Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O deputado federal Arolde de Oliveira (PSD/RJ) cobra maior proteção aos idosos.


No mês de outubro o Estatuto do Idoso completa dez anos. É comemorado também o Dia Nacional do Idoso. O deputado federal Arolde de Oliveira (PSD/RJ) destacou a importância da data e lamentou o descaso que ainda existe com os idosos no país. "O que o Estatuto precisa é ser aplicado. O Governo tem que fazer promoções para a proteção e os benefícios do direito do idoso, o que não acontece. O idoso é abandonado até pelo Governo", criticou o deputado federal do PSD. Para Arolde, a violência contra os idosos ainda é um assunto pouco discutido. A expectativa, segundo o deputado é que o Congresso aumente os esforços para construir uma nação que respeite e proteja as pessoas da terceira idade. "A situação crítica com que sofrem os idosos é que 70% dos problemas os agentes são os parentes que os abandonam. O que tem ser feito é aplicar o Estatuto do Idoso que é bem claro e reduzir essa situação", criticou. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, somente de janeiro a julho de 2013, foram feitas quase 23 mil denúncias de violência praticada contra pessoa idosa em todo o país. Uma média de 125 queixas por dia. 

Reportagem: Verônica Gomes -outubro de 2013

Siga Lotus no twitter.

Lotus Tratamento
@LotusTratamento

Fernando Cesar Ferroni de Freitas Terapeuta - CRT 42156 ferroniifreitas@gmail.com lotustratamentodq@hotmail.com www.http://lotustratamento.blogspot.com 


Secretaria de Prevenção à Dependência Química

Arolde de Oliveira - Deputado Federal


http://www.aroldedeoliveira.com.br/tag/secretaria-de-prevencao-a-dependencia-quimica/

Filosofando.....






"Não se aprende filosofia, se aprende à filosofar,
A filosofia implica uma mobilidade livre no pensamento, é um ato criador que dissolve as ideologias,
Filosofar é passear com um saco e, ao encontrar alguma coisa que sirva, pegar. "

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

                            Erasmo de Rotterdam (1469-1536)




Neste libelo do teólogo Erasmo de Rotterdam (1469-1536), quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na forma mais encantadora. E, já que ninguém mais lhe dá crédito por tudo o que faz pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos?

Nas entrelinhas de Elogio da Loucura, o humanista Erasmo critica todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos que punham o homem ao serviço da razão (e não o contrário) e estende um véu de compaixão por sobre a natureza humana. Pois a Loucura está por toda parte, e todos se identificarão com algum dos tipos de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz, "Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes: O número dos loucos é infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos". quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na forma mais encantadora. E, já que ninguém mais lhe dá crédito por tudo o que faz pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos?
Sigmund Freud.


Freud descobriu que no inconsciente não ficam registradas as marcas da passagem do tempo. É o que permite dizer que no inconsciente, o amor é sempre infantil. Com suas altas intensidades, com a mescla de sentimentos que o amor traz consigo - ciúmes, rivalidades, raivas, impotências e onipotências, ilusões as mais variadas, frustrações idem - o amor não deixa de resistir, de insistir com toda a força da vitalidade infantil, ilimitada, desejante. Continuamos, assim, vida afora, a desejar o amor, a precisar de amor, a buscar o amor através dos mais diferentes caminhos. Por vezes, até mesmo crendo que a única forma de sustentá-lo é nos deixarmos submeter a ele, ao outro amado, seja ele quem for. A razão dessa insistência, dessa resistência deve ser uma só: precisamos do amor para poder atravessar a vida, para poder lapidar tudo o que vem junto com o amor, para poder, enfim, crescer. Precisamos do amor - e das dores do amor - porque é através dele - de sua força poderosa, imperiosa, por vezes louca - que trilhamos os caminhos que nos levam a manter viva a pessoa que precisa nascer. Talvez seja esse o sentido da afirmação freudiana: "uma análise é uma cura pelo amor". Esse amor sentido, ressentido, que não abre mão de si.

(Evelin Pestana,Casa Aberta - Página, Psicanálise, Artes, Educação).


Ilustração: Elisa Anfuso


Maior dose de ondansetrona é eficaz para tratar alcoolismo


A ondansetrona, substância comumente utilizada para evitar náusea em pessoas que estão sob quimioterapia, teve sua eficácia testada no tratamento de dependentes de álcool. Em estudo realizado no Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o médico João Maria Corrêa Filho verificou sua ação em dose maior do que vem sendo utilizada e comprovou o retardamento do consumo de álcool, além da redução de sintomas de depressão e do desejo pelas bebidas alcoólicas. Ele também descobriu quais são os fatores que tornam o abandono do tratamento mais propício.

A ondansetrona atua como antagonista do receptor da serotonina, substância envolvida com a sensação de prazer promovida pela bebida alcoólica. Assim, “esse antagonismo faz com que o prazer que poderia sentir ao se ingerir a bebida diminua”, explica Corrêa Filho, que testou a dose de 16 miligramas (mg) por dia, usada atualmente apenas para tratamento de enjôo. Esta dosagem diária é maior do que a aplicada anteriormente – 4 microgramas a cada quilo do paciente (mcg/kg) – e surtiu efeito nos pesquisados em relação aos medicados com placebo. Os dependentes medicados com o fármaco demoraram mais a ingerir o primeiro gole de bebida alcoólica (54,7 versus 40,9 dias, em média, a partir do início do tratamento) e a ter o primeiro consumo intenso (58,4 versus 45,4 dias, em média).
Além disto, a pesquisa descobriu que a dose de 16 mg testada, além de diminuir o prazer na bebida, chegou a melhorar sintomas depressivos dos testados, bem como a reduzir o desejo de consumir álcool. A pesquisa foi feita de 2007 a 2010 com 102 alcoolistas, com idade entre 18 e 60 anos, que buscaram tratamento para a dependência no IPq. Metade deles recebeu placebo e a outra metade, as 16 mg da ondansetrona, divididas em duas doses diárias, por via oral. A medicação foi acompanhada de entrevistas sobre os sintomas depressivos e técnicas motivacionais, exames para avaliar o consumo ou não de álcool, conversas com a família e de encontros no grupo Alcoólicos Anônimos (AA).

Abandono do tratamento.

O abandono do tratamento foi grande e chegou a 50% dos pesquisados, taxa equivalente à média de outros tipos procedimentos de reabilitação, de acordo com a literatura médica. O pesquisador, porém, não esperava este resultado, já que o ensaio clínico foi planejado para não perder pacientes ao longo do tratamento. Quando o dependente não ia aos encontros semanais, “a gente ligava para a família, chamava, buscava onde estava o paciente para ver se ele aparecia”, conta o médico.
Após a etapa do tratamento, os resultados foram comparados a outras pesquisas com metodologias iguais feitas no mesmo grupo de estudo, o Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, mas que usavam medicamentos diferentes, como o topiramato, o acamprosato e a naltrexona. O que se comprovou é que a porcentagem de pesquisados que concluíram o processo foi equivalente entre todas as substâncias. Corrêa Filho explica que “aparentemente, a maior adesão depende de questões pessoais e do tipo de tratamento que é ofertado, e não do efeito direto dos medicamentos avaliados”.
No estudo intitulado Eficácia da ondansetrona no tratamento de dependentes de álcool e orientado por Danilo Antonio Baltieri, foi elaborada uma tipologia dos perfis de pacientes mais propícios a concluir ou não o tratamento. Os resultados mostraram que os mais suscetíveis à desistência são aqueles mais novos, que começaram os problemas por consumir bebida alcoólica precocemente, têm maior histórico familiar de alcoolismo, menos sintomas depressivos e maior gravidade do alcoolismo. Já os fatores que individualmente aumentaram a chance da continuidade do tratamento foram a preferência pela cerveja, o tabagismo, a idade mais elevada e a assiduidade no grupo do AA.


Fonte : Agencia USP de noticias.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Informações sobre Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde.


Tratamento para dependentes químicos

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos a voltarem ao convívio social.
Entretanto, além das dificuldades de recuperação dos dependentes químicos, especialmente aqueles viciados em crack, o Brasil convive hoje com uma rede de tratamento para dependentes químicos pequena e precária e com profissionais pouco qualificados.
A complexidade do tratamento da dependência, doença crônica e grave, foi resumida no depoimento de Célio Luiz Barbosa, coordenador-geral dos Centros de Atendimento às Famílias da Fazenda da Paz na subcomissão do Senado.
“Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo”, afirma.
O problema é agravado pela efetividade limitada das abordagens de tratamento para dependentes químicos, especialmente de cocaína e crack, discutidas pela comunidade científica e pela sociedade. “No caso das drogas, o primeiro mal que devemos evitar é proclamar que temos alguma arma melhor do que as outras, vender ilusões. Há décadas, se estudam e se buscam tratamentos eficazes. E, hoje, a eficácia de inúmeras abordagens é muito questionável”, afirma Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde.
Como o vício atinge todos os aspectos da saúde e da vida do dependente, a psiquiatra Alessandra Diehl e seus colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfatizam que “o paciente apresentará necessidades múltiplas e o tratamento deve ser preparado para oferecer um amplo conjunto de intervenções personalizadas”.

Tratamento para dependentes químicos indisponível

Às dificuldades do tratamento para dependentes químicos em si, intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema público de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química e as doenças mentais.
Parte da explicação se deve ao país estar atravessando uma fase de transição para um novo modelo de tratamento, inaugurado com a reforma psiquiátrica de 2001).
Os médicos, no entanto, acusam a desarticulação do modelo anterior, sem que nada seja oferecido em seu lugar. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários para sua população.
Outro problema detectado é a falta de preparo dos médicos para lidar com o dependente químico.
Para suprir essa carência, as comunidades terapêuticas, instituições privadas disseminadas por todo o mundo que oferecem especialmente tratamento para dependentes químicos, estão abrigando a maior parte dos pacientes em tratamento.
O problema, nesse caso, é a falta de regulamentação dessa atividade e, também, de apoio público às entidades que realizam um trabalho em acordo com as mínimas diretrizes e padrões legais.

ONG BRASIL 28/30 de novembro de 2013.

Seminário Regional de Saúde Mental reúne mais de 300 participantes - Região - Folha Vale do Café

Seminário Regional de Saúde Mental reúne mais de 300 participantes - Região - Folha Vale do Café

Apos tratamento , ou durante, em períodos de ressocialização, onde o paciente sai da comunidade para passar finais de semana com a família  é necessário ter certeza de que não houve uso de drogas, já vi  muitos casos em que o paciente usou, e por vergonha ou medo acaba por esconder tanto da família como da equipe terapêutica  é uma visão comum de quem esta em tratamento de que haverá uma punição, o que não acontece, na realidade é importante se ter conhecimento e entender o porque desta volta ao uso, quais fatores que é preciso ser abordado terapeuticamente , o que aconteceu que levou o paciente de volta ao uso. O teste não constrange a pessoa, basta orientação e compreensão de que é necessário. Até porque, no caso de ser o resultado negativo,  serve de incentivo a outros, mostra que é possível viver em sociedade sem uso de drogas.

Teste são usados em comunidades terapêuticas e até mesmo pelos próprios familiares.

qualquer tipo de substancia.

Orientação para fazer o teste corretamente.

Preços.

Entre em contato:


Lotus tratamento.



domingo, 27 de outubro de 2013

Consultório de Tendimento Psicológico.


Consultório de Atendimento Psicológico

“Saúde é pleno bem estar físico e emocional”

“Saúde emocional é qualidade de vida”

Psicólogas

Márcia Peicher Lisboa                                                                                 Rosangela Brichezi
  CRP 06-23026                                                                                              CRP 06-35350                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

Psicoterapia Individual / Grupo

Atendimento:  Infantil,  Adolescente,  Adulto, Idosos, Casal, Família.

Tratamento de Psicopatologia:
·         Dependência Química e /ou Alcoolismo
·         Desequilíbrio Psicossocial
·         Transtorno de Ansiedade
·         Transtorno de Depressão
·         Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
·         Síndrome do Panico
·         Bulliyng ( físico e verbal)

A identificação prévia da sintomatologia de transtornos mentais visto da ótica de um profissional de saúde mental, pode diminuir a intensidade do transtorno, ou até mesmo interrompe-lo.
Sintomas esses que muitas vezes passam despercebidos por falta de orientação vejam alguns:

·         Medo e / ou insegurança sem razão aparente
·         Isolamento
·         Conflito emocional
·         Oscilação de humor constante
·         Agitação Psicomotora


Esses sintomas podem surgir em qualquer pessoa de qualquer idade, em algum momento na vida.
Procure orientação de um profissional.

Contate-nos, para esclarecimentos e agende uma avaliação com uma das Psicólogas.



sábado, 26 de outubro de 2013

Desaparecida, ana julia














Por favor pessoas estou suplicando... compartilhe a foto da minha sobrinha desaparecida

que DEUS nos ajude procurala

GENTE MINHA SOBRINHA DESAPARECEU, ME AJUDEM A DIVULGAR POR FAVOR COMPARTILHEM E SE SOUBEREM DE ALGUMA COISA POR FAVOR ENTREM EM CONTATO!




DESAPARECIDA ANA JULIA
IDADE 4 ANOS
CARAVTERISTICAS: SHORT ROSA, BLUSINHA VERMELHA, DESCALÇA.
DESAPARECEU PX A ESCOLA ANTONIO RICARDO PECCHIO, VILA MECK


TEL: (11) 9 8347 9238 (11)9 6277 1840

Consultório de Atendimento Psicológico


Consultório de Atendimento Psicológico

“Saúde é pleno bem estar físico e emocional”

“Saúde emocional é qualidade de vida”

Psicólogas

Márcia Peicher Lisboa                                                                                 Rosangela Brichezi
  CRP 06-23026                                                                                              CRP 06-35350                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

Psicoterapia Individual / Grupo

Atendimento:  Infantil,  Adolescente,  Adulto, Idosos, Casal, Família.

Tratamento de Psicopatologia:
·         Dependência Química e /ou Alcoolismo
·         Desequilíbrio Psicossocial
·         Transtorno de Ansiedade
·         Transtorno de Depressão
·         Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
·         Síndrome do Panico
·         Bulliyng ( físico e verbal)

A identificação prévia da sintomatologia de transtornos mentais visto da ótica de um profissional de saúde mental, pode diminuir a intensidade do transtorno, ou até mesmo interrompe-lo.
Sintomas esses que muitas vezes passam despercebidos por falta de orientação vejam alguns:

·         Medo e / ou insegurança sem razão aparente
·         Isolamento
·         Conflito emocional
·         Oscilação de humor constante
·         Agitação Psicomotora


Esses sintomas podem surgir em qualquer pessoa de qualquer idade, em algum momento na vida.
Procure orientação de um profissional.

Contate-nos, para esclarecimentos e agende uma avaliação com uma das Psicólogas.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ministério da Saúde lança em Curitiba curso de atendimento a usuários de drogas

Pois bem...., tem-se falado muito em políticas publicas de atenção aos usuários de drogas como uma questão de saúde pública, e não de segurança publica, tentando tirar do usuário estigmas que só faz diminuir cada vez mais quem luta pela sobriedade, e para oportunistas justificativa para cometer delitos...isso precisa ser criteriosamente observado. 
É preciso deixar claro que é uma necessidade do individuo fazer uso de substancia química , seja qual for.
Você que esta lendo agora deve conhecer alguém te toma um Rivotril para dormir, um amigo que antes de ir para casa após o trabalho, passa no bar para ver os "amigos" e chega em casa embriagado, e como tudo isso afeta toda sociedade,.
Vivemos num pais onde a nossa cultura e a favor do uso, você já imaginou aquela feijoada de sábado, sem a tradicional "caipirinha". O esporte no Brasil é patrocinado pelas marcas de cerveja, vendendo uma ilusão de que depois daquela, uma musa qualquer , aparecerá .....ah....que absurdo!!!!
Quero dizer; a substancia que se usa não importa, vivemos um momento em que a saúde mental esta no Flash, a necessidade de usar algo que alivie o desconforto que todo ser humano tem, o vazio existencial é mais do que nunca observado de varias ópticas, e de como esse ciclo autodestrutivo e a  inversão de valores é clara e evidente, e deve ser analisada minuciosamente.
A deputada Erika Kokay (PT-DF),Ela destaca que “a concepção de uma política nacional de enfrentamento ao uso de drogas requer iniciativas terapêuticas, arranjos institucionais psicossociais integrais, singulares, intersubjetivos e "não-manicomiais"
É o momento em que o Estado deve prover a atenção à saúde mental, a doença do seculo XXI, é as psicopatologias, que vai alem do uso de álcool e outras drogas, e psicopatologias associadas ao uso de sustâncias químicas, como por exemplo, transtornos de depressão, ansiedade, hiperatividade, bipolaridade, "na verdade caiu no modismo".
O que é absurdo , hoje em dia é "normal", o pai bebe, a mãe se droga com psicotrópicos , e o filho fuma um baseado.
O projeto do Ministério da Saúde "Caminhos do Cuidado", que irá formar agentes comunitárias, técnicas e auxiliares de enfermagem para prestarem atendimentos também voltados ao uso de crack, álcool e outras drogas, foi lançado nesta quarta-feira (24), na Associação Médica do Paraná.
É hora dos outros estados seguirem esses exemplos.
São ações caríssimas, uma demanda enorme, onde é preciso muito preparo psicológico, principalmente para quem faz este trabalho, porque os índices de recuperação oscilação, e muitas vezes nos deparamos com situações que nos da a impressão de que " não está valendo a pena". O que não é verdade, por isso profissionais tem que ser muito bem preparados para lidar com a "ambivalência" e a co-dependência.

Fernando Cesar.

Ministério da Saúde lança em Curitiba curso de atendimento a usuários de drogas
23/10/13

O projeto do Ministério da Saúde Caminhos do Cuidado, que irá formar agentes comunitárias, técnicas e auxiliares de enfermagem para prestarem atendimentos também voltados ao uso de crack, álcool e outras drogas, foi lançado nesta quarta-feira (24), na Associação Médica do Paraná.

O projeto está inserido no plano integrado “Crack, é Possível Vencer” do Ministério da Saúde e tem parceria com as instituições de ensino Fiocruz, do Rio Janeiro e Grupo Hospitalar Conceição, do Rio Grande do Sul, com as secretarias estaduais de saúde.

“Este projeto de qualificação dos profissionais de Atenção Básica é um marco que rompe o isolamento da saúde mental com os outros serviços, através da ideia de que são necessários locais altamente especializados para realizar o atendimento em saúde mental”, ressaltou Marcelo Kimati, diretor do Centro de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde. Em Curitiba, 40 agentes comunitários irão participar das primeiras turmas do curso.

O curso terá duração de 60 horas, sendo 40 horas presenciais e 20 horas de observação de campo. Ele pretende oferecer um conjunto de estratégias e conhecimentos em saúde mental, que possibilitem acolher e cuidar do usuário de álcool e drogas de forma integral. A base do curso é a política do Ministério da Saúde de Atenção Integral e o cuidado com as pessoas que fazem o uso prejudicial de drogas, norteados pela redução de danos aos usuários.

“Os agentes comunitários e técnicos são fundamentais neste trabalho porque fazem parte do cotidiano das pessoas, conhecem o contexto em que cada usuário do Sistema Único de Saúde vivem e isso é fundamental no trabalho de resgate dos usuários de álcool e drogas”, contou Alexandre Trino, coordenador nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
Grupo de trabalho de saúde mental discute políticas de atenção a usuários de drogas

O grupo de trabalho de saúde mental da Comissão de Seguridade Social e Família promove  audiência pública para discutir as políticas de atenção aos usuários de drogas como uma questão de saúde pública.

A coordenadora do grupo, deputada Erika Kokay (PT-DF), solicitou a realização do debate. Ela destaca que “a concepção de uma política nacional de enfrentamento ao uso de drogas requer iniciativas terapêuticas e arranjos institucionais psicossociais integrais, singulares, intersubjetivos e não-manicomiais”.

Para a deputada, a discussão sobre o tema tem de ser feita da forma mais ampla e democrática possível, levando-se em conta que o Estado deve prover a atenção à saúde pressupondo sempre a cidadania e a promoção da vida em sociedade.

Convidados
Participarão do debate:
a defensora pública do Estado de São Paulo Daniela Skromovi de Albuquerque;
o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori; e
a representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Eliana Addad.

A audiência foi realizada no Plenário 7.
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Opinião pessoal sobre os convênios com as Comunidades Terapêuticas que foram desfeitos Pelo prefeito de S.P.

A meu ver, desfazer os convênios com as Comunidades Terapêuticas é uma ação que diminuiu o índice de recuperação, tendo em vista que muitos usuários encontram "recuperação" e consequentemente , a partir dai retomam suas vidas passam desenvolver novas estratégias para ter uma vida com qualidade, que antes não tinham.
Vejo que as unidades de saúde mental AD, ( Cap's AD)que trabalham com o modelo de "Redução de Danos", como tudo na vida tem resultados satisfatórios , e as vezes não, é uma variável intensa e constante, afinal, são pessoas diferentes, com histórias diferentes, uso de substancias diferentes , em frequência de uso diferentes, "O que leva o individuo ao uso"? São questão múltiplas, que dependem de uma estrutura multidisciplinar, olhar terapêutico, clinico, psicológico,, psiquiátrico.....é uma serie de fatores, e parece ser tratado como se fosse uma receita de bolo:
"Vai lá e faz isso que vai dar certo".
Os convênios não contemplam alguns usuários, que pode encontrar na Redução de Danos a solução para o seu problema, assim como quem não consegue dentro da Redução de Danos obter um bom resultado no que diz respeito a manter -se abstinente, dependente de uma Comunidade Terapêutica para atingir a abstinência, retomar o senso critico, e poder voltar a sociedade e tomar suas próprias decisões,.
O que eu não entendo é ....que critérios são usados para se tomar determinadas ações na vida de pessoas que estão completamente comprometidas psicologicamente e cognitivamente.
Falta ao meu ver conhecimento sobre o assunto, e de como tratar essa questão.
Entre a dependência química fisiológica e a psicológica a uma fronteira muito estreita, que precisa ser analisada com muita cautela, pois pessoas diferentes , tem valores diferentes, quem não se adapta a um modelo de tratamento, pode se adaptar a outro, precisamos apresentar outros modelos , como a prevenção a recaída, que é um fato constante e complexo, "o desejo por usar a droga", o comprometimento com o tratamento, a família, a sociedade de forma geral, e principalmente consigo mesmo.
Não podemos limitar e sim desenvolver mais estratégias de tratamento, e não desfazer os convênios que o kassab fez e o Haddad agora desfaz porque venceu o contrato que era de um ano, em um ano quantos conseguiram se recuperar, quantos estão na ambivalência, e quantos iniciaram o uso,e podem ir para o abuso e chegar a dependencia... se não colocar em pratica os modelos de prevenção universal, seletiva,ou dirigida, respeitando os estágios motivacionais de cada usuário, e criar nova estrategias de abordagem, penso eu que isso é como se diz popularmente, " chover no molhado".


Fernando Cesar.

Prefeitura de SP reduz vagas para internação

Prefeitura de SP reduz vagas para internação de dependentes químicos.

GIBA BERGAMIN JR.DE SÃO PAULO

A gestão Fernando Haddad (PT) encerrou contratos com três comunidades terapêuticas --clínicas para tratar dependentes químicos--, fechando ao menos cem leitos de internação.

Assinados na administração anterior, de Gilberto Kassab (PSD), os convênios venceram e não foram renovados.]

Com essa medida, a Prefeitura de São Paulo vai priorizar um modelo de atendimento que reduz internações prolongadas e mantém usuários de drogas nas chamadas unidades de acolhimento, onde é permitido que eles passem por tratamento sem ficarem isolados.

As vagas de internação fechadas, diz o município, foram "reabertas" nesses locais.

Em vez de isolamento por um período de três a seis meses, como nas comunidades terapêuticas, os usuários de drogas ficam em casas da prefeitura, com a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar e, depois, voltar para dormir.
Apu Gomes/Folhapress 
Usuários de drogas em centro terapêutico de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

A administração municipal chama essa política de "redução de danos".
A coordenadora de Saúde Mental da prefeitura, Myres Cavalcanti, afirma que a internação prolongada de dependentes não é ideal.
Ela diz que os leitos fechados já foram repostos em novas casas de acolhimento --seis delas foram abertas neste ano, aumentando o total de unidades para 16.

PROGRAMA ESTADUAL

Mais uma tentativa de reduzir o número de viciados em crack, o novo modelo se confronta com o programa do governo paulista, iniciado em janeiro deste ano, que prevê internação involuntária --contra a vontade do dependente-- em hospitais e clínicas da rede estadual.

Representantes das comunidades dizem que a mudança põe em risco o tratamento iniciado com dependentes químicos graves.

"As famílias estão desesperadas. Tenho experiência em dependência química e não acredito em redução de danos", disse uma funcionária da Comunidade Sagrada Família, em Cotia (Grande São Paulo), que pediu para não ser identificada.
"Nesse método, a pessoa costuma usar [droga] controladamente para tentar chegar ao ponto de abstinência."

A prefeitura nega que permitirá o uso controlado.

Além da Sagrada Família, cujo contrato foi encerrado em 15 de agosto, as comunidades Estância Verão, em Cajamar (Grande São Paulo), e Padre Haroldo, em Campinas (100 km de SP), também não tiveram os acordos renovados.
Os convênios firmados com outras três entidades vencem neste ano. A prefeitura ainda estuda se haverá ou não a renovação.
Gestor de convênios da Estância Verão, o psicólogo Edson Terra Tomazi disse que o município vai precisar ampliar os leitos das unidades de acolhimento.

"Do ponto de vista técnico, não acho que a prefeitura esteja errada. O que não pode é fechar leitos sem abrir outros para dar continuidade. E não é possível dizer que isto esteja acontecendo."

Usuário de crack desde os 26 anos, A., 49, desempregado, teria o tratamento interrompido numa das clínicas cujo convênio acabou. Ele se recusou a sair e pediu à direção que o mantivesse. Conseguiu.
Morador do Itaim Paulista (zona leste), A. está há cinco meses internado. "O pessoal da prefeitura queria me levar para essa unidade de acolhimento. Eu iria voltar a usar [droga], certamente. Ninguém passa o dia na rua sem usar. A recaída é muito mais fácil."

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Relatório Mundial sobre Drogas 2013

No Relatório Mundial sobre Drogas de 2013, o UNODC destaca a estabilidade no uso de drogas tradicionais, como heroína e cocaína, e o crescimento do mercado de novas substâncias psicoativas (NSP). Comercializadas como "drogas lícitas" ou "designer drugs", as NSP estão se proliferando num ritmo sem precedentes, criando desafios inesperados na área de saúde pública. O abuso de medicamentos de prescrição também cresceu mundialmente.

O lançamento do Relatório Mundial sobre Drogas de 2013 marca o primeiro passo no caminho para a revisão de alto nível da Declaração Política e Plano de Ação, que será realizada pela Comissão de Narcóticos em 2014. Além disso, em 2016 a Assembleia Geral das Nações Unidas realizará uma Sessão Especial sobre a questão das drogas.

http://www.unodc.org/documents/lpo-brazil//Topics_drugs/WDR/2013/PT-Referencias_BRA_Portugues.pdf

sábado, 19 de outubro de 2013

Comissão de Feliciano aprova projeto que permite templo vetar gay

MÁRCIO FALCÃO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Sob o comando do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta quarta-feira (16) projeto de lei que livra os templos religiosos, padres e pastores de serem enquadrados na lei de discriminação se vetarem a presença e participação de pessoas "em desacordo com suas crenças".

Na prática, a proposta quer evitar que os religiosos sejam criminalizados caso se recusem a realizar casamentos homossexuais, batizados ou outras cerimônias de filhos de casais gays ou mesmo aceitar a presença dessas pessoas em templos religiosos.


Autor do projeto, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ) propõe alterar uma lei de 1989 que define como crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Essa norma estabelece prisão de um a três anos para tais situações.

Segundo parlamentares, essa lei é utilizada atualmente por homossexuais que se sentem discriminados. A criação de uma lei específica contra a discriminação de gays sofre resistência no Congresso.

"Deve-se a devida atenção ao fato da prática homossexual ser descrita em muitas doutrinas religiosas como uma conduta em desacordo com suas crenças. Em razão disso, deve-se assistir a tais organizações religiosas o direito de liberdade de manifestação", afirmou Reis.

A posição foi reforçada pelo relatório do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). "O alcance da lei, antes voltado mais à questão racial, tem sido ampliado, tendendo a estender proteção também à prática homossexual. Assim, [a proposta] esclarece melhor o alcance da referida norma ao diferenciar discriminação de liberdade de crença", disse ele.

"As organizações religiosas têm reconhecido direito de definir regras próprias de funcionamento e inclusive elencar condutas morais e sociais que devem ser seguidas por seus membros", completou Bolsonaro.

O texto, que foi aprovado pela comissão formada majoritariamente por evangélicos, segue para votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
Vinicius de Moraes
Celebre cantor e compositor que se tornou parte da cultura do Brasil

Poeta e compositor carioca Vinícius de Moraes, que completaria 100 anos neste sábado.
Assista " Samba da benção " de Vinicius e Odette Lara.

www.youtube.com/watch?v=lUj7p5S_FZk‎



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

TOCANTINS
“Saúde Mental e a Política de Álcool e outras Drogas” será tema do o V Fórum Estadual do Judiciário para a Saúde

Os CAPS não são os únicos componentes da Rede de Atenção Psicossocial

O V Fórum Estadual do Judiciário para a Saúde acontece nesta sexta-feira, 18, no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, a partir das 8h com o tema “Saúde Mental e a Política de Álcool e outras Drogas”. O evento tem como objetivo oportunizar aos participantes o aprimoramento de seus conhecimentos sobre Saúde Mental, Política Pública de Álcool e outras Drogas e, consequentemente, debater e refletir acerca do tema, com vistas a conhecer melhor a rede de Saúde Mental do Sistema Único de Saúde, suas características, seus órgãos reguladores, normatizadores, operacionais e orçamentários, e evitar a judicialização da saúde mental.

O fórum é uma parceria entre o Comitê Executivo para Monitoramento das Ações de Saúde no Estado do Tocantins e o Tribunal de Justiça do Tocantins, por meio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense. Serão debatidos os temas: "A Judicialização da Saúde e o Papel do CNJ", apresentado pelo juiz federal Clênio Jair Schulze, coordenador do Fórum Nacional da Saúde do CNJ; "Internações compulsórias", pelo juiz Álvaro Ciarlini, doutor em Direito e mestre em Filosofia; e "Justiça Terapêutica", pelo juiz Flávio Augusto Fontes de Lima, doutor em Direito Penal.

Desde o final dos anos 1980, a saúde mental no Brasil vem sendo estruturada por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), especializados no tratamento da dependência química, Os CAPS AD (álcool e drogas) sendo importante lembrar que todo CAPS é apto para o tratamento de dependência química, mas pela crescente demanda, e especificidades, criaram-se tais dispositivos.

Os CAPS não são os únicos componentes da Rede de Atenção Psicossocial. Existem os CAPS, os Consultórios de Rua, as Estratégias de Redução de Danos, os leitos e Unidades de Saúde Mental em Hospital Geral, as Unidades de Acolhimento, os Serviços de Residência Terapêutica, sem falar que todos os dispositivos de saúde da atenção básica, urgência e emergência também são porta de entrada para o atendimento em saúde mental, referenciando quando necessário para os serviços especializados. 

O Tocantins possui 14 CAPS – Centros de Atenção Psicossocial sendo três do tipo Caps AD III (álcool e drogas) – em Palmas, Araguaína e Gurupi. São sete CAPS do tipo I - Araguatins, Colinas do Tocantins, Formoso do Araguaia, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Taguatinga e Tocantinópolis, quatro CAPS do tipo II - Araguaína, Dianópolis, Palmas e Porto Nacional. Também contamos com um Serviço de Residência Terapêutica no município de Araguatins. Na atenção hospitalar, temos uma Unidade de Saúde Mental no HGP com 10 leitos de internação, além de leitos para desintoxicação em outros hospitais de Referência do Estado. 

É importante salientar que os CAPS do tipo III funcionam 24 horas, possuindo leitos de acolhimento noturno para situações de crise e maior fragilidade, atualmente os CAPS AD III de Palmas e Gurupi já estão funcionando de tal maneira, e breve, o CAPS AD III de Araguaína também estará funcionando desta forma, pois ainda encontra-se em fase de implantação.

terça-feira, 15 de outubro de 2013


Governo e especialistas criticam internação compulsória de dependentes
por Murilo Souza, da Agência Câmara publicado 15/10/2013 14:17

GABRIELA KOROSSY/CÂMARA


A deputada Erika Kokay (centro) quer impor limites ao uso da internação compulsória pelo Judiciário
Brasília – Especialistas e representantes do governo federal criticaram hoje (15), em debate na Câmara, o uso da internação compulsória para dependentes químicos como política pública.

A representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Eliana Addad, condenou o que chamou de "judicialização da saúde". “Por que determinar a internação compulsória pelo simples fato de usar droga? Por que a privação de liberdade se não houve descumprimento da lei?”, indagou ela, que participou de audiência promovida pelo grupo de trabalho de saúde mental da Comissão de Seguridade Social e Família.

Representante da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), Márcia Caldas afirmou que a lógica de punir o usuário, em vez de tratá-lo, é equivocada, e que as alas psiquiátricas dos presídios estão lotadas de pessoas que fizeram uso abusivo de drogas. “A política pública, como está sendo empregada hoje, conta com o apoio do clamor popular e simplesmente recolhe e segrega o usuário de droga, com a nítida postura de punir. E punir não é uma forma de resolver, pois primeiro a pessoa precisa querer ser tratada”, afirmou.

Para o assessor técnico de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Daniel Daltin, a discussão sobre a criminalização do usuário é fundamental. “O usuário deve continuar sendo visto e tratado como criminoso?”, questionou.

Em relação à política do governo de atendimento aos dependentes químicos, ele destacou que os hospitais psiquiátricos, vulgarmente conhecidos como manicômios, são estruturas em extinção e não integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAP) do Ministério da Saúde.

A audiência foi proposta pela coordenadora do grupo de trabalho, deputada Erika Kokay (PT-DF), para discutir casos de maus-tratos envolvendo dependentes de drogas em hospitais psiquiátricos e em comunidades terapêuticas.

Segundo Kokay, 26% da população carcerária nacional teve algum envolvimento com drogas. “Como você não diferencia tráfico de usuário, todo usuário é um criminoso e pode ser encarcerado. O poder discricionário do Judiciário é que vai dizer quem é traficante e quem é usuário”, afirmou.

A deputada citou casos de comunidades terapêuticas que praticaram tortura física e psicológica com internos dependentes químicos. “Há casos de pessoas sendo enterradas até o pescoço e outros de pessoas obrigadas a beber água de vaso sanitário”, alertou.

A parlamentar vai propor uma nova reunião para discutir especificamente a regulamentação da internação compulsória de dependentes químicos no país. Para ela, essa prática se configura como política de “limpeza social”, simplesmente retirando as pessoas dos espaços públicos e as realojando em presídios e instituições sem o devido tratamento.
14/10/2013 - Sorocaba - SP
Pannunzio inaugura o primeiro CAPS 24 horas de Sorocaba

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba




Unidade, que atenderá pessoas com transtornos mentais severos devido ao uso de álcool e outras drogas, está localizada na Vila Angélica. Este CAPS será também o primeiro a ser operado e administrado totalmente pelo município

Uma nova etapa na área de Saúde Mental de Sorocaba teve início na manhã desta sexta-feira (11). O prefeito Antonio Carlos Pannunzio e o secretário municipal da Saúde, Armando Raggio, inauguraram o primeiro Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD III) – modalidade de serviço de atenção extra-hospitalar e assistência a dependentes químicos 24 horas – da cidade. Localizada em um imóvel da Vila Angélica, onde antes funcionava o CAPS AD II Jovem, a nova unidade será referência territorial para a população das regionais Norte e Oeste da Secretaria da Saúde (SES).

"Sorocaba cumpre mais uma de suas obrigações com a entrega deste CAPS AD III. Nós não podemos mais assistir passivamente ao problema da dependência química em nossa sociedade, este flagelo que destrói vidas", afirmou o prefeito. "Os governos de todas as esferas devem entrar nesta batalha contra as drogas, aumentando a oferta de tratamento e atenção aos usuários e ampliar atividades de prevenção. Nós estamos começando a fazer nossa parte com a inauguração deste CAPS 24 horas, mas sabemos que Sorocaba precisa de pelo menos mais dois. E vamos trabalhar muito para que isso ocorra", completou Pannunzio.

O secretário da Saúde, Armando Raggio, comemorou mais este importante passo, agradecendo e elogiando todos os profissionais envolvidos, não só da SES mas de várias secretarias, que tornaram possível a entrega deste CAPS em menos de dez meses de governo. "Este é o primeiro CAPS do município que funcionará 24 horas por dia, inclusive fins de semana e feriados. E também o primeiro da cidade a ser totalmente tripulado pelo município, por nossa gente. Tenho certeza que será um local totalmente acolhedor, de atenção, de tratamento para todos aqueles que se encontrem em situação de insegurança", disse Raggio.

Também participaram da inauguração do CAPS AD III a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Social, Edith Di Giorgi e demais secretários municipais; os vereadores Luís Santos e Rodrigo Manga; a presidente do Conselho Municipal sobre Drogas de Sorocaba (Comad), Maria Clara Scheneidman e demais autoridades. Alguns pacientes do Hospital Psiquiátrico Vera Cruz, que está sob gestão da Prefeitura, estiveram presentes na cerimônia e foram convidados pelo prefeito para ajudar a cortar a fita inaugural da unidade.

Sobre a unidade

O CAPS AD III, que será coordenado pela psicóloga Renata Koury Hanna, atenderá pessoas (e seus familiares, se necessário) que apresentem graves problemas relativos ao uso de drogas 24 horas por dia, compondo, com outros pontos de cuidado, a Rede de Atenção Psicossocial de Sorocaba. A unidade funcionará de porta aberta, ou seja, não é necessário que a pessoa tenha encaminhamento e referência de outras unidades. O atendimento será realizado por uma equipe multidisciplinar.

O CAPS AD III começa a funcionar a partir das 7h da próxima segunda-feira (14). O endereço da unidade é rua Professor Júlio Pinto Ferreira, 1.422 (esquina com a avenida Angélica), na Vila Angélica.

Estudos mostraram ser eficientes no combate a alguns distúrbios.

Umbanda e Santo Daime influenciam saúde mental e física
Práticas religiosas mostraram ser eficientes no combate a distúrbios como a depressão

Estudo realizado no Instituto de Psicologia (IP) da USP apresentou a relação entre religiosidade e saúde ao analisar duas religiões brasileiras: Santo Daime, que faz uso sacramental da bebida psicoativa Ayahuasca, e a Umbanda, ambas com rituais fundamentados em práticas de estados diferenciados de consciência.

A psicanalista Suely Mizumoto, em sua dissertação de mestrado Dissociação, religiosidade e saúde: um estudo no Santo Daime e na Umbanda, fez suas observações a partir das condições de saúde e de indicadores de bem estar psicológico e social dos membros envolvidos na pesquisa.

Constatações
Entre diversas constatações, adeptos do Santo Daime e da Umbanda apresentaram diferenças significativas quanto à redução da frequência de mudanças de humor e de sentimentos contraditórios, e quanto ao aumento de domínio sobre essas alterações. As diferenças foram baseadas nas experiências anteriores e posteriores à participação nos rituais de cada religião. Quando comparados a um grupo controle, os adeptos mostraram ter maior equilíbrio de humor e emoção. Os praticantes do Santo Daime ainda revelaram ter maior domínio sobre quadros de base depressiva. Já na Umbanda, o aumento de domínio foi mais aparente em experiências de alteração de identidade.

A comunidade religiosa, provedora de apoio emocional, material e afetivo, pode também ser compreendida como uma comunidade terapêutica para as condições psicológicas estressantes. Os adeptos podem encontrar em suas comunidades suporte em momentos de fragilidade. É comum a quem desconhece a questão do transe mediúnico temer algum tipo de aumento na mediunidade ou descontrole. No entanto, Suely diz que, “na verdade, o aprendizado que essas religiões proporcionam podem ensinar seus adeptos a ter um domínio maior quanto ao enfrentamento espiritual dessas questões, diminuindo experiências mediúnicas traumatizantes”.

Ayahuasca
A dissertação de Suely ainda tratou da polêmica em torno da utilização do psicoativo Ayahuasca. Geralmente condenado, o uso do psicodélico mostrou associar a experiência de cura espiritual — desfrutada por participar aos rituais — a mudanças no estilo de vida dos usuários. A ruptura de velhos padrões com a adoção de outros novos e saudáveis causou reflexo no combate ao risco de dependências da nicotina, álcool, cannabis sativa e cocaína. O ritual com aAyahuasca aumentou, em altas porcentagens, a recuperação declarada quanto ao abuso e risco de dependência para usuários das substâncias citadas.

Na esfera da afetividade, a Ayahuasca serviu como uma espécie de antidepressivo, ou como a psicóloga conta, “aqueles que faziam parte dos rituais com o psicoativo diziam ter os períodos muito longos de tristeza cada vez menores e mais raros, como se a Ayahuasca fosse equivalente a um ‘banho de serotonina’”. Segundo Suely, “é possível que a busca por uma religião que faça uso da ayahuasca possa resultar em efeitos terapêuticos para aqueles vulneráveis a quadros bipolares ou à depressão”.

Método e alguns dos resultados
A dissertação contou com a orientação do professor Wellington Zangari e foi baseada em questionários e escalas aplicadas a um grupo de 106 pessoas; 42 dos voluntários eram adeptos do Santo Daime, 44 da Umbanda e houve também o grupo controle composto por 20 pessoas. O grupo controle serviu para comparar a influência da religiosidade nos participantes. Além disso, tanto no grupo de Santo Daime como no de Umbanda havia a presença de praticantes novatos e experientes.

A psicóloga empregou um questionário que abordava o perfil social, a religiosidade e a saúde, tanto física como mental, dos voluntários. Dados sociodemográficos evidenciaram poucas diferenças entre os grupos, principalmente entre gênero, idade, grau de instrução, faixa salarial e condição de moradia. “Os resultados obtidos dos perfis sociais, saúde e religiosidade e das escalas revelaram indicadores de bem estar que confirmam índices de saúde inteiramente satisfatórios e até melhores quando comparados aos resultados do grupo controle”, relata a pesquisadora.

Contribuições
Não há, até o momento, a precisão da verificação dos resultados apresentados e correlacionados nas comunidades estudadas. Com o tema de sua dissertação, Suely espera incentivar os estudos acerca do psicoativo Ayahuasca e os benefícios a ele associados, em especial, ao seu potencial terapêutico para o tratamento de dependências. Ela buscou amenizar os preconceitos com as religiões afro brasileiras. A Umbanda é um exemplo de religião que trabalha exclusivamente na arte do ensino da prática mediúnica, não faz uso de psicoativos, mas mesmo assim pode ser não bem interpretada. Não havendo nocividade nestas práticas, a relação entre religião e saúde, mais bem esclarecida por esta pesquisa, pode ajudar a desconstruir muito do senso comum que envolve a religiosidade no País.

Link da matéria e contato

http://www.usp.br/agen/?p=112758

Mariana Grazini - mariana.grazini.rocha@usp.br.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Leia com atenção, muito bom , rico....acho importante ler , entender, e transmitir.

Postagem do Blog:
Dependência Quimica e Codependência

Link do blog no final do texto.
Ontem em um grupo de apoio e na compania das minhas amigas Cicie e Pri assisti uma peça cujo nome é tema deste post "Será que estão nos enxergando".

A peça não é encenada por atores, mais por 5 mulheres codependentes e por uma companhia teatral.

Elas contam situações muito conhecidas por nós, relatos de suas vidas ao lado do ente querido dependente quimico, são 3 mães, uma esposa, uma irmã que também tem um namorado dependente quimico.
Elas contam como conseguiram buscar a recuperação pra si mesmas, independente do familiar estar ou não limpo.
Elas chamam a atenção pra nós familiares que somos afetados tanto quanto o dependente pela droga, porém somos esquecidos.
Elas mostram que SIM precisamos de AJUDA, e que a midia, o governo, deveriam NOS ENXERGAR, se querem ter um plano de combate as drogas.
Elas mostram a importância do familiar se tratar e como isso pode auxiliar na recuperação do dependente quimico.

No final abriram espaços pra perguntas, que elas responderam, acompanhadas por uma terapeuta que trabalha há mais de 15 anos com dependência quimica e codependência, deixo abaixo a vocês as perguntas e as respostas da maneira que eu lembro galera:

Mãe de dependente quimico:

- Meu filho está limpo há 8 meses, porém não quer mais ir em grupo, gostaria de saber se eu vindo ao grupo posso fazer com que ele também se interesse em buscar a recuperação?Tenho muito medo de uma possivel recaída.

Um jovem adicto em recuperação há uns 2 anos respondeu:

- Olha eu posso te dizer que EU, busquei minha recuperação porque EU quis, minha mãe frequenta grupos e faz terapia, mais se eu for classificar em porcentagem, posso dizer que ela tem uns 10% de influência e os outros 90% são meus, por que EU decidi que não queria mais viver usando drogas.

Mãe cujo uma filha está internada:

- Minha filha está internada, eu tenho frequentado os grupos, mais o irmão dela não quer nem saber, acha que é sem-vergonhice e não vem aqui nem arrastado, como faço pra traze-lo aqui. posso de alguma forma convence-lo?

Terapeuta

R: Olha pelo que vc descreve ele se faz o papel de "pai" da familia, e não tem como obriga-lo a vir, o que você pode fazer é continuar se tratando e se ele perceber as mudanças positivas em sua vida, talvez ele fique curioso e questione o porque de tanta mudança, e assim também queira "beber da água da mesma fonte" ..rs..e comece entender que ele também está adoecido e precisa de recuperação.

Uma mulher jovem

- Queria saber se existe a possibilidade de uma pessoa mudar completamente, ou se algumas características são da essência dessa pessoa e nunca irá ser modificada?

Terapeuta

- Eu acredito que desde que a pessoa queira e se disponha a mudar ela consegue, mais ela tem que querer e estar disposta para tal, essa história de que pau nasce torto e morre torno eu não acredito.
A terapeuta também falou bastante sobre os codependentes, como somos capazes de cometer insanidades mesmo sem usar drogas, disse que nesse universo dependência quimica, todos são afetados, porém o mais vulnerável a sofrer danos fisicos com o problema DROGAS é o dependente.
E nessas horas é muito importante que os familiares estejam o mais equilibrados possiveis para tomar decisões e poder intervir em prol do dependente, fazendo uma intervenção involuntária.
Se o familiar estiver adoecido, desesperado, reagindo a todas as situações emocionais as quais somos expostos ele não conseguirá ajuda-lo de maneira eficaz, acabando se tornando tão doente ou mais do que o próprio adicto.

O adicto precisa de AJUDA não ser SALVO.
Pra ser SALVO ele precisa QUERER

Sobre tratamento involuntário, ela disse que é um tema polêmico mais que ELA não acredita em tratamento involuntário mais sim em INTERVENÇÃO INVOLUNTÁRIA.
A diferença é caso o dependente esteja em compulsão, colocando a propria vida e a de outros em risco, ele deve sim ser retirado do ambiente o qual se encontra para que a compulsão seja interronpida, dai dar continuidade ao tratamento será SEMPRE escolha DELE.

O que nós familiares podemos fazer?

CUIDAR DE NÓS, DA NOSSA DOENÇA, SE FORTALECER.

Porque gente não é fácil mesmo, se fosse não precisaríamos de grupos de ajuda, a doença da dependência química é um Tsunami que passa na vida da família toda, e se não buscarmos ferramentas e técnicas pra navegar nesse mar, afundamos juntos.
Como se trata de uma doença que afeta a MENTE, nosso COMPORTAMENTO, nosso EMOCIONAL e ESPIRITUAL, as ferramentas que precisamos buscar são: Conhecimento sobre a doença, conhecimento sobre nós mesmos para aprender a identificar e dominar nossas reações.
As estatisticas são desfavoraveis, mais existe uma estatistica que não é divulgada pela midia INFELIZMENTE.

Que é a seguinte:

100% dos dependentes quimicos que seguem um programa de recuperação pro resto da vida CONSEGUEM VIVER LONGE DAS DROGAS
100% dos familiares que buscam ajuda e seguem a programação de recuperação pro resto da vida CONSEGUEM SEGUIR SUAS VIDAS SEM SEREM AFETADOS DEMASIADAMENTE PELAS ESCOLHAS DOS SEUS.
Quem quiser levar essa peça teatral até algum lugar, pode me enviar um email que eu entro em contato com a equipe, e maiores esclarecimentos sobre como fazer isso é só com eles mesmos.


http://dependenciaecodependencia.blogspot.com.br