Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Doença de Alzheimer e o Cérebro.


Assista: A Doença de Alzheimer e o Cérebro

                           
                      http://www.alz.org/brain_portuguese/05.asp

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Cracolandia - S.P. - 68% dos paulistanos não acreditam em soluções.

Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - A Operação Centro Legal, iniciada há um mês na cracolândia, é apoiada por 84,7% da população da cidade de São Paulo. Em compensação, 67,9% dos entrevistados dizem não acreditar que as medidas tomadas por governo do Estado e Prefeitura serão suficientes para resolver o problema do tráfico na região. Os resultados são da pesquisa feita com exclusividade para o Estado pelo Instituto Informa. Foram ouvidas 1 mil pessoas, entre os dias 27 e 30 de janeiro.


Epitácio Pessoa/AE
Aglomeração na Avenida São João

As opiniões favoráveis à operação têm porcentuais próximos em toda a cidade. A população da zona leste é a mais favorável à operação: 83% apoiam. Os moradores do centro são os mais críticos, com 71,2% de apoio.
As medidas adotadas pela polícia na cracolândia também recebem aplausos: 63,2% aprovam totalmente, enquanto 4,5% aprovam. Apenas 15,2% reprovam. No entanto, a pesquisa mostra a população dividida sobre a internação à força de viciados: 49,8% são a favor e 49,4%, contra.
De acordo com balanço divulgado pelo governo, um mês depois do começo da operação, 216 pessoas e 55 foragidos foram presos. Ainda foram internadas 190 pessoas em clínicas de saúde. Isso significa que 457 pessoas que frequentavam a cracolândia foram retiradas de circulação. No início da operação, a polícia calculava que 400 pessoas estavam na região. A população flutuante podia chegar a 2 mil pessoas.

"O problema pode simplesmente ter sido adiado. Para onde vão essas pessoas depois que saírem da prisão e das internações? Talvez elas tenham sido somente retiradas de vista e podem depois retornar para o mesmo lugar", diz a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria, Daniela Skromov.

A pesquisa mostra que 77% dos entrevistados afirmam que a operação dispersou os dependentes para outras regiões. O Estado esteve na região e a concentração de pessoas diminuiu nos arredores da Rua Helvétia. Grupos de 30 a 40 usuários da droga se reúnem principalmente nas Ruas Guaianases e Apa.

"Creio que conseguimos quebrar a espinha do tráfico, apesar de ainda existirem traficantes no local", diz o delegado Edison de Santi, responsável pela inteligência do Departamento de Investigação sobre Narcóticos.



QUATRO PERGUNTAS PARA
Eloisa de Sousa Arruda, secretária de Justiça

A senhora já afirmou que a cracolândia acabou. Continua com a mesma opinião?

Aquela cracolândia de antes da operação, que chegava a reunir 800 pessoas, não existe mais. Grupos impedindo a polícia de entrar na região, que vivia no meio de lixo e entulhos, entre animais peçonhentos. Essa cracolândia não existe mais.

Mas ainda há concentrações de usuários em ruas próximas.

De fato. Há pequenas aglomerações na Guaianases, Rua Vitória, Apa, que já estão sendo alvo dos policiais, agentes de saúde e assistência social. Mas são grupos incomparáveis com os que haviam.

Uma das características da cracolândia é ser itinerante e resistente a operações que se sucedem. Não teme que o problema volte?
O Estado ainda pretende continuar um bom tempo na região com diversas pastas.

Não são muitas prisões? 200 traficantes não é um número exagerado?Não. Para dar conta do consumo, era preciso um número grande de fornecedores. Ainda resta gente vendendo por lá e estamos atentos.

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Fernando Cesar.









quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A agitação psicomotora

Muitas vezes perdemos a paciência com algo, acabamos ficando com raiva e nos comportamos de maneira considerada irracional. Certas pessoas chegam ao ponto de quebrar coisas e, em alguns casos, essas pessoas ficam extremamente violentas. Esse pode ser um caso de agitação psicomotora.

A agitação psicomotora é considerada uma emergência psiquiátrica e que necessita de uma intervenção terapêutica imediata. As características principais da agitação são:

• Inquietação
• Aumento da excitabilidade psíquica
• Resposta exacerbada aos estímulos
• Irritabilidade
• Atividade motora e verbal aumentada, inadequada e repetitiva.

A agitação psicomotora geralmente se apresenta em pessoas com dependências químicas e alcoólicas, em pacientes com transtorno psiquiátricos como transtornos de personalidade e psicose. O diagnóstico precisa ser feito por uma equipe de médicos, enfermeiros e profissionais da segurança treinados para esse tipo de situação. A sala para o atendimento desses casos precisa ter poucos móveis, estar livre de objetos pontiagudos.

A agitação psicomotora pode ser divida das seguintes maneiras:

• Agitação maníaca: secundária a um intenso taquipsiquismo.
• Agitação paranoide: secundária ao delírio paranoide e alucinações.
• Agitação catatônica: agitação impulsiva e intensa com movimentos repentinos e explosões agressivas
• Agitação no Delirium: com origem orgânica.
• Agitação nas demências: secundária ao quadro demencial, podendo estar associado a episódios paranoides, obnubilação e piora das capacidades cognitivas
• Agitação oligofrênica: devido à dificuldade em compreender o ambiente, o paciente com deficiência mental se constrange e desespera-se, entrando em estado de agitação podendo ficar hetero ou auto-agressivo
• Agitação explosiva: associada a transtornos de personalidade do tipo explosivo, borderline e sociopático. Os pacientes, quando minimamente frustrados, reagem de maneira agressiva e explosiva, voltando a calma quando atendidas suas necessidades
• Agitação histérica: agitação mais teatral e escandalosa, com sentido comunicativo
• Agitação ansiosa: secundária a ansiedade e angústia extrema, o paciente se mostra irritado, tenso, andando rapidamente de um lado para o outro. Neste caso o risco de suicídio deve ser sempre considerado e as medidas de segurança rapidamente tomadas.

Fonte de pesquisa: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4383

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/53584/a-agitacao-psicomotora#ixzz2rASOvy8o

Reflexo do descaso com o ser humano.







 São Paulo e o eterno desafio de acabar com a Cracolândia
Governo e prefeitura lançam mais um plano para tentar solucionar problema no centro da cidade. Por enquanto, só conseguiram dispersar os usuários de crack.

A prefeitura e o governo de São Paulo iniciaram nesta terça-feira um novo plano para acabar com a Cracolândia, que há quinze anos faz parte do cenário da região central da capital. São cerca de 400 pessoas que passam dias e noites usando drogas livremente e a céu aberto na região da Rua Helvétia, próximo a Estação Júlio Prestes. Andam com o olhar perdido, envoltos em farrapos e cobertores. O local sofreu inúmeras intervenções ao longo desses anos, sempre fracassadas. As operações apenas dispersaram os usuários de drogas – como, por enquanto, aconteceu após a operação dessa semana. A reportagem de VEJA circulou pela região e constatou que, com a Cracolândia isolada pela polícia, dezenas de pessoas se espalharam pelo Largo do Arouche e pela Praça da República, caminhando sem rumo e com cachimbos de crack nas mãos.

A última ação efetiva ocorrida na região foi em 2009, já na gestão Gilberto Kassab (PSD). E também não teve sucesso em resolver o problema. Esta nova investida faz parte do projeto Nova Luz, que pretende revitalizar a área central da capital. Para o chefe das operações, o comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, o principal objetivo é “resgatar as pessoas e diminuir a criminalidade”. A tática da polícia é eliminar o tráfico de drogas da região para permitir a ação de agentes sociais e de saúde. Tarefa esta que, se bem sucedida, seria inédita.

Na visão das autoridades, apenas quando não tiver droga à disposição, o usuário vai aceitar e buscar a reabilitação. “Não se trata o dependente químico pela razão, mas pela dor”, afirmou o coordenador de políticas sobre drogas do estado, Luiz Alberto Chaves de Oliveira. Para o professor em psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, Ronaldo Laranjeira, a solução encontrada pelo governo é ingênua e não abrange a complexidade da situação.

Laranjeira é um dos maiores especialistas do Brasil no tratamento de usuários de crack e entende que a ação dessa semana é mais do mesmo. As mesmas pessoas que agora tentam eliminar a Cracolândia fracassaram há dois anos. Para o psiquiatra, não há motivos para acreditar que agora, com a estrutura de tratamento disponível, será diferente. “A cidade de São Paulo ainda não está preparada para combater o crack e tratar os seus dependentes como deveria”, afirma o psicanalista.

O plano do governo prevê três etapas: a primeira, essencialmente policial, busca eliminar o tráfico de drogas. A segunda enfatiza o lado social e de saúde – para ela, estará disponível um centro de convivência para 1.200 pessoas na Rua Prates, no Bom Retiro, previsto para ser inaugurado no dia 30 de janeiro. A terceira servirá para consolidar as ações da etapa anterior e evitar que as pessoas tratadas voltem às ruas, o que aconteceu nas outras vezes em que se tentou resolver o problema.

O que pode fazer a diferença desta vez é que, nos últimos anos, o governo do estado e a prefeitura criaram uma rede de atendimento ao usuário de drogas com clínicas de reabilitação de longo prazo que antes não existiam, com período de internação de três meses. “Não tínhamos essa estrutura nas outras operações. Hoje, São Paulo está preparada para enfrentar esse problema”, afirma o coronel Álvaro Camilo. “A maior dificuldade que encontramos nos últimos anos foi convencer o usuário a se tratar. Isso deve ser solucionado.”

O professor da Unifesp diverge do método de execução do plano. Em primeiro lugar, diz Laranjeira, é preciso fazer uma forte campanha de intolerância ao uso público da droga. “Em nenhuma cidade grande do mundo se toleraria o uso público da droga como se tolerou em São Paulo”, afirma o psiquiatra. Ele também acredita que os atuais meios públicos de tratamento ao dependente no município, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são ineficientes.

No combate ao crack, para Laranjeira a ingenuidade do poder público se concentra em dois pontos: não compreender o usuário de crack como um dependente químico diferente, com comportamentos de consumo singulares, e menosprezar a força do tráfico de drogas na cidade. “Com o tráfico pulverizado do jeito que está na cidade, espalhado em todos os cantos, achar que o usuário vai te procurar porque você cortou o suprimento em alguns quarteirões é um pensamento muito ingênuo”, diz. “Vão surgir várias ‘mini-cracolândias’ pelo centro como das outras vezes.”

Internação compulsória - Um ponto controverso quando o assunto é crack é o da internação compulsória. Laranjeira entende que este tipo de intervenção é necessária quando o dependente químico corre risco de vida e não compreende o perigo que enfrenta. “A internação compulsória é importante principalmente com mulheres grávidas e crianças porque elas, mais do que ninguém, correm altos riscos de saúde”, afirma. Segundo a PM, entre os quatrocentos usuários fixos da Cracolândia, sessenta são crianças e vinte, grávidas.

Esse método de tratamento tem sido evitado pelas autoridades paulistas. De acordo com o coronel Camilo, das quatrocentas vagas específicas para a reabilitação de dependentes químicos no estado, poucas são para internações compulsórias. “Não podemos obrigar as pessoas a irem para os abrigos”, diz o comandante da PM. A vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social, Alda Marco Antônio, lembra que a prefeitura busca a família do usuário antes e depois da internação, para ajudá-lo ao longo do processo de reabilitação.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Operação na cracolândia apenas espalhou usuários.

Sou moradora do bairro Santa Efigênia ou, em outras palavras, a cracolândia, esse mundo marginal itinerante que nos últimos seis meses vi mudar de endereço no mínimo quatro vezes.
Em parte, essa movimentação dos viciados se dá em virtude da "ação" que a polícia e a Prefeitura de São Paulo iniciaram esse ano com o intuito de extinguir esse problema que acomete a cidade. Contudo, esta "ação" da polícia poderia se chamar "Operação Espalha", pois o que vejo todos os dias são as autoridades tocando os usuários de drogas do local onde estão aglomerados e, minutos depois, eles retornam como se nada tivesse acontecido.
Até o momento, não vi uma operação policial que vise proteger os moradores do bairro, que se veem à mercê dessas pessoas que degradam o centro de nossa cidade. Cabe a cada morador andar com insegurança nas ruas, segurando suas bolsas com força e torcendo para não ser assaltado por esses marginais.


Toda vez que surge este assunto é levantada a bandeira de que essas pessoas, usuárias de drogas, são doentes, que perderam seu poder de escolha e, portanto, devem ser tratados como coitados. Sem dúvida são doentes e o lugar de doente não é na rua, mas, sim, em um local apropriado para curar sua enfermidade.

Posso dizer também que nunca vi um órgão governamental, prefeitura, polícia ou qualquer outra entidade, partir em defesa dos moradores do centro de São Paulo. Nada é feito em relação à vida e à rotina das pessoas que residem nos arredores da cracolândia e que, diariamente, são obrigadas a driblar esta situação que literalmente está na sua porta.

Na segunda-feira (10), liguei no "Fale Conosco" da Secretária dos Direitos Humanos para denunciar a situação da cracolândia e questionar se isso não fere meus direitos de cidadão. O atendente informou que este órgão não acata este tipo de denúncia e, diante de tal afirmação, entendo que não tenho o "direito humano" de ter uma solução para este problema, de poder ir e vir sem medo, de ter paz para dormir, de abrir a janela da minha casa sem ver tamanha degradação das mais de cem pessoas aglomeradas no meio da rua.

Interessante que na Declaração Universal dos Direitos Humanos conste que "devem assegurar às pessoas o direito de levar uma vida digna". Isto é: "com acesso à liberdade, ao trabalho, à terra, à saúde, à moradia, a educação, entre outras coisas". E isso, pelo jeito, é assegurado apenas aos usuários de drogas da cracolândia, pois todas as ações policiais são marcadas por críticas à falta de cuidado para com estas figuras.

A cracolândia não está mais escondida nas ruas escuras do centro de São Paulo. Hoje ela está a vista de todos na movimentada e iluminada praça Júlio Mesquita, ao lado da famosa avenida São João.

domingo, 12 de janeiro de 2014

vamos ficar de olho!

Nova proposta da prefeitura.
09/01/2014

Prefeitura pagará a usuários por dia trabalhado

O secretário municipal de Segurança Pública de São Paulo, Roberto Porto, disse ontem em entrevista à rádio CBN que a prefeitura vai pagar R$ 15 por dia a cerca de 400 usuários da região da cracolândia em troca de trabalho para o município.
O plano da gestão de Fernando Haddad (PT) de empregar os usuários da região em serviços de zeladoria, como varrição de parques da cidade, já havia sido antecipado pela Folha.
De acordo com Porto, os usuários que participarem do programa terão que trabalhar quatro horas por dia na zeladoria. Além disso, eles terão que cumprir mais duas horas diárias em programas de requalificação profissional.
O pagamento será feito com base no dia trabalhado, não por valor fechado no final do mês. Assim, caso a carga horária do dia não for cumprida, ele não recebe.
Em situações nas quais o usuário não esteja bem de saúde, por causa da dependência, e comprove sua passagem por uma das unidades de saúde da cidade, ele ainda receberá os R$ 15 de um dia trabalhado.
Os usuários que serão inclusos no programa de zeladoria receberão ainda café da manhã, almoço e jantar, além de kit de higiene pessoal, vale-transporte e seguro de vida coletivo.
Segundo o secretário, o desmonte da chamada “favelinha”, erguida na calçada da alameda Dino Bueno com a rua Helvetia, deverá ser feita pelos próprios usuários.
“Eles mesmos, com a ajuda da prefeitura, vão desmontar os barracos. Isso está pactuado”, disse.
Todos serão encaminhados para uma das 400 vagas em hotéis da região. “Essa não é uma iniciativa higienista, não estamos varrendo o problema”, disse.
Os cerca de 40 menores que estão na região deverão ser encaminhados a escolas e creches, quando for o caso.

O custo total com a operação, segundo o secretário, ainda não está fechado.

Fonte: Folha de SP


Opinião pessoal:
Como sempre tentam maquiar as bordas e não olhar o foco do problema, 400 usuários tem onde eu moro!!!!!! R$015,00 / dia ??????????????

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros.

Saúde mental: transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros

As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.
Para a ONU, a falta de um tratamento adequado à saúde mental faz com que tais enfermidades ocupem posições de destaque no ranking das doenças que mais atingem a população mundial.

Confira alguns números de saúde mental no Brasil:

  • 200% porcentagem de crescimento no orçamento destinado a saúde mental de 2002 a 2011.
  • R$ 2 Bilhões, reforço até 2014, ao programa "crack é possivel vencer".
  • 1981, numero de Cap's no Brasil.
  • 7,8 milhões de atendimentos por ano no Cap's AD ( Alcool e Drogas).
  • 60 unidades de acolhimento.
  • 4121 Leitos em Hospitais.
  • 88 consultório de rua.
No Brasil, a reorganização da assistência em saúde mental é recente. A Reforma Psiquiátrica, que completa 12 anos em 2013, traz uma nova perspectiva de tratamento baseada na valorização do ser humano e no entendimento de que o transtorno mental pode não ser apenas uma doença, mas também um problema social. Junto à mudança de pensamentos toma forma uma rede de assistência psicossocial, que traz progressos mas que também sofre críticas.

Apesar dos avanços na área, os desafios ficam à mostra. Se por um lado o orçamento para a Saúde Mental aumentou 200% de 2002 a 2011, por outro a distribuição dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) pelas regiões do país ainda gera críticas.





Algumas comparações revelam curiosidades sobre níveis diferenciados de implantação da rede de saúde mental entre os estados. Os dados mais atualizados do Ministério da Saúde até o fechamento desta matéria mostram que o Pará, por exemplo, tem 63 CAPS. O vizinho, Amazonas, conta com 19 centros. Especificamente em relação ao CAPS de atendimento a usuários de álcool e outras drogas (CAPS/AD), o Pará tem oito seviços do tipo contra nenhum no Amazonas.

O relatório Saúde Mental em Dados, divulgado pelo Ministério da Saúde em 2010, aponta que, das 27 unidades federativas do país, oito (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo) possuem cobertura regular, baixa, insuficiente ou crítica. "Os estados da região norte são aqueles com maior dificuldade na expansão e consolidação da rede, também porque têm características muito peculares", coloca o documento.

Pelo mesmo relatório, que mede a cobertura através da proporção entre um CAPS para cada 100 mil habitantes, a média geral brasileira é de 0,63. Os estados acima apresentam cobertura abaixo de 0,49 CAPS para cada 100 mil pessoas. O Ministério da Saúde explica que desde 2010 o órgão vem adotando um novo critério de entendimento sobre a cobertura em saúde mental no país, com base na incorparação de outros dados à estatística.

Desativação de leitos

Uma das principais ações preconizadas pela Reforma Antimanicomial é a eliminação dos leitos psiquiátricos e substituição deles pelos CAPS. Em 2002, havia 51.393 leitos psiquiátricos. No ano passado, a quantidade foi de 29.958. Com o crescimento no número de CAPS, o SUS conseguiu aumentar em 100 vezes o número de procedimentos ambulatoriais.

O coordenador Tykanori argumenta que o fechamento de leitos corresponde a processo de implantação de serviços. "Dentro do nosso sistema federativo, o MS não simplesmente fecha leitos", disse. Questionado sobre a previsão de substituição de leitos psiquiátricos por CAPS , ele responde que não é possível fazer uma previsão."Nós temos metas. Queremos atingir, mas depende de todo o processo de negociação interfederativo. Não é necessariamente a gente que determina as metas e os estados têm que seguir. Não funciona assim", justificou.

Especificamente em relação aos CAPS/AD tipo III (24 horas) e como parte das estratégias de enfrentamento ao crack, a expectativa do Ministério da Saúde é contar com 175 unidades em todo o Brasil até 2014. Atualmente, existem 28. Em 2010, eram seis.

Pelo mesmo relatório, que mede a cobertura através da proporção entre um CAPS para cada 100 mil habitantes, a média geral brasileira é de 0,63. Os estados acima apresentam cobertura abaixo de 0,49 CAPS para cada 100 mil pessoas. O Ministério da Saúde explica que desde 2010 o órgão vem adotando um novo critério de entendimento sobre a cobertura em saúde mental no país, com base na incorparação de outros dados à estatística.


* Com a colaboração de Leandro Melito
Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0


No vídeo abaixo, o coordenador de Saúde Mental do MS, Roberto Tykanori, explica as dificuldades de ampliação da rede na região norte. Assista:
http://www.ebc.com.br/












terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Testes Rapid Drug Screen, teste de urina para detecção do uso de drogas (resultado em 5 minutos).

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Governo afirma ações e firma parcerias para o tratamento de dependentes quimicos

Governo lança ações e firma parcerias para enfrentar as drogas
02/12/2013 12h20

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed), lançou hoje (02/11) de manhã ações de enfrentamento às drogas no Estado, dentro do Programa de Ação Integrada de Desenvolvimento, o PAI Social. O evento foi realizado no auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), em Goiânia. Participaram o governador Marconi Perillo, o vice José Eliton, o secretário Giuseppe Vecci, a presidente do Geed, Ivânia Alves Fernandes Pessoa, representantes do Legislativo, Judiciário e Ministério Público, além de representantes de comunidades terapêuticas que atuam no tratamento de dependentes de álcool e outras drogas.

As drogas são uma realidade cada vez mais presente na sociedade. Segundo levantamentos, 10% da população dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas. No Brasil, 1,2 milhão de pessoas são vulneráveis à dependência química. Em Goiás, as substâncias psicoativas já estão presentes em mais de 300 mil usuários e pelos menos 50 mil pessoas são viciadas em crack, conforme dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodoc) e Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Por isso, o Governo de Goiás pretende atuar de forma planejada e integrada para conter o avanço do uso de drogas no Estado, e conta com a parceria da sociedade, por meio das comunidades terapêuticas. Segundo o secretário Giuseppe Vecci, durante a elaboração do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), no ano passado, foi criado o Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed) para coordenar e operacionalizar as ações de prevenção, tratamento e repressão ao uso de drogas. “O mais importante é que essas ações contam com recursos financeiros assegurados para serem implementadas”, destacou.

CEAT-D
Durante a solenidade, a presidente do Geed, Ivânia Fernandes, apresentou as ações que estão sendo implementadas. Uma delas é a criação do Centro Estadual de Avaliação Terapêutica Álcool e outras Drogas (CEAT-AD), que será instalado no Setor Sul, em Goiânia, e deve ser inaugurado no dia 15 de janeiro de 2014. O CEAT-D atuará como medida de alto impacto para resgatar vidas, auxiliar as famílias e promover a reintegração social do cidadão.

Também foram lançados os editais para aquisição de 700 vagas em comunidades terapêuticas; para investimento em projetos de comunidades terapêuticas visando a profissionalização e reinserção social do drogadicto; e para seleção de projetos arquitetônicos de adequação física e estrutural das comunidades terapêuticas para ampliação de vagas. Ao todo, o Governo do Estado está investindo R$ 9 milhões nessas ações, que vão beneficiar mais de 2 milhões de pessoas. Foi apresentado ainda o projeto Caravana Anjos Urbanos, que promove ação de prevenção nos municípios e já foi lançado em Caldas Novas.

O governador Marconi Perillo entregou cheques, no valor de R$ 50 mil, a representantes de 21 comunidades terapêuticas selecionadas para que estas façam investimentos em reforma ou na compra de veículos ou equipamentos para a adequação de suas instalações às exigências da Vigilância Sanitária. Falando em nome das instituições, a representante da Comunidade Terapêutica Maria de Nazaré, Marizete Martins Nascimento, ressaltou que, no caso das pessoas que sofrem de dependência química, além de seu tratamento, é preciso lutar contra o preconceito que sofrem e pela sua profissionalização e reinserção na família e na sociedade. “Precisamos também apoiar os familiares e atuar na área de prevenção”, afirmou,

O governador Marconi Perillo, em seu pronunciamento, informou que o Governo está construindo os cinco primeiros Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs). Ele afirmou que tem fiscalizado de perto a obra do Credeq de Aparecida de Goiânia, que está mais avançada. Mas lembrou que é necessário contar com o apoio das comunidades terapêuticas no tratamento de pessoas dependentes de drogas, e ainda das igrejas e das escolas no trabalho de prevenção . “A prevenção é muito mais barata do que a recuperação ou punição”, afirmou. Marconi acrescentou que maior número de comunidades terapêuticas poderiam ser beneficiadas com repasse de recursos, entretanto muitas enfrentam problemas de falta de documentação . “Faço um apelo para que essas instituições se organizem”, destacou.

FONTE:SEGPLAN.