniad (Unidade de Pesquisas de Álcool e Drogas), na cidade de São Paulo, com 500 familiares de dependentes químicos, os dois principais motivos que levam o jovem ao uso de drogas são as más companhias e a baixa autoestima.

Outro impressionante dado observado na pesquisa é o tempo que os pais levam para descobrirem o uso de drogas por um filho – cerca de seis anos e meio – e quanto tempo levam para buscarem ajuda – cerca de 2 anos e meio. Após todo esse tempo, a doença já está instalada e só resta recorrer ao tratamento. Nesse contexto, nota-se que se não for realizada a prevenção, quando a família descobre, a dependência química já se instalou.

Com o objetivo de mobilizar a sociedade para essa realidade e motivá-la a se envolver de forma direta na sua resolução, o FreeMind - Espírito de Unidade e a Prefeitura de Atibaia promovem essa grande virada em prol da vida.


Terapia de luz é usada para tratar obesidade



Uma das principais aplicações da terapia fotodinâmica, ou fototerapia, é no tratamento do câncer de pele.
Pesquisadores das universidades Federal de São Carlos (UFSCar) e de São Paulo (USP) estão desenvolvendo tratamentos de controle e redução da obesidade a partir da combinação de exercícios físicos e terapia de luz.

A terapia de luz, conhecida como fototerapia ou terapia fotodinâmica, além de eficiente, pode ser uma das alternativas de mais baixo custo para o paciente e para o sistema de saúde, o que a torna um recurso altamente acessível.

A fototerapia já é usada no tratamento de lesões e diversos estudos indicam que a incidência de luz atua positivamente nas atividades celulares e na eliminação de bactérias resistentes a antibióticos.

O grupo formado por Antônio Eduardo de Aquino Júnior, Nivaldo Parizotto e Vanderlei Bagnato agora pretendem expandir a aplicação da terapia para tratamentos de sobrepeso e obesidade.

Metabolismo celular

Antônio Eduardo explica que a aplicação de lasers sobre os tecidos potencializa o metabolismo celular, o que resulta em maior perda de calorias durante a prática de atividades físicas e maior queima de gorduras.

Os feixes de lasers têm comprimento de onda de 808 nanômetros, na região do infravermelho, com baixa intensidade de energia, por isso não provocando danos à pele durante a aplicação.

"A aplicação de lasers nos músculos resultou na redução das reservas de gordura e diminuição do peso corporal. Mas os resultados variam conforme a intensidade dos exercícios", explica o pesquisador, uma vez que o metabolismo pode ser trabalhado de diferentes formas de acordo com a intensidade.

As avaliações da técnica de fototerapia contra obesidade serão feitos em voluntários, homens e mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, e índice de massa corporal a partir de 30 - os testes terão duração de três meses, com início previsto para junho.

Voluntários

Os voluntários serão submetidos a uma sessão de exercícios aeróbios, musculação e combinados com sessões de terapia com luz, avaliação física e análises clínicas laboratoriais (primeira fase).

Na segunda etapa, os exercícios físicos com tratamentos em fototerapia serão mantidos durante três meses de intervenção, com três sessões semanais, com duração média de uma hora. Também serão promovidas palestras e orientações nutricionais.

As intervenções ocorrem em uma academia localizada na região central de São Carlos. Eventuais custos de transporte, alimentação e alojamento terão que ser arcados pelos voluntários. Os interessados podem entrar em contato para agendamento pelo telefone (16) 3351-8452, das 8 às 15 horas.

A mesma equipe já está usando a fototerapia para tratar mulheres com fibromialgia.

Campanha para detecção de hepatite C é realizada em Santos
Público alvo são os trabalhadores portuários da cidade.
Campanha do Ogmo com o Grupo Esperança é realizada há cinco anos.

Portuários participam de ação em Santos
(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Os trabalhadores portuários de Santos, no litoral de São Paulo, podem participar da campanha de detecção, prevenção e orientação contra a hepatite C que acontece até o dia 19 de abril na cidade. Também serão atendidos pela campanha familiares dos, maiores de 12 anos, dos trabalhadores. Os exames são gratuitos.
Durante esse período, os trabalhadores portuários avulsos (TPAs) passarão pelo exame que detecta a doença. Após a testagem rápida de triagem realizada no Orgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), os trabalhadores que tiveram contato com o vírus serão encaminhados para confirmação do diagnóstico e, caso necessário, tratamento no ambulatório especializado da Beneficência. Não é necessário estar em jejum para fazer o exame.
Segundo o presidente do "Grupo Esperança", Jeová Pessin Fragoso, que realiza os testes, em cinco anos de campanha o índice de trabalhadores diagnosticados no teste de triagem caiu 7,2%, número registrado em 2008, para menos de 2% na campanha do ano passado. Para Jeová, a campanha de prevenção teve uma grande influência nessa queda, pois durante os atendimentos os portuários obtêm informações sobre formas de prevenção da doença.
A campanha promovida pelo OGMO, em parceria com o Grupo Esperança, acontece há cinco anos. O atendimento é realizado de segunda a sexta- feira, das 11h às 19h, no Posto de Escalação 3, na Avenida Mário Covas, s/nº, esquina com canal 6, no bairro Ponta da Praia.

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Defensoria Pública tem dificuldade para internar dependentes químicos
Defensor diz que faltam médicos para emitir laudo exigido pelo estado.
Órgão já entrou com mais de 130 ações em 2013
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Carolina Sanches

Mãe de dependente químico procura defensor público Fabricio Souto (Foto: Carolina Sanches/ G1)


A dificuldade para que familiares de dependentes químicos consigam uma internação compulsória preocupa a Defensoria Pública de Alagoas. De acordo com o defensor público Fabrício Leão Souto, um dos problemas é que, para dar entrada em processos com pedido de internação, a família precisa de um laudo médico sobre o paciente, mas o difícil é encontrar profissional capacitado.

Para o defensor público, o Estado e o Município ainda não se sensibilizaram com esta questão da internação compulsória. “A Justiça exige que seja anexado ao pedido de internação compulsória um laudo médico. O problema acontece, muitas vezes, porque faltam profissionais que façam essa avaliação ou a família não tem como levar o dependente para o exame. As ações da defensoria acabam perdendo o efeito logo no início”, explica o defensor público.

Este é o caso de Jaqueline de Oliveira Fernandes, que tenta há mais de um mês internar o filho em uma clínica para dependentes químicos no estado. Ela contou que seu filho, de 22 anos, já passou seis meses internado por causa do vício em maconha, mas um mês depois de sair da clínica voltou a usar droga.
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“Vim na Defensoria porque estou desesperada. Meu filho acabou se tornando um funcionário do tráfico para conseguir comprar a droga. Se ele não for internado a situação da minha família pode piorar muito”, diz a mãe, ao informar que o maior problema nesse caso está em conseguir o laudo médico.

Jaqueline disse que a médica do Posto de Saúde próximo a sua casa tem receio de que ao emitir o laudo sofra represálias. “Também não consigo fazer com que meu filho vá em um médico. Só se uma equipe for a minha casa isso vai poder ser feito”, afirma.

Segundo Fabrício Leão Souto, situações como a de Jaqueline são comuns de aparecer na defensoria pública. Somente na semana passada, ele recebeu 11 pessoas que possuem parentes com problemas de dependência química. “A situação é muito preocupante porque a dependência não afeta somente o usuário, mas a família e a comunidade em que vive. E el Alagoas existe um descaso muito grande com relação ao tratamento. As famílias ficam sem apoio”, ressaltou o defensor.
Estou desesperada. Meu filho acabou se tornando um funcionário do tráfico "
Jaqueline Fernandes

Além de pessoas que procuram a Defensoria Pública para conseguir internamento existem casos de quem precisa manter o dependente na clínica e não consegue. A dona de casa Célia Januária está com o filho internado em uma clínica na cidade de Girau do Ponciano, no Agreste alagoano, há três meses. Ela diz que, apesar do tempo estipulado para o tratamento ser de seis meses, a direção da clínica informou que vai liberar o paciente porque não está recebendo o pagamento do estado.

Célia também recorreu a defensoria pública. “Meu filho não pode voltar para casa sem o tratamento completo. Ele é dependente de drogas há 15 anos e três meses não é suficiente para que deixe o vício”, reclama.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que, de acordo com a Constituição Brasileira, é preciso de um laudo médico para internar o doente compulsoriamente. Ainda segundo a Sesau, uma equipe com representantes da Secretaria da Paz e do município fazem o trabalho de acompanhamento e são responsáveis por avaliar os casos.

Sobre a denúncia de que o Estado não vem fazendo o repasse para o tratamento do paciente que está internado na clínica de Girau do Ponciano, a secretaria informou que existe uma dívida com a clínica do município, mas isso acontece poque o estabelecimento não está com a documentação regular. Ainda segundo a Sesau, assim que isso for providenciado, o Estado vai efetuar o pagamento.

Demanda
O juiz substituto da 14ª Vara da Fazenda Municipal, Cláudio José Gomes Lopes, explica que a segunda maior demanda que chega relacionada à saúde se refere a internação de dependentes químicos. Ele informou que a maioria delas é proveniente da Defensoria Pública Estadual. E esse dado é confirmado pela Defensoria que afirma que, só em 2013, já entrou com mais de 130 ações.

“A demanda de pedidos é grande, mas só os que estão com o laudo médico são atendidos. Como se trata de uma internação contra a vontade da pessoa, é preciso que um especialista ateste essa necessidade”, explica.

Para o magistrado, além do internamento, é preciso que haja medidas para que o dependente seja atendido depois que sai da clínica. “A internação é apenas paliativa e feita em casos de urgência. Se o usuário não continuar com um tratamento, ele poderá voltar para as drogas”, complementa
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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Encontro em Apucarana discute Atenção à
Saúde Mental
O objetivo do evento é refletir a respeito da Rede de Atenção Psicossocial (RAP)

De amanhã (16) e sexta-feira Apucarana promove o 2º Encontro da Rede de Atenção à Saúde Mental: “A Rede em Pauta”. As atividades marcam o Dia da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio. A organização é da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil de Apucarana (CAPS i), Centro de Atendimento Psicossocial de Apucarana Álcool e Drogas (CAPS AD) e CAPS Regional de Cambira.

O objetivo do encontro é refletir a respeito da Rede de Atenção Psicossocial (RAP), criando um espaço de “Educação em Saúde”, capacitação sobre sinais, sintomas e acolhimento na Saúde Mental, bem como promoção do trabalho das instituições envolvidas. “Este evento também visa estimular a humanização nos serviços, promovendo a transformação do imaginário social acerca da “Loucura” e fortalecimento da participação popular e da convivência familiar e comunitária”, informa o prefeito Beto Preto (PT). De acordo com ele, o evento também visa a divulgação da recém criada Associação de Usuários, Familiares, Trabalhadores e Amigos da Saúde Mental de Apucarana (AUFTASMA). Constituída em março deste ano, através dela são realizas assembleias todas as segundas sextas-feiras de cada mês no CAPS i de Apucarana.
Segundo a coordenadora do CAPS i, assistente social Eliane Fernandes Cherritte, no dia 16, das 8 às 10 horas, no salão nobre da prefeitura, o evento será direcionado aos médicos, dentistas e técnicos de saúde. A abertura, com café da manhã, será feita às 8h30 pelo prefeito Beto Preto (PT) e secretário de Saúde, Dr. Hélio Kissina. Às 9 horas acontece palestra “Sinais e Sintomas de transtorno mental grave” com a médica psiquiatra Drª Juliana Brum. Às 10 horas tem a fala: “Rede em Pauta”, com a psicóloga Tânia Tanus Salvatori e a enfermeira Lilian Ferreira Domingues.
No dia 17, às 8h30, nas dependências do prédio Presencial de Apucarana do Polo da UAB (Praça Rui Barbosa, 12) as atividades serão voltadas aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), com apresentação da rede de serviços e estudos de casos. Na ocasião, por volta das 10h30, haverá palestra sobre “Acolhimento da Saúde Mental no PSF e Humaniza SUS. Na parte da tarde, a partir das 13 horas, no mesmo local, o público será composto por usuários da Saúde Mental. Está previsto um “bate-papo” sobre a importância da participação popular, apresentação da Associação dos Usuários, Familiares, Amigos e Trabalhadores da Saúde Mental de Apucarana, “Dinâmica do barbante”, Roda de Terapia e, finalizando, a promoção de um “Samba de Roda”.

O que é a Luta Antimanicomial

O Movimento Antimanicomial, também conhecido como Luta Antimanicomial, refere-se a um processo de transformação dos serviços psiquiátricos, derivado de uma série de eventos políticos nacionais e internacionais. O Movimento Antimanicomial tem o dia 18 de maio como data de comemoração no calendário nacional brasileiro, remetendo ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo. Na sua origem, esse movimento está ligado à Reforma Sanitária Brasileira da qual resultou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conheça algumas das novas doenças 
da 'Bíblia da psiquiatria'
Acumulação compulsiva de objetos ou episódios de descontrole comportamental em adolescentes são exemplos de sintomas de novos transtornos mentais.


Mesmo em luto, pacientes receberão diagnóstico de depressão após apenas duas semanas (Foto: PA/BBC)Mesmo em luto, pacientes receberão diagnóstico de
depressão após apenas duas semanas (Foto: PA/BBC
Diversas atitudes e sentimentos até agora considerados normais passarão a ser classificados como doença mental pela nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou DSM-5, na sigla em inglês), conhecido como a "Bíblia da psiquiatria", que será lançada neste fim de semana pela Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association, ou APA, na sigla em inglês).

Usados por médicos do mundo todo, inclusive do Brasil, o DSM traz uma lista de sintomas relacionado a cada doença e estabelece quantos
são necessários para que um paciente seja diagnosticado com determinado transtorno mental.
Segundo críticos, a nova edição reduz o número de sintomas para o diagnóstico de alguns transtornos, além de ampliar o número de doenças, o que aumentaria os diagnósticos e, consequentemente, o uso de medicamentos e o mercado para a indústria farmacêutica.
Enquanto algumas alterações no manual - que está em sua quinta edição, a primeira desde 1994 - têm sido recebidas de maneira positiva, ou pelo menos indiferente, muitas vêm provocando críticas e discussões exaltadas.
Uma das mudanças mais polêmicas está relacionada ao diagnóstico de depressão. Na edição anterior do DSM, pacientes que estavam em luto eram excluídos do diagnóstico, mesmo que apresentassem os sintomas, a não ser que o comportamento persistisse por mais de dois meses. Agora, após duas semanas, mesmo em luto, o paciente poderá receber diagnóstico de depressão.
Outra alteração controversa diz respeito aos critérios para o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
saiba mais
O número de sintomas permanece o mesmo. São 18, divididos em dois grupos - falta de atenção e hiperatividade/impulsividade -, e é preciso apresentar pelo menos seis sintomas em um dos grupos para receber o diagnóstico. No entanto, a idade para o surgimento dos sintomas, que era de até sete anos, passou a ser de até 12.
No caso da Síndrome de Asperger, a crítica é pelo fato de a doença ter sido transformada em um subtipo de autismo, incluída em uma nova categoria chamada de Transtorno do Espectro Autista.
Ao longo de sua trajetória, o DSM já foi alvo de muitas polêmicas. Até a década de 1970, por exemplo, o manual classificava a homossexualidade como doença.
Veja abaixo algumas das novas doenças classificadas pelo DSM-5:
Compulsão alimentar
O Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica, no qual a pessoa devora quantidades excessivas de comida descontroladamente e em um período delimitado, de até duas horas, passará a ser considerado uma doença mental. Pessoas que registrarem esse tipo de comportamento pelo menos uma vez por semana durante três meses poderão ser diagnosticadas com a doença.
A compulsão alimentar já aparecia no apêndice da edição anterior do DSM, o que indicava a necessidade de pesquisas adicionais antes de definir o problema como uma doença. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, após extensas pesquisas, os resultados sustentam "a validade e a utilidade clínica" de definir o transtorno como uma nova doença.

Distúrbio de Hoarding
A acumulação compulsiva - e a incapacidade de se desfazer - de objetos, inclusive lixo, conhecida como "hoarding" em inglês, era até agora considerada um sintoma do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

A nova edição do DSM define esse tipo de comportamento como uma doença separada, caracterizada pela "dificuldade persistente de se desfazer ou se separar de suas posses, independentemente de seu valor real".

Provocar escoriação da pele
Esse transtorno, chamado de "skin-picking" em inglês, consiste em cutucar a pele constantemente, o que resulta em ferimentos. A nova doença foi incluída no capítulo sobre transtornos obsessivos-compulsivos e doenças relacionadas.

Transtorno Disfórico Pré-Menstrual
Considerado uma forma mais grave de TPM (Tensão Pré-Menstrual), o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual figurava no apêndice da edição anterior do DSM, indicando a necessidade de mais pesquisas sobre o tema. No DSM-5, é classificado como uma doença mental, com base em "sólidas evidências científicas", segundo a Associação Americana de Psiquiatria.

Os sintomas da doença incluem tensão, alterações de humor, irritabilidade, ansiedade, raiva, tristeza, letargia, mudanças no apetite e insônia, entre outros, manifestados nas duas últimas semanas do ciclo menstrual, durante a maioria dos ciclos menstruais do último ano.

Transtorno disruptivo de desregulação do humor
Crianças ou adolescentes de até 18 anos de idade que apresentam 'irritabilidade persistente e episódios frequentes de extremo descontrole comportamental' em um período de pelo menos três vezes por semana, ao longo de um ano, poderão ser diagnosticadas com esta nova doença.

A Associação Americana de Psiquiatria diz que decidiu incluir o novo diagnóstico no DSM-5 em resposta aos temores sobre a possibilidade de um excesso de diagnósticos e tratamento de transtorno bipolar em crianças - é cada vez maior o número de crianças diagnosticadas com transtorno bipolar nos EUA
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terça-feira, 14 de maio de 2013


OPAS / OMS considera inadequada e ineficaz a adoção da internação compulsória de usuários de drogas
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), emitiu na quarta-feira (8) nota técnica sobre internação involuntária e compulsória de pessoas que usam drogas. A OPAS/OMS “considera inadequada e ineficaz a adoção da internação involuntária ou compulsória como estratégia central para o tratamento da dependência de drogas”.
“As agências recomendam claramente que seja priorizada a implantação de ações e serviços de saúde comunitários com características voluntárias. As internações compulsórias só devem ser utilizadas em circunstâncias claramente definidas como excepcionais e, mesmo assim, devem respeitar os direitos humanos previstos na legislação internacional”.
“A internação compulsória é considerada uma medida extrema, a ser aplicada apenas a situações excepcionais de crise com alto risco para o paciente ou terceiros, e deve ser realizada em condições e com duração especificadas em Lei. Ela deve ter justificativa clara e emergencial, além de ter caráter pontual e de curta duração”, diz o documento.
Nota Técnica da OPAS/OMS no Brasil sobre internação involuntária e compulsória de pessoas que usam drogas
Nos últimos anos, as consequências negativas do consumo de álcool e outras drogas no Brasil têm sido identificadas como um problema prioritário para o setor saúde. Bebidas alcoólicas e tabaco ocupam as primeiras posições entre as substâncias mais consumidas, enquanto maconha e crack apresentam percentuais mais baixos. O Brasil priorizou a implantação de serviços comunitários para o tratamento da dependência de álcool e outras drogas e o resultado foi a expansão da rede de atendimento e do acesso ao tratamento. Ainda que a lei 10.216 de 2001 descreva a internação como uma das estratégias possíveis para o tratamento dos transtornos mentais, ultimamente, alguns Estados e Municípios tem utilizado a internação como principal forma para lidar com a dependência de drogas. A OPAS/OMS no Brasil considera inadequada e ineficaz a adoção da internação involuntária ou compulsória como estratégia central para o tratamento da dependência de drogas.
Documento elaborado pela OMS, em conjunto com o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC), em 2008, descreve dez princípios gerais que orientam o tratamento da dependência de drogas. Um deles, intitulado “Tratamento da dependência de drogas, direitos humanos e dignidade do paciente” explicita que o direito à autonomia e autodeterminação, o combate ao estigma, ao preconceito e à discriminação e o respeito aos direitos humanos devem ser observados em qualquer estratégia de tratamento para a dependência de drogas. O documento também recomenda que o tratamento não deve ser forçado aos pacientes. A internação compulsória é considerada uma medida extrema, a ser aplicada apenas a situações excepcionais de crise com alto risco para o paciente ou terceiros, e deve ser realizada em condições e com duração especificadas em Lei. Ela deve ter justificativa clara e emergencial, além de ter caráter pontual e de curta duração.
Diante da preocupação com a garantia dos direitos humanos e com o respeito ao processo legal para autorizar e manter a internação compulsória, 12 agências das Nações Unidas, entre elas a OMS, emitiram em 2012 comunicado conjunto sobre os Centros de Detenção e Reabilitação Compulsória. Esta iniciativa recomendou aos países que estes centros sejam fechados, ou, na impossibilidade do fechamento imediato, que sejam seguidas recomendações descritas no documento.
As agências recomendam claramente que seja priorizada a implantação de ações e serviços de saúde comunitários com características voluntárias. As internações compulsórias só devem ser utilizadas em circunstâncias claramente definidas como excepcionais e, mesmo assim, devem respeitar os direitos humanos previstos na legislação internacional.
O Conselho Diretor da OPAS aprovou resoluções em 1997 e 2001 que defendem a ênfase na implantação de serviços comunitários de saúde mental e de atenção psicossocial aos transtornos mentais. Mais recentemente, em 2011, resolução que aprova o Plano de Ação sobre Uso de Substâncias Psicoativas e Saúde Pública, diz textualmente que “os recursos financeiros e humanos devem ser usados, em primeiro lugar, nos serviços ambulatoriais de base comunitária da atenção básica e que sejam integrados no sistema de saúde geral”.
A OPAS no Brasil, em consonância com as referências citadas, acredita que o fortalecimento da rede de atenção psicossocial é prioritário e se constitui como opção mais adequada como resposta do setor saúde para o consumo de drogas. A perspectiva da rede pressupõe em si a necessidade de articulação dos diversos dispositivos e estratégias de trabalho – que incluem a internação – como forma a oferecer a melhor resposta sanitária para as demandas das pessoas que usam drogas.
A priorização de medida extrema como a internação compulsória, além de estar na contramão do conhecimento científico sobre o tema, pode exacerbar as condições de vulnerabilidade e exclusão social dos usuários de drogas.

ÁLCOOL E DROGAS
Saúde vai liberar R$ 53 mi para atenção psicossocial no ABC


Durante evento de inauguração de UPA 24h em São Bernardo do Campo, ministro anuncia construção de centros de atendimento para dependentes químicos no ABC paulista

O Ministério da Saúde vai investir R$ 53 milhões para a construção de uma rede de tratamento e acolhimento psicossocial no ABC paulista para o atendimento de pessoas com dependência química. Serão construídos 20 Centros de Atendimento Psicossociais (Caps) e oito unidades terapêuticas. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em cerimônia de inauguração de uma UPA 24 horas em São Bernardo do Campo (SP) no domingo (12). “Ninguém vai resolver sozinho o problema do crack. Os jovens que se perderam nas drogas precisam ter centros de saúde, igrejas, clubes de esportes para acolhê-los e dizer a eles que é possível uma outra vida”, disse o ministro.

No estado de São Paulo, há 303 CAPs atualmente, sendo 68 porte I, 84 porte II, 30 porte III, 47 infantis, 77 destinado aos usuários de álcool e drogas -- quatro destes 24 horas. O porte está relacionado ao tamanho da unidade, de acordo com a demanda local. O Brasil conta com 1.981 CAPs com capacidade de realizar 40,15 milhões de atendimentos por ano. Só os Caps Álcool e Drogas (CAPSad) têm capacidade de realizar 7,8 milhões de atendimentos -- número 25% superior a 2011, quando a capacidade era de 6,2 milhões.

Os CAPSad oferecem tratamento continuado a pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras drogas.

SAÚDE TODA HORA - O Ministério da Saúde liberou R$ 2 milhões para construção e compra de equipamentos necessários para o funcionamento da UPA inaugurada no bairro Silvina do domingo. A unidade atenderá também moradores dos bairros Ferrazópolis, Montanhão e Parque Selecto, beneficiando até 300 pacientes diariamente. Contará com até 12 leitos, prestando atendimento emergencial de baixa e média complexidade 24 horas por dia. O município também receberá incentivos anuais de R$ 2,1 milhões para custeio e manutenção dos serviços. Com a nova unidade, o município passa a contar com nove UPAs para melhor atendimento à população.

Com esta nova unidade, já são 276 UPAs funcionando em todo o país. O estado de São Paulo conta com 52 UPAs 24 horas em funcionamento. Além disso, o Governo Federal está investindo na construção de outras 155 UPAs e de seis ampliações no estado. Serão investidos R$ 286,7 milhões até 2014. Atualmente existem 274 UPAs em todo o país, funcionando 24h por dia, contando iniciativas federais, estaduais e municipais. Outras 602 estão em obras – construção ou ampliação.

As UPAs 24h estão inseridas na rede Saúde Toda Hora, que está reorganizando a atenção às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel de Urgência (SAMU), que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Nas unidades, os pacientes são avaliados de acordo com uma classificação de risco, podendo ser liberados, permanecer em observação por até 24 horas ou, se necessário, removidos para um hospital de referência.

sábado, 11 de maio de 2013



Saiba o que é o Cartão Recomeço
O que é?
É um benefício que será usado para a recuperação de dependentes químicos em entidades especializadas.

Como funciona?
O benefício será para os dependentes que procurarem recuperação voluntariamente. O paciente receberá um cartão com os seus dados, o Cartão Recomeço. Este servirá para controlar a sua presença ao longo do tratamento.

O dependente ou sua família recebem algum valor em dinheiro?
Não. O pagamento será realizado diretamente às entidades de recuperação especializadas.

Qual o valor disponibilizado?
O valor disponibilizado para a recuperação do usuário é o equivalente ao tempo necessário para sua recuperação. Serão R$ 1.350,00 por mês.

Por quanto tempo?
A duração do benefício é de até 180 dias (seis meses), considerado por especialistas o tempo adequado para a recuperação do dependente.

Quantas pessoas serão atendidas?
Nesta primeira fase do projeto, serão atendidos 3 mil dependentes químicos.

Em quais cidades?
São 11 cidades participantes desta primeira etapa. São elas: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes.

E a capital?
Na capital o Programa Recomeço já atende os dependentes químicos por meio do Cratod e do convênio com a Missão Belém.

O que mais o Estado está fazendo para combater o crack?
Além do Programa Recomeço, com o Cratod e a Missão Belém, há o atendimento realizado pela Comunidade Terapêutica Bairral em Itapira. Ao todo, o Estado conta com 910 leitos para o tratamento de dependentes químicos. Saiba mais: Programa Recomeço intensifica combate ao crack.

Informações do Portal do Governo de São Paulo
Com Cartão Recomeço, Governo Paulista amplia tratamento a dependentes químicos
O governador Geraldo Alckmin lançou nesta quinta-feira, 9, o Cartão Recomeço, destinado à recuperação voluntária de dependentes químicos no Estado. O benefício faz parte do compromisso assumido pelo Governo de São Paulo de combater o crack e investir na recuperação da dependência química como doença e o dependente como ser humano.

Inicialmente, serão distribuídos três mil cartões que irão custear o atendimento em entidades escolhidas pelo Estado por meio de edital. A coordenação do programa será feita por um grupo gestor formado por representantes das secretarias de Desenvolvimento Social, da Justiça e Defesa da Cidadania e da Saúde.

De acordo com o governador, o benefício não será pago ao dependente ou à sua família. Será destinado diretamente à entidade de recuperação por meio do cartão, que também servirá para controle de comparecimento à recuperação. “Existem casos que o dependente químico não precisa ser internado, mas precisa de apoio para restabelecer o vínculo familiar. Esse é um trabalho importante das comunidades terapêuticas”, disse.

Alckmin afirmou que mesmo após a internação e os 45 dias de desintoxicação, o problema não está resolvido e é necessário o acompanhamento, a reinserção na sociedade e o convívio familiar. “O que estamos fazendo são parcerias com as entidades da sociedade civil que têm uma larga expertise para fazer esse trabalho.”

A primeira fase do programa será desenvolvida em 11 cidades: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. Para a escolha dos municípios foram utilizados os critérios de tamanho da rede de referência em assistência social e saúde, além da localização nas regiões-polo.
SP Contra o Crack: Plano de ampliação do tratamento a dependentes químicos  anunciado nesta quinta.


São Paulo anuncia nesta quinta-feira, 9, uma parceria com entidades especializadas em serviços de acolhimento, recuperação e inserção social com usuários de droga para ampliar o tratamento a dependentes químicos. O Estado vai custear a recuperação dos usuários que buscarem ajuda voluntariamente.
O benefício não será pago diretamente ao dependente ou à sua família. Será destinado diretamente à entidade de tratamento por meio do Cartão Recomeço, que servirá para controle de que o dependente está comparecendo ao tratamento. Inicialmente, 3 mil pessoas com dependência química devem ser atendidas.
Diadema foi uma das 11 cidades escolhidas pelo governo do Estado para receber o programa estadual que prevê uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.350 mensais para dependentes químicos que desejam, de forma voluntária, ficar internados para se recuperar.
De acordo com a Prefeitura de Diadema, a cidade foi escolhida pelo governo por ser "referência em saúde e assistência social e ter uma rede de atendimento de boa qualidade". O município atende os usuários de drogas e famílias em uma rede, formada por UBS (Unidade Básica de Saúde), CR (Consultório de Rua) e os CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas).
Segundo a Prefeitura, os Consultórios de Rua atendem especificamente usuários de droga, em sua maioria em situação de rua. As equipes dos CRs são compostas por psicólogos, terapeutas ocupacionais e educadores físicos para reabilitar e reinserir o usuário na sociedade.

quarta-feira, 8 de maio de 2013



'Bolsa crack' de R$ 1.350 vai pagar internação de viciados do Estado de SP
Governador Geraldo Alckmin vai apresentar nesta quinta-feira, 9, plano de ajuda financeira para famílias de dependentes. Dinheiro poderá ser sacado apenas para tratamento em clínica particular



Famílias com parente dependente de crack vão receber uma bolsa do governo do Estado de São Paulo para custear a internação do usuário em clínicas particulares especializadas. Chamado "Cartão Recomeço", o programa deve ser lançado na quinta-feira, com previsão de repasses de R$ 1.350 por mês para cada família de usuário da droga.

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, a proposta é manter em tratamento pessoas que já passaram por internação em instituições públicas. "São casos de internações em clinicas terapêuticas, pelo período médio de seis meses", afirma.

Os dez municípios que receberão o programa piloto devem ser definidos nesta quarta-feira. Ainda não há data para o benefício valer em todo o Estado. As clínicas aptas a receber os pacientes ainda vão ser credenciadas, mas ficará a cargo das prefeituras identificar as famílias que receberão a bolsa. "Saúde pública é sempre para baixa renda. Os Caps (Centros de Atendimento Psicossocial das prefeituras) já têm conhecimento das famílias e fará a seleção", diz Garcia, sem detalhar quais serão esses critérios.

Como antecipou o site da revista Época, o pagamento da bolsa será feito com cartão bancário. A ideia do Cartão Recomeço é ampliar a rede de tratamento para dependentes e, principalmente, a oferta de vagas para internar usuários. O trabalho desenvolvido pelo governo sofre críticas por causa da falta de vagas, especialmente após a instalação de um plantão judiciário no Centro de Referência de Tabaco, Álcool e Outras Drogas (Cratod), no Bom Retiro, centro da capital, ao lado da cracolândia - entre janeiro e abril, segundo o governo, cerca de 650 pessoas foram internadas após o atendimento no Cratod.

Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Unifesp, que participou da criação do Cartão Recomeço, a vantagem do modelo é descentralizar o financiamento do tratamento. "Muitas famílias, mesmo de classe média, estouram o orçamento tentando pagar tratamento para o familiar dependente."

Com o cartão, diz Laranjeira, as famílias terão uma "proteção" para o caso de o parente ficar viciado. "A família poderá ter dinheiro para oferecer ajuda caso o dependente aceite uma internação."

Inspiração

O programa que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai lançar é semelhante ao desenvolvido em Minas. Apelidado de "bolsa crack", o cartão de lá é chamado Aliança Pela Vida e dá ajuda de R$ 900.

A assessoria do Palácio dos Bandeirantes rejeitou o termo "bolsa crack" - segundo o secretário Garcia, o apelido é "maldoso". O governo também ressalta que o recurso é carimbado e só pode ser sacado para pagamento em clínicas credenciadas. O plano envolve técnicos das Secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde e da Justiça. O pagamento sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.