Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Opinião pessoal sobre os convênios com as Comunidades Terapêuticas que foram desfeitos Pelo prefeito de S.P.

A meu ver, desfazer os convênios com as Comunidades Terapêuticas é uma ação que diminuiu o índice de recuperação, tendo em vista que muitos usuários encontram "recuperação" e consequentemente , a partir dai retomam suas vidas passam desenvolver novas estratégias para ter uma vida com qualidade, que antes não tinham.
Vejo que as unidades de saúde mental AD, ( Cap's AD)que trabalham com o modelo de "Redução de Danos", como tudo na vida tem resultados satisfatórios , e as vezes não, é uma variável intensa e constante, afinal, são pessoas diferentes, com histórias diferentes, uso de substancias diferentes , em frequência de uso diferentes, "O que leva o individuo ao uso"? São questão múltiplas, que dependem de uma estrutura multidisciplinar, olhar terapêutico, clinico, psicológico,, psiquiátrico.....é uma serie de fatores, e parece ser tratado como se fosse uma receita de bolo:
"Vai lá e faz isso que vai dar certo".
Os convênios não contemplam alguns usuários, que pode encontrar na Redução de Danos a solução para o seu problema, assim como quem não consegue dentro da Redução de Danos obter um bom resultado no que diz respeito a manter -se abstinente, dependente de uma Comunidade Terapêutica para atingir a abstinência, retomar o senso critico, e poder voltar a sociedade e tomar suas próprias decisões,.
O que eu não entendo é ....que critérios são usados para se tomar determinadas ações na vida de pessoas que estão completamente comprometidas psicologicamente e cognitivamente.
Falta ao meu ver conhecimento sobre o assunto, e de como tratar essa questão.
Entre a dependência química fisiológica e a psicológica a uma fronteira muito estreita, que precisa ser analisada com muita cautela, pois pessoas diferentes , tem valores diferentes, quem não se adapta a um modelo de tratamento, pode se adaptar a outro, precisamos apresentar outros modelos , como a prevenção a recaída, que é um fato constante e complexo, "o desejo por usar a droga", o comprometimento com o tratamento, a família, a sociedade de forma geral, e principalmente consigo mesmo.
Não podemos limitar e sim desenvolver mais estratégias de tratamento, e não desfazer os convênios que o kassab fez e o Haddad agora desfaz porque venceu o contrato que era de um ano, em um ano quantos conseguiram se recuperar, quantos estão na ambivalência, e quantos iniciaram o uso,e podem ir para o abuso e chegar a dependencia... se não colocar em pratica os modelos de prevenção universal, seletiva,ou dirigida, respeitando os estágios motivacionais de cada usuário, e criar nova estrategias de abordagem, penso eu que isso é como se diz popularmente, " chover no molhado".


Fernando Cesar.

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