Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Leia com atenção, muito bom , rico....acho importante ler , entender, e transmitir.

Postagem do Blog:
Dependência Quimica e Codependência

Link do blog no final do texto.
Ontem em um grupo de apoio e na compania das minhas amigas Cicie e Pri assisti uma peça cujo nome é tema deste post "Será que estão nos enxergando".

A peça não é encenada por atores, mais por 5 mulheres codependentes e por uma companhia teatral.

Elas contam situações muito conhecidas por nós, relatos de suas vidas ao lado do ente querido dependente quimico, são 3 mães, uma esposa, uma irmã que também tem um namorado dependente quimico.
Elas contam como conseguiram buscar a recuperação pra si mesmas, independente do familiar estar ou não limpo.
Elas chamam a atenção pra nós familiares que somos afetados tanto quanto o dependente pela droga, porém somos esquecidos.
Elas mostram que SIM precisamos de AJUDA, e que a midia, o governo, deveriam NOS ENXERGAR, se querem ter um plano de combate as drogas.
Elas mostram a importância do familiar se tratar e como isso pode auxiliar na recuperação do dependente quimico.

No final abriram espaços pra perguntas, que elas responderam, acompanhadas por uma terapeuta que trabalha há mais de 15 anos com dependência quimica e codependência, deixo abaixo a vocês as perguntas e as respostas da maneira que eu lembro galera:

Mãe de dependente quimico:

- Meu filho está limpo há 8 meses, porém não quer mais ir em grupo, gostaria de saber se eu vindo ao grupo posso fazer com que ele também se interesse em buscar a recuperação?Tenho muito medo de uma possivel recaída.

Um jovem adicto em recuperação há uns 2 anos respondeu:

- Olha eu posso te dizer que EU, busquei minha recuperação porque EU quis, minha mãe frequenta grupos e faz terapia, mais se eu for classificar em porcentagem, posso dizer que ela tem uns 10% de influência e os outros 90% são meus, por que EU decidi que não queria mais viver usando drogas.

Mãe cujo uma filha está internada:

- Minha filha está internada, eu tenho frequentado os grupos, mais o irmão dela não quer nem saber, acha que é sem-vergonhice e não vem aqui nem arrastado, como faço pra traze-lo aqui. posso de alguma forma convence-lo?

Terapeuta

R: Olha pelo que vc descreve ele se faz o papel de "pai" da familia, e não tem como obriga-lo a vir, o que você pode fazer é continuar se tratando e se ele perceber as mudanças positivas em sua vida, talvez ele fique curioso e questione o porque de tanta mudança, e assim também queira "beber da água da mesma fonte" ..rs..e comece entender que ele também está adoecido e precisa de recuperação.

Uma mulher jovem

- Queria saber se existe a possibilidade de uma pessoa mudar completamente, ou se algumas características são da essência dessa pessoa e nunca irá ser modificada?

Terapeuta

- Eu acredito que desde que a pessoa queira e se disponha a mudar ela consegue, mais ela tem que querer e estar disposta para tal, essa história de que pau nasce torto e morre torno eu não acredito.
A terapeuta também falou bastante sobre os codependentes, como somos capazes de cometer insanidades mesmo sem usar drogas, disse que nesse universo dependência quimica, todos são afetados, porém o mais vulnerável a sofrer danos fisicos com o problema DROGAS é o dependente.
E nessas horas é muito importante que os familiares estejam o mais equilibrados possiveis para tomar decisões e poder intervir em prol do dependente, fazendo uma intervenção involuntária.
Se o familiar estiver adoecido, desesperado, reagindo a todas as situações emocionais as quais somos expostos ele não conseguirá ajuda-lo de maneira eficaz, acabando se tornando tão doente ou mais do que o próprio adicto.

O adicto precisa de AJUDA não ser SALVO.
Pra ser SALVO ele precisa QUERER

Sobre tratamento involuntário, ela disse que é um tema polêmico mais que ELA não acredita em tratamento involuntário mais sim em INTERVENÇÃO INVOLUNTÁRIA.
A diferença é caso o dependente esteja em compulsão, colocando a propria vida e a de outros em risco, ele deve sim ser retirado do ambiente o qual se encontra para que a compulsão seja interronpida, dai dar continuidade ao tratamento será SEMPRE escolha DELE.

O que nós familiares podemos fazer?

CUIDAR DE NÓS, DA NOSSA DOENÇA, SE FORTALECER.

Porque gente não é fácil mesmo, se fosse não precisaríamos de grupos de ajuda, a doença da dependência química é um Tsunami que passa na vida da família toda, e se não buscarmos ferramentas e técnicas pra navegar nesse mar, afundamos juntos.
Como se trata de uma doença que afeta a MENTE, nosso COMPORTAMENTO, nosso EMOCIONAL e ESPIRITUAL, as ferramentas que precisamos buscar são: Conhecimento sobre a doença, conhecimento sobre nós mesmos para aprender a identificar e dominar nossas reações.
As estatisticas são desfavoraveis, mais existe uma estatistica que não é divulgada pela midia INFELIZMENTE.

Que é a seguinte:

100% dos dependentes quimicos que seguem um programa de recuperação pro resto da vida CONSEGUEM VIVER LONGE DAS DROGAS
100% dos familiares que buscam ajuda e seguem a programação de recuperação pro resto da vida CONSEGUEM SEGUIR SUAS VIDAS SEM SEREM AFETADOS DEMASIADAMENTE PELAS ESCOLHAS DOS SEUS.
Quem quiser levar essa peça teatral até algum lugar, pode me enviar um email que eu entro em contato com a equipe, e maiores esclarecimentos sobre como fazer isso é só com eles mesmos.


http://dependenciaecodependencia.blogspot.com.br

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