Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

terça-feira, 27 de março de 2018

Estudos indicam chance de 'corrigir' desequilíbrio cerebral de autistas

Crianças com o transtorno costumam apresentar dificuldade de interação social.

Brincar com colegas ou passear em locais públicos com a família nem sempre são fontes de diversão para Teodoro, de 9 anos. Se algo não sai como esperado ou foge da rotina, a reação pode ser explosiva, com atitudes agressivas e berros. "O que sinto no meu filho é uma constante angústia com coisas que ele não deveria se preocupar, como o convívio com outras crianças", conta a artista plástica Juliana Ali, de 41 anos.
A dificuldade de interação social, muitas vezes confundida com birra ou timidez, é uma das principais características do autismo, transtorno que afeta Téo e outras milhares de crianças no País e que, atualmente, é alvo de dois estudos que buscam uma abordagem terapêutica inédita para o problema.
As novas linhas de pesquisa apontam para a possibilidade de que o cérebro do autista produza substâncias em desequilíbrio e que isso poderia ser corrigido com medicamentos. Nenhum dos estudos indica ou promete cura, mas revela novos caminhos de tratamento associados às terapias comportamentais já indicadas. Hoje não há remédios específicos para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), apenas drogas para atenuar sintomas relacionados, como irritabilidade ou insônia.
Um desses estudos obteve em fevereiro autorização da agência de vigilância sanitária americana, a FDA, para ter seus testes avaliados pelo órgão de forma prioritária, dada a inovação do trabalho e o ineditismo da droga proposta. Desenvolvida pela farmacêutica Roche, a pesquisa identificou que a vasopressina, um dos hormônios associados ao medo, funciona de forma diferente nos autistas, prejudicando a interação social. "A droga tem o objetivo de promover um reequilíbrio e, como consequência, mudar a performance na parte do cérebro responsável pelas emoções, onde o hormônio atua", diz o diretor médico da empresa no País, Lenio Alvarenga.
Pessoas diagnosticadas com autismo têm quadros muito diferentes, pois o transtorno tem um espectro amplo. Há desde casos leves, nos quais o paciente é independente e se comunica, como Téo, até os mais severos, em que a comunicação não é verbal e o contato físico, evitado, mesmo com os pais. Por enquanto, a droga da Roche está sendo testada em autistas com quadros considerados de leves a moderados.

Alvarenga diz que o remédio em desenvolvimento, administrado em comprimidos, já foi testado em 200 pessoas com TEA nos Estados Unidos. Segundo ele, os resultados indicam que o medicamento inibe a ação da vasopressina e, por isso, auxilia na interação e nos chamados comportamentos adaptativos do dia a dia, que envolvem comunicação e habilidades motoras.

Apesar de o medicamento estar entrando na fase 3 de testes, a última antes do pedido de registro, a Roche não arrisca estipular um prazo para que a droga esteja disponível no mercado.

Sinapses

Ainda em fase inicial, outra pesquisa relacionada ao desequilíbrio de uma substância no cérebro dos autistas também traz expectativa. Desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), o trabalho aponta que pessoas com o transtorno produzem em excesso uma citocina específica - a interleucina 6. Segundo a responsável pelo estudo, a neurocientista Patrícia Beltrão Braga, do Instituto de Ciências Biomédicas, a substância é tóxica e, em alta quantidade, capaz de reduzir o número de sinapses feitas pelos neurônios.

"Bloqueamos a produção em excesso e conseguimos resgatar o número de sinapses e sua funcionalidade. O ensaio mostra que há uma neuroinflamação no cérebro dos autistas, e ela é provocada pelos astrócitos, que são células que sustentam os neurônios", diz Patrícia, que fez os testes em laboratório com base na produção de neurônios derivados da polpa de leite de indivíduos com autismo.

A vantagem da descoberta, segundo ela, é que já existem drogas capazes de bloquear a ação da IL 6 e, consequentemente, eliminar essa neuroinflamação. Se a pesquisa avançar, não seria preciso desenvolver um novo medicamento, apenas ampliar o uso de remédios existentes.
Para os pais de autistas, medicamentos que melhorassem, ainda que parcialmente, a interação social das crianças seriam um grande avanço. "Sou muito cuidadosa: primeiro vem o conforto e o bem-estar do meu filho. Mas também sou muito corajosa. Cercada de garantias de que não fariam mal, eu estaria disposta a testar novos mecanismos que pudessem tornar a vida dele mais tranquila e feliz. Seria minha maior alegria", diz Juliana.
Para especialistas, linhas devem ser vistas com cautela
Para especialistas em neurologia infantil, ambas as pesquisas seguem linhas promissoras, mas devem ser vistas com cautela por causa da complexidade do transtorno.
Segundo Marco Antônio Arruda, neurologista infantil e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, outros estudos já mostraram a relação da vasopressina com o comportamento antissocial, mas isso não quer dizer que, regulando a produção dessa substância, o problema estaria completamente resolvido.
"Como o autismo é um transtorno multifatorial, dificilmente um medicamento que atua em um só alvo vai ajudar a controlar todos os comportamentos ou servir para todos os tipos de autista", ressalta o especialista.
Para Erasmo Casella, professor livre docente de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP e neurologista da infância e adolescência do Hospital Israelita Albert Einstein, são as pesquisas que "dão esperança", mas resultados definitivos deverão aparecer apenas no longo prazo.
"Muitas moléculas são pesquisadas, mas é necessário esperar o fim dos testes para saber se aquele medicamento vai apresentar um benefício de fato. Em relação à pesquisa da USP, será interessante se os pesquisadores conseguirem replicar o que foi feito em laboratório em modelos animais e, depois, em humanos."
Os dois médicos destacam que, mesmo que a eficácia de novos medicamentos seja comprovada, a resposta ao tratamento poderá ser diferente de acordo com o paciente e o nível do transtorno. "É difícil falar em cura, mas a melhora do funcionamento social do indivíduo já seria um grande passo", diz Arruda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Lotus Tratamento: Ex-preso por tráfico de drogas passa em vestibular...

Lotus Tratamento: Ex-preso por tráfico de drogas passa em vestibular...: Homem de 44 anos saiu da penitenciária em 2017 e passou este ano no curso de Ciências Sociais na Universidade Federal de São Carlos (UFSCa...

Brandon Flowers, do The Killers diz:

'Não preciso beber ou usar drogas para legitimar o rock'!
diz Brandon Flowers, do The Killers

Atração do Lollapalooza, vocalista dispensa fama atribuída ao gênero: 'Isso é uma grande besteira'
3.6k

A sétima edição do Lollapalooza Brasil desembarca na capital paulista na próxima sexta-feira, 23, no Autódromo de Interlagos. A exemplo do que aconteceu em 2013, quando o festival ainda era realizado no Jockey Club de São Paulo, o evento voltará a ter três dias e não dois, como nos últimos anos. Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam e The Killers são as principais atrações de 2018. Velhos conhecidos de Perry Farrell, criador e idealizador do Lolla, o trio já se apresentou por aqui algumas boas vezes. Pearl Jam e The Killers, inclusive, tocaram num mesmo Lollapalooza (o de 2013, citado mais acima). Já o Red Hot esteve no País há seis meses, em setembro, quando fez o show que deu números finais ao Rock in Rio 2017.

Leia mais em :

http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,nao-preciso-beber-ou-usar-drogas-para-legitimar-o-rock-diz-brandon-flowers-do-the-killers,70002230738

João Paulo Carvalho, O Estado de S.Paulo
18 Março 2018 | 06h00

Lotus Tratamento: "Uns têm problemas com drogas ou bebida. O meu é g...

Lotus Tratamento: "Uns têm problemas com drogas ou bebida. O meu é g...: Ainda que admita ter um "problema" com o peso, Walter assegura que não se arrepende de não ter vingado no FC Porto: "Jogar ...

"Uns têm problemas com drogas ou bebida. O meu é gostar de comer"

Ainda que admita ter um "problema" com o peso, Walter assegura que não se arrepende de não ter vingado no FC Porto: "Jogar na Europa só para falar que jogo na Europa? Não penso assim".

Estávamos no verão de 2010 quando o FC Porto abriu cordões à bolsa e pagou seis milhões de euros ao Internacional de Porto Alegre para fechar a contratação de Walter.
O avançado brasileiro chegou a Portugal e marcou logo dez golos em 25 jogos. No entanto, a segunda época não correu pelo melhor e acabou por ser cedido a Cruzeiro. Foi o primeiro empréstimo, ao qual se seguiram outros a Goiás, Fluminense, Atlético Paranaense, Goiás (novamente), Atlético Goianiense e, mais recentemente Paysandu.
Em entrevista ao jornal O Jogo, Walter admite que o seu peso sempre foi “um problema muito grande”. Na sua opinião, se assim não fosse, “poderia até estar na seleção” brasileira: “Às vezes controlo, às vezes não. É muito difícil… É um problema que vou enfrentar a vida toda. Preciso de ter mais controlo, mas é uma coisa da minha cabeça mesmo”.

“Faço tudo o que os outros fazem. Cada um tem o seu problema. Uns têm problemas com drogas, com bebida, outros chegam bêbados para treinar, são apanhados no doping… O meu problema é gostar de comer”, lamentou o avançado, que, no entanto, assegura não ter arrependimentos.

“Fui muito feliz ao voltar para o Brasil. Consegui muitas coisas, principalmente um bom salário. Não adianta ficar três ou quatro anos na Europa e não ganhar o que já ganhei aqui, e olha que hoje em dia é muito difícil ter um bom salário no Brasil. Jogar na Europa só para falar que jogo na Europa? Não penso assim”, rematou.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Lotus Tratamento: Cratod: referência multidisciplinar no tratamento ...

Lotus Tratamento: Cratod: referência multidisciplinar no tratamento ...: Com atendimento 24 horas por dia, unidade possui equipe multidisciplinar com mais de 350 profissionais de saúde e visa a reinserção social...

Cratod: referência multidisciplinar no tratamento de dependência química

Com atendimento 24 horas por dia, unidade possui equipe multidisciplinar com mais de 350 profissionais de saúde e visa a reinserção social.

O Cratod é um centro de referência no tratamento de dependência química localizado estrategicamente no centro da cidade de São Paulo. A unidade, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, oferece atendimento 24 horas por dia por meio de uma equipe multidisciplinar composta por mais de 350 profissionais de saúde.
Pensando nisso, o acompanhamento é feito de maneira especializada visando a reinserção social desses usuários de droga.
O acolhimento começa logo na recepção. Primeiro é feito um cadastro do paciente e, em seguida, ele é encaminhado para triagem. Ali é feita uma avaliação e uma entrevista, além dos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C. Casos de emergência e urgência (em relação ao nível de intoxicação) vão direto para o atendimento médico. Já os de não urgência seguem para uma avaliação multidisciplinar feita por psicólogos e assistentes sociais da própria unidade. O intuito, a partir de então, é começar a pensar no projeto de tratamento desses usuários.
De acordo com o parecer da equipe, o paciente pode ser encaminhado a uma avaliação médica, a uma Comunidade Terapêutica – geralmente localizada no interior do Estado – ou, em casos menos graves, a um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município ou do próprio Cratod.
“Nós trabalhamos com atividades motivacionais, atividades de prevenção de recaída, atividades culturais, atividades que tenham foco na reinserção social” comenta Ana Lúcia Karasin, diretora do Caps do Cratod.
No ano passado, a unidade completou 15 anos de existência. Além da triagem e do acolhimento, o Cratod oferece consultas clínicas e psiquiátricas, serviço odontológico, oficinas terapêuticas, entre outras. São esses atendimentos multidisciplinares que transformaram o Cratod na principal porta de entrada do Programa Recomeço na capital paulista.
“Ele é hoje, sem dúvida, o maior serviço de atendimento da América Latina. Ele atende 1,2 mil novos casos mensalmente. Ela faz mais de 2,5 mil internações anuais. É uma robustez hoje que nenhum outro serviço tem”, completa o diretor da unidade, Marcelo Ribeiro.

Alimentação equilibrada

As drogas estão quase sempre associadas a distúrbios alimentares. Por isso, um dos serviços de destaque oferecidos pelo Cratod aos dependentes químicos em tratamento é o da dieta balanceada.
“Quando os pacientes chegam aqui, normalmente eles estão em situação de rua. Então a sua alimentação é muito ruim. Eles não comem verduras, legumes, proteínas. Por isso nós temos que pensar em dar uma alimentação balanceada”, conta a nutricionista do Cratod, Martha Pompeu.
Mas nem todo tipo de alimento é recomendado a esses pacientes. Algumas bebidas e comidas podem interferir no tratamento e devem ficar longe da dieta. A nutricionista destacou que bebidas como suco de limão e suco de uva devem ser evitados pois lembram, respectivamente, caipirinha e vinho. Ela ainda ressalta que café, sorvetes de abacaxi com rum, bombons recheados com licor e marinados também podem prejudicar o tratamento.

Em muitos casos os pacientes passam a compulsão pela droga para o alimento. Sendo assim, a dieta evita que esses pacientes sofram com o sobrepeso e desenvolvam outras doenças. “O almoço é muito bom. Para mim, a comida balanceada é importante porque eu tenho diabetes”, disse Paulo José da Silva Machado, paciente da instituição.

O Cratod fica localizado na Rua Prates, 165, Bom Retiro. O telefone de contato é o (11) 3329-4455.