Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

quinta-feira, 30 de maio de 2013


Problema das drogas dominou pronunciamentos na Câmara de Vereadores, Chapadão do Sul, município do Mato Grosso de Sul.



O problema das drogas em Chapadão do Sul ganhou grande repercussão na sessão desta segunda-feira, 27, na Câmara de Vereadores. O tema foi ponto comum nos pronunciamentos dos parlamentares.
A vice-presidente da Casa, Rosemari da Cruz falou sobre a reportagem do Jornal Nacional e do MS TV a respeito do crack na zona rural do município e afirmou que o combate as drogas é uma grande preocupação dos vereadores e tema debatido em sessões anteriores. Ela lembrou que já foram realizadas reuniões com a polícia e o Conselho Municipal de Segurança para tratar do assunto e que a Câmara é parceira devolvendo duodécimo para que os policiais possam fazer ronda nas escolas quando estiverem de folga. “Nós já vínhamos discutindo esse assunto aqui assim, não só agora depois que saiu na mídia nacional”.
A vereadora destacou que devem ser criadas políticas públicas de prevenção, porque para tratamento o município já possui três comunidades terapêuticas que trabalham na recuperação.
Tânia Francini lembrou algumas ações que já foram e que estão sendo realizadas como forma de combate as drogas. Citou que Chapadão do Sul tem o Proerd há mais de 10 anos, que já existiu a escola de pais que ajudava os pais a entenderem o comportamento dos filhos tendo como tema: quem não perde tempo com o filho, perde o filho em pouco tempo. “Temos vários programas preventivos e precisamos aumentar a nossa demanda de compromisso.” Ela leu um trecho do livro - Brasil questões atuais da reorganização do território - da Escola Estadual Jorge Amado, que faz um estudo a respeito do assunto. “Ninguém está livre das drogas. Ela não escolhe classe social”.
Para a vereadora é importante um planejamento das ações. “Chapadão do Sul tem que saber o que realmente quer, para saber para onde vai. Sem conhecer e pesquisar não vamos a lugar nenhum”.
O Presidente da Câmara, Wagner Inácio afirmou que o problema das drogas é algo que traz angustia há muito tempo e que as responsabilidades não são apenas dos vereadores. Ele comentou sobre o protesto que alguns jovens planejavam fazer nesta segunda-feira, mas que acabou não se concretizando. “Toda vez que vamos fazer um ato de protesto nós precisamos conhecer a fundo o assunto, fica mais fácil. Você entende e usa suas palavras pra ajudar, e não atrapalhar”. Professor nas redes estadual e municipal, Teacher Wagner diz que conviveu com jovens e adolescentes e sabe como é complicado deixar as drogas. Ele comentou as ações que os vereadores já estão tomando para diminuir a violência, apoiando o Conselho de Segurança, a Polícia Militar, além do Corpo de Bombeiros, mas enalteceu: “Os vereadores não vão fazer milagre. Estamos preocupados com a população e trabalhando”.
Sônia Maran, primeira secretária da Câmara, comentou as criticas que alguns vereadores receberam com a reportagem sobre o crack durante evento na capital. Ela destacou que os vereadores estão preocupados e empenhados, mas não adianta jogar o compromisso apenas para os vereadores.
O vereador Abel Lemes classificou a matéria do Jornal Nacional como infeliz e também falou sobre as ações que foram promovidas no município por meio de parceria entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e associações. Ele ressaltou que o problema é mais abrangente e propôs um debate mais amplo sobre a maioridade penal.
Alírio Bacca enalteceu que será preciso um grande esforço para ter um controle das drogas, com a participação da Prefeitura, Câmara, Judiciário, Ministério Público, enfim, toda a comunidade. “Se não for assim não teremos êxito e acaba dando mais corda para os traficantes”. “Estou à disposição para trabalhar na ajuda do combate as drogas”, disse.
O vereador Dr. Quaranta também compartilhou, durante seu pronunciamento, que é preciso uma união entre os poderes para buscar a solução para o problema das drogas. Segundo ele, este é um problema de décadas anteriores e as pessoas tem medo de enfrentar o problema, o que acaba provocando uma catástrofe familiar.
Elton Silva criticou a matéria da rede globo e lembrou que o Assentamento Mateira, possível local da reportagem, pertence a Paraíso das Águas, mas ressaltou que Chapadão do Sul também vem sofrendo com esse problema. Para o vereador, é preciso pegar os cachorros grandes, que são quem entra com as drogas na cidade.

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