Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

sábado, 30 de novembro de 2013

Lei nº 10.216 de 04 de junho de 2001. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

Lei nº 10.216 de 04 de junho de 2001
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de
que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto
à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade,
família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de
seu transtorno, ou qualquer outra.
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos
enumerados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter
acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar
sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho
e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a
necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3º É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde
mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de
transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual
será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as
instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de
transtornos mentais.
Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando
os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. § 1º O tratamento
visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
§ 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3º É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em
instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos
recursos mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos
enumerados no parágrafo único do art. 2º .
Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize
situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou
de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada
e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária
competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo,
assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Novas fronteiras da subjetivação.
Benilton Bezerra Junior.

Os sujeitos se constituem em contexto. Os ideais que lhe servem de referência, os modelos identitários a que aderem, as modalidades de prazer e de sofrimento que organizam sua existência expressam os traços fundamentais do mundo social em que vivem. Nas últimas décadas este cenário tem sofrido transformações profundas. O esvaziamento da política e da ação coletiva, a explosão das biotecnologias, a espetacularização da vida social, o elogio à performance etc, têm produzido impactos nos processos de subjetivação, redesenhando fronteiras tradicionais entre mente e corpo, normal e patológico, natural e artificial, real e virtual.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Filosofia do sec. XXI por Fernando Cesar.

"Conheça-te à ti mesmo".
Está escrito no templo de apolo, e nos convida a reflexões até hoje.
A filosofia sempre foi a grande gestora dos interesses da humanidade.
O homem contemporâneo parece estar inerte em relação ao "saber".
Filosofia é questionamento, a sabedoria nasce da duvida!
Penso a cerca dos valores e conceitos da natureza humana, que parece se perder em meio a tamanha revolução tecnológica.
O que é " politicamente correto", da margem para maquiar o questionamento , sem ir ao centro da questão.
A ideia primitiva do questionar, da busca pelo conhecimento é característica de poucos homens atualmente.
É comodo não pensar!
Há filosofia em tudo , até onde não tem nada.
Um convite a reflexão a cerca da filosofia do sec. XXI.

Consultório de Atendimento - Psicologas Marcia e Rosangela


Consultório Lotus


LENAD FAMILIA


Internações devem ser de curta duração, diz Roberto Kinoshita coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde (MS)

Modelo de atendimento a dependentes químicos do governo.

O governo tenta responder ao aumento do número de dependentes e à complexidade do tratamento que a doença exige por meio da Política Nacional de Saúde Mental, que prevê a formação de uma rede aberta de atendimento para oferecer tanto tratamento quanto apoio à reinserção social. No papel, as intenções das normas são muito claras. Porém, na realidade, o que se verifica é uma rede de atendimento limitada, quando existente.

Responsável atual pela implementação da política de saúde mental, Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde (MS), acredita que o modelo deve garantir tanto o acesso ao tratamento quanto o respeito aos direitos civis dos usuários de drogas.

Roberto Kinoshita, coordenador do MS, observado pela senadora Ana Amélia: internações devem ser de curta duração. Foto: Jonas Pereira

De acordo com o modelo desenhado pelo MS, as equipes de Saúde da Família devem prestar o primeiro atendimento aos dependentes que buscam tratamento. Já os doentes que não procuram atendimento devem ser abordados por equipes itinerantes, chamadas consultórios de rua e formadas por médicos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Tanto as equipes de Saúde da Família quanto os consultórios de rua devem estar vinculados a um Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Essas três instâncias são responsáveis pela triagem, pela avaliação clínica das condições de saúde física e mental do dependente e pela definição do tratamento a ser feito, incluindo 
decidir sobre a necessidade ou não de internação. Cabe ainda a 
esses serviços organizar a demanda de saúde mental no município, mapeando vagas e leitos disponíveis na região e encaminhando os pacientes de acordo com suas necessidades.

Segundo Emmanuel Fortes, da ABP, criou-se no país "uma animosidade contra o hospital psiquiátrico".

Reforma psiquiátrica eliminou 90 mil leitos em hospitais.

A decisão do Ministério da Saúde de não relacionar os hospitais psiquiátricos entre as estruturas prioritárias para atendimento aos dependentes químicos, duramente criticada pelos psiquiatras, tem origem na chamada reforma psiquiátrica, iniciada em 2001 (Lei 10.216/01), que concebeu um modelo aberto para tratamento das pessoas com doenças mentais, incluídos os dependentes de drogas e álcool. Nesse modelo, cujo maior objetivo é a reinserção social, os doentes teriam liberdade para escolher entre os diversos centros de atendimento.
Como consequência, uma das principais diretrizes da Política de Saúde Mental, delineada pelo Ministério da Saúde a partir da reforma psiquiátrica, é reduzir o número de leitos oferecidos em hospitais psiquiátricos e transferir a responsabilidade pela assistência a esses pacientes para a rede de atenção extra-hospitalar, da qual fazem parte os Caps, as equipes de Saúde da Família e os consultórios de rua.
No entanto, a resposta do Estado não tem unanimidade no meio médico. José Raimundo da Costa, psicólogo clínico e mestre em Bioética, observa que o tratamento cruel e desumano registrado nos antigos manicômios deu força àqueles “que clamam pela desospitalização e pelo fechamento de todos os hospitais psiquiátricos. É como se todas as instituições psiquiátricas fossem assim, o que não é verdade”, argumenta.
À época em que a lei da reforma psiquiátrica foi aprovada, a imagem dos hospitais psiquiátricos estava muito desgastada, em meio a denúncias, amplamente divulgadas na mídia, de abandono, maus-tratos e crueldade impostos a pacientes nos anos 1990.
Nesse sentido, Emmanuel Fortes, da Associação Brasileira de Psiquiatria, acredita que o debate sobre a reforma psiquiátrica no Congresso Nacional começou de forma preconceituosa com relação aos médicos. “O projeto de lei que deu início à discussão, e que não foi aprovado, do deputado Paulo Delgado (PT-MG), tratava psiquiatras como sequestradores, violadores dos direitos fundamentais do ser humano e cúmplices de crimes que chegariam à tortura. Era um viés ideológico”, afirma.

Segundo Emmanuel Fortes, da ABP, criou-se no país "uma animosidade contra o hospital psiquiátrico". Foto: J. Freitas

Por conta das denúncias e desse projeto, Fortes entende que se “criou uma animosidade contra o hospital psiquiátrico, de tal forma que perdemos 90 mil leitos desde que começou essa famigerada ideia de que os hospitais fazem mal. Faz mal um mau hospital. O bom hospital faz bem à saúde da população”, argumenta.
Ele defende o retorno de investimentos públicos em hospitais psiquiátricos especializados para os tratamentos mais complexos, inclusive dos dependentes de drogas, como era antes da reforma psiquiátrica, e contesta a interpretação dada pelo Ministério da Saúde à Lei 10.216/01.
“Essa lei foi feita para disciplinar o hospital psiquiátrico e não para destruí-lo. Foi feita para dizer: funcione com uma equipe competente, multiprofissional. Se não tiver médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo e terapeuta ocupacional, o local será considerado um asilo, impróprio para o tratamento. E hoje nós estamos vendo proliferar os Caps, e até outros estabelecimentos, sem quaisquer condições de obedecerem a esse pressuposto definido na lei para a internação 
de doentes psiquiátricos”, afirma o representante da ABP.
Para ele, a definição de limites de tempo para a internação, feita pelo MS, é mais um equívoco da Política Nacional de Saúde, que define a priori o período de internação sem levar em conta a competência de decidir do médico, estabelecida claramente na reforma psiquiátrica iniciada pela Lei 10.216/01.

Debate na subcomissão do Senado mostrou necessidade de abordagem multidisciplinar para o sucesso do tratamento.

Abordagem multidisciplinar para reabilitação de dependentes químicos

Desintoxicar o dependente químico é apenas parte do tratamento. Além de depender da vontade do paciente, o uso de medicamentos, isolado, pouco consegue ajudar uma pessoa completamente desorganizada, desde seus cuidados básicos de higiene até suas relações sociais e laços afetivos.

Debate na subcomissão do Senado mostrou necessidade de abordagem multidisciplinar para o sucesso do tratamento. Foto: José Cruz

Daí o consenso de que é necessária uma abordagem multidisciplinar para que o tratamento seja eficaz. Desintoxicação, psicoterapia, terapia ocupacional e assistência social são apenas partes do tratamento. E há ainda quem defenda um componente religioso nessa recuperação do indivíduo. Porém, em regra, essa abordagem multidisciplinar ainda está completamente desarticulada no Brasil.
Além da articulação, há necessidade de grande dedicação por parte de quem aplica o tratamento. O atendimento ao usuário exige habilidade e disponibilidade emocional dos profissionais envolvidos, o que demanda grandes investimentos, inclusive em treinamento.
Essa necessidade é agravada ainda pelas recaídas, muito comuns, por outras doenças associadas, por problemas afetivos e com a lei. E o tratamento dessas questões é tão importante quanto livrar o dependente do abuso das drogas.
Segundo o psiquiatra e consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, José Manoel Bertolote, “o sucesso de qualquer tratamento para dependência química passa pela vontade do usuário de se manter afastado da droga”. Ele se aproxima do conceito de abordagem multidisciplinar, ao lembrar que “a desintoxicação tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que está sujeito o usuário, mas é uma contribuição modesta. Um sólido sistema de apoio médico, psiquiátrico, social, familiar e psicológico é essencial”.
Os médicos confirmam que não existe medicação para reduzir o desejo por crack ou cocaína. Por isso, dizem que não se pode passar às famílias e dependentes a ideia de que, sozinhos, medicamentos vão resolver o problema. Isso sem contar que, a cada passo da medicina, o mercado de drogas ilícitas diversifica seus produtos, deixando os cientistas para trás.
Os psiquiatras da Unifesp Hamer Alves, Marcelo Ribeiro e Daniel de Castro recomendam ainda que o tratamento com abordagem multidisciplinar leve em conta o uso concomitante de outras drogas, especialmente do álcool, generalizado entre dependentes de crack ou cocaína. A equipe da Unifesp observa que o álcool é um dos maiores obstáculos ao tratamento, por reduzir a capacidade crítica e a motivação e por levar o usuário a estados de impulsividade e euforia, o que aumenta o risco de recaída.
Além disso, qualquer medicamento pode oferecer risco se não for considerada a interação com o álcool, as recaídas, os efeitos colaterais e o uso dos remédios em tentativas de suicídio.
Para tornar o quadro ainda mais complexo, estudos relatam que o uso de cocaína e crack pode desencadear psicose, depressão e esquizofrenia, entre outras doenças psiquiátricas. Para que o tratamento tenha sucesso, o diagnóstico deve ser o mais exato possível para que essas doenças sejam tratadas com remédios específicos, tradicionais e de eficácia comprovada.

Caso a caso

A estratégia de tratamento com abordagem multidisciplinar deve ser definida para cada usuário, de acordo com sua idade, sexo e formação, e sua realidade sócio-econômica. Ainda assim, essa estratégia deve estar sempre sujeita a revisões. Os médicos estimam ser necessários entre seis e 12 meses de tratamento, que pode chegar a mais de três anos. Internações são consideradas imprescindíveis nos casos em que o paciente for um risco para si mesmo e para os outros.
A família e os amigos são fundamentais para que os dependentes se mantenham motivados e compromissados com o tratamento recebido. No entanto, informa a psiquiatra Gilda Pulcherio, “a maioria dos estudos confirma que o universo familiar dessa população é frequentemente disfuncional”. Assim, muitas vezes o tratamento deve incluir também apoio psicológico para a família do dependente.

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos

Tratamento para dependentes químicos.

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos a voltarem ao convívio social.
Entretanto, além das dificuldades de recuperação dos dependentes químicos, especialmente aqueles viciados em crack, o Brasil convive hoje com uma rede de tratamento para dependentes químicos pequena e precária e com profissionais pouco qualificados.
A complexidade do tratamento da dependência, doença crônica e grave, foi resumida no depoimento de Célio Luiz Barbosa, coordenador-geral dos Centros de Atendimento às Famílias da Fazenda da Paz na subcomissão do Senado.
“Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo”, afirma.
O problema é agravado pela efetividade limitada das abordagens de tratamento para dependentes químicos, especialmente de cocaína e crack, discutidas pela comunidade científica e pela sociedade. “No caso das drogas, o primeiro mal que devemos evitar é proclamar que temos alguma arma melhor do que as outras, vender ilusões. Há décadas, se estudam e se buscam tratamentos eficazes. E, hoje, a eficácia de inúmeras abordagens é muito questionável”, afirma Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde.
Como o vício atinge todos os aspectos da saúde e da vida do dependente, a psiquiatra Alessandra Diehl e seus colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfatizam que “o paciente apresentará necessidades múltiplas e o tratamento deve ser preparado para oferecer um amplo conjunto de intervenções personalizadas”.
Tratamento para dependentes químicos indisponível
Às dificuldades do tratamento para dependentes químicos em si, intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema público de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química e as doenças mentais.
Parte da explicação se deve ao país estar atravessando uma fase de transição para um novo modelo de tratamento, inaugurado com a reforma psiquiátrica de 2001).
Os médicos, no entanto, acusam a desarticulação do modelo anterior, sem que nada seja oferecido em seu lugar. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários para sua população.
Outro problema detectado é a falta de preparo dos médicos para lidar com o dependente químico.
Para suprir essa carência, as comunidades terapêuticas, instituições privadas disseminadas por todo o mundo que oferecem especialmente tratamento para dependentes químicos, estão abrigando a maior parte dos pacientes em tratamento.
O problema, nesse caso, é a falta de regulamentação dessa atividade e, também, de apoio público às entidades que realizam um trabalho em acordo com as mínimas diretrizes e padrões legais.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CULTURA na Lotus- Assista o filme - O Cortiço de Aluísio Azevedo.Obra cinematográfica produzida em 1977.

O enredo do filme O Cortiço, conta a história do português João Romão, proprietário de um cortiço e tem como moradora Rita Baiana, que é uma mulher comunicativa e liberada. Ao se apaixonar por Jerônimo, jovem lusitano que acaba de chegar ao Brasil, viverá um romance conturbado que acaba em tragédia.

O filme O Cortiço baseia-se no romance naturalista com o mesmo nome, de Aluísio Azevedo. A obra cinematográfica foi produzida em 1977, e retrata, à semelhança do livro, a realidade da sociedade do século XIX. O filme foi dirigido por Francisco Carvalho Jr., e tem duração de 110 minutos. Grandes atores da época em que foi produzido fazem parte de seu elenco, como Betty Faria, Mário Gomes e Antônio Pompeu.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Rato Festa - Video animado que explica a reação do (S.R.C.) Sistema de Recompensa Cerebral em relação a cada tipo de substância usada,

Rato Festa

Video dinâmico em que você da o controle usando o mouse do seu computador, pegue o ratinho no video coloque-o sob a cadeira e veja o resultado em relação ao uso de drogas, escolha o que quer saber sobre qualquer droga usando este video, o resultado é muito legal. 
Os mecanismos simplificados de ação da droga aqui apresentados são apenas uma pequena parte da história. Quando as drogas entram no corpo que provocam efeitos muito complexos em muitas regiões diferentes do cérebro. Muitas vezes eles interagem com muitos tipos diferentes de neurotransmissores e podem ligar-se com uma variedade de tipos de receptores numa variedade de locais diferentes.Por exemplo, o THC na marijuana pode ligar aos receptores de canabinóides localizados na célula pré-sináptica e / ou pós-sináptica de uma sinapse. Se for caso disso, esta apresentação descreve, principalmente como fármacos interagem com os neurotransmissores dopamina porque este sítio incide sobre a via de recompensa do cérebro. Rato do partido é projetado para fornecer um pequeno vislumbre das interações químicas no nível sináptico que fazer com que o usuário de drogas a se sentir 'alta'.

Clique no link abaixo.

BREVE INFORMATIVO SOBRE OS DIREITOS À SAÚDE MENTAL.
Marcadores: saúde mental
Por Edson Toledo



"A Lei Federal 10.216/2001 instituiu aReforma Psiquiátrica no Brasil como política de Estado e traz em seu corpo a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mental...

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes, que mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas e que 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual?
O direito à saúde mental é um direito fundamental do cidadão, previsto na Constituição Federal para assegurar bem-estar mental, integridade psíquica e pleno desenvolvimento intelectual e emocional?
A Lei Federal 10.216/2001 instituiu a Reforma Psiquiátrica no Brasil como política de Estado e traz em seu corpo a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mental e fala de uma série de serviços para cuidar dos portadores de transtorno mental nacional e aberta, por exemplo: Centros de Atenção Psicossocial, Residências Terapêuticas, Ambulatórios, Hospitais Gerais, Centros de Convivência, significando assim uma mudança no modelo de tratamento. Ou seja, diferente do tradicional modelo dos hospitais psiquiátricos que internavam e isolavam o paciente, impedindo o convívio com a família e a comunidade.
Os Centros de Atenção Psicossocial, também conhecidos por CAPS, são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário e que dentre as suas funções está: prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios; promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Os CAPS podem ser de três tipos: CAPS para adultos (CAPS II ou III) com sofrimento mental; CAPS infantil (CAPSi) para crianças e adolescentes que possuem sofrimento mental e CAPS álcool e drogas (CAPSad) para crianças, adolescentes e adultos com problemas relacionados ao álcool e outras drogas. O CAPS para adultos se diferencia em II e III devido ao período de funcionamento, no II (8h às 17h) e no III (24h por dia).
Os Serviços Residenciais Terapêuticos - SRT foram instituídos pela portaria 106 de 11/02/00 do Ministério da Saúde e no seu parágrafo único diz que se pode entender por Serviços Residenciais Terapêuticos: moradias ou casas inseridas, preferencialmente na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares para viabilizar sua inserção social.
Os Centros de Convivência e Cultura costumam ser implementados em municípios que já foram capazes de construir uma rede efetiva de acolhimento e atendimento aos transtornos mentais severos e persistentes. Esses Centros se justificam apenas naquelas localidades onde a rede substitutiva de atenção à saúde mental conta com cobertura adequada, especialmente de CAPS. Busca-se a implementação desses Centros nas localidades com mais de 200 mil habitantes. As pessoas que trabalham ali não são profissionais da Saúde, nem da Saúde Mental: são artistas, artesãos, "oficineiros", etc.
O programa federal intitulado "De Volta para Casa", instituído pela Lei Federal 10.708 de 31/07/03 é um auxilio-reabilitação psicossocial para assistência, acompanhamento e integração social, fora das unidades hospitalares, com pessoas acometidas de transtornos mentais, com história de longa internação psiquiátrica (dois anos ou mais de internação). O objetivo desse programa é contribuir efetivamente para o processo de inserção social dessas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem-estar global e estimular o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania. Em parceria com a Caixa Econômica Federal o programa conta hoje com mais de 2600 beneficiários em todo o território nacional, os quais recebem mensalmente em suas próprias contas bancárias o valor de R$240,00.
Um dos reflexos dessa política para a saúde mental contribuiu para o número de leitos psiquiátricos SUS no Brasil diminuísse de 51.393 leitos em 2002 para 29.958 em 2012, segundo dados da "Saúde Mental em dados de 2011" do Ministério da Saúde?
Quando uma pessoa com transtornos mentais sofre maus tratos ou tem seus direitos violados, além de buscar formas imediatas de proteção dessa pessoa como os programas já citados acima, você também deve denunciar ao Ministério Público e aos disque-denúncias, a exemplo do Disque Direitos Humanos - Disque 100

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgado nesta terça-feira (19) aponta que, em média, dois estabelecimentos comerciais do Estado são multados por infringirem a Lei Antiálcool

Lei Antiálcool para menores multa dois estabelecimentos por dia em SP.
Fonte UOL.

Em São Paulo  19/11/2013 13:34  h.

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgado nesta terça-feira (19) aponta que, em média, dois estabelecimentos comerciais do Estado são multados por infringirem a Lei Antiálcool para menores, que entrou em vigor há dois anos para combater a ingestão precoce de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes.
Desde 19 de novembro de 2011, os agentes da Vigilância Sanitária Estadual, vigilâncias municipais e Procon-SP realizaram 487,2 mil inspeções e aplicaram 1.540 multas. O índice de cumprimento da lei é de 99,68% entre os estabelecimentos vistoriados.
As fiscalizações são feitas em locais que comercializam bebidas alcoólicas como bares, restaurantes, supermercados, lojas de conveniência, padarias e danceterias.
Entre as regiões do Estado com o maior número de multas aplicadas estão a capital, com 476 multas, seguida da Baixada Santista, com 225 e a região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, com 167 autuações.
Em dois anos, os tipos de estabelecimentos mais multados foram os bares, restaurantes, lanchonetes e padarias. Este grupo corresponde a 55% das multas aplicadas neste período. Mercados, supermercados e hipermercados estão no segundo grupo mais multado, com 20% das multas. Em terceiro ficaram os postos de combustíveis e lojas de conveniência, com 3%.
Do total de autuações aplicadas, 22% são relativas à infração mais grave, que é a venda ou permissão de consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes dentro dos estabelecimentos, 53% se referem a bebidas alcoólicas misturadas em uma mesma gôndola ou geladeira, e 25% são em virtude da ausência de placas indicativas da lei.
Os estabelecimentos infratores estão sujeitos a multas de até R$ 96,8 mil e, no caso de reincidências, podem ser interditados por 15 a 30 dias e até mesmo perderem a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, que significa o encerramento das atividades comerciais.
Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.

Denúncias sobre o descumprimento da lei podem ser feitas pelo telefone 800 771 3541 ou pelo site www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br.

O homem contemporâneo, pós modernidade e a ideia de um fim.

Sufocado pela Globalização e o desenfreado avanço da tecnologia, o politicamente correto, é o seguro do homem contemporâneo.
Percebo o desespero de pessoas com o fato deste avanço tecnológico, pessoas que não conseguem acompanhar.
Pessoas estocando comida e água, abrigos subterrâneos, o desespero por conta do suposto fim do mundo.
Muitas pessoas precisam ainda ser conduzidas pelo poder superior, são tantas religiões....um fenômeno inexplicável que me alivie a carga da culpa , dos pecados, do proibido.....
Pra mim pior que encarar a morte é encarar a verdade.
De que adianta buscar fora, se o desconforto é dentro?
 A frase escrita na entrada do templo dos Delfos:
"se queres conhecer a Deus , conheça -te a si mesmo."
OU VOCÊ SE TORNA SEU PRÓPRIO GENITOR, E ASSUME QUE VOCÊ É QUEM CONDUZ A CARRUAGEM , OU VAI FICAR VIVENDO NA ILUSÃO DO PARAÍSO.
A consciência e aceitação de um fim , como evento inevitável é a unica coisa que dá sentido a vida, devolve-nos a sabedoria ( sai da alienação das religiões sufocantes) e enriquece a vida.
O homem só tem duas idades, fases, ou etapas.....a vida e a morte. 

Fernando Cesar

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Jorge Forbes - Como inventar e se responsabilizar pelo seu sucesso.

Jorge Forbes aborda, a necessidade da invenção da satisfação na sociedade atual e responde a algumas críticas sobre a obra de Jacques Lacan.

Na coluna a direita , Click no link "videos".


O mundo contemporâneo / por Fernando Cesar.

Trabalhar na prevenção  é determinante para se obter um resultado satisfatório a médio e longo prazo, A curto prazo permanece as medidas propostas pela Secretária de Saúde Pública, que é  a redução de Danos, mas não podemos alimentar a redução de danos, precisamos promover um movimento que um dia supra a necessidade de todos , no que diz respeito a saúde mental, porque a redução de danos existe, porque não existe modelo preventivo. ou se existe é pouco usado, penso eu.
Toda substância psicoativa  leva ao uso nocivo, ou a dependência.
Os critérios diagnósticos são bem claros, mas não suficiente, não basta detecta-los, é preciso avaliar a gravidade deles, o comprometimento com a substancia usada.
Nesse momento penso eu que, o usuário de drogas , já não pode ser visto como um risco para sociedade, pensar no tratamento de dependentes químicos, é necessário olhar para outros aspectos da sua vida, familiar, social, financeira, cidadão brasileiro com os mesmos direitos que eu que você, a presidente. A reinserção social só vai ter resultados efetivos , quando começarmos a pensar " porque há exclusão social"?
Eu só sou excluído daquilo que eu faço parte, e quando eu sinto não fazer parte de nada?
O tratar não se resume em detectar a doença, e trata-la....Se estamos falando de uma doença incurável, a ideia de alta médica desaparece. A alta esta sustentada por uma ideia de cura. Quem trata uma doença, tem uma perspectiva de ter alta, para ter alta preciso estar bem de saúde. 
O dependente químico e alcoolistas, necessitam serem assistidos por toda vida, ou onde e como se faz uma avaliação para alta médica? Entre o fisiológico e  a psique....acontece tanta coisa!!!!!
"Saúde é o pleno bem estar físico e mental."
Quem tem saúde, ao pé da letra vai..., ???? Em pleno sec. XXI, em meio a globalização, o mundo no avanço tecnológico desenfreado, e o politicamente correto..... Vale uma boa reflexão!
Quem faz essa avaliação ao dar alta a um paciente seja la de onde for ...que está tratando de dependência química ou alcoolismo, ou qualquer outra dependência , quais critérios , e quem assina a alta de um paciente portador de uma doença incurável, a alta só existe para doença que tem cura.  E tem tantos dependentes por ai, que acham que o problema é a DROGA!
Como é de praxe, os profissionais de saúde são preparados para:
Sentir, pensar falar e agir, com base na lógica binaria: o modelo mental de causa e efeito, a lógica do "ou / ou". E então penso esta ai um modelo de separar ao invés de juntar,  que fala de ações não de "interações" de vida invés de convivência.
Vaclav Havel disse: "Educação é a capacidade de perceber as conexões ocultas entre os fenômenos."
Elizabeth Rondon descobriu em contato com os índios , que não existe entre eles o verbo "viver" e sim o "conviver".
Somos filhos do cuidado sem ele a especie humana não existiria. 
A elaboração de novas idéias depende da  libertação das formas habituais de pensamento e expressão. A dificuldade não esta nas novas idéias, mas escapar das velhas idéias que se ramificam por todos os cantos da sociedade de forma geral.
Mais do que o gesto, interessa como ele foi recebido, mais do que a palavra, nos interessa como ela foi ouvida, mas do que o fato, vale onde, como quando e quem foi tocado. 

18 de novembro de 2013.

Fernando Cesar F. de Freitas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Jaques Lacan e a Psicanalise do seculo XXI

Acesse o link videos e assista Jorge Forbes , falando com muita clareza sobre a psicanálise de Lacan.
é muito bom.

Fernando Cesar.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“O que nós precisamos para enfrentar esse problema no Brasil é de uma abordagem multifatorial que nos distancie cada vez mais da ideia de ampliar penas e criminalizar condutas de usuários”

Para Humberto Costa, usuário de drogas precisa de assistência à saúde.
Obs: Só ele percebeu isso agora?
....é disso que eu estou falando!!!!!!!!

O senador Humberto Costa (PT/PE) defendeu na tarde desta quarta-feira (13/11), durante discurso no plenário, que o usuário de drogas seja tratado sob a ótica do cuidado com a pessoa. O petista criticou a proposta que considera a possibilidade de submeter os usuários à internação involuntária, como sugere o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 37/2013, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e propõe alterações no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad).

“O que nós precisamos para enfrentar esse problema no Brasil é de uma abordagem multifatorial que nos distancie cada vez mais da ideia de ampliar penas e criminalizar condutas de usuários”, disse da tribuna, o senador. “Não é aceitável que nós venhamos a retroceder, enquadrando os usuários em uma legislação de viés penalista, que tenha como foco a droga e não o cuidado com a pessoa”, complementou o parlamentar pernambucano, que é médico psiquiatra.

A Lei n° 10.216, de 2001, da Reforma Psiquiátrica, que trouxe novo modelo assistencial para atendimento às pessoas com transtornos psíquicos, mereceu elogios durante o discurso. “Ela foi sancionada e colocou o Brasil em meio a um conjunto de países que dão a sua população um cuidado e uma atenção na área de saúde mental, de acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde e com a preocupação sempre de implementar um modelo humanista”, avaliou o senador.

Humberto Costa lembrou que a elaboração da Lei nº 10.216 foi calçada na reorientação assistência e no modelo de atenção à saúde mental e na garantia dos direitos fundamentais dos portadores de transtornos mentais. “Essa reforma foi resultado de uma mobilização social, gerou incontáveis discussões e contou com a contribuição de renomados especialistas do nosso País”, disse. “Por isso, é importante que nós, ao fazermos essa discussão, estejamos preocupados em não permitir que haja retrocessos naquilo que representou um grande avanço na reforma psiquiátrica.”

O senador, enquanto ocupava a tribuna, citou pesquisa indicativa de que, no caso do crack, 80% dos usuários desejam sair dessa situação de dependência e demandam assistência para abandonar o vício. “O que nós temos de fazer é melhor abordar essas pessoas e oferecer-lhes mais oportunidades para o tratamento”, afirmou no plenário. “A disseminação do uso das drogas coloca em evidência o tratamento daqueles usuários, cuja saúde mental é terrivelmente afetada pelo consumo continuado, de forma que devemos enxergar essas pessoas sob a ótica do tratamento e o da assistência à saúde”.

Lei n° 10.216, de 2001, a chamada Lei da Reforma Psiquiátrica....



                                                                 
                                                             Senado Federal
                                                        Secretaria-Geral da Mesa
                                                         Secretaria de Taquigrafia

O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, eu queria, antes de iniciar a minha fala, agradecer, penhoradamente, a gentileza do Senador Eduardo Suplicy, que concordou em permutar o horário da sua fala com o meu. Agradeço, Senador Suplicy.
Mas, Sr. Presidente, a Lei n° 10.216, de 2001, a chamada Lei da Reforma Psiquiátrica, veio para garantir a proteção e os direitos das pessoas que têm transtornos psíquicos. Essa lei deu um novo rumo ao nosso modelo assistencial na área da saúde.
Ela foi sancionada e colocou o Brasil em meio a um conjunto de países que dão à sua população um cuidado e uma atenção na área de saúde mental de acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde e com a preocupação sempre de implementar um modelo humanista.
Não obstante o grave problema das drogas, com o qual o mundo lida hoje – e que tem reflexos consideráveis na saúde mental de muitos usuários –, esse debate tem contaminado de forma muito negativa o tema da reforma psiquiátrica. Por isso, é importante que nós, ao fazermos essa discussão, estejamos preocupados em não permitir que haja retrocessos naquilo que representou um grande avanço na reforma psiquiátrica.
Essa reforma foi resultado de uma mobilização social, gerou inúmeras discussões e contou com a participação de renomados especialistas do nosso País. 
Sua orientação foi calcada em dois eixos principais: primeiro, a reorientação da assistência e do modelo de atenção à saúde mental, que tinha ainda contornos medievais; e a garantia de direitos fundamentais aos portadores de transtornos mentais, em respeito aos princípios da nossa Constituição.
Graças a essa norma, conseguimos construir um novo marco no cuidado às pessoas com transtornos psíquicos, baseado em pressupostos técnicos, éticos, justos e com respeito à dignidade da pessoa humana.
Obviamente, o tema das drogas é um tema extremamente dinâmico, e a reforma psiquiátrica também não é um tema acabado, fechado e concluído. Fazer um debate permanente sobre essa reforma é crucial e, ao longo desses últimos anos dos governos do PT, nós tivemos avanços importantes nessa área: ampliação dos CAPs, a implantação do Programa De Volta Para Casa e tantas e tantas ações importantes. E uma das mais importantes foi termos trazido o tema das drogas para a esfera da saúde.
A disseminação do uso de drogas coloca em evidência o tratamento daqueles usuários cuja saúde mental é terrivelmente afetada pelo consumo continuado, de forma que devemos enxergar essas pessoas sob a ótica do tratamento e da assistência à saúde. Não é aceitável que nós venhamos a retroceder, enquadrando os usuários em uma legislação de viés penalista, que tenha como foco a droga e não o cuidado com a pessoa.
Por isso, um dos pontos que nós temos levantado em termos de questionamento do projeto que veio da Câmara dos Deputados e que trata desta temática é a centralidade no tema da internação voluntária. 
Nós estamos preocupados com a ampliação das possibilidades de internação involuntária, que não é uma solução para o problema. Antes de tudo, é uma forma absolutamente equivocada de abordá-lo.
Não se pode dissociar qualquer discussão sobre repressão às drogas e tratamento a usuários do guarda-chuva jurídico-normativo criado pela reforma psiquiátrica.
É inaceitável que um país como o nosso queira se valer de um expediente reducionista com a finalidade de limpar as ruas de usuários, especialmente os de crack. Não é assim que nós vamos resolver essa chaga social.
Os dados de várias pesquisas têm reforçado essa visão. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e a Fiocruz fizeram duas pesquisas muito ricas em dados sobre usuários de crack em todas as unidades federadas, uma de natureza domiciliar e outra, de caráter epidemiológico. É o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo. 
O inquérito domiciliar, realizado em 2012, mostrou que, estimativamente, cerca de 370 mil pessoas, no Brasil, utilizam crack, o que equivale a 35% dos consumidores de drogas existentes no nosso País. O Nordeste é a região que apresenta maior quantitativo: 150 mil pessoas. Outro ponto importante foi a identificação de que 14% dos usuários de crack são crianças e adolescentes, 28 mil deles localizados apenas no Nordeste.
O inquérito epidemiológico, conduzido em 2011, mostrou que, entre os consumidores de crack, a incidência de Aids é oito vezes superior à na população em geral. Os homens negros – um perfil bem conhecido no nosso País como vítimas de inúmeras mazelas sociais – representam quase 80% desse público.
Por isso, precisamos buscar a forma correta de abordar o problema. E a forma correta deve levar em consideração um dado extremamente importante da pesquisa da Fiocruz: oito em cada dez usuários de crack declararam que gostariam de ter direito a um tratamento. É um ato manifesto de vontade, é um desesperado desejo de sair da dependência química e das condições subumanas em que vivem, o que demonstra, claramente, que a ênfase na internação involuntária é uma política descolada da realidade. O que nós precisamos, no Brasil, é de uma abordagem multifatorial para enfrentar esse problema que nos distancie cada vez mais da ideia de ampliar penas e criminalizar condutas de usuários. 
A política sobre drogas e a política de saúde devem caminhar de forma interdependente, mas a de drogas não pode subordinar a política de saúde. Nós devemos avançar na legislação para que isso fique diferenciado de forma clara e possamos construir, de maneira responsável, a solução para esse problema.
Há nos usuários uma razão para a entrada nas drogas, que não é a disposição para o crime. Noventa e cinco por cento desses usuários frequentaram escolas e 29% iniciaram o uso de crack em razão de problemas familiares ou de perdas afetivas. Ou seja, o que temos aí são seres humanos que tiveram impedida a possibilidade da educação e que perderam o acolhimento dos que amavam.
Por isso, entendo que o que nós precisamos colocar no centro desta política é garantirmos o acesso à saúde. Se 80% dessas pessoas desejam sair dessa situação de dependência e querem o tratamento, o que nós temos de fazer é melhor abordar essas pessoas e oferecer mais oportunidades para o tratamento.
Temos de ampliar a rede dos centros de atendimento psicossocial, ampliar os consultórios de rua, que são aquelas estruturas em que médicos e outros profissionais de saúde abordam os moradores de rua dependentes do crack, oferecendo-lhes alternativas de tratamento; precisamos ampliar os espaços de desintoxicação, especialmente nos hospitais gerais, e aproximar essa estrutura dos usuários.
E essa discussão sobre as ações para recuperar as pessoas usuárias de drogas, incluindo aí o debate sobre a internação, só pode ser feita no âmbito da Lei da Reforma Psiquiátrica, jamais com as lentes da Lei Antidrogas.
O tratamento é para salvar o dependente, não pode ser jamais para puni-lo ou criminalizá-lo. Temos de criminalizar, reprimir e fazer com que sejam punidos os traficantes – estes sim –, mas o usuário deve ser objeto de uma abordagem para o tratamento, especialmente dos que são dependentes.
Nessa luta, Sr. Presidente, nós não podemos abrir mão de nenhum dos instrumentos que podem ser usados para enfrentar o problema.
Atualmente, as comunidades terapêuticas também têm sido grandes aliadas nessa luta, complementando o atendimento à saúde da rede pública com o acolhimento afetivo das pessoas vítimas das drogas. Obviamente, não é nas comunidades terapêuticas que o tratamento vai ser administrado. Esses espaços são espaços de acolhimento muito importantes, porque, muitas vezes, o dependente que não conseguiu sair daquela situação ou conviver com a diminuição de riscos e danos causados pelo uso da droga pode se beneficiar de outra alternativa. E aí esse espaço de acolhimento, esse espaço de ressocialização é um instrumento importante.
Por isso, nós precisamos regulamentar as comunidades terapêuticas e regular esses espaços, de forma inclusive muito rígida, para que possam continuar a ser uma porta de saída segura desse submundo das drogas para muita gente.
Entendo que parcerias como essas resgatam o respeito aos direitos humanos e podem dar ao Brasil uma vitoriosa experiência no combate aos danos causados pela dependência.
Usuários de drogas não podem ser tipificados como traficantes. São, antes de tudo, seres humanos dos quais o Estado tem a obrigação de resgatar a cidadania perdida.
Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente

Um ótimo final de semana a todos...se beber não dirija!!!!!!

Aproveitar a vida, saborear o momento... fazer o máximo para nos sentirmos realmente bem com nós mesmos.... Tenho aprendido realmente a viver o hoje simplesmente, a me deixar levar, é verdade que ainda tenho muitos fantasmas do passado a assombrando a minha existência, mas também não tenciono passar um risco no que está lá atrás, afinal são as coisas boas e más da nossa vida que nos definem, que nos ajudam a construir aquilo que somos...

Estou aprendendo a amar a vida, é verdade que às vezes desanimo e me sinto a pessoa mais infeliz do mundo, mas depois penso em todos os amigos maravilhosos que tenho e que me fazem ter vontade de saltar da cama para enfrentar mais um dia de desafios, penso em todas as pessoas que estão a meu lado incondicionalmente, que partilham as minhas lágrimas e as minhas gargalhadas, penso em todas as pessoas que me amam e que fazem questão de o demonstrar, penso em tudo o que já vive, penso nos momentos fantásticos que me encheram de felicidade…E ao pensar nisto tudo, me sinto novamente feliz, afinal a vida é mesmo uma aventura, uma loucura que vale a pena viver….E eu faço questão de a viver ao máximo, com todos os obstáculos, todos os desgostos, desilusões e decepções, afinal embora custem a passar, fazem parte da vida e é ao conseguir ultrapassá-los que nos sentimos invencíveis…Afinal parar é morrer e eu quero VIVER, viver ao máximo cada dia, cada momento, com toda a intensidade…

Fernando Cesar.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Exercícios aeróbicos ajudam a recuperar memória e saúde mental e física de idosos

Estudo mostra que adultos sedentários que iniciaram programa de treinamento em bicicletas e esteiras tiveram melhora nas funções cerebrais.

Idosos participam de competição de corrida nos EUA: exercícios aeróbicos não só melhoram saúde física como também a mental de pessoas com idade mais avançada.
Praticar exercícios aeróbicos ajuda a recuperar a memória e a saúde mental e física de idosos, mostra um estudo realizado com adultos sedentários publicado no periódico científico de acesso livre “Frontiers in Aging Neuroscience”. Segundo os pesquisadores da Universidade do Texas, ingressar em um programa de treinamento do tipo melhora as funções cerebrais, um achado significativo diante do faro de mais de 50% das pessoas com mais de 50 anos de idade nos EUA classificarem a saúde mental mais importante de manter do que a seguridade social ou mesmo a saúde física.

- A ciência tem demonstrado que o envelhecimento diminui a eficiência mental e a perda de memória é o principal problema cognitivo relato por adultos idosos – diz Sandra Bond Chapman, fundadora e diretora do Centro de Saúde do Cérebro da Universidade do Texas e principal autora do estudo. - Esta pesquisa mostra o tremendo benefício que o exercício aeróbico traz para a memória de uma pessoa e como ele pode reduzir tanto as consequências biológicas quanto as cognitivas do envelhecimento.

No estudo, os pesquisadores selecionaram ao acaso adultos sedentários com idades entre 57 e 75 anos, que foram divididos em dois grupos, um para se exercitar e outro que serviu de controle. Os indivíduos do primeiro grupo entraram em um programa de exercícios aeróbicos supervisionados em bicicletas ou esteiras ergométricas de uma hora, três dias por semana, durante 12 semanas e tiveram sua cognição, fluxo sanguíneo no cérebro em repouso e capacidade cardiovascular medidas em três ocasiões: antes do início do programa, seis semanas após começarem a se exercitar e no fim do período de treinamento.

- Uma das regiões onde observamos um aumento no fluxo sanguíneo cerebral foi o córtex cingulado anterior, indicando uma maior atividade neuronal e taxa metabólica – conta Chapman. - E o córtex cingulado anterior já foi associado a uma melhor cognição mais tarde na vida.

Os exercícios também aumentaram o fluxo sanguíneo para a hipocampo, região do cérebro relacionada à memória e afetada pelo mal de Alzheimer.

- Os exercícios físicos provavelmente são a terapia mais benéfica e efetiva em termos de custos disponível para qualquer um de forma a melhorar sua memória. Nossa descoberta deve motivar adultos de todas as idades e começarem programas de exercícios aeróbicos – conclui Chapman


ONG Unidade de Tratamento para dependência química Feminina.

Lotus Tratamento fecha parceria com o Projeto da Best Life Centro Terapêutico, ONG voltada ao tratamento de dependentes químicos "Feminina".









Você pode acompanhar o desenvolvimento deste projeto aqui no blog da Lotus, ou acesse o link do facebook Best Life Centro Terapêutico abaixo:

https://www.facebook.com/ctbestlife?notif_t=fbpage_fan_invite

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dependência Química.

A dependência química é um problema cada vez mais prevalente no Brasil e no mundo. Neste livro, mais de 100 destacados profissionais e pesquisadores brasileiros que se dedicam ao estudo e ao tratamento dessa condição oferecem aos leitores a mais completa literatura nacional relacionada ao tema. Dependência Química: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas constitui fonte de conhecimento e atualização, discussões e reflexões com base em um conhecimento científico sólido.
Livraria Cultura
Livraria Nobel
Livraria Saraiva

Cultura - Em 12 de novembro de 1748 nascia Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

Um importante brasileiro

Em 12 de novembro de 1748 nascia Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, considerado o mártir da Independência do Brasil. Ele foi enforcado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça foi erguida em um poste na cidade de Vila Rica, interior de Minas Gerais.

Tiradentes 
Vida deste importante personagem da História do Brasil, sua luta pela independência do Brasil, 
o movimento da Inconfidência Mineira, morte de Tiradentes.

Tiradentes: líder da Inconfidência Mineira

IntroduçãoO nome do líder da Inconfidência Mineira era Joaquim José da Silva Xavier. Nasceu na Vila de São Jose Del Rei (atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais) em 1746, porém foi criado na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto).

Biografia 

Exerceu diversos trabalhos entre eles minerador e tropeiro. Tiradentes também foi alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais.

Junto com vários integrantes da aristocracia mineira, entre eles poetas e advogados, começa a fazer parte do movimento dos inconfidentes mineiros, cujo objetivo principal era conquistar a Independência do Brasil. Tiradentes era um excelente comunicador e orador. Sua capacidade de organização e liderança fez com que fosse o escolhido para liderar a Inconfidência Mineira. Em 1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis, o movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais. Os inconfidentes foram julgados em 1792. Alguns filhos da aristocracia ganharam penas mais brandas como, por exemplo, o açoite em praça pública ou o degredo.

Tiradentes, com poucas influências econômicas e políticas, foi condenado a forca. Foi executado em 21 de abril de 1792. Partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua casa foi queimada e seus bens confiscados.

Conclusão : Tiradentes pode ser considerado um herói nacional. Lutou pela independência do Brasil, num período em que nosso país sofria o domínio e a exploração de Portugal. O Brasil não tinha uma constituição, direitos de desenvolver indústrias em seu território e o povo sofria com os altos impostos cobrados pela metrópole. Nas regiões mineradoras, o quinto (imposto pago sobre o ouro) e a derrama causavam revolta na população. O movimento da Inconfidência Mineira, liderado por Tiradentes, pretendia transformar o Brasil numa república independente de Portugal.

Para saber mais: livros e filmes

Filme :
Os Inconfidentes . Joaquim Pedro de Andrade. Brasil, 1972

Livros :
BENTES, Ivana. “ Independência ou Morte ”. Joaquim Pedro de Andrade: a revolução intimista. Rio de Janeiro : Relume-Dumará, 1996.
BERNADET, Jean-Claude. “O caso Tiradentes: notas ”. Piranha no mar de rosas . São Paulo: Nobel, 1982. RAMOS , Alcides Freire. “ Aconjuntura política (1964-1972) e Os inconfidentes ”. Canibalismo dos fracos : cinema e história do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

" A experiencia relatada neste livro é indivizivel...."

Primeiramente agradeço a turma de Psicologia 2012 da UNG, que me enviou este livro.
É um livro excelente, quem realmente tiver interesse, entre em contato por email, e enviarei via email uma copia.

DIBS: EM BUSCA DE SI MESMO
Virginia M. Axline

Licença editorial para o Círculo do Livro S.A.
por cortesia da Livraria Agir Editora

Nota da tradutora
Verdadeiro e generoso como a própria vida, Dibs mostra a ventura
conquistada na aventurosa busca da gratuidade do viver e do
encontrar-se.
É um convite para entender e amar a criança que continua escondida
em cada um de nós e sentir a grandiosidade da participação no
mistério cósmico que nos une às montanhas, ao mar, às chuvas, às
árvores, aos passarinhos e a todos os animais, às crianças, aos
jovens, aos adultos, num agigantamento de nosso ser e num apro de
nossa originalidade pessoal.
A experiência relatada neste livro é indizível, impossível de
submeter-se a uma descrição, mas as pessoas que se permitiram
atingir a estatura do humano sentem e completam os retalhos que
aqui foram escolhidos. A elas, portanto, a alegria de conhecer e
amar este Dibs e todos os Dibs do mundo.

Rio de Janeiro, julho de 1973.
Célia Soares Linhares


Fernando Cesar.

sábado, 9 de novembro de 2013

Luna de avellaneda (2004), filme Argentino

 Clique no link videos e assista  Luna de avellaneda (2004), filme Argentino, aclamado como um dos melhores .

Dráuzio Varella - Prazer Compulsivo

Prazer compulsivo

Para o cérebro, toda recompensa é bem-vinda, venha ela de uma droga ilícita ou da experiência vivida. Sempre que os neurônios dos centros encarregados de reconhecer recompensas são estimulados repetidamente por substâncias químicas ou vivências que confiram sensação de prazer, existe risco de um cérebro vulnerável ficar dependente delas e desenvolver uma compulsão. Por isso tanta gente bebe, fuma, cheira cocaína, perde casa em jogo de baralho, come demais, faz sexo sem parar, compra o que não pode pagar e levanta peso compulsivamente nas academias.
A palavra dependência vem sempre associada às drogas químicas, ao desespero do dependente para consegui-las, ao aumento da tolerância às doses crescentes e à crise de abstinência provocada pela ausência delas na circulação. A tríade compulsão-tolerância-abstinência, no entanto, não é obrigatória mesmo no caso de substâncias dotadas de alto poder de adição.
A cocaína, por exemplo, droga de uso altamente compulsivo, causa síndromes de abstinência relativamente discretas, desde que o usuário não entre em contato com a droga ou com alguém sob o efeito dela. Apesar de causar dependência, a maconha muitas vezes é consumida esporadicamente, sem que o usuário apresente crises de abstinência dignas de nota. Doentes que tomam morfina para combater dores fortes, em menos de 3% dos casos, desenvolvem obsessão pelo medicamento quando as dores param.
Toda vez que o cérebro é submetido a estímulos repetitivos carregados de conteúdo emocional, os circuitos de neurônios envolvidos em sua condução se modificam para tentar perpetuar a sensação de prazer obtida.
Esse mecanismo, conhecido como neuroadaptação, é arcaico. Quando a abelha penetra uma flor e sente o prazer de encontrar o alimento desejado, é liberado, em seu cérebro, um neurotransmissor chamado octopamina. Quando um adolescente fuma maconha ou cheira cocaína, ocorre, nas terminações nervosas de certas áreas cerebrais, aumento na concentração de dopamina. A semelhança de nomes entre ambos os neurotransmissores traduz a proximidade da estrutura química existente entre as duas moléculas. Apesar de as abelhas terem divergido da linhagem que nos deu origem há mais de 300 milhões de anos, os mediadores da sensação de prazer são quase os mesmos nas duas espécies. Na seleção natural das espécies, levaram vantagem reprodutiva aquelas que desenvolveram mecanismos de recompensa ao prazer com o objetivo de criar a necessidade de buscar sua repetição. Para o organismo, em princípio, tudo o que traz bem-estar é bom e deve ser repetido. Se não fosse assim, nós nos esqueceríamos de nos alimentar, de fazer sexo ou de procurar a temperatura mais agradável na hora de dormir.
Os estudos para entender o mecanismo de neuroadaptação em resposta aos estímulos repetitivos de prazer levam a crer que os neurônios se organizem em circuitos que convergem para estações cerebrais situadas nas proximidades dos centros que coordenam memórias e emoções. Neurônios situados nessas estações ligadas à recompensa estabelecem conexões com outros que convergem para o chamado centro da busca. Estes, quando ativados, interferem no comportamento, criando forte sensação de ansiedade para induzir o corpo a buscar a repetição do prazer. Por isso o fumante sai da cama atrás de um bar para comprar cigarro, o alcoólatra bebe no horário de trabalho e o craqueiro pede esmola para comprar a droga. Por um capricho da natureza, entretanto, a estimulação repetida do centro do prazer pode provocar ativação irreversível do centro da busca, de modo que este permanece estimulado mesmo quando o uso da droga já não traz mais prazer nenhum. Em outras palavras, o prazer repetido à exaustão pode disparar o centro da busca irreversivelmente. É freqüente entre os usuários crônicos de drogas o aparecimento de quadros persecutórios em que o dependente imagina ser perseguido pela polícia ou por algum desafeto. No caso da cocaína, da heroína, do crack, da morfina ou do álcool, não é raro surgirem alucinações em que o usuário vê bichos na parede e inimigos embaixo da cama. Nessa fase da adição, nem o dependente é capaz de entender o que o leva a tomar outra dose e a repetir experiência tão dolorosa. O centro da busca assumiu o controle; obriga o dependente a ir atrás de um prazer que não existe mais.
Esse mecanismo neuroadaptativo, associado à tolerância que o organismo desenvolve a doses crescentes de qualquer droga administrada repetidas vezes, constrói a armadilha que aprisiona tantas pessoas no inferno da dependência química. A primeira cerveja deixa o adolescente bêbado; depois de alguns anos, é preciso tomar meia dúzia para obter efeito semelhante. A primeira cachimbada de crack tira de órbita e faz o ouvido zumbir durante meia hora, mas, após alguns dias de uso, o efeito dura menos de um minuto. Pela mesma razão, todo usuário crônico de maconha se queixa equivocadamente de que não existem mais baseados como aqueles de antigamente.
Em artigo publicado na revista “Science”, um grupo seleto de neurocientistas mostra que, por trás do consumo de drogas, das compulsões alimentares, sexuais ou de fazer compras, da cleptomania e do vício do jogo ou de fazer exercícios exageradamente, existe um mecanismo comum de neuroadaptação.

Dráuzio Varella

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Com o objetivo de conhecer o perfil demográfico, social e de saúde dos moradores de rua de Belo Horizonte


UFMG participa de censo de moradores de rua

Publicado em Notícias
08 de novembro de 2013


Com o objetivo de conhecer o perfil demográfico, social e de saúde dos moradores de rua de Belo Horizonte, o Centro Regional de Referência em Drogas da UFMG (CRR), colaboração entre o Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina (SAM) e Secretaria Nacional de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça (Senad), foi convidado pela Prefeitura de Belo Horizonte para realizar o censo sobre a população de rua do município.

O censo será realizado na segunda quinzena de novembro em todas as regiões do município de Belo Horizonte. As entrevistas acontecerão no final da tarde e durante a noite, e o estudo poderá durar até 10 dias. Uma das propostas do projeto é treinar profissionais que lidam com a realidade dos moradores de rua, população que muitas vezes se encontra em situação de vulnerabilidade, para aplicar a pesquisa.

Para o professor Frederico Garcia, que coordena o CRR, o objetivo das instituições é estudar a relação entre saúde mental e o uso de drogas nessa população. “Nosso interesse é a resposta social. Preparar profissionais para responder perguntas como quem são essas pessoas, dar voz a elas, prestando atenção ao qualitativo (perfil) e ao quantitativo (número) também”, explica Frederico.

Os pesquisadores serão acompanhados por ex-moradores de rua e profissionais que atuem junto às populações de rua. A participação de cada um é voluntária e todas as pessoas entrevistadas serão informadas sobre os objetivos, os riscos e benefícios de participar da pesquisa.

“Os alunos da pós-graduação da Faculdade de Medicina da UFMG já estão incluídos nesse processo, e pretendemos selecionar também bolsistas de pesquisa da graduação de cursos diversos nas próximas semanas”, explica. O objetivo final, de acordo com o professor, é fomentar políticas públicas direcionadas a essa população baseadas em evidências.

CRR-UFMG
A parceria entre UFMG e Ministério da Justiça, iniciativa do SAM, iniciou-se em 2012, com objetivo de promover a formação continuada de profissionais ligados à assistência de usuários de drogas e seus familiares. A equipe é multidisciplinar e multi-institucional, e é parceira de diversos departamentos da UFMG e outros órgãos públicos. O CRR-UFMG planeja ainda o Primeiro Simpósio Internacional de Pesquisa sobre Drogas, e presta consultoria a municípios. “Em Contagem, estamos terminando a formação de 300 profissionais, e a pesquisa deve ser iniciada no próximo ano”, comenta.

Mais informações: www.crr.medicina.ufmg.br

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Marque na sua agenda 29/30 de Novembro - Cerca de cem médicos voluntários vão participar da 1ª Virada da Pele Saudável.

SP terá 36 horas ininterruptas de atendimento dermatológico gratuito

Moradores de São Paulo poderão se consultar gratuitamente com dermatologistas nos dias 29 e 30 de novembro, quando a Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC) promove a 1ª Virada da Pele Saudável, evento que oferecerá atendimento gratuito durante 36 horas ininterruptas em três endereços da capital paulista.
Cerca de cem dermatologistas voluntários vão participar da iniciativa, que contará ainda com ambulatório e infraestrutura para exames e cirurgias simples, como a retirada de pintas.
Segundo a SBDCC, entre os procedimentos disponíveis estará o equipamento Lince, que, em uma mesma sessão, faz o diagnóstico e o tratamento do câncer de pele.
O evento, diz a entidade, tem como objetivo diminuir a fila de espera por atendimento dermatológico no sistema público. No início do ano, balanço da Prefeitura mostrou que cerca de 57 mil pessoas esperavam consulta nessa especialidade.

A Virada da Pele Saudável começa às 7h do dia 29 e vai até as 19h do dia 30. Não é necessário agendar horário.

Veja abaixo os endereços onde o atendimento será oferecido:

Associação Pele Saudável - Rua São Domingos, 69, Bela Vista

Instituto de Dermatologia e Estética - Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 221, Lapa

Faculdade Paulista de Serviço Social - Rua Lopes Chaves, 273, Barra Funda

Canal do Ensino oferece cursos gratuitos.

CURSOS GRATIS.

Centenas de cursos são oferecidos “GRATIS”, em todas as áreas, os cursos servem para diminuir sua carga horária – (Horas complementares) que a faculdade exige. 
E você estuda onde e quando quizer.

Curso Legalizado, conforme Lei nº 9.394, Decreto Presidencial nº 5.154 e Normas da Resolução CNE (Conselho Nacional de Educação) nº 04/99 MEC (Ministério da Educação). 

O Certificado de Conclusão do Curso é válido em todo o Brasil e serve para várias finalidades: 

· Extensão universitária (horas extracurriculares);

· Enriquecer o seu currículo;

· Avaliações de empresas em processos de recrutamento e seleção;

· Avaliações para promoções internas nas empresas;

· Gratificações adicionais conforme plano de carreira;

· Concursos públicos (mediante verificação do edital);

· Provas de títulos (mediante verificação do edital);

· Seleções de mestrado e doutorado;

· E diversas outras necessidades.


Fernando Cesar.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Um encontro realizado nesta terça-feira, 05, pela Prefeitura de Sorocaba coordenadora de Saúde Mental da Secretaria da Saúde, falou sobre a questão social.


Política sobre drogas é tema de encontro Luciana Surjus, coordenadora de Saúde Mental da Secretaria da Saúde, falou sobre a questão social.

Evento aborda o programa “Entre Nós” e discute outras demandas sobre o assunto.

Um encontro realizado nesta terça-feira, 05, pela Prefeitura de Sorocaba, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e de Saúde, teve como pauta a Política Municipal Sobre Drogas - o programa “Entre Nós”.
O objetivo da reunião era promover a discussão entre as pessoas envolvidas no cuidado e na transformação do lugar social daqueles em situação de vulnerabilidade com problemas relacionados ao uso de drogas no município para, assim, melhorar o trabalho da rede.
Em 11 de outubro, a Prefeitura de Sorocaba inaugurou o Caps AD 3 (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) — modalidade de serviço de atenção extra-hospitalar e assistência a dependentes químicos 24 horas — compondo, com outros pontos de cuidado, a Rede de Atenção Psicossocial de Sorocaba, que é responsável na área da saúde pelos cuidados das pessoas que utilizam álcool e drogas.
Durante o encontro, Luciana Surjus, coordenadora de Saúde Mental da Secretaria da Saúde, falou sobre os direitos, o atendimento e a questão social que envolve o tema. Ela também citou a Lei nº 10.216 de 2001, um marco para a política de saúde mental, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Fonte:
Agencia Bom Dia.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Segundo relatório da ONU 230 milhões de pessoas consumiram drogas em 2010.


Relatório da ONU mostra que cerca de 230 milhões de pessoas consumiram drogas ilícitas em 2010.

No Dia Internacional contra o Abuso de Drogas e o Tráfico de Ilícitos (26/06), o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou o Relatório Mundial sobre Drogas de 2012, que contabilizou cerca de 230 milhões de pessoas – 1 em cada 20 pessoas – tendo consumido alguma droga ilícita pelo menos uma vez em 2010. Além disso, o Relatório aponta que os usuários problemáticos de drogas, principalmente as pessoas dependentes de heroína e cocaína, totalizam cerca de 27 milhões, cerca de 0.6% da população adulta mundial, ou uma em cada 200 pessoas.

“O abuso de drogas e o tráfico de ilícitos continuam tendo um impacto profundamente negativo para o desenvolvimento e a estabilidade em todo o mundo. Os bilhões de dólares gerados pelas drogas ilícitas alimentam atividades terroristas e estimulam outros crimes como o tráfico de seres humanos e o contrabando de armas e pessoas. As drogas ilícitas e as redes criminosas relacionadas enfraquecem o Estado de Direito. A impunidade com a qual esse negócio se sustenta provoca grande temor e semeia a decepção com a governança em todos os níveis”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem divulgada hoje durante a Assembleia Geral.
Brasil apreendeu 27 toneladas de cocaína em 2010.

Embora não existam dados recentes sobre o uso de drogas ilícitas no Brasil, especialistas perceberam um aumento no uso de cocaína, as apreensões federais mais do que triplicaram desde 2004, chegando a 27 toneladas em 2010. O aumento nas apreensões também pode refletir o papel do Brasil como um país de partida da cocaína contrabandeada através do Oceano Atlântico. Outro ponto destacado é que o uso ilícito de drogas entre mulheres no país é aproximadamente um terço do uso entre homens.

Para o Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, “a heroína, a cocaína e outras drogas continuam matando cerca de 200 mil pessoas por ano, devastando famílias, levando à miséria milhares de pessoas, bem como gerando insegurança e a disseminação do vírus HIV. Todos os aspectos da saúde pública sobre prevenção, tratamento, reabilitação e reintegração devem ser reconhecidos como elementos-chave da estratégia global para reduzir a demanda por drogas”, disse Fedotov, ao lançar o Relatório Mundial sobre Drogas de 2012.

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