Psicoterapeuta. - CRT 42.156

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Fernando Cesar Ferroni de Freitas

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Música rap ajuda a saúde mental, dizem psiquiatras

Ouvir um rapper cantar sobre sentimentos negativos e conseguir identificar-se com as rimas não deprime, é terapêutico e ajuda quem sofre de distúrbios mentais.
Depressão, vícios ou transtornos bipolares. Quem sofre destes distúrbios não consegue expressar bem o que sente, mas pode consegui-lo através da música. A sugestão é de dois investigadores do departamento de psiquiatria da Universidade de Cambridge que descobriram que, através da música rap, conseguem aproximar-se dos doentes, discutir e dialogar sobre a música mas também sobre os sentimentos.
"É difícil fazer contacto com eles mas, por intermédio do hip hop, discutem as coisas, começam por dizer qual o melhor rapper e depois abrem-se realmente ao diálogo”, diz a neurocientista Becky Inkster, que acredita que o hip hopproporciona aos doentes uma sensação de poder e auto-conhecimento. “É o meio ideal para ajudar as pessoas a compreender os seus problemas psicológicos e encontrarem maneiras de lidar com eles”, acrescenta.
Inkster e Akeem Sule, psiquiatra, escolheram clássicos do hip hop que falam de pobreza, marginalização, crime, drogas e doenças mentais e criaram o projecto Hip Hop Psych. A ideia é os doentes ouvirem as músicas e depois criarem a sua própria letra a descrever o que sentem e o que gostariam de estar a fazer no futuro.
“Os artistas de hip hop usam o seu talento não só para descrever o mundo que vêem mas também mostrar maneiras de se libertarem. Normalmente há uma mensagem de esperança nas letras das músicas, seja numa descrição do sítio onde querem estar, do carro que querem ter ou as modelos que querem namorar”, explica Sule.
Os investigadores dizem que “há muito mais no hip hop do que aquilo que o público percebe“ e defendem que o processo de escrita para rap faz com que os doentes consigam expulsar sentimentos negativos e sentir-se melhor.

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