Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Quase metade das mortes no trânsito em SP tem relação com álcool, diz estudo

Apesar do consumo de álcool no trânsito ser proibido em todo o país, 42,9% das vítimas de acidentes fatais de trânsito na cidade de São Paulo entre junho de 2014 e dezembro de 2015 haviam ingerido álcool. O dado é parte da conclusão de uma pesquisa de pós-doutorado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), feita por Gabriel Andreuccetti com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O número inclui motoristas, pedestres e passageiros.

Para o pesquisador, apesar da existência da lei que proíbe o consumo de álcool no trânsito ter sido um grande avanço, ainda é preciso melhorar os mecanismos de fiscalização para mudar a cultura brasileira sobre o assunto.

“Se você apenas credita à lei ao que a lei diz, é muito difícil que isso mude a cultura da população. O que a gente sabe, que é um dos fatores primordiais, é a fiscalização. Você tem a lei, que ajuda a ação policial e judicial para colocar em prática aquilo. Mas se a sensação da pessoa ao dirigir é de que ela não será pega, não adianta nada. Sua legislação pode ser a melhor do mundo mas você não vai conseguir pôr aquilo em prática. A fiscalização é o principal fator que precisa ser aprimorado para que a lei seja implementada e a cultura mude.”

Segundo Andreuccetti, não foi possível comparar os dados para dizer se o número cresceu ou diminuiu na comparação com outros períodos. “Essa metodologia é a primeira vez que estamos aplicando no Brasil como um todo, embora a gente só tenha feito em São Paulo. Então não temos um comparativo para dizer se está crescendo, se está maior. No caso de acidentes de trânsito, podemos, com certeza, dizer que é um número alto porque se tem quase metade das vítimas que chegam atropeladas ou de acidentes de trânsito com nível de álcool”, disse o pesquisador em entrevista à Agência BrasSegundo o estudo, em cerca de 30% das mortes violentas ocorridas nesse período foi notado consumo de álcool pelas vítimas, sendo 34,6% entre as vítimas de homicídio e 13,6% entre os casos de suicídio.A pesquisa, feita em parceria com a Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, coletou amostras de sangue de 365 vítimas que foram levadas a unidades do Instituto Médico Legal (IML) na capital paulista para avaliação da taxa de alcoolemia em pessoas que morreram em decorrência de mortes violentas ou por causas externas, seja por acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio e demais causas, como envenenamento, afogamento e quedas.

Perfil

A maior parte das vítimas de mortes violentas no trânsito associadas ao consumo de álcool, de acordo com o pesquisador, são homens brancos, com mais de 30 anos e baixo nível de escolaridade.

Segundo Andreuccetti, a taxa de alcoolemia observada entre as vítimas de morte violenta foi, em média, 1,10 grama de álcool por litro de sangue, o que corresponde ao consumo de cinco doses-padrão de álcool para um homem de cerca de 70 quilos. Cada dose-padrão, explicou o pesquisador, corresponde a uma latinha de cerveja, uma dose de destilado ou uma taça de vinho. Entre as vítimas de acidentes de trânsito, a maior parte apresentou alcoolemia nos finais de semana e no período noturno.

Para o autor do estudo, a pesquisa pode ajudar a orientar políticas de saúde pública e até ações de fiscalização do trânsito. “A maior contribuição deste estudo não é a prevalência em si, mas sim a cultura do como fazer e de como medir de forma correta, para que um dia a gente possa dizer que tal política está funcionando ou não”, disse. O pós-doutor pretende estender a pesquisa para a análise de uso de drogas e outras substâncias pelas vítimas.

Caminhos da Reportagem mostra como se levar uma vida sem álcool.

O programa Caminhos da Reportagem que vai ao ar hoje (29) às 22h, pela TV Brasil, vai discutir o delicado tema do alcoolismo, doença grave que atinge 12% da população brasileira e, ainda assim, um assunto tabu na sociedade.

Considerado pelo Ministério da Saúde como o maior problema relacionado ao uso de drogas lícitas ou ilícitas no Brasil, a dependência do álcool gera problemas emocionais e financeiros para o doente e perdas econômicas para o país que chega a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Durante o programa desta noite, o Caminhos da Reportagem vai explicar detalhadamente como o hábito de beber pode se transformar em alcoolismo e, ainda, como levar uma vida sem o álcool.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Pedro Bial discute o alcoolismo no Brasil, que consome 40% a mais de bebida que o mundo

No 'Conversa com Bial', o jornalista Ruy Castro relembra período em que bebia e ainda discute sobre a importância do A. A., há 70 anos no Brasil.


O programa tratou do polemico assunto do "alcoolismo", cercado de preconceitos, visto como coisa de gente sem vergonha, "a doença" do alcoolismo ainda traz discussões e mostra quantas duvidas existem sobre o assunto, num pais onde beber é comum, pois faz parte da nossa cultura, por exemplo quando você pensa em comer aquela feijoada de sábado, qual a primeira coisa que vem a cabeça?
A caipirinha!
Domingo de futebol sem cerveja?
Entre tantos outros exemplos.
90% das famílias tem pelo menos um caso de uso e abuso de substância química , a mais consumida?Bebida alcoólica.

Segundo a OMS ( Organização Mundial de Saúde), o álcool é a droga que mais mata no mundo, por ser uma droga licita e barata, de fácil acesso, onde atualmente existe registros de crianças que tem o primeiro contato com o álcool aos 8/9 anos de idade.
O assunto é complexo e parece não ter fim.

O jornalista Ruy Castro, Jaira Freixiela Adamczyk, presidente do A. A.,e o convidado Luiz Antônio da Cruz, alcoólico que se casou com a dona do bar, participaram do programa e e foi muito importante e interessante.

Assista o programa acessando o link:
http://gshow.globo.com/tv/noticia/pedro-bial-discute-o-alcoolismo-no-brasil-que-consome-40-a-mais-de-bebida-que-o-mundo.ghtml

Em caso de duvidas sobre uso , abuso , dependência, tratamento, entre em contato conosco através do email:
lotustratamentodq@hotmail.com, ou pelo nosso Faceebook:
https://www.facebook.com/lotus.tratamento.3

Fernando Cesar Ferroni de Freitas.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

ÁLCOOL FAZ MAL EM QUALQUER QUANTIDADE, DIZEM PESQUISAS

Muito se fala dos benefícios do álcool, falamos aqui sobre os benefícios da cerveja e aqui sobre os benefícios do vinho, sempre somente se ingerido com moderação, claro. Mas existem também pesquisas que discordam totalmente dos benefícios e ao contrário, revelam que quanto menos álcool se ingere mais saúde e bem-estarse proporciona ao corpo.
Qual é a quantidade segura para se beber álcool?
Segundo pesquisas como as realizadas pelo American Institute for Cancer Research e pela International Agency for Research on Cancer, "a quantidade segura para o consumo do álcool é ZERO."
Além destes, outros estudos independentes também foram analisados por Jennie Conor, pesquisadora da Universidade de Otago responsável por uma meta-análise dos estudos que relacionam o consumo de álcool ao câncer.
Em entrevista para CTV News, Connor relata que “não parece haver nenhuma quantidade que seja realmente segura na ingestão de álcool em sua relação com o câncer. Portanto, a ingestão de qualquer quantidade aumenta o risco de câncer.Diversos tipos de câncer”.
Outro grande estudo realizado no Reino Unido revelou conclusões parecidas. Observou-se um aumento de 5% de desenvolvimento de câncer em mulheres que beberam de 70 a 140 g de álcool por semana, comparadas àquelas que beberam menos de 20 g. E muito mais, observou-se um aumento de incidência de 13% de câncer de mama.
Além disso, outro estudo de 2013 mostrou que mesmo quem bebe álcool moderadamente, aumenta significativamente os ricos de câncer de esôfago, faringe, boca e mama.
Até então, evidentemente não se conhece nenhum nível seguro para o consumo de álcool. Portanto cabem as reflexões adiante, a respeito do porquê continuamos a consumir uma substância tão nociva para o nosso corpo.
Os perigos dos benefícios
Se beber uma taça de vinho ou uma latinha de cerveja relaxa e tira o estresse do trabalho, por que não beber moderadamente? Beber está ligado à socialização, estar em companhia, o que também está relacionado ao bem-estar. O problema é o vício que o álcool causa e suas consequências. Embora beber socialmente seja uma prática aceita pela sociedade, temos de entender os possíveis perigos e causas deste prazer.
Até que ponto se bebe pelo prazer e contemplação da companhia e não como uma mera reprodução de um hábito atribuído a nós pela indústria de bebidas e marketing? Muitas vezes, ou melhor, na maioria dos casos, o hábito de beber, mesmo que socialmente, pode estar ligado à tentativa de fuga da realidade e ao suposto necessário entorpecimento da consciência, “para aguentar” o cotidiano.
Além disso, o alcoolismo também está fortemente relacionado a outras mazelas sociais, como acidentes de trânsito, violência familiar, perda de emprego de gasto exagerado de economias, descontrole comportamental, e, obviamente, problemas de saúde muito sérios. Será que seus prazeres realmente vale a pena?
Os efeitos negativos do álcool são reversíveis
Uma notícia boa para quem pretende abandonar o hábito do consumo cotidiano do álcool é que seus efeitos nocivos são reversíveis. Numa análise recente de casos, foi possível observar redução de riscos de pelo menos 15% no desenvolvimento de cancros assim que o consumo de álcool foi eliminado.
Analisou-se que também houve redução e reversão de inúmeros casos de câncer, como o de fígado. Portanto, o momento de parar é agora. Além disso, não se deve confiar na sorte e acreditar que a qualquer momento o hábito pode ser cessado sem grandes riscos. Quanto antes o hábito for eliminado, maiores serão as chances de recuperação.
O álcool também engorda, incha e envelhece. Com isso, é também possível citar que, além da recuperação interna do organismo, pessoas que abandonaram o consumo de álcool mostraram uma impressionante recuperação de todo o corpo, apresentando aspectos de rejuvenescimento e saúde como podemos ver abaixo, nas fotos de quem parou de beber. Quanta diferença!

Tratamento de crack: especialistas explicam como funcionam abordagem, acompanhamento e redução de danos

Três especialistas falam no assunto para explicar os passos contra o vício.

O primeiro registro do crack no Brasil, publicado pelos jornais, é de 1991. São 26 anos da droga circulando no país, criando dependentes e formando concentrações de usuários nas chamadas cracolândias. Ainda não existe uma unanimidade sobre o tratamento: uso de medicamentos contra recaídas? Política de redução de danos? 

A aproximação

Nem sempre é possível contar com a iniciativa do usuário para sair da situação, de acordo com André Baricela Veras, psiquiatra e professor adjunto do Departamento de Psiquiatria da New York University (NYU). 
A aproximação para começar o tratamento é o primeiro passo e pode ocorrer de várias formas.
“O primeiro passo ocorre por meio de um contato de saúde mais próximo. Ele deve propor a esse indivíduo algum tipo de atenção e iniciar uma compreensão do que está acontecendo, e só depois conseguir algum tipo de avanço na redução do problema”, disse.
Jorge Jaber, médico membro da Academia Americana de Psiquiatria, lembra que é neste momento em que os agentes diários, profissionais da saúde que trabalham junto aos usuários, atuam com mais eficiência. “Então, é preciso primeiro uma abordagem médica, dentro de um ambiente que já seja reconhecido pelo doente como um ambiente carinhoso. É neste momento que está a sabedoria da psicologia, da assistente social.”
Ex-usuário de crack e hoje pós-graduado em psicologia, Fabian Nacer diz que a abordagem precisa levar em conta como cada paciente pensa.
"Não adianta chegar e falar: 'Como você está?', 'Nossa, você está bem magro', 'Você vai morrer'. Nessa hora, eu pensava: 'Então, me ajuda a morrer logo, não estou nem ligando se eu estou sujo'. A única preocupação é como você vai conseguir a próxima pedra."
Sobre uma internação compulsória no momento da abordagem, os psiquiatras concordam: é preciso uma avaliação bem pessoal e, nos casos extremos, fazer um laudo e pedir uma decisão da Justiça. “A internação compulsória pode ser necessária, à luz de uma avaliação individual. É uma situação a se evitar, mas é possível”, disse Veras. Os especialistas acreditam que a ação não deve ser uma política pública generalizada.

Acompanhamento

Jaber defende que, depois do convencimento, o paciente seja levado a um médico, antes de um psiquiatra ou psicólogo. “Não é para o tratamento do crack ainda. A maioria das pessoas que estão envolvidas com o uso do crack tem doenças muito importantes, como DSTs, como o HIV, que é muito comum, e estão com doenças infecciosas secundárias. Tuberculose é muito comum, assim como pneumonia”, disse.
Depois, os três especialistas defendem uma avaliação mais pessoal e particular do estado mental para tentar entender qual é o acompanhamento necessário do paciente.
“Quanto mais grave, maior a especialização que a equipe precisará ter para lidar com esses indivíduos”, disse Veras. “Já em casos com menos gravidade, uma conexão com ex-usuários, ou assistentes sociais, já pode ser uma base para seguir sem o uso."
Na maior parte do tempo, para se manter longe da droga e nos casos mais graves, o paciente é acompanhado por alguns meses, ou até durante um ano, por um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social e um terapeuta ocupacional.
“É preciso aproximar o usuário das estratégias de tratamento. O psiquiatra pode propor uma medicação, se necessário, e o psicólogo mostra o problema para o paciente e ajuda a encontrar a solução, por exemplo”, explica Veras.
Jaber afirma que a religião também pode ter um papel importante na recuperação do usuário. "A Associação Mundial de Psiquiatria já tem o departamento de psiquiatria e espiritualidade", exemplifica. "Ou seja: não é bem só religião, mas é o desenvolvimento da espiritualidade. Entram práticas indianas, e outras práticas. Essas abordagens que não são químicas é que devem conduzir o paciente até uma vida normal", explica.

Recaída e redução de danos

Durante o processo, a recaída é comum. E, por isso, há a defesa de um acompanhamento próximo, seja em uma clínica e/ou em um hospital pelo tempo que for necessário.
Veras lembra e defende outra forma de combate ao crack. “O tratamento para qualquer substância, apesar de ter no horizonte a intenção de parar, pode não ocorrer só através da interrupção do uso."
“Uma das estratégias norteadoras é o que a gente chama de política de redução do danos. O indivíduo que usa crack reduz os danos quando encontra um lugar protegido para o uso da droga, com o fornecimento de uma alimentação básica e o acompanhamento dos profissionais de saúde."
Essa estratégia de manter o uso, ou trocar por uma droga mais suave, em um ambiente controlado, seguro e com acompanhamento é apoiada por mais de 90 países e uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
Para Nacer, é preciso avaliar o perfil de cada usuário: “Em muitos casos não há como você tratar as pessoas sem a abstinência. Redução de danos funciona pra uma parte, outros saem das drogas até pelo esporte”, explica.

Medicação

Há medicamentos competentes no controle da fissura, a vontade extrema de recorrer à droga. O que os médicos pedem é um uso muito controlado para que um vício não seja trocado por outro e que, em algum momento, a pessoa consiga “caminhar com as próprias pernas” contra o crack.
Jaber é um dos psiquiatras que defende um uso muito controlado de remédios: 

"Sempre procuramos tirar o máximo o possível porque eu tenho um paciente que já é adicto. Ele já se acostumou metabolicamente a ficar dependente de uma substância."

Veras e Nacer acreditam no uso como uma das vertentes, mas sem “dopar” a pessoa para evitar a abstinência.

Nesta segunda-feira (26) é o Dia Internacional de Combate às Drogas. Atividades terminam no dia 1º de julho. Campinas ( SP )

Semana de combate ao uso de drogas tem palestras e apresentações artísticas; veja programação completa.

Começa nesta segunda-feira (26) a 12ª Semana de Prevenção ao Uso de Drogas de Campinas (SP), que vai contar com uma programação de palestras e apresentações artísticas para alertar sobre o risco do consumo de drogas lícitas e ilícitas. As atividades vão até o dia 1º de julho.

"De acordo com a coordenadoria de prevenção da Prefeitura, o álcool é o tipo mais consumido na cidade, seguido por maconha, crack e cocaína."

Participarão das palestras, a partir desta segunda - Dia Internacional de Combate às Drogas -, médicos e especialistas em saúde mental e uso de substâncias químicas, coordenadores de grupos de auxílio a adictos e de comunidades terapêuticas. O coral infantil do projeto “Cantando na Escola" abre a programação, às 9h, no Salão Vermelho da administração municipal.

Na cidade, 36% dos usuários de drogas têm entre 18 e 30 anos de idade e 25% têm entre 31 e 40 anos. Os homens são maioria do total de atendidos pela Coordenadoria de Prevenção ao Uso de Drogas da Prefeitura.

Confira a programação completa

Dia Internacional de Combate às Drogas

1° Dia 26/06 (segunda-feira)

9h – Abertura e Apresentação do Coral – Projeto Cantando na Escola
10h - Palestra: "A Comunidade Terapêutica como estratégia de cuidado para a Dependência Química". Palestrante: Juliano Pereira dos Santos (Psicólogo, especialista em Saúde Mental e gestor técnico do Programa Despertar para a Vida Instituto Pe. Haroldo).
Local: Salão Vermelho da Prefeitura
15h30 – Posse do Comen (Conselho Municipal de Entorpecentes)
Local: Sala Azul


2° Dia 27/06 (terça-feira)

14h às 15h - Palestra: "O Papel da Família no Tratamento do Dependente Químico" Palestrantes: Lusimar Monteiro Alvares (coordenadora do Grupo do Cambuí de Amor Exigente) e Carlos Alberto Ribaldo (coordenador da regional Campinas do Grupo)
Local: Câmara Municipal de Campinas (Plenarinho)
15h às16h - Palestra: "Os 12 Passos e as Tradições: Programa e Método de Tratamento". Palestrante: grupo Narcóticos Anônimos (NA)


3° Dia 28/06 (quarta-feira)

19h30 às 21h - Palestra: "Fé no tratamento da Dependência Química". Palestrante: Andreza Russo (Grupo de Apoio Nova Vida)
Local: Igreja Bola de Neve Taquaral (Av. Nossa Sra. de Fátima, 697 – Taquaral)


4° Dia 29/06 (quinta-feira)

14h - Palestra do Projeto P.A.R.T.Y (Prevent Alcohol and Risk- Related Trauma in youth). Dr. Joaquim Simões Neto e Dr. José Gonzaga Teixeira Camargo
Local: Hospital da PUC-Campinas (Av. John Boyd Dunlop, s/nº, Jardim Ipaussurama)


5° Dia 30/06 (sexta-feira)

Ciclo de Palestras sobre Dependência Química – da Prevenção ao Tratamento
Local: Câmara Municipal de Campinas (Plenarinho)
9h30 - Abertura – Padre Haroldo Rahm
10h - Palestra: "A importância da prevenção e os desafios enfrentados". Palestrantes: Proerd e Proin
11h - Palestra: "A biologia das substâncias psicoativas e a redução de danos". Palestrante: Silvia Cazenave (Doutora em Toxicologia e Mestre Análise Toxicológica, Perito Criminal Toxicologista do Instituto de Criminalística de Campinas, Professora da PUC-Campinas, Superintendente de Toxicologia da ANVISA (2014-2016) e Especialista em Drogas de Abuso – título conferido pela ONU)


6° Dia 01/07 (Sábado)- Encerramento Semana

9h às 13h - Prevenção Através do Esporte
Ringue de Patinação (Móvel)
Apresentações Musicais (Rapper Gabriel Rodrigues, Batucada Abençoada)
Apresentações Culturais (Negão Mos Crew, Teatro Grupo Bola de Neve)
Projeto Doka
Terra das Andorinhas (DST/Aids)
Ônibus Crack é Possível Vencer
Caminhão da Prevenção
Local: Largo do Rosário (Praça Visconde de Indaiatuba)

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Projeto na Cracolândia trouxe maior procura, diz prefeitura.

A gestão João Doria (PSDB) diz que desde o começo do Redenção, seu programa para a cracolândia, no centro de São Paulo, "houve um aumento substancial na procura por internação voluntária". "De 21 de maio a 19 de junho, 427 pessoas foram encaminhadas para a internação. Antes da ação, as internações se davam apenas por curtos períodos de 72 horas nos Caps-Ad III [Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas] Prates e Sé", diz a nota, que não responde sobre o tempo que os usuários passam esperando pela internação nem sobre a desistência de parte deles. Sobre a falta de alimentação no Caps Redenção, tenda onde usuários da cracolândia procuram internação, a prefeitura diz que "do outro lado da rua, existe a tenda Helvétia, que oferece sopa, água e é um espaço de suporte às equipes de assistência e saúde na área". A gestão diz que "a região conta, ainda, com a Unidade de Acolhimento Emergencial, a 800 metros do Caps Redenção, com serviços de higiene e alimentação". "Ao lado do CAPS Redenção também há a unidade estadual Recomeço Helvetia", que oferece serviços "como centro de convivência, enfermaria de desintoxicação e moradia monitorada, além de ações do programa Recomeço Família". A gestão Doria diz que há, no Caps Redenção, "dois psiquiatras plantonistas para atendimento 24 horas, sete dias por semana. Há também dois enfermeiros, quatro técnicos e um coordenador". Quanto ao uso do Samu para transporte de usuários de drogas, a prefeitura diz que o serviço "tem protocolo de atendimento aos quadros agudos relacionados ao uso de drogas, bem como a outras patologias de saúde mental, que deve ser individualizado". "As equipes de saúde mental qualificam e priorizam o atendimento de acordo com a necessidade clínica de cada paciente." Diz, por fim, que "inicialmente foi montada uma tenda em caráter emergencial" para o Caps Redenção "até que ocorresse a contratação de nova estrutura por meio de ata de registro de preço". "A troca ocorreu na quarta-feira, sem prejuízo aos atendimentos."
Possível fim de convênio com o Cândido Ferreira provoca manifestação.
Manifestantes foram às ruas de Campinas, ontem, devido ao possível fim do convênio da prefeitura com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, que atua no setor de saúde mental. Segundo a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Haydée Lima, a prefeitura pretende estabelecer parceria com outra instituição, através de chamamento público. Grupo também acusa outros problemas no setor.
O protesto contou com trabalhadores e usuários do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira. De acordo com Haydée, em Campinas não há outra instituição que atua na área. "Isso irá prejudicar o atendimento de mais de cinco mil usuários desses serviços", comunicou a organização do ato, em nota.
Os manifestantes também são contrários ao fechamento da UAA (Unidade de Acolhimento Adulto), que serve para reabilitação de usuários de drogas. Eles ainda apontaram precariedade nos serviços geridos pelo Executivo.
"Os três CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) sob gestão municipal contam com menos da metade da equipe e um deles sequer tem sede. Além disso faltam leitos psiquiátricos em hospitais gerais", ressaltou a organização.
No protesto, os participantes se concentraram no Largo do Rosário e caminharam até o Paço Municipal.
OUTRO LADO
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informou que a UAA será transformada em CAP AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), que passará a prestar atendimento durante 24 horas. A pasta não comentou sobre as demais questões.

 Atualizado em 22/06/2017-23:53:47.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Drogas legais que ameaçam a saúde mental das crianças hiperativas

É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez. Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH) e indica drogas para a criança. Neste artigo, você lerá sobre a opinião de pesquisadora sobre a droga mais usada em casos de TDAH, a ritalina que segundo a pesquisadora trata-se de uma bomba. Como contrapartida, inserimos opções de atividades físicas e artísticas como substitutivos ao uso das drogas.
Exemplo:

Ritalina

A pediatra professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, fez uma declaração bombástica: 
“A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro”, disse ela em entrevista ao Portal Unicamp. “Quem está sendo medicado são as crianças questionadoras, que não se submetem facilmente às regras, e aquelas que sonham, têm fantasias, utopias e que ‘viajam’. Com isso, o que está se abortando? São os questionamentos e as utopias. Só vivemos hoje num mundo diferente de mil anos atrás porque muita gente questionou, sonhou e lutou por um mundo diferente e pelas utopias. Estamos dificultando, senão impedindo, a construção de futuros diferentes e mundos diferentes. E isso é terrível”, diz ela.

Da família das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. Segundo a pesquisadora, a criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like, como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. A ponto de o Brasil ser o segundo país que mais consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.
O fato, no entanto, é que o uso da ritalina reflete muito mais um problema cultural e social do que médico. A vida contemporânea, que envolve pais e mães num turbilhão de exigências profissionais, sociais e financeiras, não deixa espaço para a livre manifestação das crianças. Elas viram um problema até que cresçam. É preciso colocá-las na escola logo no primeiro ano de vida, preencher seus horários com “atividades”, diminuir ao máximo o tempo ocioso, e compensar de alguma forma a lacuna provocada pela ausência de espaços sociais e públicos. Já não há mais a rua para a criança conviver e exercer sua “criancice.
E se nada disso funcionar, a solução é enfiar ritalina goela abaixo. “Isso não quer dizer que a família seja culpada. É preciso orientá-la a lidar com essa criança. Fala-se muito que, se a criança não for tratada, vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de forma indiscriminada”, diz a médica.
“Se a criança já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de abstinência. Também pode apresentar surtos de insônia, sonolência, piora na atenção e na cognição, surtos psicóticos, alucinações e correm o risco de cometer até o suicídio. São dados registrados no Food and Drug Administration (FDA)”. Extraído de Outras Mídias – Fontes pesquisadas: Ritalina Bula; Unicamp; Carta Capital; Mundo das drogas.
Atividades física /ou artísticas para crianças com déficit são melhores do que qualquer medicação
Como a criança hiperativa tende a ser mais impulsiva, agitada e apresentar dificuldade para se concentrar, há algumas atividades recreativas e exercícios para déficit de atenção que além de estimular o foco, ajudam a acalmar.
Jogos de tabuleiro e de montar, assim como quebra-cabeças, são boas opções de atividades para crianças agitadas, pois normalmente envolvem o exercício do raciocino lógico e a criação de estratégias com base em regras. Durante essas brincadeiras, procure encontrar soluções junto com a criança para mantê-la motivada e interessada.
Entre as atividades para crianças com hiperatividade destacam-se as brincadeiras dinâmicas e visuais, como teatro de fantoches ou brincadeiras que envolvem a pintura e o faz de conta. Através delas, os pequenos podem se expressar sem medo de errar, estimulando suas habilidades e autoconfiança. Então, por que não experimentá-las em casa?
As modalidades esportivas também são recomendadas como atividades para crianças agitadas. Os esportes são ótimos para gastar a energia do hiperativo, e têm a vantagem de serem excelentes meios para trabalhar a motivação e incentivar a socialização com outras crianças. Futebol, vôlei ou atividades junto à natureza, como arvorismo e surf, podem trazer benefícios imediatos. Mas, é bom escolher uma prática que a criança já demonstre um certo interesse para evitar a desistência.
Atividades físicas que trabalham com a respiração podem tanto acalmar, quanto ajudar na concentração. Além das práticas alternativas, como yoga e meditação, a natação e caminhada são boas sugestões de atividades para crianças com hiperatividade. Fonte
A música como recurso para a criança com déficit de atenção
A Musicoterapia é uma nova modalidade de tratamento que tem mostrado sua eficácia com crianças e adolescentes com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Uma atividade musical pode ativar todas as áreas do cérebro, estimulando áreas responsáveis pela atenção, memória, concentração, relaxamento, atividade motora, emoções, entre outras. Quanto mais prazerosa a atividade, mais é ativado o cérebro e maior é a atenção. A música, por despertar grande interesse e curiosidade e provocar prazer e satisfação, faz a criança ou adolescente se engajar na atividade, aumentando a atenção e participação.
Muitas vezes é na música que se consegue manter por mais tempo a atenção de uma criança com TDAH, mais tempo do que se conseguiria em outras atividades, e esse período de atenção vai aumentando na Musicoterapia e refletindo nas atividades do dia a dia.
Muitas pesquisas mostram que através da Musicoterapia, os sintomas do déficit de atenção diminuíram. Tocar um instrumento, cantar, realizar uma percussão corporal, um movimento corporal em determinado momento da música (atenção seletiva) ou jogo musical (diferenciar timbres) requer atenção, onde precisa-se estar focado para saber o momento preciso de se colocar na atividade musical. Uma atividade musical permite variações, inserir uma grande gama de estímulos, e quanto mais estímulos, maior a atenção. Em uma mesma atividade pode-se modificar a velocidade, a intensidade (forte x fraco), os instrumentos, inserir percussão corporal, dança, cantar, modificar a música, trabalhar só com o ritmo, só com a melodia, juntar tudo… possibilitando diferentes maneiras manter a atenção. Tendo assim, a música o poder de aumentar a capacidade de atenção por sua variedade de estímulos (auditivos, visuais, táteis) e mantendo os neurônios em atividade.
Crianças com TDAH têm dificuldade em terminar tarefas, ficar sentadas, dificilmente conseguem cantar uma música do início ao fim, por exemplo. A Musicoterapia trabalha além da concentração e organização, essa instabilidade corporal, o corpo em movimento, o domínio e a consciência do corpo e a coordenação motora através das atividades musicais, pois todas envolvem o corpo. É oferecido uma ocupação para o corpo que está inquieto ao tocar um instrumento, ao cantar. É oferecido um espaço de movimentação, de expressão corporal na Musicoterapia.
Através do ritmo na Musicoterapia trabalha-se o corpo. Além de dar energia, o ritmo organiza, trabalha a organização espaço temporal, diminuindo os sintomas de hiperatividade e impulsividade. A percepção temporal está alterada nas pessoas com TDAH. O ritmo é uma organização no tempo e no espaço, que obriga a realizar determinada tarefa musical em determinado tempo e em determinado espaço, não em um tempo maior ou menor. A música é feita de início, meio e fim, há uma ordem temporal, uma sequência a ser respeitada, que é trabalhada incentivando o paciente a entoar e tocar as músicas do início ao fim, respeitando sua estrutura. O ritmo é feito de som e silêncio (pausas). Atividades de corte como parar em determinado momento da música ou seguir uma demanda em determinado momento, trabalham o freio inibitório, permitindo uma organização no tempo e deparando-se com os limites do corpo.
A música também trabalha as emoções, a ansiedade, sendo um dos objetivos terapêuticos da Musicoterapia no TDAH acalmar, tanto diminuindo a ansiedade, quanto relaxando a musculatura. É mais que comprovada a capacidade que a música tem de relaxar e acalmar, o que vai auxiliar na concentração e atenção. Deve-se começar com atividades mais rápidas e após ir diminuindo a velocidade, a fim de tranquilizar, de aumentar o foco e ir inserindo outras atividades, atividades mais calmas, atividades que exijam maior capacidade de atenção.
A autoestima também é aumentada através da autorrealização que uma atividade musical pode oferecer e a música é também um meio de comunicação capaz de expressar mais intimamente as emoções que as palavras, auxiliando no desenvolvimento emocional e também na comunicação (verbal e não verbal). É uma forma de comunicação não verbal, que faz a criança se sentir muito à vontade para trabalhar suas questões emocionais e sociais. Assim, aumenta-se a segurança para se expressar e se comunicar e os comportamentos tornam-se mais saudáveis na comunicação, aprendendo a esperar sua vez, ouvir o outro e cooperar, comportamentos que são estimulados por aparecerem nas atividades musicoterápicas. Todas essas questões vão melhorar a socialização, trazendo segurança para se colocar, se expor, tendo um maior equilíbrio emocional e maior autoestima, além da capacidade de se focar.
Assim, as atividades musicoterápicas como jogos musicais, atividades rítmicas, cantar, música e movimento, tocar instrumentos musicais e composição requerem todo o trabalho cognitivo de raciocínio, organização, atenção, memória, criatividade, a atividade motora, além da troca de ideias (interação social), comunicação (expressar o que se quer de forma adequada), tranquilidade, ouvir o outro, seguir instruções e de fortalecer o emocional e a autoestima, diminuindo a ansiedade, aprendendo a lidar com frustrações, melhorando comportamentos e oferecendo maior autonomia e segurança, além de aumentar a qualidade de vida. Tornando-se assim uma criança ou adolescente mais saudável na escola, na família e no trabalho. 

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Atibaia e outras 12 cidades da região têm alta incidência de problemas relacionados ao uso de crack

Treze cidades do Vale e regiãobragantina têm índice considerado alto de problemas relacionados ao uso de crack. Isso é o que aponta o "Mapa do Crack", elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que traz informações de municípios de todo país.
O órgão traça a classificação com base em dados fornecidos pelos próprios municípios em um questionário - entre as informações fornecidas estão estimativa de usuários, apreensões da droga, uso em escolas e aglomerações urbanas de usuários.
Aparecida, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caraguatatuba, Caçapava, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Lorena, Pindamonhangaba, Santa Branca e Taubaté figuram no mapa com classificação de alta incidência. A escala varia de alta a sem problemas.
Com nível médio de alerta estão Bananal, Cachoeira Paulista, Igaratá, Lavrinhas, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Potim, Queluz, Silveiras, São José do Barreiro, São Sebastião e Tremembé.
Na região, não forneceram dados para o estudo apenas Canas, Cruzeiro, Jacareí, Joanópolis, Piquete, Jambeiro, Lagoinha, Roseira, São Bento do Sapucaí, Ubatuba e Vargem.
O objetivo do mapa é trazer ao debate a necessidade de medidas públicas para o atendimento ao usuário e combate ao tráfico.
“Com a alimentação da base de dados as cidades podem identificar os problemas e fazer uma análise do impacto disso no município. Isso traz para o debate o uso do crack. Muito se fala em cracolândias agora, mas esse é um problema antigo e que precisa da atenção pública. E não está restrito apenas às capitais“, explica Pauli Zilcoski, presidente da confederação.

Outro lado
O G1 procurou as 13 prefeituras com índice de alerta alto, segundo o mapa. Quatro informaram as ações que têm adotado para enfrentar o avanço do crack.
Segundo a prefeitura de Taubaté, foram cadastrados pela prefeitura 325 usuários de drogas neste ano. Destes, em torno de 40% são usuários de crack.
O governo informou que tem feito o atendimento aos usuários pelo Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas) e trabalho preventivo com a orientação sobre drogas em escolas e ampliação de programas aos jovens e adolescentes com a Secretaria de Esportes.
Caraguá informou que o mapa divulgado pela CNM não representa o quadro atual da cidade. A prefeitura destacou que a cidade investe cerca de R$ 2 milhões em programas e ações para atendimento dos dependentes - um deles é o programa de Saúde Mental, em que o usuário é acompanhado por psicólogos e psiquiatras. A cidade conta ainda com o trabalho de uma casa de recuperação.
Quatro dias por semana são feitas abordagens nas ruas. De janeiro a maio de 2017, foram cadastradas 527 pessoas em situação de rua, detectando-se 57 pessoas usuárias de drogas.
A Prefeitura de Aparecida informou que vem adotando medidas de conscientização, atenção e apoio aos dependentes químicos, em especial aos dependentes de crack por meio do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Informou ainda que atua nas escolas com orientação para o combate ao uso de drogas.
Apesar do mapa ser alimentado com informações fornecidas pela prefeitura, Cunha informou que não há casos na cidade. Disse que há 19 depentes químicos em atendimento pela Assistência Social da cidade, mas nenhum deles é usuário de crack.
A prefeitura de Lorena informou que tem desenvolvido ações junto às secretarias de Assistência Social, Saúde e Segurança. A ação faz abordagens na rua e acolhe os usuários que optem pelo tratamento para a Casa da Acolhida ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Informou ainda que tem feito orientação contra o uso de entorpecentes nas escolas.
Atibaia informou que criou, em março, um gabinete para gestão integrada da segurança pública e que tem discutido ações de combate e conscientização contra as drogas. Sobre o combate nas ruas, o município informou que faz ações pontuais e que elas estão sendo intensificadas em locais considerados estratégicos, como praças. Disse ainda que faz ações em escolas com orientação sobre drogas para adolescentes.
O G1 procurou, por mail e telefone, entre segunda (29) e quarta-feira (31) as prefeituras de Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caçapava, Guaratinguetá, Ilhabela, Pindamonhangaba e Santa Branca. As administrações não retornaram o pedido de informações sobre as ações anticrack.

Os caminhos da cocaína que sai do Brasil para a Europa

Facções criminosas brasileiras lutam pelo controle de um mercado crescente, que movimenta bilhões de reais, tem participação do crime organizado de vários países e conta com rotas complexas por terra, ar e mar.
Polícia espanhola retira cocaína, no valor de 70 milhões de euros, encontrada em navio
A onda de violência em penitenciárias, que deixou mais de cem mortos em motins no Norte e Nordeste do país no início deste ano, chamou a atenção para a força do narcotráfico no Brasil e para a guerra travada pelas facções pelo controle de um mercado crescente, estimado em bilhões de reais.
Nos últimos anos o Brasil se tornou o principal país de trânsito para o escoamento da cocaína sul-americana para a Europa – a droga que vai para os EUA, outro grande mercado, passa sobretudo pela América Central. Segundo levantamento de 2016 da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, a cocaína movimenta, por ano, 4,6 bilhões de reais no Brasil.
"Há dez anos, o comércio entre a América do Sul e a Europa vem crescendo, e os traficantes usam essa oportunidade para esconder a cocaína entre as mercadorias", afirma Laurent Laniel, analista do setor de mercados, crimes e redução de fornecimento do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA).
Até 2008, a Venezuela era o principal país de trânsito da cocaína rumo à Europa, com 51% do volume transportado, como mostrou o relatório anual do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), publicado em 2010. Na época, o Brasil era responsável por apenas 10% do tráfico marítimo.
Com o declínio da produção na Colômbia, maior produtora mundial, e o aumento na Bolívia e no Peru, o Brasil foi ganhando destaque nesse mercado ilegal. Em 2012, a UNODC já indicava uma possível mudança nas rotas do tráfico, incluindo a África como ponto de trânsito.

Polícia na França encontra cocaína em inspeção a navio

"Nesta época, a mudança indicava um controle maior na rota do Caribe, o que dificultou o transporte por lá. A África Ocidental é muito próxima da América do Sul, e a situação política em vários países da região facilitava o suborno de autoridades para que a mercadoria desembarcasse livremente", diz Judith Vorrath, pesquisadora do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP). 

Em 2015, a UNODC apontou o Brasil como a principal de saída na rota de escoamento da cocaína sul-americana em direção à Europa e, em 2016, numa revisão dos dados, indicou que o Brasil já havia assumido essa posição em 2009.
Laniel afirma que, além da proximidade do Brasil com regiões produtoras, a corrupção em portos e aeroportos nos dois lados do Atlântico contribui para impulsionar o tráfico de cocaína em direção à Europa.

Crime organizado internacional
Neste mercado, que movimenta pelo menos 5,7 bilhões de euros por ano na Europa, segundo uma estimativa do EMCDDA, traficantes brasileiros operam em conjunto com organizações criminosas internacionais, como a máfia italiana.
Em 2014, uma operação deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) revelou a ligação de traficantes com a máfia Ndrangheta, da Calábria, que contava, inclusive, com intermediadores no Brasil. O esquema usava o Porto de Santos para o escoamento da droga.

Polícia espanhol apreende droga em navio: transporte marítimo é o mais usado por traficantes brasileiros

"A máfia italiana tem apenas players num mercado muito competitivo. Diferentes atores participam de uma ou duas fases na cadeia do tráfico. O mercado de drogas é um mercado aberto, onde é impossível estabelecer monopólios ou mesmo oligopólios", afirma Francesco Calderoni, pesquisador do Centro de Pesquisa sobre Crimes Transnacionais da Universidade Católica de Milão.
Além da Ndrangheta, há indícios de envolvimento da máfia Camorra, de Nápoles, no tráfico. O grupo é ativo especialmente na cidade portuária alemã de Hamburgo.
"A máfia italiana tem capacidade de trazer grandes quantidades de drogas e distribuí-las na Europa, porque tem uma rede grande de contatos no Brasil e em países produtores de cocaína e cooperam com organizações criminosas de outros países europeus, como França, Alemanha, Holanda e Reino Unido", explica Laniel.
Além de cooperações, as organizações criminosas de diversos países europeus também competem entre si neste mercado. Segundo Laniel, nos últimos anos, o crime organizado albanês vem ganhando espaço.
O especialista acrescenta que a cadeia do tráfico é extremamente especializada, com organizações responsáveis por diferentes fases, desde a compra da cocaína junto ao produtor até a venda para o consumidor europeu. Essa divisão conta ainda com grupos que prestam serviços de segurança aos envolvidos no processo.

Principais rotas
Segundo a coordenadora da Câmara Criminal do MPF, a subprocuradora-geral da República Luiza Frinscheisen, há várias dinâmicas no tráfico da cocaína para a Europa, que incluem diferentes rotas e meios de escoamento.
Autoridades internacionais identificaram duas rotas principais: a direta e a que passa por países africanos. Na primeira, a droga chega em navios, aviões de carga ou com "mulas" – que levam a mercadoria escondida no corpo ou na bagagem. Apesar da vantagem do desembarque da mercadoria direito no país de destino, a via aérea é menos utilizada por traficantes brasileiros.
Cocaína é escondida em diferentes tipos de mercadorias: na foto, foi achada dentro de parafuso na Argentina
Sua rota preferida é a marítima, pois possibilita o envio de um grande volume de drogas escondido em contêineres. A cocaína costuma ser embarcada nos portos de Santos e Paranaguá, entre outros. Seu destino são portos em Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, França e Reino Unido, com destaque para o porto holandês de Roterdã, onde grandes apreensões foram feitas nos últimos anos.
"A princípio, tudo que não parece suspeito é usado com esconderijo para a droga. Na maioria das vezes, a cocaína é camuflada em outros produtos, como móveis, artigos de decoração, alimentos perecíveis, máquinas e também no próprio navio. Encontramos cocaína em todas as mercadorias clássicas que são transportadas", afirma Wolfgang Schmitz, porta-voz da Alfândega da Alemanha.
Com milhões de contêineres desembarcando anualmente e a grande concorrência entre portos, que procuram oferecer a liberação mais rápida dos produtos para atrair clientes, o controle minucioso das mercadorias é limitado na Europa.
"Uma inspeção demora, e há muitas mercadorias perecíveis que precisam ser liberadas rapidamente, por isso, é preciso ter uma suspeita muito grande para que seja feita uma vistoria abrangente num contêiner", ressalta Laniel.

Rodovia 10
A segunda rota utilizada por traficantes brasileiros é mais sofisticada e inclui países da África Ocidental como pontos de trânsito. Através do caminho que ficou conhecido como Rodovia 10, em referência ao paralelo 10, a cocaína é transportada do Brasil à costa ocidental africana, e de lá segue para a Europa.
Em Berlim, droga é descoberta em caixas de banana: cocaína vale 10 vezes mais no país do que no Brasil
Assim como no caminho direto, a droga é escoada, principalmente, em navios, descarregada em portos ou na costa antes de atracar. Os países de entrada são, principalmente, Guiné, Guiné-Bissau, Gana e Nigéria, além de Cabo Verde e Ilhas Canárias.
"A Nigéria é importante na rota, porque, por um lado, há muito contrabando pelo país e, por outro, há redes de crime organizado nigerianas que alcançam a América do Sul e chegam até a Europa", conta Vorrath, que é especialista em crime organizado.
Dos países africanos, a mercadoria é transportada por navio, aviões e também por terra através do continente em direção ao destino europeu. A geografia é uma grande vantagem do transporte terrestre. Rotas de contrabando por meio do Saara são usadas por traficantes. Esses caminhos, em direção ao norte, exigem conhecimento local. Espanha e Itália são as principais portas de entrada europeia nesse percurso.
Já na Europa, tanto por uma ou pela outra rota, a droga é distribuída pelos países por via terrestre, escondida em caminhões e vans, mas há também quem use caminhos marítimos que levam a cocaína para outros portos da região.
E, nesse percurso todo, o valor da cocaína explode. O quilo, que no Brasil custava em média cerca 8,5 mil euros – segundo dados da agência da ONU de 2011 – chega à Alemanha, por exemplo, a 90 mil euros, dependendo da pureza da droga.

domingo, 4 de junho de 2017

Verba para tratamento de drogas está em queda.

Embora problemas relacionados ao consumo de drogas estejam aumentando no Brasil e no mundo, o orçamento do Ministério da Saúde para manter a rede de tratamento de dependência é expressivamente menor do que o registrada em 2014. Este ano, a União reservou R$ 1,2 bilhão para a área de saúde mental – responsável tanto pelo atendimento de dependentes de crack quanto de álcool e outras drogas. Há três anos, era R$ 1,37 bilhão.
A restrição do orçamento traz reflexos nos indicadores. Em 2015, o Sistema Único de Saúde relatou 3.819.947 atendimentos especializados. Ano passado, o número caiu 5%, para 3.627.826. No Estado de São Paulo, a queda foi mais expressiva: de 1.856.369 procedimentos para 1.571.491 no mesmo período.
Com menos recursos, a rede também não cresce. Consultórios de rua, considerados uma ferramenta importante para ter acesso a dependentes, não tiveram a expansão desejada. Atualmente, existem no País 104 unidades em funcionamento – 2 a menos do que em 2016.
“O plano brasileiro para saúde mental não conseguiu ser ainda implementado nos municípios de forma plena”, afirma o consultor de saúde mental da Organização Pan-Americana de Saúde Daniel Elia. “Há ainda um longo caminho a percorrer.” Nesta semana, a Opas e o Centro das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc) divulgaram um documento em que criticam a proposta da Prefeitura de São Paulo de internar de forma compulsória usuários de drogas, mas ofereceram auxílio para que o País encontre outras estratégias.
Apesar da oferta, Elia reconhece que o modelo brasileiro, na teoria, é um exemplo no cenário internacional e não deve ser deixado de lado. Para a ONU, uma das melhores estratégias é a que oferece para dependentes de drogas um cuidado permanente, sem fragmentação. Uma política, completa, que está presente nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Ele elogia ainda as Unidades de Acolhimento para adultos, serviços que oferecem residência temporária para dependentes em situação de rua.
“O sistema brasileiro em saúde mental é internacionalmente reconhecido como um dos modelos mais avançados que existem”, avalia o consultor. Ele completa, no entanto, dizendo que, como o programa ainda não foi totalmente implantado, não há como se avaliar o alcance real da estratégia. O Ministério da Saúde foi procurado pelo Estado, mas não se pronunciou sobre os dados oficiais.
A ideia de que a internação pode resolver os problemas é em parte reflexo de um sistema de atendimento ainda frágil. “Na medida em que não há uma plena assistência, a internação pode parecer a solução mais fácil.” Ele observa, no entanto, que a medida não resolve. “A internação tem função dentro do tratamento. Mas não vai ser uma opção de salvação.”
O consultor observa haver determinantes sociais importantes, como pobreza e violência, que dificultam o trabalho. Elia está convicto, no entanto, que mesmo com o sistema de saúde mental em pleno funcionamento, com número adequado de centros de atendimento, a solução não virá em um curto espaço de tempo. “É necessário um esforço intersetorial. Não apenas políticas de saúde, assistência social, moradia, trabalho”, completou.
Estudo divulgado ano passado pelo Unodoc mostra que 1 a cada 20 pessoas entre 15 e 64 anos fez uso de pelo menos algum tipo de droga no mundo em 2014. Embora significativo, o número é semelhante ao apresentado em 2010. Apesar de o consumo não ter se alterado, a pesquisa mostrou que a população que sofre com transtornos relacionados ao consumo de drogas aumentou de forma surpreendente. De acordo com o trabalho, há 29 milhões de pessoas dentro dessa categoria – em comparação aos 27 milhões relatados anteriormente.

"As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Entenda a Lei 10.216 / 2001 Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos


LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;

VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;

IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.

Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.

§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.

Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.

Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.

Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.

Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.

Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.

Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.

Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Jose Gregori
José Serra
Roberto Brant