Psicoterapeuta. - CRT 42.156

Psicoterapeuta. - CRT 42.156
Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Atibaia e outras 12 cidades da região têm alta incidência de problemas relacionados ao uso de crack

Treze cidades do Vale e regiãobragantina têm índice considerado alto de problemas relacionados ao uso de crack. Isso é o que aponta o "Mapa do Crack", elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que traz informações de municípios de todo país.
O órgão traça a classificação com base em dados fornecidos pelos próprios municípios em um questionário - entre as informações fornecidas estão estimativa de usuários, apreensões da droga, uso em escolas e aglomerações urbanas de usuários.
Aparecida, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caraguatatuba, Caçapava, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Lorena, Pindamonhangaba, Santa Branca e Taubaté figuram no mapa com classificação de alta incidência. A escala varia de alta a sem problemas.
Com nível médio de alerta estão Bananal, Cachoeira Paulista, Igaratá, Lavrinhas, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Potim, Queluz, Silveiras, São José do Barreiro, São Sebastião e Tremembé.
Na região, não forneceram dados para o estudo apenas Canas, Cruzeiro, Jacareí, Joanópolis, Piquete, Jambeiro, Lagoinha, Roseira, São Bento do Sapucaí, Ubatuba e Vargem.
O objetivo do mapa é trazer ao debate a necessidade de medidas públicas para o atendimento ao usuário e combate ao tráfico.
“Com a alimentação da base de dados as cidades podem identificar os problemas e fazer uma análise do impacto disso no município. Isso traz para o debate o uso do crack. Muito se fala em cracolândias agora, mas esse é um problema antigo e que precisa da atenção pública. E não está restrito apenas às capitais“, explica Pauli Zilcoski, presidente da confederação.

Outro lado
O G1 procurou as 13 prefeituras com índice de alerta alto, segundo o mapa. Quatro informaram as ações que têm adotado para enfrentar o avanço do crack.
Segundo a prefeitura de Taubaté, foram cadastrados pela prefeitura 325 usuários de drogas neste ano. Destes, em torno de 40% são usuários de crack.
O governo informou que tem feito o atendimento aos usuários pelo Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas) e trabalho preventivo com a orientação sobre drogas em escolas e ampliação de programas aos jovens e adolescentes com a Secretaria de Esportes.
Caraguá informou que o mapa divulgado pela CNM não representa o quadro atual da cidade. A prefeitura destacou que a cidade investe cerca de R$ 2 milhões em programas e ações para atendimento dos dependentes - um deles é o programa de Saúde Mental, em que o usuário é acompanhado por psicólogos e psiquiatras. A cidade conta ainda com o trabalho de uma casa de recuperação.
Quatro dias por semana são feitas abordagens nas ruas. De janeiro a maio de 2017, foram cadastradas 527 pessoas em situação de rua, detectando-se 57 pessoas usuárias de drogas.
A Prefeitura de Aparecida informou que vem adotando medidas de conscientização, atenção e apoio aos dependentes químicos, em especial aos dependentes de crack por meio do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Informou ainda que atua nas escolas com orientação para o combate ao uso de drogas.
Apesar do mapa ser alimentado com informações fornecidas pela prefeitura, Cunha informou que não há casos na cidade. Disse que há 19 depentes químicos em atendimento pela Assistência Social da cidade, mas nenhum deles é usuário de crack.
A prefeitura de Lorena informou que tem desenvolvido ações junto às secretarias de Assistência Social, Saúde e Segurança. A ação faz abordagens na rua e acolhe os usuários que optem pelo tratamento para a Casa da Acolhida ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Informou ainda que tem feito orientação contra o uso de entorpecentes nas escolas.
Atibaia informou que criou, em março, um gabinete para gestão integrada da segurança pública e que tem discutido ações de combate e conscientização contra as drogas. Sobre o combate nas ruas, o município informou que faz ações pontuais e que elas estão sendo intensificadas em locais considerados estratégicos, como praças. Disse ainda que faz ações em escolas com orientação sobre drogas para adolescentes.
O G1 procurou, por mail e telefone, entre segunda (29) e quarta-feira (31) as prefeituras de Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caçapava, Guaratinguetá, Ilhabela, Pindamonhangaba e Santa Branca. As administrações não retornaram o pedido de informações sobre as ações anticrack.

Nenhum comentário: